Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

27.6.10

Inverno, ventos, chuvas, ninhos que caem. Meus cabelos brancos esvoassam...

(Clique na foto para ampliar meus Gansos Selvagens que vivem soltos na Nascente do Sitio onde moro há 40 anos. Será que eles vão vigiar, com sua sutileza agressiva e pura, este habitah natural, intocado a milenios?)
Tem horas que, revendo alguns textos que escrevi me dá vontade de republicar. Não só por que os achem lindos como também devido a achar que alguém tem que ler estas minhas "retiradas do MEU COTIDIANO" nesta existência. POR UM NINHO QUE CAI é um destes momentos que marcaram muito meus sentimentos de revolta contra a destruição de nosso planeta. As vezes fico bolado, triste, saudoso e até, por que não, apurrinhado de ver tantas desordens nas cabeças das pessoas que se dizem "pessoas pensantes".
"Onde já se viu", ouvi muito de meus avós e bisavós, tamanha maldade. As pessoas cortarem as plantas, matarem as nascentes. Tudo isso por nada. Apenas para ganharem mais algum dinheiro que será transferido para outras pessoas e, no fim, quando morrem, não levam nada...
Este texto "por um ninho que cai", eu o fiz num tempo de solidão no sitio onde moro.Passados, não sei quanto tempo, talvés uns 15 anos, tudo continua igual. Novo Inverno no ano de 2010 e mais gente tombando árvores, destruindo nascentes e deixando que os pássaros continuem vendo suas ninhadas destruidas...



Por um ninho que cai... ventos, ventanias, chuvas...
Crônicas de José Milbs


Muitos textos que fiz se foram nas ventanias da vida. Muitos foram publicados no velho e resistente O REBATE no decurso destes 50 anos. "POR UM NINHO QUE CAI foi um destes que deve habitar algum arquivo de alguém que gosta de guardamentos.

Neste uma falava as chuvas de inverno, ventos uivantes, balanceamento de árvores aqui do Sitio onde moro. Revia a luta de um casal de rolinhas que, aconchegados aos sews filhotes, fazia frente as trovoadas e relâmpagos que, abusando das forças maiores da natureza, objetivam jogar por terra os filhotes. Debalde, falei da luta das Rolas. Uma rajada de vento, que até molhou as lentes de meus óculos, levantou e atirou longe os filhotes.

Não sei se rolinhas choram. Eu praguejei a natureza. Por que que logo os filhotes? por que não foi, com seu vento forte e seus raios, atingir quem mata Nascentes, Cimenta Rios e matam animais indefesos?

Neste meu texto POR UM NINHO QUE CAI falei também das gotículas das chuvas criadeiras de Agosto e final de Julho que faziam brotar as mais lindas sementes que ficam no chão...
Entendia, neste texto, o que era de fato a transformação do vital. Desde lindo circulo natural de vida e morte...

Hoje, meu filho Luís Cláudio me diz que um ninho tinha caido da soleira da casa onde habitamos. Dizia que neste momento se lembrou deste que originou esta lembrança...

EU, POETA?
Foram se os Cabelos Negros, vieram os Brancos...
Foram-se as duvidas...
Vieram as certezas...
Na duvida do nascimento do amor... A certeza do seu nascimento....
A existência das dúvidas em verdades vividas...
Haveria certeza nas dúvidas puras das infâncias?
Ou seria a 'duvida a eterna das nossas incertezas?

Comentários

Marisa M. Goelzer 27-06-2010 19:46
Amigo José Milbs
, Ilustre Poeta. Não obstante a distancia,sinto sua presença.Voce tem na fala uma fortaleza e a doçura dos anjos.Leio tudo que voce escreve e meu aplauso é eterno.Obrigada por tudo.Deus o ilumine sempre.
Marisa Marina Goelzer.



