O REBATE, QUE TAMBÉM ESTEVE EM PORTUGAL NOS ANOS DE 1800, NÃO PODIA SE CALAR COM A MORTE DE MARIA DULCE.
Atriz que sempre esteve presente nos principais momentos de transformação da vida de Portugal estava mui feliz por que, depois de anos sem voltar ao convivio com o publico, ela iria encenar sob o olhar afetivo do grande Celso.
Sobre esta diva melhor não seria o desabafo de minha querida amiga e artista Marie Thereza que O REBATE publica abaixo:
"Maria Tereza escreveu:
"maria dulce celebre actriz de teatro desde miuda...por motivos de politica foi afastada do meio artisto se retirando para 1 casa no alentejo ..presentemente estava a ensaiar peça com o encenador CELSO...mas pouco divulgado na imprensa....devia estar feliz pois estava afastada ha +anos... infelizmente partiu sem realizar algo k lh devia estar a dar 1 enorme prazer....e a comunicaçao social se limitou a comunicar s partida vagamente .....k injustiça pois o seu valor esta no seu trabalho ou na opçao politica k se toma?ONDE ESTA A DEMOCRACIA ? da nossa comunicaçao social? lamento..como +portugueses MARIA DULCE !1 DIVA do teatro portugues"
Quem sabe, neste momento, esteja, ao lado de outros artistas que partem, encenando e cantando como que, resgatados desde mundo, por um poder maior, se sinta reconhecida.
Estaria feliz por se sentir útil a Arte a Portugal que amou com fervor.
Maria Dulce como Bruno Bráz não foram feitos para encenarem e cantarem entre os humanos. Seus poderes tinham que serem resgatados para junto da criação do universo e, de lá, onde flui as criações e a arte, continuarem servindo de canal para a continuidade do belo. Seus vôos são como o do Condor que busca às Alturas. Alegres chegam onde poucos conseguem chegar ou imaginar. Os que os esquecem fazem parte dos que buscam matéria sob a complascência e autorização dos "Donos do Mundo". Ela e Bruno, como outros tantos portugeses, estão além, muito além e brincam com os Anjos...
Apenas o Jornal Português O DESTAK fez citação a morte solitária desta bela mulher portuguesa:
"Teatro
Morreu a actriz Maria Dulce
24 | 08 | 2010 17.11H
A actriz Maria Dulce, 73 anos, morreu hoje de manhã na sua casa em Bucelas (Loures), disse à Lusa fonte do Dramax – Centro de Artes de Oeiras Box.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
A actriz estava ensaiar a peça “Sabina Freire”, de Manuel Teixeira Gomes, encenada por Celso Cleto, com estreia prevista para 05 de outubro no auditório Eunice Muñoz, em Oeiras.
“A actriz apareceu morta hoje em casa, em Bucelas. O corpo seguiu para o Instituto Medicina Legal”, disse a mesma fonte.
“Estamos também à procura de familiares da Maria Dulce, pois ela vivia sozinha e não temos quaisquer contactos”, disse.
Maria Dulce tinha uma carreira de 60 anos, tendo participado em vários filmes, tanto em Portugal como em Espanha, onde obteve grande sucesso.
Na televisão integrou o elenco de várias telenovelas e séries televisivas, nomeadamente “Os Andrades”.
No ano passado, integrou o elenco da peça "Hedda Gabler", de Henrik Ibsen, com encenação de Celso Cleto, produzida pelo Dramax, com a qual se apresentou em vários palcos nacionais e no Círculo de Bellas Artes, em Madrid.
Maria Dulce estreou-se aos 13 anos, no papel de Maria, no filme "Frei Luís de Sousa", de António Lopes Ribeiro.
Jose Milbs de Lacerda Gama, editor de O Rebate no web site www.jornalorebate.com
Edito o jornal O REBATE desde 1968, buscando escrever as histórias e fatos que podem levar as pessoas ao caminho belo de suas lembranças. Faço isso como o objetivo de deixar para as gerações futuras textos que possam servir de encantamento e pesquisas de pessoas que viveram nos anos em que vivi.
Boas vindas
Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)
6.9.10
26.8.10
Capitulo 8 do livro SAGA DE NHASINHA - Fazenda Santa Francisca em Quissamã e Ayris em Macaé....

Alice Quintino de Lacerda, Dona Inhasinha, nasceu em 20 de Agosto de 1989, em Capelinha do Amparo - Sitio em Carapebús, RJ. Faleceu, no Rio de Janeiro em 29 de Agosto de 1962.
Caosu-se em Quissamã, como rico Fazendeiro Mathias Coutinho de Lacerda, na Fazenda Santa Francisca em Quissamã, RJ. Seu pai, Emilio Quintino Tavares da Silva, era amigo pessoal de Francisco de Almeida Pereira, amizade que foi conservada até hoje por seus descendentes...
Uma história dedicada a Familia e ao amor a Região de Petróleo, com 30 anoa de dedicação a Igreja Matriz de São João Batista, "Dona Nhasinha" foi Presidente do Apostolado da Oração durante 21 anos e seu corpo, por este e outros motivos, foi velado dentro da Igreja da Praça de Macaé um faoto inédito no Catolicismo.
Amada e reverenciada, foi uma das mulheres mais ilstres de nossa cidade. Herdeira da famosa FAZENDA DO AYRIS, jamais perdeu a simplicidade que teve até o final de sua existência.
ABAIXO TEXTO DO LIVRO "SAGA DE NHASINHA" QUE SERVIRÁ DE BASE PARA O LIVRO SOBRE OS ULTIMOS 4O ANOS DE HISTÓRIAS DE NOSSA REGIÃO...
"NHASINHA" CASA NA FAZENDA SANTA FRANCISCA EM QUISSAMÂ
O Casamento de deu no distrito de Quissamã, na fazenda de nome Santa Francisca onde meu bisavô era administrador. Até pouco tempo eu tinha muita curiosidade deste fato e ele foi esclarecido por minha mãe Ecila em l999 quando lhe perguntei sobre o casamento de "Nhasinha" e Mathias.
Daí foi que fiquei mais preciso da fecunda amizade que minha avó tinha por Ruben Almeida e Francisco Almeida Pereira. "Chico" Almeida era um dos proprietários da Fazenda onde tem uma capela local da celebração do casamento.
Um fato que muito marcou minha infância era quando ia a casa de dona "Santinha", esposa de Joaquim Santos na rua Pereira de Souza.
Era uma senhora de fino trato que me deixava feliz em vê-la conversar com minha avó "Nhasinha". Almoço, café da tarde era onde eu gostava de ir.
Mais tarde quando dirigia ""O REBATE soube que ela era avó de Cláudio Upiano Nogueira Itagiba meu amigo e redator e mãe de meu padrinho o médico Moacyr Santos.
Acho que os afetos macaenses se atraiam muito no tempo em que a cidade engatinhava no progresso.
Mathias levou consigo duas filhas, Doca e Ondina de seu primeiro matrimonio com a irmã de "Chico Lobo", como já me referi.
Durante o período de viuvez confidenciou que tinha dois filhos naturais de um seu relacionamento com uma mulher negra. Estes meninos chamavam-se Mário e Zélia, que mais tarde vieram a ser educados por "Nhasinha" a pedido da mãe dos menores.
Além desse casal , Mathias Coutinho de Lacerda disse que tinha tido mais filhos durante o período de viuvez de seu relacionamento com duas senhoras de Conceição de Macabú. Estes meninos se chamavam Benedito. Ambos levavam seu sobrenome Lacerda.
Claro que a existência desses filhos naturais sempre acompanhou a vida de minha avó, que se referia a eles com afeto. Benedito Lacerda cresceu e entrou para a Leopoldina e foi um dos responsáveis para eu ingressar no SENAI, já que eu era seu sobrinho e ele me olhava sempre com carinho.
Era uma pessoa meiga como meiga era "Morgadinha" sua esposa. Durante a minha juventude eu tive Benedito sempre por perto, me dando bons conselhos e carinhos quer na Leopoldina, quer no Fluminense, onde ia com amigos. O outro Benedito seria o músico que foi morar no Rio de Janeiro. Tocava flauta.
Quanto ao "Benedito Flautista",não tenho confirmação de seu parentesco com meu avô. Embora ele tenha se casado com uma senhora de nome Ondina, tendo vindo em minha casa para conhecer minha avó, acho que a filiação com meu avô ficou longe devido ao pouco contato que tiveram com ele.
Mathias Coutinho de Lacerda nunca mentiu para Alice Quintino de Lacerda, daí o forte laço de carinho que norteou suas vidas durante o tempo em que se fizeram casados e que se estendeu na própria viuvez de Alice Quintino de Lacerda por longos 33 anos.
Nos primeiros anos de vida comum, Nhasinha morou na "Fazenda Airys" de propriedade do casal.
Meus bisavós continuaram em Capelinha do Amparo. Alice e Mathias viviam sua nova vida em Airys, uma das mais lindas fazendas de Macaé no início do Século.
Para se ter uma idéia da dimensão do poder que exercia Mathias Lacerda na região, historiadores de Conceição de Macabú citam até hoje a Fazenda do Airys como marco de divisão em suas histórias.
Era dessa fazenda, que mais tarde Alice Lacerda vendeu, por não poder cuidar, que se extraiam as madeiras que eram levadas pelo Rio Macaé até a cidade com o mesmo nome
Um fato que me marcou foi quando eu perguntei, já menino , porque ela vendeu a Fazenda do Airys já que era um coisa deixada por meu avô e que podia ainda estar com a família. Ela disse que dentre outras coisas foi porque não tinha um filho varão para tocar a fazenda.
Sendo uma cidade pequena onde todos se conheciam, não era muito difícil as comunicações sociais entre os moradores. Seu Mathias, conhecido como Capitão Mathias, além de respeitado homem de negócios, era influente na vida da comunidade. Com ele, Júlio Olivier, Custodio da Silva Jr., Bento Costa Jr., José Miranda Sobrinho., Henrique Daumas, Antenor Tavares, Chico Lobo, Cezar Mello, Laffaiette Vieira e tantos outros participavam das grandes decisões políticas e sociais dessa época .
Mathias Coutinho de Lacerda assim como Custódio, Júlio Olivier e José Miranda Sobrinho, eram vereadores na década de 20 e seus nomes constam dos anais dessa casa legislativa . Todos são nomes de ruas .
O SOL DE UMA CIDADE PURA NOS ANOS 20
Ainda não haviam sido feitas as reformas da Rua da Praia e o Amanhecer Macaense era beirando o encontro do Rio Macaé com o Oceano Atlântico, numa bela imagem fornecida pelos encantos dos raios do sol com o estrondoso e aconchegante encontro do Rio com o Mar.
A Pororoca tinha o sabor mais que perfeito e vinha com cheiro de maresia e odor de peixes frescos.
Ao sentir a proximidade do encontro dessas duas divindades, os Robalos saltavam em mergulhos frenéticos e as Sardinhas saiam em lindas correrias em busca do amor livre e feliz com seus pares. Robaletes, Muriongos, Cirys, Peixe-Espada, pequeninas Piabas e algumas Ostras nativas se assanhavam em passeios que faziam brilhar suas escamas em harmonia com o Sol que, saliente e alegre dava seu toque de coloração ao ambiente.
Havia quem afirmasse que via os peixes saltitar em belas investidas, de um lado do rio para o outro do lado do mar.
Essa integração Natureza, Mar e Terra teve seus dias terminados com o progresso e a reforma da rua da Praia que criou barreiras de cimento entre o belo e o feio.
Barcos grandes e com gente de formatos estranhos e vozes misturadas com sotaques diferenciava os nativos que, sentados nas beiradas das calçadas, via o tempo que passar.
Muitas espécies de peixinhos morreram desacostumados com os paredões erguidos. Pulavam, batiam com o corpo na cimentação vendo a morte chegar em seguidos sofrimentos.
Seria o auto-sacrifício da espécie ante tão desumano e triste ação humana? Já se podia antever, nessa época, o que seria a história de uma cidade tão vilipendiada num futuro não muito distante, em suas belezas naturais.
Bom seria que Mota Coqueiro, ao invés dos 100 anos eternizasse a lendária praga. Assim muitas de nossas belezas ainda estariam sendo vistas.
Quer destino pior que teve a praia de Imbetiba invadida e destruída pela descoberta do Petróleo no final da década de 70?
Quem andava nas ruas empoeiradas e lindas nesse início de século XVIX sabia da natural beleza que emanava de suas ruas esburacadas longe do fedor das descargas de automóveis e carretas
Tinha o cheiro saudável dos suados bois e cavalos que eram comuns desfilarem em ruas e vielas.
O Bom Dia dos cavaleiros era ornamentado pelos sorrisos alegres das senhoras que enfeitavam a passarela com suas cadeiras no decorrer das ruas mal dimensionadas e belas.
Ainda não haviam os apitos dos trens dos ingleses e Macaé dormia sua história em noites de embalos infantis. Sonhos doirados na verdadeira e original realidade.
Milhares de pirilampos davam beleza as noites com seu piscar belo e natural...
( texto extraido do livro Saga de Nhasinha on-line no site www.jornalorebate.com
José Milbs, editor )
18.8.10
Aos 101 anos, cercado de carinho, morre Dona ZILAH DOS REIS PEIXOTO

