Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

23.11.11

NEM SEMPRE O PRIMEIRO AMOR É O PRIMEIRO NAMORADO....





Agradecendo a 'MEMÓRIAS MACAENSES' pela guarda e uso de tantas belezas que nascem em nunca morrem em todas as lembranças humanas. A PRAIA DE IMBETIBA sempre foi palco de grandes namoricos e grandes casamentos na Região de Petróleo. Bares que ornavam a Beira Mar, como "Maracangalha" que sempre era citado no O REBATE pelo nossso querido Colunista Social VOLÚSIA CLARA, pseudônimo do Cezário Alvarez Parada. "O 860" que tinha a simpatia e a liderança de Lurufe Alves Soutinho como anfritião e tantos outros lugares que marcaram saudades.
Quem pode esquecer a querida e cordial presença de Santinho no Hotel do Sesc, hoje sob o comando da Petrobras? Santinho tinha a formação natural do belo e da cortezia. Sabia amar os seus semelhantes e sempre era, com seu sorriso, que recebia todos no antigo Hotel Balneário de Imbetiba. Este Velho Hotel que teve como seu primeiro proprietátio o pai de minha saudosa e eterna Sogra Ivone Manhães Coelho que sempre falava sobre os anos 30 que marcaram sua presença em nossa região e o seu casamento com Eduardo Trindade Coelho que deixou uma história viva de grandes descendentes...
Praia de Imbetiba de suas areias grossas e suas ondas bravias... Fiz um lindo livro on-line sobre alguns momentos mágicos desta Praia. Em O LUAR DE IMBETIBA procurei retratar alguns destes harmoniosos momentos de união da Mente com o Belo adormecido de minha cabeça...
O meu amigo Nelson Gonçalves esteve na minha casa quando eu morava na Rua Visconde de Quissama, 714, casa 1. Ele foi lá quando do nascimento de minha filha Aninha. Cantarolava suas músicas, colocava algumas nas velha máquinas musicais que haviam nos bares da estrada e me falava de suas visões de Disco Voadores...
A Flor do Meu Bairro
Nelson Gonçalves

Introdução:
A minha historia é vulgar
mas algo fica provado
nem sempre o primeiro amor
é o primeiro namorado


A flor do meu bairro
Tinha o lirismo da lua
Morava na minha rua
Num chalé fronteiro ao meu
Eu conheci
O seu primeiro amor
A sua primeira dor
E o primeiro erro seu
Lembro-me ainda
O bairro inteiro sentiu
A flor ingênua sumiu
Com seu amor, o seu rei
E eu que era
Seu primeiro namorado
De tão triste e apaixonado
Nunca mais me enamorei
Hoje depois de alguns anos
Eu encontrei-me com ela
Na rua dos desenganos
Menos ingênua e mais bela
Ela fingindo desejo
A boca me ofereceu
E eu paguei por um beijo
Que no passado foi meu
A minha história é vulgar
Mas algo fica provado
Nem sempre o primeiro amor
É o primeiro namorado





Soube da Revitalização da PRAIA DE IMBETIBA e da presença dos grande representantes de nossa história. Frederico Guedes e Ian waytt nascidos dos caros amigos Sandra/Cláudio e Marco Aurélio/Maria Amélia. Só estas presenças bastariam para a tranquilidade de que coisas boas estão a caminho. Pena que, mesmo com todo o conhecimento da Tecnologia e da Arquitetura Moderna, não será possivel rever as ondas bravias e as ressacas que invadiam nossas casas e quintais, mansamente, em todos os meses de abril...
José Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com

20.11.11

MEU ENCONTRO COM UM GRANDE AMIGO. JOSIAS MIDÃO CONHECER DE NOSSAS HISTORIAS DE UMA CIDADE FELIZ...





A Rua Télio Barreto não teria sua história cravada e fecundada na existência de Macaé se não tivesse a presença da FAMILIA MIDÃO. Gente simples que construiu um dos mais belos patrimônio morais que se espalharam por toda a cidade e fóra da Região de Petróleo.
Seu José Midão deixou uma prole que, em sua maioria, foram meus contemporâneos. Josias, Alzira, Estelita, Célia e Maria José são os frutos brotados de uma frutífera Arvore Geneológica que enfeitam lares e espalham a semente do Bom Ensinamento que nasceram de seus pais e se porpetuam nas dezenas de filhos e netos que se encontram e toda a nossa sociedade...