Neuza PINHEIRO 17-11-2009 15:12
:roll:: Você é um poeta!!!
São seus cabelos brancos que transforma sua rotina em poesia,
São as certezas que as fazem belas,Na existência da dúvida e que fez nascer e crescer o verdadeiro , homem, jornalista e poeta José Milbs,Um grande abraço sua fã. Neuza Pinheiro

23.6.10

Ex Engenheiro Chefe da Cedae, Benedito Ferreira da Silva, morre de ataque cardíaco




Filho do Ex-Prefeito Aristeu Ferreira da Silva, o Engenheiro macaense BENEDTIO FERREIRA DA SILVA, sofre ataque cardíaco e morre na Região de Petróleo.
Nascido em Macaé, com pouco mais de 70 anos, foi Diretor da Cedae na nossa cidade. Fez todo o seu curso secundário em Macaé e é membro de tradicional familia. Seus filhos todos estudaram no Colégio Estadual Luiz Reid e ele fazia parte dos poucos Engenheiros nativos que mantinham a simplicidade herdada de seu saudoso pai Aristeu Ferreira da Silva que foi amigo pessoal do ex Governador do Estado do Rio de Janeiro, Roberto Teixeira da Silveira e Fundador do Partido Trabalhista Brasileiro de João Goulart.
Bibi, como era conhecido e chamado pr seus amigos de Macaé, lutava com a doença de sua companheira Célia.
Aos seus filhos Marcial, jornalista, Marcio, Arquiteto, Célia, funcionária da Sáude e Maria Cécilia, da Petrobras, os sentimentos de O REBATE pela perda prematura de Benedito Ferreira da Silva.

DUNGA FALA DAS SAUDADES DA FAMILIA DO BIBI
Luiz Claudio Bittencourt

Milbs, realmente uma perda muito grande. Do pai dele tenho uma lembrança muito interessante: lá pela década de NÃOSEIQUIQUANDO eu era um menino todo tomado por verrugas - parecia um calango !!! A Virgínia era amiga da minha mãe e sugeriu que me levasse a casa dela para que o seu Aristeu rezasse essas verrugas. Não deu outro coisa - uma semana depois, não havia verruga alguma nos sete cantos do Dunga.
Sou eternamente grato a ele por este gesto de caridade - e que ele receba a minha gratidão em forma de prece.
Abraço dunga

22.6.10

MACAE E NOVA FRIBURGO REVERENCIAM O GRANDE ESCRITOR E JORNALISTA AUGUSTO CARLOS CURVELLO DE MUROS





MORRE EM NOVA FRIBURGO O JORNALISTA, ESCRITOR, EX LIDER ESTUDANTIL DE MACAÉ, AUGUSTO CARLOS CURVELLO DE MUROS.
Radicado em Nova Friburgo desde os anos 70, Augusto trabalhou e se aposentou no Banco do Brasil. Nasceu em Macaé, estudou no Colégio Estadual Luiz Reid, participou ativamente do Movimento Estudantil nos anos 60 e foi diretor do Grêmio Cultural "Luiz Lawrie Reid em 1959 e Diretor da FEM (Federação dos Estudantes de Macaé) nos anos de 61, 62 e 63. De tradicional família macaense se destacou em Nova Friburgo como lider, jornalista e escritor. Vários de seus livros em romance estão esgotados em todas as livrarias.
Ontem conversamos, via Facebook, e ele dizia que estava se preparando para o lançamento de um novo livro e que, em breve viria à Macaé para rever amigos.
Hoje, O REBATE recebeu com tristeza, via seu primo e amigo Ivan Bastos, a noticia de seu falecimento, O coração não reisttiu a onda de grandes criações que era portador este velho amigo e companheiro de lides.
Em nome de O REBATE desejo deixar aos seus familiares os sentimentos de toda a nossa equipe.
José Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com




Meu último dialogo com Augusto carlos domingo. Pouco depois ele morreria.

ATIVIDADE RECENTE


Augusto Muros
Augusto Muros
Zé Milbs, voce vai mesmo nesses eventos todos que voce confirma????

Jose Milbs Gama
Jose Milbs
alguns sim outros eu vou apenas divulgando no o rebate. e vc que conta de novo? qdo vier em macaé apvise abs jose milbs
domingo às 15:25 ·
Augusto Muros
Augusto Muros
Tudo bem, de novo o lançamento do meu livro UM MORTO NA CARONA, um romance policial que está vendendo bem, Continuo como cronista do jornal A VOZ DA SERRA e já comecei um novo romance, DONA GUIOMAR E O FANTASMA.
domingo às 17:49
Escreva um comentário...

AMIGOS E PRIMOS ESCREVEM SOBRE AUGUSTO:Jornalista e Prima ivana Figueiredo
José Milbs, boa noite!!