Uma história de alegrias, lutas e cordialidades marcaram os 101 anos de Dona Zilah dos Reis Peixoto. Sua residência sempre foi numa linda morada, perto da Rua Principal, com poucos metros do Centro da cidade e cercado de visinhos e velhos amigos que sempre estiveram em longas conversas no tempo em que a Região de Petróleo ainda tinha as SUAS CADEIRAS NAS CALÇADAS...
Nascida no visinho municipio de Silva Jardim, chegou em Macaé no ano de 1932, ano da chegada também do jornal O REBATE. Tinha um amor muito grande por Macaé e partiu sem receber uma Cidadania Macaense. Bom seria que isto tivesse acontecido...
Esposa paciente, amiga e fiel do inesquecível JOSE CORDEIRO PEIXTOTO, competente funcionário da Leopoldina e que marcou sua trajetória nesta vida cruel e terrena com atenciosas amizades e gestos nobres, jamais deixando de atender com carinho todos que o procuravam na Rede Ferroviária. Mãe de meus comtemporâneos Roberto, Marilia, Norma e do meu querido advogado e mestre SYLVIO ROBERTO DOS REIS PEIXOTO.
Uma vida de 101 anos que deixa um legado de netos e bisnetos e a certeza de que soube cumprir com alegria e simplicidade a missão que lhe foi outorgada pela criação.
O último Domingo ela saiu desta vida onde foi cuidada até o último momento, acariciada pelo agradecimento das vidas por seus filhos, netos e bisnetos, representados fisicamente pelo primogênito Sylvio Roberto.
Pouco mais de 30 dias estive conversando com o Mestre Sylvio e perguntei por Dona Zilah, pessoa que eu sempre gostava de ver quando da minhas idas a Chácara de minha Tia Santa, mulher de Chico Lobo. Sua casa era passagem obrigatória e sempre que podia perguntava por Roberto. Gostaria muito de ter conversado com ela para retratar histórias de uma cidade que se esvai no esquecimento neste túnel de tecnologia que cimenta, em muita gente, o calor humano que ainda brota na gente quando tocado pela vivência de pessoas tão felizes como como Zilah que, na simplicidade de uma longa existência, nos brindou com uma geração de filhos que honram nossa comunidade.
Queria um depoimento dela, suas experiêencias, falar das saudades, das dores nas perdas de Roberto e José Cordeiro, de suas alegrias em ter o restante da filharada, Deus sabe como, criados, sadios e, ao seu lado.
Não me foi possivel fazer esta entrevista mais, daqui da redação de O REBATE quero transmitir a todos os familiares dsta bela senhora de 101, que já deve estar sendo recebida com festas no Paraiso, os sentimentos de nossa equipe de colunistas e colaboradores em todo o Brasil.
Doravante, devido ao nosso convênio mundial com o "GOOGLE busca",todos poderão acessar e saber que, em Macaé, no ano de seus 200 anos de Emancipação, morou, viveu, amou e foi feliz,uma linda mulher de 101 que tinha como principal carisma a simplicidade...
Jose Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com
10.8.10
Aniversário de uma mulher guerreira. Uma mãe, uma professôra: CENI ANDRADE

NIVER DA CENI/PROFESSORA DE MATEMÁTICA /MÃE DE JUCA/LALU/RITA E BRAULINHO
Noticia chega ao jornal "O REBATE" de muitas formas maneiras. Algumas por emails, outras tantas por telefone e assim por diente. Mas, quando alguma chega pelo desfolhar do sentimento de amor, misturada com a vivência afetiva e que bate no que a gente sabe ser verdadeiro, a noticia se torna saudável e alegra o coração.
Foi assim quando Ana Lúcia (Lalu)de Andrade me fez ciência do aniversário de Ceni Andrade, uma leonina de 11 de Agosto.
Falar de Ceni, que conheço quando ainda era menina e que antes mesmo de deixar as bonecas de pano que brincava, presenteadas no afeto de seu saudoso pai José, já tinha o dever de amamentar e ajudar a viver o fruto maior de seu amor na representação divina do embalar filhos, é uma doce missão que o dever de cronista se torna muito leve e salutar.
Ceni nunca de deixou tocar pela vaidade e jamais fugiu às suas origens. Guerreira na busca do conhecimento da vida e uma fortaleza no trato com as tempestades que a vida lhe fez conhecer. Na dor de perdas ela sempre soube escantilhar um leve sorriso como que sabendo da fragilidade da existência e, ao invés de "ser confortada" confortava em momentos, na vida, que todos fraquejam e tombam,
Ceni soube juntar a Matemática da vida, não só nos ensinamentos como no exemplo de vida. Sua alegria de viver, sua maneira de palavrear frases e até palavrões, ficam ornados pela simplicidade de sua fala e caem bem aos ouvidos atentos e desatentos com a sonoridada de belo e do frescor suave a quem sempre viveu e vive em consonância com os ventos marinhos de uma cidade extremanente dela: Macae...
Macaé, a Educação do Rio de Janeiro, milhares de jovens e adultos que tiveram a alegria de receber o sorriso simples e a fala firme desta mulher, se fazem presente nesta homenagem que "O REBATE" presta a esta data que marca o Niver de Ceni.
Na condição de jornalista e cronista fico bem a vontade para deixar flui de minhas paredes memoriais este texto que embala o que de bom a gente sente ao falar de pessoas queridas.
Meu pai, Djecyr Nunes da Gama, Sapateiro em Macaé no final dos anos 30 e início dos anos 40, deixou, também leonino "o lucutor que vus fala". Em 13 de Agosto, um pingo de amor dele com minha mãe Ecila, me deu vida. Neste tempo, um outro Sapateiro, colega de meu pai, dava a vida a Ceni. O Velho Gama correu mundos e sempre que estive com ele, nos poucos momentos de encontros, perguntava pelo querido "Zé Bonito", apelido carinhoso que norteava o afeto que vem sendo passado de pai para filho nesta cidade de poucas memórias e que teimo em fazer histórias...
Braulinho e Rita se foram. Mãe Durvalina e tantos outros se foram, mas não levaram a coragem, o sentimento de amor e o sorriso de fé que teimam em ficar presentes na vida desta valente mulher/professora que festeja mais um ano nesta vida que ela sabe ser de muita luta e muitas provações...
Lalu e Juca são testemunhas vivenciais e, no egoismo comum a todos os filhos, sabem melhor, "do que todos nós outros", desta sutileza e fortaleza que não esmorecem jamais...
Parabéns Ceni. Você me mandou um scrap no orkut onde diz" que sou fiel a minhas amizades". Nunca uma pessoas esteve tão próximo de minha escondida virtude. Quem sabe, quando de minha partida, possa levar esta bela descoberta sua no meu epitáfio?
Receba, Vovó Vuvuska, além do carinho de seus familiares e do abraço fiel da muitas amigas e em especial o de Carminha Garrido, o meu texto, saído do reconhecimento de todos que te conhecem a admiram.
Fraternalmente, José Milbs de Lacerda Gama, editor de O REBATE
PS: Agradeço a Ana Lucia, a querida Lalu. por ter me feito lembrar de tanta beleza que é falar de sua mãe Ceni...
Texto do Email de Ana Lúcia:
Dia 11/08/2010 é aniversário de minha mãe.Parabenizando-a por ser uma mulher tão Guerreira, tão Forte, tão Bacana, uma Mãe e tanto , enfim CENI é para mi que sou filha uma das pessoas mais incríveis que já conheci, pela tua Fé, pelo teu Caráter, pela pessoa tão simples e ao mesmo tempo tão cheia de talento e cultura, mulher de muita inteligência, sábia.Sejas sempre um Porto Seguro de você mesma Mãe, eu te admiro, você é D+++++++++++++
Ana Lucia Ferreira de Andrade
Gerência Setorial de Auditoria de Contas e Pagamentos
Compartilhado/RSUD/SAMS/ACP
alfandrade@petrobras.com.br
CENI ESCREVE E EU PUBLÍCO SEU LINDO AGRADECIMENTO.
Vovuska Andrade:
Zé Milbs,junto ao meu agradecimento por essas palavras tão gostosas,ditas a meu respeito,repito e reafirmo ,voce não esquece das suas reais amizades...e que memória!!!!!!! Além de não esquecer dos amigos,voce nunca foge das suas raizes,e eu o admiro muito por isso. Nós somos "leoninos porretas" ,que não fugimos das lutas...
Mais uma veZ : OBRIGADA!!!!!!!!!!!!!
5.8.10
Será que toda POESIA já foi ESCRITA? texto pinçado do Livro SAGA DE NHASINHA on-line