Sempre que me encontro com minha linda filha Lais ela fala que está frequentando uma Casa de Oração que se encontra na Rua Télio Barreto e que, um dos seus missionários e pregadores fala muito sobre nossa amizade que remonta aos anos 60, precisamente nas Lutas Estudantis. Seus olhos sempre brilham de carinho ao falar do Josias e, nas últimas vezes ela me dizia que ele tinha sido afetado, em sua matéria, por uma grave doença na fala.
Tinha muita vontade de rever este velho amigo. Hoje fui fazer umas comprar na cidsde, aproveitando o "descanso dos carros que infestam nossas ruas", parei perto das confrontações das Ruas Velho Campos com Télio Barreto me vejo de frente com este grande amigo. O mesmo olhar de menino, a mesma certeza na existência do belo fraterno. Abraçamo-nos e ele balbuciou meu nome que logo fugiu de sua fala para nos deixar bem mais a vontade no entendimento humano que brota no olhar e no "querer falar".
Para que falar, meu bom e meigo Josias, se os seus olhos e seu sorriso falam tão alto que embelezam o murmúrio silencioso da manhã ensolarada deste Domingo e faz soar bem alto a certeza de que o belo e a amor entre os humanos ainda existem. Volte a estudar, meu bom Josias. Crie novos horizontes de encantamentos mais tenha a certeza que voce faz feliz quem o rever nas Andanças das ruas periféricas de sua sagrada Morada...
Dissee-me, com um sorriso bem dele que passou mal um dia em Macaé. Que levaram ele para uma cidade depois de Campos (itaperuna) e que, de lá, foi para o Rio de Janeiro num hospital depois de Copacabana, muito bonito e caro.Deve ser o Barra D'or penso eu.
Josias fala com a mesma simplicidade de quando tinha seus 15 anos nos bons tempo do Colégio Estadual Luiz Reid...
Os ensinamentos que você recebeu de seus pais, nascidos e criados na Igreja Batista de Macaé, contemporâneos do Pastor Edmundo Antunes e seus descendentes, estao magestosamente estampados em seu sorriso de menino e no afeto que distribui em quantos possam como eu e minha filha Lais, terem sua presença em fraternal abraço...
A alegria de Josias em agradecer o carinho de sua amiga e companheira Honorina ficou refletidamente guardada em minha memória de cronista juntada pelo orgulho dele em falar de suas belas filhas...
(Jose Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com )

18.11.11

As Jaboticabas do quintal de Dona Bentinha, as lindas presenças de Dona Cotinha no dia a dia de uma cidade que tem é histórias para serem contadas...