Antes mesmo de abrir o seu e-mail fui informada sobre a morte de Augusto pelo meu pai.
Lamento muito...
Era uma pessoa muito querida e vai deixar saudades.
O céu está em festa. Mamãe, tia Nair (mãe de Augusto), vovó Lili, Sérgio (filho de tio Carlos), tia Mariquita, entre tantos entes queridos vão aguardá-lo de "braços abertos" ao som de muito jazz...
Abs

Ivana.
Ivan Bastos primo e grande amigo:
José Milbs

Diante do susto da notícia da perda de uma pessoa tão querida, agradeço a homenagem ao Augusto Carlos e sei que ele gostava muito de você. Onde ele estiver, ele deve estar feliz de ter sido lembrado.
Grande abraço.Ivan.

Paulo Carvalho, jornalista, âncora do jornal do SBT, exz Secretário de Comunicação de Macaé e amigo fiel meu e de Augusto:
Caro Zé Milbs,
tenho lido sempre internéticamente o nosso querido REBATE. Parabéns pelo sucesso!

Hoje lhe escrevo pra comunicar, com tristeza, o falecimento do meu grande amigo macaense/friburguense Augusto Carlos Curvello de Muros, que por certo você também conheceu.
Ele sofreu um enfarte fulminante na manhã de ontem, em plena Avenida Alberto Braune, centro da cidade.
O corpo está sendo velado na antiga Câmara de Vereadores de Nova Friburgo e será cremado às 13:30h deste dia 22.
Muros foi fundador comigo do grupo de teatro GAMA, em 1966. Fizemos grandes peças juntos. A última em 2003, "Liberdade, Liberdade". Como eu, era torcedor roxo do Fluminense.
Ele foi ainda presidente do Nova Friburgo Country Clube, da Associação Friburguense de Imprensa e da Academia Friburguense de Letras.
Era cronista semanal nA Voz da Serra.
Deixa uma enorme penca de amigos, a viúva Clélia e os filhos Juliano e Carolina.
Deixa ainda um grande vazio na vida cultural e social de Nova Friburgo.

Um grande abraço. Paulo Carvalho.
Adeus, Augusto Muros





Robson Rodrigues
Lider da Área Pastoral
Igreja Batista da Serra

Não terei a pretensão de falar de uma pessoa tão ilustre e especial para Nova Friburgo como Augusto Muros, de suas qualidades, de suas colunas bem humoradas, críticas e reflexões, por ser um tricolor, um exímio escritor, amante do Jazz e da cultura, um pai de família, amigo e cidadão.
Adeus, Muros, que sua família seja consolada pelo Espírito de Deus, que o Pai das Luzes ilumine a sua família e que as melhores lembraças suas sejam preservadas na memória de Nova Friburgo.
Minha última e singela homengem a você.

Robson Rodrigues
Lider da Área Pastoral
Igreja Batista da Serra

Carlos Emerson Jr:

A morte de um escritor é uma perda muito maior para uma comunidade do que a de um político ou celebridade. No caso de Augusto Muros, cronista de nossa Nova Friburgo, chega a ser irreparável.

Infelizmente não o conhecia pessoalmente mas, em algumas oportunidades, tive o prazer de receber seus oportunos comentários aqui no Blog da Serra. Quando seu último livro, “Um Morto na Carona” foi lançado no Centro de Artes, eu estava no Rio, perdendo uma ótima oportunidade de conhece-lo ao vivo e à cores!

Sua crônica semanal no “A Voz da Serra” era imperdível, com seu estilo leve e gostoso de conversar sobre as coisas do cotidiano. Aliás, não deixe de ler sua última crônica publicada, “Como não falar na Copa ?”

Minhas sinceras condolências para a família e amigos.