Pierre aoa lado de seus filhos.
Não sei ser Poeta. Seria belo se fosse. Texto do Livro que tenho on-line no O REBATE,em Livros de José Milbs...
13
Será que toda poesia já foi escrita?
Será que todos poemas já foram lidos?
Seria redundância rever o azul do mar?
Ou seria uma nova cor quase igual a outra de vi ontem?
Preferiria, sei lá...
o Pique Picolé.
Você quer brincar de Pique?
É de pique picolé...
Os cadernos escolares de hoje são modernos. Coloridos de formatos e fotos mil. Mas o cheiro daquelas minúsculas partículas que ficam nas folhas quando apagadas pela borracha é o mesmo de 50 anos atrás.
É igualzinho ao cheiro do vento que vem com a chuva anunciando uma nova estação. Lento, alegre, com harmonia, brota das poças d'águas das ruas nos meses de setembro. O cheiro é o mesmo. A chuva outra. Nós, humanos, seríamos os mesmos?
Pode existir frases, momentos e até ocasiões na vida merecedora de recordações. Quer coisa mais linda que rever as futricas infantis? Suas pescarias e brindes? E ainda ir numa vendinha e comprar algumas Balas ou Rapaduras e receber algo "devendagem"?
Não consta em nenhum livro nem dicionário esta palavra - devendágem - que rebuscada das minhas memórias brota e trás as lembranças das vendinhas e botecos onde se iam em busca de pequenas compras e saudosos afagos dos seus proprietários.
Quase todos habitantes das casas que serviam de comércio.Como era os de Seu "Bilu" Miranda, Seu "Barretinho", seu "Robertinho", Seu "Celino da Padaria", Seu Gaspar e tantos quantos habitavam A Região de Petróleo em seus bairros e ruas.
ECILA TEM SEU FILHO
Ecila cumpriu a sua promessa dos oito anos. Nasceu seu primogênito que foi chamado de José Milbs e dado simbolicamente a Nhasinha que o pegou no colo e nunca mais o deixou.
Ecila cumpria sua promessa e Nhasinha ganhava, 35 anos depois, um neto com o nome do filho querido que havia morrido aos 3 anos.
Não é preciso ir muito longe em entendimento psicológico para imaginar e ter a certeza que essa criança era a projeção de todo o amor que essa linda senhora tinha perdido no filho José Milbs da Silva Lacerda e no espôso Mathias Mathias Coutinho de Lacerda. Um ser, que ao nascer no dia 13 de Agosto de 1939, reuniria todo o potencial de amor e carinho nas ausências que seu ser tinha na existência. José Milbs nasceu "meio doentinho como falavam a boca pequena". Era o que diziam todos que iam visitá-lo na Casa de Caridade de Macaé, no quarto 10 de um longo corredor...
Sua cabeça tinha uma bola cumprida, meia molenga parecendo que tinha duas cabeças.
A medicina achava impossível sobreviver. Corria o risco de ter sérios problemas mentais. Chamado as pressas batizaram a criança para não morrer pagão e o Frei Baltazar de Carapebus ministrou a extrema-unção. O médico da familia, Moacyr Santos atendou o convite de Ecila e Nasinha o o batizou...
Nada se podia mais fazer. Nhasinha perderia mais um de seus mais lindos sentimentos. Perderia a reencarnação de todos os amores mortos em Mathias e José Milbs I.
MILBS, MIRNES E MILNE
Perguntei um dia, e disto já relatei no iníco desta Saga. É sobre a origem deste nome Milbs. Minha avó disse que foi de uma "Santa Milburgenes" que ela tinha visto na folhinha do "Sagrado Coração de Jesus". Aproveitou o início e o fim e pôs no seu filho que nasceu e morreu, aos 2 anos de um tal de crupe que matava a rodo nos anos 20.
Pierre falou, durante uma visita que lhe fiz após ter sofrido uma violência em assalto nos anos 2003, que Santa quis fazer uma homenagem ao primeiro filho de Nhazinha de nome Milbs mais, o Tabelião da Bicuda Grande, que era semi-analfabeto registrou Mirnes ao invés de Milbs. Contou ainda, Pierre Tavares da Silva Ribeiro, que que o pai de Milne também quis fazer a mesma homenagem ao casal Mathias/Alice Lacerda. Aconteceu o mesmo erro. Registraram Milne.
Milne Evaristo Ribeiro foi o primeiro Prefeito da Cidade de Conceição de Macabú. (José Milbs de Lacerda Gama, editor de O REBATE )
16.7.10
Educadora Celeste Amado, de raizes fincadas na História da Região de Petroleo, morre em Macaé RJ.

Aos 73 anos, em pleno vigor de seu trabalho educacional nos chega a notícia da morte de CELESTE AMADO que teve um vida inteira dedicada a Educação do Estado do Rio de Janeiro. Ocupou importante cargo na Secretaria de Educação do Estado e sempre atendia as pessoas de nossa região com carinho e atenção. Morou durante anos na Rua Marechal Deodoro, ao lado da velha Redação de "O REBATE", em frente a casa do nosso Colunista/historiador Antonio Alvarez Parada.
Sempre estudou em Colégios Públicos e por isso tinha um especial trabalho no sentido de sua valorização.
Ainda muito jovem foi residir na Capital do Estado onde desenvolveu um lindo trabalho de pesquisas educacionais onde se destacou em vários cargos.
Voltando para a cidade que nasceu teve destacada vivência no ensino local e sempre era consultada para assuntos que "sabia de cor e salteado".
Em Niteroi abrigou dezenas de jovens que iam fazer cursos e sobressaia pelo seu afeto e carinho com todos.
Mãe de nosso queridíssimo Cazé. Uma pérola que ela soube lapidar e está ai para dar seguimento a sua vida nesta existência passageira.
Fomos contemporâneos e sua morte me foi anunciada por minha Filha Aninha e depois pela Tania Shueller. Duas gerações que tinham em CELESTE AMADO o mesmo sentimento de tristeza.
Em nome de O REBATE desejo externar o sentimento de toda a comunidade jornalística por esta perda tão querida.
José Milbs, editor de www.jornalorebate.com
ANA LUCIA FERREIRA (Lalú), SOBRINHA DE CELESTE AMADO, ESCREVE E COMENTA TEXTO DE O REBATE SOBRE SUA PASSAGEM NESTE MUNDO DE TANTOS ESQUECIMENTOS...
ANA LUCIA FERREIRA D 28-07-2010 20:23
Gostaria de agradecer-lhe pelas belas palavras direcionadas a minha tia CELESTE, mãe do meu primo CAZÉ que tanto amamos e também de CARLA nossa prima, enfim ela realmente era isto e muito mais ainda, além de ter um coração enorme, o meu filho o Filipe chamado por ela de Lilipe, SENTIU COM MUITO CARINHO ESTA AUSÊNCIA EU PERCEBI ISTO QUANDO DEI A NOTÍCIA PARA ELE, ENFIM A FAMÍLIA A CONSIDERAVA E MUITO, POIS ELA JÁ ABRIGOU A MUITOS MESMO., MAIS UMA VEZ O MEU MUITO OBRIGADA DE CORAÇÃO PARTIDO E CHEIO DE EMOÇÕES.
LALU
14.7.10
Um dos sonhos de um menino de 71 anos....



TRANSFORMAÇÕES DAS COISAS
Quem não sonha? Uma chuva torrencial, com ventos amenos, trazendo em suas minúsculas gotas, um pó quase invisível. Era a resposta da "Transformações das Coisas" que havia ressolvido acabar com a destruição do Planeta, tão bonito em suas cores naturais, refletidas nas espécies que a "Transformação" tanto lutou para pintar e dar vida...
O Pó entrou nas cabeças das pessoas. Primeiro nos Ladrões comuns, Pequenos vapores de drogas, expropiadores de pequenos objetos e jovens que se encantam com as promoções de bebidas e cigarros.
Com o Poder de atuar no "desejo", com a voz firme da ordem que emana da "Transformações das Coisas", foi explicado com detalhes a "burrice" que esta grande camada da civilização vinha demonstrando. "PAREM DE ALIMENTAR O SISTEMA COM SEUS DELITOS. Saibam quantos vivem em função de seus atos? Sabem que vocês é que alimentam uma camarilha de vagabundos que torcem para que vocês continuem a praticar estes delitos?. Deixou claro ao finalizar com estrondoso barulho bem dentro das milhares de cabeças: - Eles vivem em função de vocês, seus otários...
Antes mesmo que a chuva passasse e que o "último suspiro dos humanos" tivesse deixando entrar em suas narinas a Mágica do Pó, que tinha vindo com a Chuva,já se podia sentir o impacto: -
- Policias, Delegados, Juízes, Advogados, Desembargadores, Deputados, Senadores, Vereadores, milhões de desocupados que vivem nas milhares de Prefeituras e Orgãos dos Poderes, ficaram intrigados.
- Perguntavam em milhares de emails: "Que está acontecendo "Lá em Baixo"?,- numa alusão aos Pobres e pequenos expropriadores. Não estamos entendendo nada, rosnava, num sorriso afeminado, um Ministro do Supremo. Mandem estes Policias ai incentivarem os "bandidos" a cometerem furtos e as "Bocas de Fumo"; reiniciarem o tráfico. E, virando-se para um outro Ministro:" O Movimento não pode parar". Afinal, riu um Senador bigodudo que rouba tudo, até biscoito na merenda das crianças:
- "onde já se viu movimento parar?.
Explica a esses subalternos que se o POVO descobrir que ele é que mantem a gente aqui nas mamatas, comendo cavier, cheios de festas e viagens e resolver acabar com os pequenos delitos, vai haver uma desgraça.
Mulheres não pediam mais divórcio, homens passaram a chegar em casa cedo, cheiroso, sem o bafo de bebida. Eram o efeito principal que este Pó causava.
Desemprego total. Delegacias sendo fechadas por que não havia o que fazer. PMs não podiam mais ir nas "bocas e no Bicho" por que tudo tinha acabado. Advogados de "porta de Cadeia" que não sabiam criar mais petições e as copiavam na Internet e assinavam, estavam todos já sem grana...
Juízes venais que negociavam sentenças, Promotores, enfim, um Judiciário em crise. Milhares e milhares de cocotinhas que viviam a custa de velhotes safados tinham que voltar a estudar.
Milhões de Assessores em todo o Brasil, estavam plantando nos roçados. Muitos suicidaram, ficaram vagando pelas cidades, alguns com Togas (esfarrapadas) de Juizes e Desembargadores, manchados pelo sangue de milhões de pobres que, no curso de suas sentenças, foram suas vitimas.
O Que deveria ser a Toga, o "Manto Sagrado da Lei", tinha servido para vender milhares de liminares para deixarem soltos os verdadeiros bandidos que se encastelaram nos Poderes...
Vereadores tiveram que trabalhar em suas profissões. Voltaram a criar galinhas, plantar Milho e Mandioca e suas mulheres reaprenderam a naturalidade do belo natural, em tardes e noites, no fazer de comidas e lavagens de roupas...
" Transformação das Coisas" salvaria o Planeta. Preferiu este Pó Mágico, saído das Entranhas da Estratosfera, a ter que ver as praias destruidas pelo vasamento de óleo e a sociedade destruida e viciada na Corrupção a na exploração dos pobres e oprimidos...
Acordei.
(José Milbs, editor de O REBATE)
De Tαnια Mσntαn∂σn uma das mais consagradas poetisa recebi e faço público:
Belíssimo artigo, querido Mestre Milbs! Sonho
que se sonha junto há de
tornar-se possibilidade de realidade. Saiba que sou mais uma a ansiar por essa
chuva de pó em verde esperança, branca paz, vermelho desejo apaixonado de
justiça coletiva caindo em cada coração humano e anuncioando a era do desvio de
movimento, agora para a conscientização e vitória na guerra dentro da espécie
humana entre a inteligência e a estupidez.
A magia que cada pequeno grande ser
semeia, como você, o que possui de saber com o ingrediente mais poderoso:
aquele sentimento oceânico de benevoolência para com a natureza e os seres
vivos, sim, o amor em seu real sentido e praticado no trabalho de quem sabe e
faz.
Que muitas outras
sementes continue produzindo e que a colheita seja farta, ao menos do que estã
ao alcance... O sonho, o trabalho, o compartilhar, o refletir e preocupar-se
com as pessoas e o persistir em informar, batendo na pedra dura até que um dia
fure tantos a ponto de que o movimento deixe o abstrato pra maravilhar-se na
sociedade. Parabéns!
com
carinho e admiração,
6.7.10
O sonho ainda não acabou? A chuva encantada que veio e externinou a ganância secular...