Estes dias tenho me dedicado apenas e tão somente na catação de lindas Jaboticabas que "estão dando" aqui no Sitio Estância Vista Alegre onde moro, edito o Jornal O Rebate e tenho o Rancho O Rebate onde faturo alguns trocadinhos para o aumento da Aposentadoria do Ministério da Sáude...
Estas jaboticabas plantei a uns 30 anos. Tinha ido a Santa Maria Magdalena, em Companhia de Alfredinho Tanus, filho de meu velho amigo, Poeta e SSeresteiro, Camil Tanus. Alfredinho tinha um sitio aqui em frente e, assim como meus outros ex visinhos Paulo da Farmácia e Nelinho Prata Almeida, venderam seus lindos imóveis. Todos com nascentes e visão previlegiada para o Mar e a lagôa. Os três locais, hoje, são três firmas que vivem no mundo comercial do Petróleo.
Quando trouxe os 3 pequeninos pés de Jaboticabas, um velho amigo de nome Firmino foi logo avisando que "quem planta esta fruta, dificilmente pode se deliciar por que demora muito prá dar"...
Nestas recordações, que remete o autor a infâncias havidas, o toque harmonial do tempo, que bate no silencio do pensamente, fez com que pudesse lembrar de meus 6 aninhos na Rua do Meio ( Doutor Bueno)180.
Nos meses de Novembro e final de Outubro era uma correria só. Crianças sorrateiramente e de olhar espreitado iam no grande terreno onde morava uma simpática senhora de nome Bentinha. Seu esposo era um Ferroviário de lutas sindicais. Seu Alencar estava sempre, com sua bicicleta em punho e a gente o via sempre na casa do Senhor Ramialho que fazia belos e rodantes Piões de "Madeira Roxinho". Seus filhos e filhas eram nossos companheiros de Bolebas. Alencarzinho e Ellcinho...
Num galho da "minha jaboticabeira", enquanto escolhia as mais maduras e maiores iam passando pela minha ampla mente que já caminha para os 80 aninhos, o belo do recordar humano. Muito mais rápido que o mais possante de todos os PCus do mundo eletrônico, me vi dando parabens a minha memória. Como era rápida sua ida e vinda no tempo e dando subsidios para este texto...
Lembrei-me de minha visinha Dona Cotinha que, no seu andar calmo, seu corpo frágil e espiritualiade grandiosa e sempre feliz. Dona Cotinha era uma constante em nossas vidas infantis. Seus filhos Hélio, Olivier, Hélia, Therezinha, Antonia, a queridissima e inteligente Mariazinha, Nice e Darcy a quem todos conheciam apenas como Nenên...
A gente brincava nas Calçadas Esburacadas e na Rua Empoeirada e habitávamos um mundo bem feliz. Não havia Televisão para poluir nossas mentes e que hoje poluem nossos filhos e netos. Era tudo na base da criatividade. Dia de chuva era os Barquinhos de Papel. Manhães de Sol e Vento Ameno era Peladas com Bola de Meia, As tardes sempre a gente estava cercado com meninas e meninos. Algumas "Futricas" que era uma espécie de "Pescador" com prêmios escundidos nas Areias de um Caixoto de Madeira. A Arêia era apanhada em frente a nossa casa por que o Mar de imbetiba trazia sempre suas ondos até nossas casas em dias de Ressacas... o Caixoto era mesmo da Vendinha de Seu Lulú Miranda um dos pilares de nossa história...
Antes do Cair da Tarde, Ciranda, Cirandinhas, Passa Passa o Anel, Carniça, Amarelinho,Boleba de Gude, Bente que Bente o Frade, Pique Esconde, Cobra Cega, Folhinha verde e tantas outras criações que saem sempre das mentes Infantis...
Antes mesmo dos Vagalumes e os Pirilanpos chegarem para os seus acendimento e pisca-piscas, os mais velhos já se aconchegavam nas Cadeiras das Calçadas onde todos as Senhoras ficavam até que chegava a hora de ir para suas casas para ouvirem a Mamãe Dolores...








Todas as casas tinham cercas de Arame ou nem tinham. Sempre com suas pequenas criações de galinhas de Roça que encantavam pela quantidades de cores de seus pintinhos. Tento manter este encantamento mágico do Cantar dos Galos às 4 da madrugada e do magestoso andar das Galinhas com seus belos filhos...
Memória que se perderia no Tempo no Espaço entre as pessoas que viveram momentos que continuam gravados nas cabeças e que, com o simples toque, revivem no real como que um sonho lindo que nunca se desfaz.
Ontem recebi um telefonema do meu velho amigo Izac de Souza que é servidor do Forum da cidade. Falou que tinha uma pessoa muito amiga que queria falar comigo. Uma vóz suave e que trazia os fluidos do carinho e do afeto.Ela se identificou. Era Therezinha, filha de Dona Cotinha e do velho Benedito Gama. Minha querida visinha e linda Therezinha. Hoje uma das figuras mais ilustres do Judiciário do Estado do Rio de Janeiro.
São coisas que Batem e Rebate nas Paredes de nossas Mentes e fazem o autor voltar ao PCu. Bem vinda de volta à terra minha amiga Therezinha. Este texto tem muito a ver com suas vivencias...
Therezinha ajudou a criar, com sua presença sempre cordial o meu querido irmão Ivan Sérgio. Ivan sempre fala com muitas saudades de Dona Cotinha e, em especial Mariasinha.
Quando já estava terminando esta bela recordação de infâncias e presenças vivas, olho para o quintal do Sitio, são quase 18 hs desta sexta-feira de Novembro. Meu filho José Paulo Coelho de Lacerda Gama, já chegado de seu trabalho na PETROBRAS, esta em companhia de meu neto João Pedro de Lacerda Gama Soares, 11 anos. Caminham para os Pés de Jaboticsbas, colhem centenas delas. Todas maduras. Comentam sobre a sutileza dos frutos. Chego até eles. Brinco com João sobre o Flamengo dele que está na pior e vejo o sorriso feliz de Zé Paulo já imaginando o nosso Vasco na final... É a continuação das histórias que se repetem a cada momento nesta vida linda que a gente vive...