Cultura e Arte Literatura Morre Augusto Muros, perda lastimável para a imprensa e a cultura friburguenses
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Morre Augusto Muros, perda lastimável para a imprensa e a cultura friburguenses
Voz da Serra
Qui, 24 de Junho de 2010 13:00
A imprensa e a cultura friburguenses estão de luto. Morreu ontem, 21, aos 67 anos, o jornalista e escritor Augusto Carlos Curvello de Muros. Ele foi vítima de parada cardíaca no início da tarde, quando caminhava pela Avenida Alberto Braune. Chegou ainda a ser socorrido por uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros e levado para o Hospital Raul Sertã, onde não resistiu aos primeiros socorros. Muros era um dos colunistas mais antigos de A VOZ DA SERRA, em que, nos últimos 30 anos, publicou crônicas sobre os mais variados temas. A última, intitulada, Como não falar da Copa?, foi publicada na edição do fim de semana passado. Seu corpo foi velado desde o fim da tarde de ontem no salão nobre da Academia Friburguense de Letras, entidade que ele presidiu entre 2005 e 2007. Seu corpo será cremado hoje, 22, às 13h30, no Crematório do Cemitério Luterano de Nova Friburgo.
Macaense, aposentado do Banco do Brasil e também ex-escriturário do Banco Predial do Estado do Rio de Janeiro. Autor de cinco livros, Augusto Muros dedicava-se atualmente à finalização do romance Dona Guiomar e o fantasma. Há dois meses lançou, no Centro de Arte, Um morto na carona, narrando curiosidades do dia a dia vivenciadas e ambientadas em Nova Friburgo, a partir do transporte de um passageiro que morre no banco do carona de um táxi durante uma corrida.
O primeiro livro de Muros foi lançado em 1980, com uma coletânea de crônicas publicadas em A VOZ DA SERRA, com o mesmo título de sua coluna na época, Aqui Friburgo. Cinco anos depois, lançou o romance Martini com cereja e em 1994, Minha doce Mila, uma reunião de contos. Em 2005, comemorando 25 anos de A VOZ DA SERRA, lançou outra coletânea de textos publicados no jornal em O índio paraguaio, que lhe rendeu um prêmio em Brasília.
Amante do jazz, tricolor convicto e fã ardoroso de Dorival Caymmi e Ary Barroso, Augusto Muros atualmente se rendia ao charme da serra em Nova Friburgo e o veraneio em Rio das Ostras, batizada por ele como a querida Rivière, mote ainda de muitas de suas últimas crônicas neste jornal. Defensor ferrenho da cultura local, Muros foi um dos fundadores do Grupo de Arte, Movimento e Ação (Gama), pelo qual participou de diversos espetáculos no município, entre eles A moratória, Auto da Compadecida, O noviço, Faz escuro, mas eu canto, A história de muitos amores, A história do zoológico e Liberdade, liberdade, este último produzido em 2003.
“Tenho plena certeza de que perdi um grande amigo e Nova Friburgo ficou sem um grande talento”, disse ontem o atual vice-presidente cultural do Gama e amigo pessoal de Muros, Júlio Cézar Seabra Cavalcanti, o Jaburu. No cinema teve participação no documentário de Sergio Madureira, Parada de um caminho.
Augusto Muros atuou também como diretor cultural e vice-presidente social e relações públicas do Nova Friburgo Country Clube, do qual também foi presidente; diretor social do extinto Clube dos 50; presidente da Associação Friburguense de Amigos e Pais do Educando (Afape) e ainda como secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo no governo do ex-prefeito Paulo Azevedo, entre 1997 e 2000. Na imprensa regional, além de A VOZ DA SERRA, Muros também atuou nos extintos jornais O Debate, Correio de Macaé, O Nova Friburgo, Rádio Friburgo AM e A Folha.
No biênio 2006-2008 foi também vice-presidente da Associação Friburguense de Imprensa (AFI), no primeiro mandato do atual presidente José Duarte. Augusto Muros deixa viúva a professora aposentada Clélia Maria e os filhos Juliano e Carolina. À família enlutada, direção e equipe de A VOZ DA SERRA enviam o mais profundo pesar.


José Milbs de Lacerda Gama, editor de O REBATE onde Augusto Carlos de Muros começou sua vida de cronista.

21.6.10

Dignidade sem limites e um pouco de um homem que viveu intensamente a dignidade...




(Cláudio Edgar e Familia. Foto de Arquivo com dedicatória de Cláudio Moacyr de Azevedo para Edgar Pacheco e familia).Foto de Wandeley Silva, professor e amigo).