TRANSFORMAÇÕES DAS COISAS
Quem não sonha? Uma chuva torrencial, com ventos amenos, trazendo em suas minúsculas gotas, um pó quase invisível. Era a resposta da "Transformações das Coisas" que havia ressolvido acabar com a destruição do Planeta, tão bonito em suas cores naturais, refletidas nas espécies que a "Transformação" tanto lutou para pintar e dar vida...
O Pó entrou nas cabeças das pessoas. Primeiro nos Ladrões comuns, Pequenos vapores de drogas, expropiadores de pequenos objetos e jovens que se encantam com as promoções de bebidas e cigarros.
Com o Poder de atuar no "desejo", com a voz firme da ordem que emana da "Transformações das Coisas", foi explicado com detalhes a "burrice" que esta grande camada da civilização vinha demonstrando. "PAREM DE ALIMENTAR O SISTEMA COM SEUS DELITOS. Saibam quantos vivem em função de seus atos? Sabem que vocês é que alimentam uma camarilha de vagabundos que torcem para que vocês continuem a praticar estes delitos?. Deixou claro ao finalizar com estrondoso barulho bem dentro das milhares de cabeças: - Eles vivem em função de vocês, seus otários...
Antes mesmo que a chuva passasse e que o "último suspiro dos humanos" tivesse deixando entrar em suas narinas a Mágica do Pó, que tinha vindo com a Chuva,já se podia sentir o impacto: -
- Policias, Delegados, Juízes, Advogados, Desembargadores, Deputados, Senadores, Vereadores, milhões de desocupados que vivem nas milhares de Prefeituras e Orgãos dos Poderes, ficaram intrigados.
- Perguntavam em milhares de emails: "Que está acontecendo "Lá em Baixo"?,- numa alusão aos Pobres e pequenos expropriadores. Não estamos entendendo nada, rosnava, num sorriso afeminado, um Ministro do Supremo. Mandem estes Policias ai incentivarem os "bandidos" a cometerem furtos e as "Bocas de Fumo"; reiniciarem o tráfico. E, virando-se para um outro Ministro:" O Movimento não pode parar". Afinal, riu um Senador bigodudo que rouba tudo, até biscoito na merenda das crianças:
- "onde já se viu movimento parar?.
Explica a esses subalternos que se o POVO descobrir que ele é que mantem a gente aqui nas mamatas, comendo cavier, cheios de festas e viagens e resolver acabar com os pequenos delitos, vai haver uma desgraça.
Mulheres não pediam mais divórcio, homens passaram a chegar em casa cedo, cheiroso, sem o bafo de bebida. Eram o efeito principal que este Pó causava.
Desemprego total. Delegacias sendo fechadas por que não havia o que fazer. PMs não podiam mais ir nas "bocas e no Bicho" por que tudo tinha acabado. Advogados de "porta de Cadeia" que não sabiam criar mais petições e as copiavam na Internet e assinavam, estavam todos já sem grana...
Juízes venais que negociavam sentenças, Promotores, enfim, um Judiciário em crise. Milhares e milhares de cocotinhas que viviam a custa de velhotes safados tinham que voltar a estudar.
Milhões de Assessores em todo o Brasil, estavam plantando nos roçados. Muitos suicidaram, ficaram vagando pelas cidades, alguns com Togas (esfarrapadas) de Juizes e Desembargadores, manchados pelo sangue de milhões de pobres que, no curso de suas sentenças, foram suas vitimas.
O Que deveria ser a Toga, o "Manto Sagrado da Lei", tinha servido para vender milhares de liminares para deixarem soltos os verdadeiros bandidos que se encastelaram nos Poderes...
Vereadores tiveram que trabalhar em suas profissões. Voltaram a criar galinhas, plantar Milho e Mandioca e suas mulheres reaprenderam a naturalidade do belo natural, em tardes e noites, no fazer de comidas e lavagens de roupas...
" Transformação das Coisas" salvaria o Planeta. Preferiu este Pó Mágico, saído das Entranhas da Estratosfera, a ter que ver as praias destruidas pelo vasamento de óleo e a sociedade destruida e viciada na Corrupção a na exploração dos pobres e oprimidos...
Acordei... (José Milbs, editor de O REBATE)
1.7.10
A última vez que o cronista Alan Birosca Guerra esteve comigo falou de seus amigos dos anos 30