( José Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com )

15.11.11

"MARIOLA" QUER SER PREFEITO DA CIDADE MAIS RICA DO BRASIL. Porque "Tiririca" em Brasilia e eu não em Macaé?



Numa manhã chuvosa, num feriado de Proclamaçao de Republica, em plena Avenida Ruy Barbosa, na esquina da Pça. Verissimo de Mello, onde existia uma linda e aconchegante casa que foi morada de meu Professor de Quimica/Fisica nos anos de 1953, na Escola Ferroviária 8-1 SENAI,Antonio Alvarez parada, me vejo a imaginar as casas de antes do Pregresso e da Ordem Financeira que é senhora de todos os desejos...
No vagar de minha mente posso rever o Correr de Casas, todas iguais e belas onde morou grande vultos de nossa história. Minha querida irmã de meu avô Mathias, a bela Maria Lacerda (Tia Pequena)onde morou Zizi, Gilda, Cici e Maria que deram seguimento a nossa geração de primos e primas que se juntaram aos Lemos, Corrêas, Mathias Netto, Santos e tantos outros...
A mente vai correndo as velhas mansões do tempo: A Casa de Hugo Carvalho,Renato, Ruy e de seu pai Ary Charret, a do Doutor Abilio de Souza, pai de Ronald, Abilio Cláudio, Berenice e Ivonildes, o pousar alegres dos Filhos do Doutor faustino Marciano de Castroe toda uma gama de pessoas que pisaram o Solo Sagrado desta Rua Direita e deixaram suas marcas no Túnel Vigoroso do Tempo e das Recordações...
Antes mesmo de voltar a realidade dos anos 2011. ainda via o vulto feliz de Dona Delzinha, esposa do Senhor José Siqueira da Silva e mãe de jair e Jorge. Vinha caminhando, comprimentando a todos em companhia da querida mãe de Bonga, Léa e Paulinho Silva...
Este tempo ia e se vai num piscar milimétrico de pulsações mentais e me vejo de frente com a simpatica presença de um homem do POVO...
"Mariola" , como centenas de outros vultos simples de milhões de cidade do Planeta, tem a magica e o encantamento de fazer feliz as crianças. Vendendo suas mariolas, com um cesto em sua cabeça, ainda de cabelos negros, com sua voz de nordestino puro e de tez morena, ia e vinha nos encantos que brotavam de seu oferecimento: " OLHA A MARIOLA, 0,10 centavos, quem vai?... quem ia e quem não ia não tinha dele maior interesse. O que o belo nordestino queria era mesmo o olhar de todas as crianças e o apontar dos dedinhos para sua cabeça no equilhibrar das apetitodas mariolas...
Mariola atende meu chamamento. Peço que permita uma foto para o JORNAL O REBATE e ele prontamente se aconchega na conversa e diz com seu lindo sotaque nordestino:
- Sou candidato a Prefeito de Macaé em 2011. Minha missão não terminou ainda. Sou e vou ser eleito para mudar a História desta cidade que me acolheu com muito amor e carinho. Quero que as crianças sejam meus cabos eleitorais e não abandono a minha candidatura...
Perguntei, Mariola, porque vc não vem primeiro para Vereador? Na lata ele responde: - Sou candidato a Prefeito.
Lembrei de Tiririca em São Paulo, de Florzinha nos anos 70 em Macaé e tantos outros filhos do POVO que almejaram este posto. Quem não se lembra de Xisto Antonio Reis nos anos de 1940/50 que tinha sempre seu nome nas cédulas para Prefeito. Eu tinha uns 6 anos ou mesmo uns 10 anos e gostava dele. Alegrava as crianças, falava com a gente o que os outras candidatos "grandes" só falava com quem votava...
Imaginem estas crianças dos a nos 90 que hoje é maioria nas eleições de 2011...
Ligo meu velho fusca 72 e volto para o Sitio onde edito o Jornal O REBATE. Deixo o "Mariola" alegre e prometo a ele um texto no jornal. Fica ai a minha promessa e mais uma Cronica para a história de minhas andanças.
José Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com








3.11.11

Dona Elza Vieira dos Santos Machado, A Dama Negra que a todos encantava pela alegria, morreu no Novo Cavaleiro...