Nos idos anos 66/70 era Prefeito de Macaé um jovem de pouco mais de 30 anos e eu, com um pouco mais de 20 anos exercia o mandato de Vereador. Uma inexperiência quase total habitava. Imaginem os leitores, nossas cabeças. Ambos havíamos saídos do Movimento Estudanti. Cláudio da UFE (União Fluminense dos Estudantes)e eu da UFES (União Fluminense dos Estudantes Secundários). O REBATE era editado por mim, com edição ainda em papel e a cidade vinha aguardando com curiosidades naturais o que viria acontecer pelas mãos de pessoas que não participavam da elite. Éramos nascidos e criados nas empoeiradas Ruas desta cidade de Sol e Mar e nossas descendências genéticas nada tinham a ver com os dirigentes de até então.
Que se podia esperar, falavam aos cantos e ventos alguns mais arrojados, de um filho de um Sapateiro (no caso do Autor) e do filho de uma mulher que sobrevivia "batento doces em tachos" para aumentar a renda familiar e educar os filhos?
Cláudio Moacyr de Azevedo assumiu o mandato em Janeiro de 1967 e surpreendeu toda a cidade, ainda careta e com ensaboamento burques que escorria em seu corpo, escolhendo homens que estavam bem acima de toda a sorte de julgamentos falsos. Dentre esses homens, estava a figura íntegra e de moral ilibada de EDGAR DE SOUZA PACHECO,que era macaense, havia sido nomeado para a Recebedoria de Rendas da Região. Aposentado, no vigor de seus quase 40 anos, sorriso aberto ao diálogo, homem que jamais deixaria espaço para qualquer ação que não fosse o correto no trato com o dinheiro público, Edgar Pacheco aceitou o convite do jovem Prefeito para ser Secretário de Fazenda. Uma ducha de agúa fria nas cabeças oportunistas dos dirigentes, até então acostumadas a "entrarem pela porta estreita da corrupção que a Secretaria de Fazenda levava e ainda leva aos bolsos dos Prefeitos.
Cláudio começou a ameaçar esta elite que já havia "detonado", em 1961, o Prefeito Eduardo Serrano que tinha sido eleito com uma estrondosa votação e com apoio das Massas Sofridas dos morros e da periferia. Pensavam esta elite caduca, em suas reuniões, em Clubes a seus Serviços: - O Menino, saído das Poeiras da Rua do Meio, não vai ser fácil de derrubar não. Olhem quem ele colocou na SECRETARIA DE FAZENDA onde a gente podia usar as nossas garras afiadas. Ninguém nada menos que o Edgar de Souza Pacheco, filho de Godofredo Joaquim Pacheco e de Dona Leonar de Souza Pacheco. Ele trabalhou na Capital do Estado, é nascido na cidade, tem uma reputação das mais limpas e todos os locais onde trabalhou e, ainda por cima, é um homem de coragem...
Pois é, amigos leitores, rebuscando os arquivos de "O REBATE" tive acesso a este fato e algumas fotos.
Quero fazer de público, como participante ativo da História desta região, o legado de respeito que sempre tive com este grande homem que foi Edgar Pacheco. Tive a felicidade de ver seu sorriso de menino,vindo da face de um homem feito.
Por isso, em nome da história de nossa cidade deixo patenteado a seus descendentes, em especial a minha contemporânea Tania Barreto Pacheco e seu irmão Celso, o profundo agradecimento de todos os participantes da política de Macaé, nos anos de 1966 até meados de 1970, ao nosso querido Edgar. Ele, com sua presença, conseguiu, com respeito ao dinheiro público, que Cláudio terminasse seu mandato e tivesse sido um dos mais brilhantes macaenses na vida do Estado do Rio de Janeiro.
Em 1970, concorri e perdi para Prefeito; Cláudio se elegeu Deputado e, em 1971, soube que o Edgar voltou para Niteroi, em companhia de sua bondosa companheira Maria Cely Barreto Pacheco, onde trabalhou como Contador e faleceu em 2001.
(Quando as futuras gerações estiverem interessadas nas histórias dos Homens que Fizeram nossa História, puderão, através da busca universal do GOOGLE e do "O REBATE" motivos para seus textos).
José Milbs de Lacerda Gama editor de "O Rebate", ex-vereador nos anos 60 e ex candidato a Prefeito em 1970)... www.jornalorebate.com

RECEBI DE TANIA, FILHA DO EDGAR ESTE LINDO TEXTO:
Tânia: Ao querido amigo Josè Milbs....( se foi amigo do meu saudoso pai, è meu amigo tambèm). Belìssimo artigo.... Estamos muito felizes (minha famìlia e eu) Na data de ontem, tivemos a grata satisfação de lermos o artigo, em que você, destacou a memòria do meu saudoso pai Edgard de Souza Pacheco. Bem se vê que o conhecia muito bem.... E garanto que ele tinha um grande carinho e estima por você..... Muito obrigada, por este grande presente!!! Um grande abraço da amiga; Tânia Barreto Pacheco Luchi.