Nasceu em Macaé e se formou nas empoeiradas Ruas da Região de Petróleo do Rio de Janeiro. Jovem boêmio dos anos 30 e 40, frequentador de nossas praias e campos de peladas, ALAN BIROSCA GUERRA sabia contar e fazer histórias. No O REBATE, nos anos 60/70 tinha uma coluna de nome DESFOLHANDO A MARGARIDA onde tecia comentários sobre tudo que se passava na "Santa Terrinha" como gostava de dizer outro pilar de nosso jornalismo REBATIANO Cezário Alvaréz Parada...
Sobrinho/filho do Senador mineiro Camilo Nogueira da Gama que atuou como advogado no inventário de meu avô Mathias Lacerda, Alan tinha um relacionaento afetivo comigo e sempre me telefonava de Niteroi para saber das últimas noticias. Nestes ultimos 2 anos ele sumiu do contacto e soube que estava doente.
Reclamava de uma dor nos joelhos que, nos seus 80 anos, fazia com que se arrependesse de ter jogado tanto futebol e ter tido muitas bolas divididas com "Sinhô", "Teca", "Padaria" e "Biriba" seus mestres no BOM FUTEBOL MACAENSE DOS ANOS 40.
Soube hoje, por Gilson Correa da Silva, poeta e primo, que ele havia falecido. Quando estive com este bom amigo Birosca ele me falava que tinha feito um textos sobre Camilo e que não entendia que Macaé não tivesse um Logradouro ou Praça com o nome dele. Eis o texto de Alan sobre Camilo:
"Camilo Nogueira da Gama
Camilo Nogueira da Gama, nasceu em Cataguases, Minas Gerais, em dia 18 de abril de 1899. Na adolescência, deslocou-se para a então Capital Federal, Rio de Janeiro, em busca de um melhor futuro cultural e profissional. Enquanto estudava Direito; trabalhou como inspetor de alunos e professor de francês. Nesse período, casou-se com a professora Hilda Guerra, mineira de Leopoldina; e mudou-se para Macaé, no litoral norte do Estado do Rio, onde, em 1923, introduziu o ensino médio na cidade com a fundação do Ginásio Macaense. Paralelamente, concluía na Faculdade Nacional de Direito seu curso universitário. Para auxilia-lo na empreitada, chamou do Rio de Janeiro seu colega de turma, Ivair Nogueira Itagiba, posteriormente prefeito da cidade.
Camilo advogou algum tempo em Macaé e, anos mais tarde, transferiu-se para o interior de São Paulo, onde durante algum tempo manteve bem sucedida banca de advocacia. Mais tarde, foi contratado pelo Banco do Brasil onde, por muitos anos, prestou relevantes serviços atuando na área do Triângulo Mineiro e parte de São Paulo. Nessa época, fundou o Ginásio de Olímpia ;era um educador nato.
Transferido para o Rio de Janeiro, trabalhou no Contencioso e na Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil. Autor de dois livros: Penhor Rural, único sobre o assunto até hoje, e Dívidas dos Pecuaristas. Convidado, aceitou chefiar o Gabinete do ministro da Fazenda, Osvaldo Aranha, onde trabalhou algum tempo até que o presidente Getúlio Vargas levou-o para a política partidária, estimulando-o a ingressar no PTB, que havia sido fundado por ele, Getúlio.
Camilo aceitou, filiou-se e pouco tempo depois foi eleito presidente do PTB de Minas gerais, ocasião em que se elegeu Deputado Federal e Senador da República, com brilhante atuação como elemento moderador. Mais tarde, foi um dos fundadores do MDB e PMDB, dos quais foi também presidente em Minas Gerais. Deputado Federal, Senador da República, vice-presidente do Senado na administração Auro Moura Andrade, novamente deputado, Camilo Nogueira da Gama foi autor de numerosos projetos de lei aprovados, todos em defesa do trabalhador. Foi relator do projeto que criou o 13° salário.
Membro da Comissão de Constituição de Economia, ambas do senado, Camilo, em diversas ocasiões, presidiu a Casa e foi designado para chefiar delegações de parlamentares em viagens de estudo e outros parlamentos. Faleceu em 1976, deixando para os seus dois filhos, Alan e Aiman ambos nascidos em Macaé- um exemplo de vida digna. Esteve sempre disponível e dizia continuamente de sua grande satisfação de ter uma bandeira, uma prática e um povo a honrar.
Foi meu tio, alargou os horizontes dos jovens macaenses, dando a eles a oportunidade de complementar seus estudos, quem o conheceu sabe que sua vida pautada pela ética e pelo incessante trabalho de lapidar inteligências.
Seriam esses atributos suficientes para ter seu nome inscrito em logradouro público da cidade^ (Alan Birosca Guerra )"
No valente "O REBATE" muitos fizeram histórias e, destas histórias, publico uma onde falo de Alan Birosca e sua existência de amor a Macaé e sua gente:
"TRECHOS DAS HISTÓRIAS VIVAS DA REGIÃO DE ROLDÃO PEREIRA,BACELLAR E A VIDA BOEMIA NA REGIÃO............................... por José Milbs
BINHO BACELLAR -Celso Rubens de Campos Bacellar.
Nas aulas noturnas do Ginásio Macaense, que era de ensino particular mantido por uma Fundação, comecei a ter novos amigos. Diferentes dos de infância ou do SENAI. Embora estes continuassem sendo parte da harmonia afetiva de minha existência macaense, outros passaram a habitar meu mundo. Celso Rubens de Campos Bacelar era irmão mais novo de Bebeto, do mesmo sobrenome desse meu colega de SENAI e de estripulias no “Bar Mocambo” de Seu Nicomedes.
Era neste bar, deste homem lindamente gentil que a gente escondia as roupas nas matanças de aulas e fazíamos nossas primeira investidas na marginalidade pura de uma cidade ainda pura...
O pai de Binho e Bebeto era o vereador Jayme Bacellar, que como Chefe da Estação, tinha sido eleito vereador por dois mandatos. Seu Jayme Reunia em sua casa, na rua Júlio Olivier, perto da Rinha de Galo, expoentes da vida social de Macaé como Roldão Pereira que foi brutalmente assassinado em frente a sua casa por Jamil da Rodagem, bairro de Carapebus, Jamil foi preso, condenado, cumpriu pena e foi posto em liberdade.
Roldão era de uma das mais tradicionais famílias macaenses do final de século. Irmão de Nilton Carlos jornalista internacional e ex repórter do “O REBATE” nos anos 40, Sua morte trouxe grande comoção para toda a comunidade, que exigiu justiça.
II
Com Binho Bacellar comecei o que se chama hoje dia de “colar com fulano”. Colamos um no outro e daí formou-se uma amizade muito bonita. Cinemas, bailes, o primeiro chope, a primeira namorada enfim errávamos juntos e juntos sempre saíamos de casa.
As vezes tinha que sair de noite para as fugidas da juventude numa cidade ainda tímida e pura. Era Alan Guerra, o “Birosca” juntamente com Ferdinando Agostinho que tinham de ir pedir a minha avó para eu ir e se comprometiam em me trazer de volta antes sempre das 22 horas. Minha avó, nem de longe imaginava que Alan tinha sido expulso de Macaé pelo Delegado Jonathan Desertos Bastos como pessoa não grata a nossa comunidade. Valia mais que uma intespestiva ação de um policial desprovido de senso de humor a historicidade de Alan como membro de uma das mais ilustres familias da região.
Alan cumpria direitinho a intimação até porque como sobrinho do Camilo Nogueira da Gama tinha crédito na família.
Mais tarde Birosca escreveu no jornal que dirigi. No “O REBATE”. Tinha a coluna “Desfolhando a Margarida” e juntamente com Armando, Luiz Pinheiro, Osmar Sardenberg, Lecino Mello, Euzebio Mello, Padre Nabais, Padre Armindo, Pastor Edmundo, Dilton Pereira, Jairo Vasconcellos. Tonito Parada, Álvaro Bastos, Tem Mello, , Mirto, Cláudio Upiano e outros formavam a equipe mais eclética e democrática da imprensa macaense. Esta tônica era a essência cultural do “O REBATE” no final da década de 60 até meados dos anos 70.
Esta turma de Ferdinando e Alan está uma geração a frente da minha mais suas histórias e feitos correram gerações e muitas delas ainda fazem partes de belíssimas gargalhadas de fazerem balançar e tremer dentaduras reluzentes.
III
Contam que no trecho da rua Conde de Araruama até a Marechal Deodoro tinha um correr de casas com telhadas interligados. Brabinho e Abelardo estavam procurando pombos quando Brabinho desabou onde era a Fabrica Lynce, de Lacerda, e caiu dentro do tonel de cachaça Itaquira que tinha acabado de chegar de Carapebus, para distribuir.
Ferdinando inventou que havia defecado no tonel e o caso ficou sob suspeita até hoje. Quase que Antenor teve de se haver com Elias para ressarcimento.
Quando contei este fato a meu filho Luís Cláudio ele falou que deveria haver algo genético neste tipo de tombo furtivo porque o Cássio, filho de Brabinho e seu colega de Colégio no Luiz Reid, também caiu do telhado do Luiz Reid nos anos 80. Quando ele, “Xereleco” e André Peixoto procuravam fugir das aulas. Foram acusados injustamente de tentarem furtar o bar de João Machado irmão do Flaubert...
IV
Havia um Café onde depois foi feita a “Sorveteria Vem Cá” de Elísio e Casimiro Abreu. Neste bar tinha um garçom feio, com olhos esbugalhados, revezados para o centro da testa de onde convergiam uma morbidez de fazer inveja os personagens de Dante. Este garçom era chicoteado por Célio Ferraz, Birosca, Ferdinando e Brabinho. Engolia a seco por que havia, como hoje ainda existe, um certo respeito por gente enturmada.
Passados 40 anos, um dia o Célio estava num bairro de Caxias, tomando uma cerveja numa esquina, quando viu um vulto de óculos escuros, um grande rádio de pilha tocando música rancheira e com uma roupa totalmente identificada com o personagem de sua juventude. Quando ele chegou mais perto não havia dúvida. Era mesmo o Garçon “Puaba”. Célio, mirando o personagem e apontando para Ferdinando brada nas alturas: ........Puabaaaaa... Incontinente recebeu a chegada do velho garçom bem perto de seu rosto que sentenciou algo que devia estar engasgado em sua garganta. ///Puaba é a puta que o parillll. Célio entendeu e, depois de um intervalo onde o afeto suplanta as diferenciações de credo, religião e política, abraçaram-se longamente.
Naqueles anos 40, Manoel Maia vendia Caqui, Bueno Agostinho trabalhava ensacando Sal na Rua Sacadura Cabral no Rio de Janeiro e Dodô do bicho trabalhava na Fábrica de Sandálias de Landor Pereira, pai de Fred e Fernando. As nossas ruas tinham em suas poeiras as verdadeiras essências de suas histórias.
Jonas Willeman, Zé Baiaco, Baiano Leiteiro eram vistos em nossas esquinas da vida com suas alegres falas e sorrisos nossos"...(trecho do Livro O Pinguin da Rua do Meio)
Sai de cena no palco da existência das "histórias Vividas" um grande jornalista e cronista. Alan correu mundos mais tinha os pés presos nas nossas ruas e praças que ele tanto andou e curtiu. Se sentia triste com a onda de violência e me perguntava: "Pinguin, como que você não tem medo de morrar ai em Macaé, num sitio, numa cidade que é a mais violenta do Brasil?". Eu ria e consolava suas aflições dizendo que estava cercado de seguranças armada, Antes dele me chamar de mentiroso, eu emendava o meu texto/telefonico e dizia: Meus seguranças são alguns galos, 10 galinhas e uns gansos amigos...
Foi assim, brincando e tirando o medo dele que lhe chmava para voltar viver em Macaé. Alan deixa, com sua morte, um legado de obras, cronicas e textos belissimos. O REBATE, onde ele escrevia seus textos, os mais corajosos de sua vida, envia, em meu nome a sua esposa e filhas os sinceros sentimentos de tristeza e solidariedade.
( José Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com ).
25 de agosto
11 anos sem Euzébio:
FESTA ONDE VIVO NÃO ENTRA SÓ EU E PHYDIAS
Se Euzébio Luiz da Costa Mello estivesse aqui nesta dimensão por certo estaria muito feliz com o REBATE, onde ele estaria escrevendo suas ACONTECENCIAS. Daria lindas gargalhadas com a quantidade de colunistas e as verdades que este jornal sempre fez questão de nunca omitir. Onze anos e, numa reunião imaginária, estaria, sentado a cabeceira de sua simples cama, rodeados pelos amigos que com eles partiram e que fizeram história neste jornal.
Juarito, Luciano e Marquinho Brochado, Samuel, Cláudio Itagiba, Sandra Lennon Agostinho, Diva, Diva, Diva, Marco Aurélio, Paulo Barreto, Lecino Mello, Luiz Pinheiro, Thomé, seriam alguns dos convidados. Rolaria muita água mineral, doces e alguns salgados. De vez em quanto, altas conversas sobre o que passa aqui em baixo.
A vida deste jornalista, poeta, artista plástico, critico de Artes e historiador foi marcada por grandes presenças na vida desta comunidade. Neto do jornalista Cezar Mello, editor de O SÉCULO nos anos de 1860, ele ingressou no jornalismo a meu convite nos anos de 1960. O REBATE, nesta década era adquirido por mim, das mãos dos Antonio Curvello Benjamim. Djalma da Silva Almeida e Ney Moura. Não tinha nenhuma experiência comercial e pouca de gráfica e jornal. Izaac de Souza iria me orientar na parte gráfica e parti para o seria uma grande transformação na Imprensa da Região. O REBATE sai das mãos das Elites conservadoras e passa a ter uma vida completamente oposta. Abri espaços para todos que tinha vontade de expressar-se. Igual ao O REBATE on-line de hoje. Nesta guinada democrática, sem perder o norte dos Editoriais, o jornal assumiu a postura que até hoje impõe na vida jornalística do Brasil.
A presença de Euzébio Luiz foi fundamental nesta luta que foi a vida deste Jornal nos anos 60/70. Seus textos, todos feitos a mão, com "garranchos", revisados por ele mesmo em outras cores de caneta, as vezes rabiscados ou sujos em papel de enrrolar pão, ou outros em folhas de cadernos. Neste emaranado de letras misturadas com toda a sorte de virgulas e pontos riscados, estavam a essência de seus textos belemente elaborados em uma cabeça previlegiada pelos deuses.: A cabeça de Euzébio Luiz da Costa Mello.
Os anos de chumbo, com O REBATE sob forte censura e a gente sofrendo toda sorte de pressão, fizeram com que uma grande amizade nos unisse. Se antes, nos anos de 1860, meu avó Mathias Lacerda foi amigo de seu avô Cezar Mello e, se mais tarde o seu pai Clóves Mello, nos anos de 1940, tivesse sido amigo de meu pai Djecyr Gama, fosse os motivos de nossa afetividade, eu não sei. Só sei que fomos grandes amigos, companheiros e parceiros em muitas lutas.
Fundamos o PT que acreditamos, demos nosso nome numa eleição de voto vinculado, eu como candidato a Deputado Estdual e ele como Vice-Prefeito de Iza Correa de Aguiar, onde fomos os responsáveis pela 1ª vez neste partido (ano de 1978/82) da criação e ação das minorias.
O partido tinha em seus quadros de candidatos, mulheres, negros, homossexuais, marginais de periferia (mini-bandidinhos) diferentes dos Bandidões do Petesão de hoje. Eu e Euzébio fizemos questão de cumprir a risca os Estatutos do Partido dos Trabalhadores e, buscando nas minorias poderíamos chegar a grande maioria. Fizemos um quadro de vereadores com mais de 40 candidatos e isto espantou a elite que, acionou o judiciário da época. O magistrado usou de todos os meios para impugnar nossos candidatos a vereança. A direita sabia que eu nunca fui bobo em articulação. Sabia que a minha escola tinha sido o PTB de Roberto, Jango e Paiva Muniz e que, agora, neste partido, eu estava, além, de dando voz a quem não tinha, olhando mais na frente em busca de "fazer, pelo menos 1 vereador". O Juiz José Carlos Pinheiro da Costa, impugnou 2/3 dos nossos candidatos a vereança e, ainda "ouvindo a voz das elites dos anos 60/70, "inventou alguns processos" contra eu, Secretário Geral do PT e contra Euzébio Luiz, presidente. Até uma assinatura do Euzébio, reconhecida pelo Tabelião Otto Filho, este ilustre magistrado disse ter sido falsificada. Sem apoio da Regional do PT, sem experiência nestas mutretas judiciárias, ficamos sem mais de 2/3 dos candidatos a vereança. Euzébio brigou, fez artigos contra a perseguição mais de nada adiantou...
Esta é uma das centenas de pelejas que tevemos e lutamos lado a lado. ( José Milbs ).
27.6.10
Inverno, ventos, chuvas, ninhos que caem. Meus cabelos brancos esvoassam...