Uma mulher negra, franzina, sempre alegre e distribuindo sorrisos timidos e de grande penetração nas almas das pessoas, teve sua vida terrena interrompida no último fim de semana.
Uma das mais antigas moradoras do Bairro Novo Cavaleiro, onde "O REBATE" está desde 1970 com suas edições, ela sempre esteve presente em nossas Ruas e Pequenas e Mal Iluminadas Picadas. "Dona Elza" era muito feliz na criação de seus filhos, netos e sobrinhos. Seu maior encanto vinha de suas roupas, sempre lembrando, em cores, sua origem na querida Africa de tantos Reis e sofrimentos do POVO.
Mãe de Geraldo, o querido "Geraldinho", de Reginaldo, o simpático "Caial" e de Roselli, Genildo e Rosemere que sempre estavam em sua companhia nas presenças e andanças do dia a dia...
Meus filhos são amigos dos filhos desta descendente direta, acho eu, de algum Reinado Africano nos terríveis anos da Escravidão. Eu era seu amigo e admirador de sua luta na criação e aconchego que tinha com seus 16 netos e os 3 sobrinhos. Lembrava um pouco minha avó Nhasinha que me criou e criou os meus dois irmãos Djecila e Ivan Sergio. Ficava, muitas das vezes sem se alimentar para que nada faltasse aos seus filhos e dependentes...
Uma mulher guerreira que fará muita falta ao Bairro Novo cavaleiro que, nos velhos e bons tempos era conhecido como Bairro do Mulanbo...
Conheci dona Elza desde que vim morar por este Encantado e Mágico Bairro. Ela residia perto da casa de meu Amigo Otavianno Canella, grande Indio Goitcás que morreu com 100 anos e também teve o privilégio do conhecer esta Grande Dama...
Nesta época Dona Elza morava junto com Dona Madalena e meu amigo Honorato, um velho Negro que faleceu aos 98 anos e que me dava aulas de como era dura a vida de seus avós e da saudade que eles sentiam da Velha e Aguerrida Africa...
Ela sempre vinha ao Sitio Estância Vista Alegre, onde edito o jornal "O REBATE". vinha para levar alguns baldes com água e a gente conversava sobre a nascente do local. Talvés a única ainda limpa do Bairro. Falava de suas preocupações com Geraldinho, acho eu, seu filho predileto e do mundo violento que estamos vivendo com tantas diferenças social entre as pessoas. Dona Elza era uma pessoas super afetiva e de grande vivência.
Sua mãe, descendente direta de Negros de Africa, sempre viveu em Macaé. Dona Eugênia era queridissima no Morro do Carvão, amiga do ex-Prefeito Eduardo Serrano e que deixou um legado genético na vida dos moradores do Morro do Carvão...
Ultimamente Dona Elza morava na Rua Acadêmico Paulo Sergio de Carvalho Vasconcellos, uns 400 metros de "O REBATE" o que fez com que sua presença e seus filhos fossem algo quase que diário em minha casa.
A última vez que vi esta Dama de Olhar Tímido e vóz Suave foi dois dias antes dela falecer. Passou em frente ao jornal, com uma roupa linda que lembrava muito a Bandeira do Kênia e me saudou alegre.
Geraldinho foi quem me trouxe a noticia de sua morte. Deixa de bater um dos mais simples e sofridos coração de numa Grande Negra...
Nascida em 25 de Dezembro de 1954 ela não verá o Natal do ano de 2011 mais tenho certeza que seus filhos, netos e sobrinhos saberão honra seus ensinamentos de Mulher Guerreira e alegre...
José Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com