19.6.10

OS MAIAS QUE VIERAM DO NORTE E FIZERAM HISTÓRIA NA REGIÃO DE PETROLEO. MORRO MANEL MAIA, UM DOS ÚLTIMOS DOS MOICANOS,,,



O Patriarca dos Maias chegou à cidadezinha de Macaé, Norte/região litorânea do Rio de janeiro, nos anos 50 do último século. Trazia malas, alegres sorrisos, companheira corajosa e uma penca de filhos que se espalhou por toda a região.
Conheci todos eles. Alguns foram companheiros de noitadas, sob o luar ameno das madrugadas, outros nas longas conversas que varavam noites no "Restaurante Belas Artes" e, a maioria nas minhas passadas políticas quando ousei, aos 26 anos, ser Prefeito desta cidade de Vento frio no Inverno e Sol escaldante nos mêses de Verão.
Carlos, Tonho, Manoel,Paulinho,Mário Agulha e, uma jovem que se casou com o irmão do Jornalista ely Azeredo, eram filhos, deste senhor de cabelos longos e brancos como neve.
A politica do Norte do Brasil eles trouxeram para a nossa região de Petróleo e era saudável, para mim, menino ainda engatihando no colhecimento da vida, ficar horas e mais horas escutando o barulhar bonito das sonoras vezes que vinham de um lugar tão distante. Poucos eram os que arriscavam sair do Norte ou do Nordeste para um arrisco de vida em uma região como Macaé.
Eles vieram, espalharam seu sangue por aqui e hoje temos centenas de descentedentes que enfeitam nossa comunidade.
Particularmente fui mais chegado ao Velho Carlos Maia. Não sei se devido ele ter se casado com Lucy, irmão de minha "prima" Geny Célem ou se era mesmo por ser Maia um boêmio nato ou ter um belo sotaque que me fazia bem ouvir...
Carlos foi meu companheiro em longas risadas e afetos mil.Por causa desta proximidade foi que pude conhecer o restante destes pilares da história dos Maias. Manoel veio ser um dos mais ouvidos. Comselheiro nato, sorriso aberto, afável e de grande inteligência nativa, ele se tornou meu parceiro em vários acontecimentos que marcaram estes 70 anos de vida.
Manoel Maia, Clàudio Moacyr, Carlos Motta, Ronald de Souza, Alvinho Paixão, Claudio Ulpiano, Otavianno Canella, Omir Rocha, Carlos Tinoco Garcia, os irmãos médicos Jorge e Jair Picanço Siqueira,Filhinho Monteiro, Paulo Rodrigues Barreto personalizavam as tardes noites, em prolongadas e risonhas falas nas mesas do "Belas Artes". Era deles que ressoavam os tambores que iriam tocar a trajetória eleitoral de muitos candidatos. A maioria dos que pensavem e sair do anonimato social ou político passaram pelo crivo de alguns destes olhares humanos que pré falei...
Política que não tinha o gosto doce das falcatruas e nem o amargo dormir sob o Manto Porto da Corrupção. Vereador era mesmo gente do POVO e seus mandatos nunca foram 'BALCÃO DE NEGÓCIOS". Esta turma ensinava, aos mais novos, que "meter a mão no dinheiro público" era coisa feia. Era melhor mesmo ir ao jogo...
Soube, por meu amigo Manel kaki, filho do Manel Maia, que ele havia falecido. "Que isso, Caqui?. Quando foi isso? êle, como filho e grande companheiro do velho Maia, me sentencia: -" preocupa não, Milbs, ele estava velhinho. Já com 87 anos. Descansou". Pensei, cá com meus botões que faltam na camisa que dormi e acabei de falar com ele no telefone: É mesmo. Todos ficam velhinhos. Quem diria que o Manoel Maia, que fez história em Macaé e foi completá-la em São Pedro D'Aldeia, tivesse já com esta idade. Quem não morre de novo, de velho não escapa...
Aposto que não deixou, mesmo neste momento de morte, de exibir seu sorriso que fazia animar os mais sisudos dos seus amigos e criou centenas de outros tantos durante sua existência.
A família Maia, de centenas de histórias ligadas ao O REBATE que está com 78 anos, também de histórias, os sentimentos do jornal que eles gostavam de ler e mandar noticias.
José Milbs de Lacerda Gama, editor