Tem horas que, revendo alguns textos que escrevi me dá vontade de republicar. Não só por que os achem lindos como também devido a achar que alguém tem que ler estas minhas "retiradas do MEU COTIDIANO" nesta existência. POR UM NINHO QUE CAI é um destes momentos que marcaram muito meus sentimentos de revolta contra a destruição de nosso planeta. As vezes fico bolado, triste, saudoso e até, por que não, apurrinhado de ver tantas desordens nas cabeças das pessoas que se dizem "pessoas pensantes".
"Onde já se viu", ouvi muito de meus avós e bisavós, tamanha maldade. As pessoas cortarem as plantas, matarem as nascentes. Tudo isso por nada. Apenas para ganharem mais algum dinheiro que será transferido para outras pessoas e, no fim, quando morrem, não levam nada...
Este texto "por um ninho que cai", eu o fiz num tempo de solidão no sitio onde moro.Passados, não sei quanto tempo, talvés uns 15 anos, tudo continua igual. Novo Inverno no ano de 2010 e mais gente tombando árvores, destruindo nascentes e deixando que os pássaros continuem vendo suas ninhadas destruidas...
Por um ninho que cai... ventos, ventanias, chuvas...
Crônicas de José Milbs
Muitos textos que fiz se foram nas ventanias da vida. Muitos foram publicados no velho e resistente O REBATE no decurso destes 50 anos. "POR UM NINHO QUE CAI foi um destes que deve habitar algum arquivo de alguém que gosta de guardamentos.
Neste uma falava as chuvas de inverno, ventos uivantes, balanceamento de árvores aqui do Sitio onde moro. Revia a luta de um casal de rolinhas que, aconchegados aos sews filhotes, fazia frente as trovoadas e relâmpagos que, abusando das forças maiores da natureza, objetivam jogar por terra os filhotes. Debalde, falei da luta das Rolas. Uma rajada de vento, que até molhou as lentes de meus óculos, levantou e atirou longe os filhotes.
Não sei se rolinhas choram. Eu praguejei a natureza. Por que que logo os filhotes? por que não foi, com seu vento forte e seus raios, atingir quem mata Nascentes, Cimenta Rios e matam animais indefesos?
Neste meu texto POR UM NINHO QUE CAI falei também das gotículas das chuvas criadeiras de Agosto e final de Julho que faziam brotar as mais lindas sementes que ficam no chão...
Entendia, neste texto, o que era de fato a transformação do vital. Desde lindo circulo natural de vida e morte...
Hoje, meu filho Luís Cláudio me diz que um ninho tinha caido da soleira da casa onde habitamos. Dizia que neste momento se lembrou deste que originou esta lembrança...
EU, POETA?
Foram se os Cabelos Negros, vieram os Brancos...
Foram-se as duvidas...
Vieram as certezas...
Na duvida do nascimento do amor... A certeza do seu nascimento....
A existência das dúvidas em verdades vividas...
Haveria certeza nas dúvidas puras das infâncias?
Ou seria a 'duvida a eterna das nossas incertezas?
Comentários
Marisa M. Goelzer 27-06-2010 19:46
Amigo José Milbs
, Ilustre Poeta. Não obstante a distancia,sinto sua presença.Voce tem na fala uma fortaleza e a doçura dos anjos.Leio tudo que voce escreve e meu aplauso é eterno.Obrigada por tudo.Deus o ilumine sempre.
Marisa Marina Goelzer.
Neuza PINHEIRO 17-11-2009 15:12
:roll:: Você é um poeta!!!
São seus cabelos brancos que transforma sua rotina em poesia,
São as certezas que as fazem belas,Na existência da dúvida e que fez nascer e crescer o verdadeiro , homem, jornalista e poeta José Milbs,Um grande abraço sua fã. Neuza Pinheiro
23.6.10
Ex Engenheiro Chefe da Cedae, Benedito Ferreira da Silva, morre de ataque cardíaco

Filho do Ex-Prefeito Aristeu Ferreira da Silva, o Engenheiro macaense BENEDTIO FERREIRA DA SILVA, sofre ataque cardíaco e morre na Região de Petróleo.
Nascido em Macaé, com pouco mais de 70 anos, foi Diretor da Cedae na nossa cidade. Fez todo o seu curso secundário em Macaé e é membro de tradicional familia. Seus filhos todos estudaram no Colégio Estadual Luiz Reid e ele fazia parte dos poucos Engenheiros nativos que mantinham a simplicidade herdada de seu saudoso pai Aristeu Ferreira da Silva que foi amigo pessoal do ex Governador do Estado do Rio de Janeiro, Roberto Teixeira da Silveira e Fundador do Partido Trabalhista Brasileiro de João Goulart.
Bibi, como era conhecido e chamado pr seus amigos de Macaé, lutava com a doença de sua companheira Célia.
Aos seus filhos Marcial, jornalista, Marcio, Arquiteto, Célia, funcionária da Sáude e Maria Cécilia, da Petrobras, os sentimentos de O REBATE pela perda prematura de Benedito Ferreira da Silva.
DUNGA FALA DAS SAUDADES DA FAMILIA DO BIBI
Luiz Claudio Bittencourt
Milbs, realmente uma perda muito grande. Do pai dele tenho uma lembrança muito interessante: lá pela década de NÃOSEIQUIQUANDO eu era um menino todo tomado por verrugas - parecia um calango !!! A Virgínia era amiga da minha mãe e sugeriu que me levasse a casa dela para que o seu Aristeu rezasse essas verrugas. Não deu outro coisa - uma semana depois, não havia verruga alguma nos sete cantos do Dunga.
Sou eternamente grato a ele por este gesto de caridade - e que ele receba a minha gratidão em forma de prece.
Abraço dunga
22.6.10
MACAE E NOVA FRIBURGO REVERENCIAM O GRANDE ESCRITOR E JORNALISTA AUGUSTO CARLOS CURVELLO DE MUROS




MORRE EM NOVA FRIBURGO O JORNALISTA, ESCRITOR, EX LIDER ESTUDANTIL DE MACAÉ, AUGUSTO CARLOS CURVELLO DE MUROS.
Radicado em Nova Friburgo desde os anos 70, Augusto trabalhou e se aposentou no Banco do Brasil. Nasceu em Macaé, estudou no Colégio Estadual Luiz Reid, participou ativamente do Movimento Estudantil nos anos 60 e foi diretor do Grêmio Cultural "Luiz Lawrie Reid em 1959 e Diretor da FEM (Federação dos Estudantes de Macaé) nos anos de 61, 62 e 63. De tradicional família macaense se destacou em Nova Friburgo como lider, jornalista e escritor. Vários de seus livros em romance estão esgotados em todas as livrarias.
Ontem conversamos, via Facebook, e ele dizia que estava se preparando para o lançamento de um novo livro e que, em breve viria à Macaé para rever amigos.
Hoje, O REBATE recebeu com tristeza, via seu primo e amigo Ivan Bastos, a noticia de seu falecimento, O coração não reisttiu a onda de grandes criações que era portador este velho amigo e companheiro de lides.
Em nome de O REBATE desejo deixar aos seus familiares os sentimentos de toda a nossa equipe.
José Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com
Meu último dialogo com Augusto carlos domingo. Pouco depois ele morreria.
ATIVIDADE RECENTE
Augusto Muros
Augusto Muros
Zé Milbs, voce vai mesmo nesses eventos todos que voce confirma????
Jose Milbs Gama
Jose Milbs
alguns sim outros eu vou apenas divulgando no o rebate. e vc que conta de novo? qdo vier em macaé apvise abs jose milbs
domingo às 15:25 ·
Augusto Muros
Augusto Muros
Tudo bem, de novo o lançamento do meu livro UM MORTO NA CARONA, um romance policial que está vendendo bem, Continuo como cronista do jornal A VOZ DA SERRA e já comecei um novo romance, DONA GUIOMAR E O FANTASMA.
domingo às 17:49
Escreva um comentário...
AMIGOS E PRIMOS ESCREVEM SOBRE AUGUSTO:Jornalista e Prima ivana Figueiredo
José Milbs, boa noite!!
Antes mesmo de abrir o seu e-mail fui informada sobre a morte de Augusto pelo meu pai.
Lamento muito...
Era uma pessoa muito querida e vai deixar saudades.
O céu está em festa. Mamãe, tia Nair (mãe de Augusto), vovó Lili, Sérgio (filho de tio Carlos), tia Mariquita, entre tantos entes queridos vão aguardá-lo de "braços abertos" ao som de muito jazz...
Abs
Ivana.
Ivan Bastos primo e grande amigo:
José Milbs
Diante do susto da notícia da perda de uma pessoa tão querida, agradeço a homenagem ao Augusto Carlos e sei que ele gostava muito de você. Onde ele estiver, ele deve estar feliz de ter sido lembrado.
Grande abraço.Ivan.
Paulo Carvalho, jornalista, âncora do jornal do SBT, exz Secretário de Comunicação de Macaé e amigo fiel meu e de Augusto:
Caro Zé Milbs,
tenho lido sempre internéticamente o nosso querido REBATE. Parabéns pelo sucesso!
Hoje lhe escrevo pra comunicar, com tristeza, o falecimento do meu grande amigo macaense/friburguense Augusto Carlos Curvello de Muros, que por certo você também conheceu.
Ele sofreu um enfarte fulminante na manhã de ontem, em plena Avenida Alberto Braune, centro da cidade.
O corpo está sendo velado na antiga Câmara de Vereadores de Nova Friburgo e será cremado às 13:30h deste dia 22.
Muros foi fundador comigo do grupo de teatro GAMA, em 1966. Fizemos grandes peças juntos. A última em 2003, "Liberdade, Liberdade". Como eu, era torcedor roxo do Fluminense.
Ele foi ainda presidente do Nova Friburgo Country Clube, da Associação Friburguense de Imprensa e da Academia Friburguense de Letras.
Era cronista semanal nA Voz da Serra.
Deixa uma enorme penca de amigos, a viúva Clélia e os filhos Juliano e Carolina.
Deixa ainda um grande vazio na vida cultural e social de Nova Friburgo.
Um grande abraço. Paulo Carvalho.
Adeus, Augusto Muros
Robson Rodrigues
Lider da Área Pastoral
Igreja Batista da Serra
Não terei a pretensão de falar de uma pessoa tão ilustre e especial para Nova Friburgo como Augusto Muros, de suas qualidades, de suas colunas bem humoradas, críticas e reflexões, por ser um tricolor, um exímio escritor, amante do Jazz e da cultura, um pai de família, amigo e cidadão.
Adeus, Muros, que sua família seja consolada pelo Espírito de Deus, que o Pai das Luzes ilumine a sua família e que as melhores lembraças suas sejam preservadas na memória de Nova Friburgo.
Minha última e singela homengem a você.
Robson Rodrigues
Lider da Área Pastoral
Igreja Batista da Serra
Carlos Emerson Jr:
A morte de um escritor é uma perda muito maior para uma comunidade do que a de um político ou celebridade. No caso de Augusto Muros, cronista de nossa Nova Friburgo, chega a ser irreparável.
Infelizmente não o conhecia pessoalmente mas, em algumas oportunidades, tive o prazer de receber seus oportunos comentários aqui no Blog da Serra. Quando seu último livro, “Um Morto na Carona” foi lançado no Centro de Artes, eu estava no Rio, perdendo uma ótima oportunidade de conhece-lo ao vivo e à cores!
Sua crônica semanal no “A Voz da Serra” era imperdível, com seu estilo leve e gostoso de conversar sobre as coisas do cotidiano. Aliás, não deixe de ler sua última crônica publicada, “Como não falar na Copa ?”
Minhas sinceras condolências para a família e amigos.
Cultura e Arte Literatura Morre Augusto Muros, perda lastimável para a imprensa e a cultura friburguenses
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Morre Augusto Muros, perda lastimável para a imprensa e a cultura friburguenses
Voz da Serra
Qui, 24 de Junho de 2010 13:00
A imprensa e a cultura friburguenses estão de luto. Morreu ontem, 21, aos 67 anos, o jornalista e escritor Augusto Carlos Curvello de Muros. Ele foi vítima de parada cardíaca no início da tarde, quando caminhava pela Avenida Alberto Braune. Chegou ainda a ser socorrido por uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Raul Sertã, onde não resistiu aos primeiros socorros. Muros era um dos colunistas mais antigos de A VOZ DA SERRA, em que, nos últimos 30 anos, publicou crônicas sobre os mais variados temas. A última, intitulada, Como não falar da Copa?, foi publicada na edição do fim de semana passado. Seu corpo foi velado desde o fim da tarde de ontem no salão nobre da Academia Friburguense de Letras, entidade que ele presidiu entre 2005 e 2007. Seu corpo será cremado hoje, 22, às 13h30, no Crematório do Cemitério Luterano de Nova Friburgo.
Macaense, aposentado do Banco do Brasil e também ex-escriturário do Banco Predial do Estado do Rio de Janeiro. Autor de cinco livros, Augusto Muros dedicava-se atualmente à finalização do romance Dona Guiomar e o fantasma. Há dois meses lançou, no Centro de Arte, Um morto na carona, narrando curiosidades do dia a dia vivenciadas e ambientadas em Nova Friburgo, a partir do transporte de um passageiro que morre no banco do carona de um táxi durante uma corrida.
O primeiro livro de Muros foi lançado em 1980, com uma coletânea de crônicas publicadas em A VOZ DA SERRA, com o mesmo título de sua coluna na época, Aqui Friburgo. Cinco anos depois, lançou o romance Martini com cereja e em 1994, Minha doce Mila, uma reunião de contos. Em 2005, comemorando 25 anos de A VOZ DA SERRA, lançou outra coletânea de textos publicados no jornal em O índio paraguaio, que lhe rendeu um prêmio em Brasília.
Amante do jazz, tricolor convicto e fã ardoroso de Dorival Caymmi e Ary Barroso, Augusto Muros atualmente se rendia ao charme da serra em Nova Friburgo e o veraneio em Rio das Ostras, batizada por ele como a querida Rivière, mote ainda de muitas de suas últimas crônicas neste jornal. Defensor ferrenho da cultura local, Muros foi um dos fundadores do Grupo de Arte, Movimento e Ação (Gama), pelo qual participou de diversos espetáculos no município, entre eles A moratória, Auto da Compadecida, O noviço, Faz escuro, mas eu canto, A história de muitos amores, A história do zoológico e Liberdade, liberdade, este último produzido em 2003.
“Tenho plena certeza de que perdi um grande amigo e Nova Friburgo ficou sem um grande talento”, disse ontem o atual vice-presidente cultural do Gama e amigo pessoal de Muros, Júlio Cézar Seabra Cavalcanti, o Jaburu. No cinema teve participação no documentário de Sergio Madureira, Parada de um caminho.
Augusto Muros atuou também como diretor cultural e vice-presidente social e relações públicas do Nova Friburgo Country Clube, do qual também foi presidente; diretor social do extinto Clube dos 50; presidente da Associação Friburguense de Amigos e Pais do Educando (Afape) e ainda como secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo no governo do ex-prefeito Paulo Azevedo, entre 1997 e 2000. Na imprensa regional, além de A VOZ DA SERRA, Muros também atuou nos extintos jornais O Debate, Correio de Macaé, O Nova Friburgo, Rádio Friburgo AM e A Folha.
No biênio 2006-2008 foi também vice-presidente da Associação Friburguense de Imprensa (AFI), no primeiro mandato do atual presidente José Duarte. Augusto Muros deixa viúva a professora aposentada Clélia Maria e os filhos Juliano e Carolina. À família enlutada, direção e equipe de A VOZ DA SERRA enviam o mais profundo pesar.
José Milbs de Lacerda Gama, editor de O REBATE onde Augusto Carlos de Muros começou sua vida de cronista.
21.6.10
Dignidade sem limites e um pouco de um homem que viveu intensamente a dignidade...



(Cláudio Edgar e Familia. Foto de Arquivo com dedicatória de Cláudio Moacyr de Azevedo para Edgar Pacheco e familia).Foto de Wandeley Silva, professor e amigo).
Nos idos anos 66/70 era Prefeito de Macaé um jovem de pouco mais de 30 anos e eu, com um pouco mais de 20 anos exercia o mandato de Vereador. Uma inexperiência quase total habitava. Imaginem os leitores, nossas cabeças. Ambos havíamos saídos do Movimento Estudanti. Cláudio da UFE (União Fluminense dos Estudantes)e eu da UFES (União Fluminense dos Estudantes Secundários). O REBATE era editado por mim, com edição ainda em papel e a cidade vinha aguardando com curiosidades naturais o que viria acontecer pelas mãos de pessoas que não participavam da elite. Éramos nascidos e criados nas empoeiradas Ruas desta cidade de Sol e Mar e nossas descendências genéticas nada tinham a ver com os dirigentes de até então.
Que se podia esperar, falavam aos cantos e ventos alguns mais arrojados, de um filho de um Sapateiro (no caso do Autor) e do filho de uma mulher que sobrevivia "batento doces em tachos" para aumentar a renda familiar e educar os filhos?
Cláudio Moacyr de Azevedo assumiu o mandato em Janeiro de 1967 e surpreendeu toda a cidade, ainda careta e com ensaboamento burques que escorria em seu corpo, escolhendo homens que estavam bem acima de toda a sorte de julgamentos falsos. Dentre esses homens, estava a figura íntegra e de moral ilibada de EDGAR DE SOUZA PACHECO,que era macaense, havia sido nomeado para a Recebedoria de Rendas da Região. Aposentado, no vigor de seus quase 40 anos, sorriso aberto ao diálogo, homem que jamais deixaria espaço para qualquer ação que não fosse o correto no trato com o dinheiro público, Edgar Pacheco aceitou o convite do jovem Prefeito para ser Secretário de Fazenda. Uma ducha de agúa fria nas cabeças oportunistas dos dirigentes, até então acostumadas a "entrarem pela porta estreita da corrupção que a Secretaria de Fazenda levava e ainda leva aos bolsos dos Prefeitos.
Cláudio começou a ameaçar esta elite que já havia "detonado", em 1961, o Prefeito Eduardo Serrano que tinha sido eleito com uma estrondosa votação e com apoio das Massas Sofridas dos morros e da periferia. Pensavam esta elite caduca, em suas reuniões, em Clubes a seus Serviços: - O Menino, saído das Poeiras da Rua do Meio, não vai ser fácil de derrubar não. Olhem quem ele colocou na SECRETARIA DE FAZENDA onde a gente podia usar as nossas garras afiadas. Ninguém nada menos que o Edgar de Souza Pacheco, filho de Godofredo Joaquim Pacheco e de Dona Leonar de Souza Pacheco. Ele trabalhou na Capital do Estado, é nascido na cidade, tem uma reputação das mais limpas e todos os locais onde trabalhou e, ainda por cima, é um homem de coragem...
Pois é, amigos leitores, rebuscando os arquivos de "O REBATE" tive acesso a este fato e algumas fotos.
Quero fazer de público, como participante ativo da História desta região, o legado de respeito que sempre tive com este grande homem que foi Edgar Pacheco. Tive a felicidade de ver seu sorriso de menino,vindo da face de um homem feito.
Por isso, em nome da história de nossa cidade deixo patenteado a seus descendentes, em especial a minha contemporânea Tania Barreto Pacheco e seu irmão Celso, o profundo agradecimento de todos os participantes da política de Macaé, nos anos de 1966 até meados de 1970, ao nosso querido Edgar. Ele, com sua presença, conseguiu, com respeito ao dinheiro público, que Cláudio terminasse seu mandato e tivesse sido um dos mais brilhantes macaenses na vida do Estado do Rio de Janeiro.
Em 1970, concorri e perdi para Prefeito; Cláudio se elegeu Deputado e, em 1971, soube que o Edgar voltou para Niteroi, em companhia de sua bondosa companheira Maria Cely Barreto Pacheco, onde trabalhou como Contador e faleceu em 2001.
(Quando as futuras gerações estiverem interessadas nas histórias dos Homens que Fizeram nossa História, puderão, através da busca universal do GOOGLE e do "O REBATE" motivos para seus textos).
José Milbs de Lacerda Gama editor de "O Rebate", ex-vereador nos anos 60 e ex candidato a Prefeito em 1970)... www.jornalorebate.com
RECEBI DE TANIA, FILHA DO EDGAR ESTE LINDO TEXTO:
Tânia: Ao querido amigo Josè Milbs....( se foi amigo do meu saudoso pai, è meu amigo tambèm). Belìssimo artigo.... Estamos muito felizes (minha famìlia e eu) Na data de ontem, tivemos a grata satisfação de lermos o artigo, em que você, destacou a memòria do meu saudoso pai Edgard de Souza Pacheco. Bem se vê que o conhecia muito bem.... E garanto que ele tinha um grande carinho e estima por você..... Muito obrigada, por este grande presente!!! Um grande abraço da amiga; Tânia Barreto Pacheco Luchi.
19.6.10
OS MAIAS QUE VIERAM DO NORTE E FIZERAM HISTÓRIA NA REGIÃO DE PETROLEO. MORRO MANEL MAIA, UM DOS ÚLTIMOS DOS MOICANOS,,,