14.6.10

WALTAIR FERNANDES PINTO, O ENFERMEIRO DO PU QUE TINHA UMA VISÃO FUTURISTA BEM Á FRENTE DE SEU TEMPO

(Quando exerceu o mandato de Vereador Waltair sempre lutou para que se fizesse a Restauração do "Palácio dos Urubús" que, por ironia do destino, despencou definitivamente,na última semana)


Trabalhamos juntos no Ministério da Saúde no antigo PU de Macaé. Waltair dava seu plantão, nas 4as feiras e, na enfermagem, sempre elegantemente dentro de seu bem engomado jaleco branco, era requisitado como um dos melhores no trato com os segurados. Gostava de politica. Recordo que sua chegada à Macaé se deu no início dos anos 60 e se tornou muito popular.
Estudou no "Colégio Estadual Luiz Reid" e conheceu Ilma Barreto, a filha mais querido do seu José da Cunha Barreto e Dona Ilda. Ilma, uma menina tímida e muito bonita formou com Waltair um par ideial. Juntava-se, ali, o recatamento com a fala solta. Como a gente fazia parte da mesma geração este assunto bailava sempre ns conversas. A cidada vivia a intensidade bela de suas ruas cheias de gente que se conhecia no cumprimentativo de transeuntes e famílias antigas...
A cidade era pacata. As pessoas iam e vinham na Rua Principal, local de encontro que, especialmente nas 3a. feiras e nas 5as, se enchiam para a frequência dos cimenas.
As 3as. era para as Sessões Colossos, com Faroeste e Séries. Nas 5as., em duas Sessões, haviam os chamados "bons filmes" onde a Classe Média gostava de ir. Eram os pais que levavam as filhas e estas, surtivamente, "guardavam o lugar" para os seus namorados que esperavam as luzes se apagaram para sentarem-se. Neste Escurinho do Cinema" muitas mãos foram dadas e muitos casamentos foram realizados na bucólica cidadezinha de Macaé, Norte do Estado do Rio de Janeiro. Veja texto em http://orebate-josemilbs.blogspot.com/2007_08_01_archive.html
Nas 3as., nos Faroestes e nas Séries a frequência era popular. Gente que ia para torçer pelos bandidos, galeras dos Bairros periféricos que iam "jogar pedra na "Aguia" da Paramont e fazê-la voar"; avisar aos bandidos, em gritos frenéticos, que o mocinho esta a espreita. Um pandemônio que obrigava os lanterninhas a acenderem rostos e flagarem muitos namoros avançados que nada tinha a haver com a bagunçada.
Fervilhava na Região uma briga politica entre o Govêrno do Estado de um lado e do outro um forte grupo político local. Era a tempo em que governava a cidade o seu primeiro prefeito Gay. Veja em http://www.intercom.org.br/papers/sipec/ix/trab44.htm
Aí que entra a perspicácia futurista de Waltair Fernandes Pinto. Vendo que a cidade tinha apenas movimentação às 3as e 5as. ele procurou os proprietários dos dois únicos cimenas e fez proposta: Alugaria às 4as o Cine Santa Izabel e as 6as. o Cine Taboada. Discutiu preço bem baixo com os donos e, pasmem, encheu as duas casas com filmes bons que ele, conseguia, não se sabe donde.
Não foi só neste campo que atuol o liderança de Waltair. Fundou várias Associações de Moradores e ainda, devido ao seu carisma pessoal e alegre, foi o Vereador mais votado na Barra do Rio Macaé, desbancando seculares coronéis do voto.
Deixou 3 filhos que honram a história da vida macaense. Waltair Filho, Leonardo e Ilda. Assim como ele fez parte atuante de minha geração os seus filhos fazem parte na dos meus.
E o "Barco da Vida continua sendo remado nas Ondas Dominadas e Poluídas de Imbetiba e, a nossa história, fica mais triste com as perdam que se sucedem...
Waltair lutou muito pelo Bairro da Barra do Rio Macaé em por último pela Associação de Moradores do Novo Cavaleiro onde residia.
Em nome de toda a equipe de colunistas de "O REBATE"" envio aos seus filhos as condolências.
Pelo nosso convênio com o GOOGLE eternizamos, hoje,o nome de Waltair Fernandes Pinto em todas as "buscas da Internet" com o dever de fazer justiça a esta vida simples que muito pensou e viveu "Macaé"...
José Milbs de Lacerda Gama, editor )