O Patriarca dos Maias chegou à cidadezinha de Macaé, Norte/região litorânea do Rio de janeiro, nos anos 50 do último século. Trazia malas, alegres sorrisos, companheira corajosa e uma penca de filhos que se espalhou por toda a região.
Conheci todos eles. Alguns foram companheiros de noitadas, sob o luar ameno das madrugadas, outros nas longas conversas que varavam noites no "Restaurante Belas Artes" e, a maioria nas minhas passadas políticas quando ousei, aos 26 anos, ser Prefeito desta cidade de Vento frio no Inverno e Sol escaldante nos mêses de Verão.
Carlos, Tonho, Manoel,Paulinho,Mário Agulha e, uma jovem que se casou com o irmão do Jornalista ely Azeredo, eram filhos, deste senhor de cabelos longos e brancos como neve.
A politica do Norte do Brasil eles trouxeram para a nossa região de Petróleo e era saudável, para mim, menino ainda engatihando no colhecimento da vida, ficar horas e mais horas escutando o barulhar bonito das sonoras vezes que vinham de um lugar tão distante. Poucos eram os que arriscavam sair do Norte ou do Nordeste para um arrisco de vida em uma região como Macaé.
Eles vieram, espalharam seu sangue por aqui e hoje temos centenas de descentedentes que enfeitam nossa comunidade.
Particularmente fui mais chegado ao Velho Carlos Maia. Não sei se devido ele ter se casado com Lucy, irmão de minha "prima" Geny Célem ou se era mesmo por ser Maia um boêmio nato ou ter um belo sotaque que me fazia bem ouvir...
Carlos foi meu companheiro em longas risadas e afetos mil.Por causa desta proximidade foi que pude conhecer o restante destes pilares da história dos Maias. Manoel veio ser um dos mais ouvidos. Comselheiro nato, sorriso aberto, afável e de grande inteligência nativa, ele se tornou meu parceiro em vários acontecimentos que marcaram estes 70 anos de vida.
Manoel Maia, Clàudio Moacyr, Carlos Motta, Ronald de Souza, Alvinho Paixão, Claudio Ulpiano, Otavianno Canella, Omir Rocha, Carlos Tinoco Garcia, os irmãos médicos Jorge e Jair Picanço Siqueira,Filhinho Monteiro, Paulo Rodrigues Barreto personalizavam as tardes noites, em prolongadas e risonhas falas nas mesas do "Belas Artes". Era deles que ressoavam os tambores que iriam tocar a trajetória eleitoral de muitos candidatos. A maioria dos que pensavem e sair do anonimato social ou político passaram pelo crivo de alguns destes olhares humanos que pré falei...
Política que não tinha o gosto doce das falcatruas e nem o amargo dormir sob o Manto Porto da Corrupção. Vereador era mesmo gente do POVO e seus mandatos nunca foram 'BALCÃO DE NEGÓCIOS". Esta turma ensinava, aos mais novos, que "meter a mão no dinheiro público" era coisa feia. Era melhor mesmo ir ao jogo...
Soube, por meu amigo Manel kaki, filho do Manel Maia, que ele havia falecido. "Que isso, Caqui?. Quando foi isso? êle, como filho e grande companheiro do velho Maia, me sentencia: -" preocupa não, Milbs, ele estava velhinho. Já com 87 anos. Descansou". Pensei, cá com meus botões que faltam na camisa que dormi e acabei de falar com ele no telefone: É mesmo. Todos ficam velhinhos. Quem diria que o Manoel Maia, que fez história em Macaé e foi completá-la em São Pedro D'Aldeia, tivesse já com esta idade. Quem não morre de novo, de velho não escapa...
Aposto que não deixou, mesmo neste momento de morte, de exibir seu sorriso que fazia animar os mais sisudos dos seus amigos e criou centenas de outros tantos durante sua existência.
A família Maia, de centenas de histórias ligadas ao O REBATE que está com 78 anos, também de histórias, os sentimentos do jornal que eles gostavam de ler e mandar noticias.
José Milbs de Lacerda Gama, editor
14.6.10
WALTAIR FERNANDES PINTO, O ENFERMEIRO DO PU QUE TINHA UMA VISÃO FUTURISTA BEM Á FRENTE DE SEU TEMPO

Trabalhamos juntos no Ministério da Saúde no antigo PU de Macaé. Waltair dava seu plantão, nas 4as feiras e, na enfermagem, sempre elegantemente dentro de seu bem engomado jaleco branco, era requisitado como um dos melhores no trato com os segurados. Gostava de politica. Recordo que sua chegada à Macaé se deu no início dos anos 60 e se tornou muito popular.
Estudou no "Colégio Estadual Luiz Reid" e conheceu Ilma Barreto, a filha mais querido do seu José da Cunha Barreto e Dona Ilda. Ilma, uma menina tímida e muito bonita formou com Waltair um par ideial. Juntava-se, ali, o recatamento com a fala solta. Como a gente fazia parte da mesma geração este assunto bailava sempre ns conversas. A cidada vivia a intensidade bela de suas ruas cheias de gente que se conhecia no cumprimentativo de transeuntes e famílias antigas...
A cidade era pacata. As pessoas iam e vinham na Rua Principal, local de encontro que, especialmente nas 3a. feiras e nas 5as, se enchiam para a frequência dos cimenas.
As 3as. era para as Sessões Colossos, com Faroeste e Séries. Nas 5as., em duas Sessões, haviam os chamados "bons filmes" onde a Classe Média gostava de ir. Eram os pais que levavam as filhas e estas, surtivamente, "guardavam o lugar" para os seus namorados que esperavam as luzes se apagaram para sentarem-se. Neste Escurinho do Cinema" muitas mãos foram dadas e muitos casamentos foram realizados na bucólica cidadezinha de Macaé, Norte do Estado do Rio de Janeiro. Veja texto em http://orebate-josemilbs.blogspot.com/2007_08_01_archive.html
Nas 3as., nos Faroestes e nas Séries a frequência era popular. Gente que ia para torçer pelos bandidos, galeras dos Bairros periféricos que iam "jogar pedra na "Aguia" da Paramont e fazê-la voar"; avisar aos bandidos, em gritos frenéticos, que o mocinho esta a espreita. Um pandemônio que obrigava os lanterninhas a acenderem rostos e flagarem muitos namoros avançados que nada tinha a haver com a bagunçada.
Fervilhava na Região uma briga politica entre o Govêrno do Estado de um lado e do outro um forte grupo político local. Era a tempo em que governava a cidade o seu primeiro prefeito Gay. Veja em http://www.intercom.org.br/papers/sipec/ix/trab44.htm
Aí que entra a perspicácia futurista de Waltair Fernandes Pinto. Vendo que a cidade tinha apenas movimentação às 3as e 5as. ele procurou os proprietários dos dois únicos cimenas e fez proposta: Alugaria às 4as o Cine Santa Izabel e as 6as. o Cine Taboada. Discutiu preço bem baixo com os donos e, pasmem, encheu as duas casas com filmes bons que ele, conseguia, não se sabe donde.
Não foi só neste campo que atuol o liderança de Waltair. Fundou várias Associações de Moradores e ainda, devido ao seu carisma pessoal e alegre, foi o Vereador mais votado na Barra do Rio Macaé, desbancando seculares coronéis do voto.
Deixou 3 filhos que honram a história da vida macaense. Waltair Filho, Leonardo e Ilda. Assim como ele fez parte atuante de minha geração os seus filhos fazem parte na dos meus.
E o "Barco da Vida continua sendo remado nas Ondas Dominadas e Poluídas de Imbetiba e, a nossa história, fica mais triste com as perdam que se sucedem...
Waltair lutou muito pelo Bairro da Barra do Rio Macaé em por último pela Associação de Moradores do Novo Cavaleiro onde residia.
Em nome de toda a equipe de colunistas de "O REBATE"" envio aos seus filhos as condolências.
Pelo nosso convênio com o GOOGLE eternizamos, hoje,o nome de Waltair Fernandes Pinto em todas as "buscas da Internet" com o dever de fazer justiça a esta vida simples que muito pensou e viveu "Macaé"...
José Milbs de Lacerda Gama, editor )
30.5.10
Uma foto, muitas lembranças, gente que fazia e faz a história de O REBATE

Sempre é bom recordar fatos e fotos que marcaram a vida de uma cidade. Macaé é igual a todas elas. Aqui se formaram e se formam o ciclo de vida e vivências. São pessoas simples que, na simplicidade de um mundo alegre e bucólico fazem com que renascem histórias que são passada de pai para filhos e de mães para filhas. Agradeço a jovem Bia barreto & Barreto que me mando este jóia de fotografia que foi tirada, nos anos 60, em frente ao Colégio Luiz Reid.
26.5.10
El tiempo pasa, eles passarão eu passarinho Uma coisa é certo: Quem não capitula é Rei...

Jayro Ramalho, presente:
TRIBUTO A UM LIDER DA CLASSE OPERÁRIA/FERROVIÁRIA NA REGIÃO DE PETRÓLEO DO RJ.
Jayro Ramalho recebeu, no ano de 1987, na edição de número 2449, datada de 17 a 18 de junho, uma justa homenagem de "O REBATE". Nesta época o jornal tinha passado para tr-semanal em sua edição em papel. Era um esforço lindo e grandioso de meu filho Luiz Cláudio Gama que, liderando um grupo de jovens gráficos e colunistas, colocava na região um jornal livre, robusto e de total voltamento para as causas populares.
Escrevia uma coluna de capa de nome "DO COTIDIANO". Por conhecer a pessoa de Jayro ramalho em minhas andanças pelas oficinas de Imbetiba, quando, aos 13 anos, fazia o curso de Torneiro Mecânico e Ajustador, aprendi a admirar muitos dos "mais velhos". Jayro era um desde que trazia na face e na fala a certeza que jamais iria capitular em suas idéias revolucionária.
Não havia em mim nada de conhecimento teórico que pudesse fazer crer nos olhares profundamente limpidos que podia sentir nos poucos contatos que tive com este velho ferroviário dos anos 60...
Escrevi em 1987: " Numa época em que as homenagens tem o cheiro da bajulação e da subserviencia ao poder é muito bom saber que os ferroviários, homens que deram a existência pelo progresso de Macaé e do país, prestam um reconhecimento ao um ex colega falecido. Justa e gratificante quando ela é embasada na figura humana e sem mácula que foi o senhor Jayro Ramalho". (parte de meu texto ai acima gravado para a psteridade oriundo de nosso convênio do o Google/o rebate )
E,continuei assim: " Jamais será esquecido pelos seus colegas de oficinas de Campos, Macaé e Barão de Mauá. Soube manter-se sem capitulação. Jayro faleceu no último dia 5 de Maio. Ninguém melhor que Walter Quaresma para presidir tão importante homenagem".
Ao finalizar, "DO COTIDIANO" de 1987, escrevi: " Em nome de toda uma geração macaense que viu esta cidade crescer sob o "Buso" apitado da Estrada de Ferro, Deixo patente:
" Lembrar os bravos é fortalecer-se".
Agradeço a jovem funcionária do CETEP, Valéria Ramalho, sobrinha de Jayro, por me enviar esté lindo exemplar do "O REBATE" que proporcionou reviver este fato tão marcante na vida Jayro, (josé Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com )
Recebi de Valéria Pestana o email que publico e fico grato pelo reconhecimento de um fato que fiz cumprindo a minha missão de jornalista e observador dos fatos.
Querido José Milbs,
Fiquei muito feliz com a publicação da matéria no seu Blog a respeito do meu querido tio Jairo (a quem chamavamos carinhosamente de Zai). Ao relembrar os anos vividos, o Senhor nos trouxe à memória fatos tristes como as perdas com as quais somos obrigados a conviver, mas também nos trouxe as lembranças mais doces da nossa juventude. O tempo parou para que eu pudesse novamente colher os frutos saborosos da nossa tão saudável meninice.
Obrigado por ontem, por hoje e por sempre...um grande beijo na sua alma.
" E para isso fomos feitos, para lembrar e sermos lembrados."
Valéria Pestana
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