Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

29.1.11

ONDE ESTARÃO OS MEUS VELHOS COMPANHEIROS DO MOVIMENTO HIPPIEE DOS ANOS 70? QUANTOS SOBREVIVERAM PARA O TESTEMUNHO DA DESTRUIÇÃO GRADATIVA DA VIDA ...







Os avisos foram sinalizados pelos anjos de luz de centenas de verdadeiros hippies dos anos 70. Muitos deram suas vidas, foram espancados pela repressão, tiveram seus longos cabelos encaracolados raspados por "valentes homens da "lei" com olhar sizudo e cartucheira cheia de balas". foram jogados em cárceres com criminosos comuns e enquadrados na antiga "lei de vadiagem". O Lenço Sem Documentos incomodava os machões mal amados que descarregavam suas carencias nos participantes da filosofia da Paz e do Amor...
E agora,José?. As cidades estão todas asfaltadas, as ruas estão sem suas árvores, os rios estão poluidos, as matas deram lugar a criação de bois, transposição de rios ( com aval do PT, partido que fundei e que deveria brigar contra), Lagoas e Córregos, tudo sendo maltratado, pisado, aterrado e virando valas negras... A vida está caminhando para um fim drástico com um destino cruel que projetamos para nossos filhos e netos... Dinheiro para festa do Pão e Circo (carnaval, natal cheio de luzes,futebol prós ronaldinho da vida e outras coisas não falta). Cabralzinho e seus amigos estão mais preocupados com o Carnaval de Março do que com os milhares que ainda vão morrer na Serra vitimas de doenças e desgraças...
Quantos dos meus companheiros de longas conversas nas beiradas alegres de fogueiras e luar de encanto ainda vivem?
Sei que sou um sobrevivente mais sei também que Hippie, Indio e Cigano são unidos e não deixam a semente apodrecer. Levamos a semente dentro de nossas vidas e estas estarão sempre sendo espalhadas apesar de terrenos áridos e destruidos...
Ontem sonhei com os velhos companheiros. Muitos de outros paises, fugidos da repressão politica e muitos aqui do Brasil mesmo. Reunião noturnas, chás, olhares sofridos nas noites de lua e sob o encanto de céus estrelados, faziamos nossas cabeças e as vozes se misturavam no silêncio falante que era emanado do olhar e do pensamento. Os leitores sabiam que Pensamento e olhar falam?... Falam e, como o amor que nasce no olhar, penstra nas mentes e ficam para sempre nas paredes das memórias humanas...
A vida tem que continuar e estou aqui "de Editor" de um bravo jornal de nome "O REBATE" que irá completar 100 anos em 2032. Cercado de árvores, plantas, com a nascente, que viu centenas de Hippies se banharem nos de 1970, eu resisto as investidas capitalistas que querem comprar esta área. Não vendo, bem troco, nem dou. Sou usofrutuário deste solo que minha velha mãe me deu quando quis deixar a cidade e ir viver numa "casa branca e pequenina com varanda em torna da janela".
Neste solo. que foi sagrado pelo pisar de muita gente boa, estou espalhando as sementes de um tempo que sei será muito nebuloso para Macaé e toda Região de Petróleo...
Estão cimentando todas as nascentes, o Rio Macaé, se livrou de uma "Tromba D'agua" este ano de 2011, mais não se livrará de uma futura que, por certo virá e destruirá milhares de moradorores do Ribeirão do Rio. Gente pura, pobre e favelada que habitam os Bairros de Botafogo, Barra do Rio Macaé, Malvinas, Nova holanda, Rua da Praia e o Centro da cidade, serão tragados pelas ondas que a Tromba D'Agua, vindo da Cabeceira do Rio Macaé, em Macaé de Cima como dizem os Friburguences, não poupará as vidas de nossos futuros habitantes.
Culpa de quem está Fúria da Natureza? É dos politicos safados, vendedores de mandatos que fazem de seus cargos balcão de negócios, estipulando comissões de 20, 30 e até 40 por cento em obras que aprovam nas Câmaras e em todos os setores das esferas Municipais, Estaduais e Federais. Dinheiro que deveria ser destinado a construção de Casas, Escolas, Hospitais são desviados para enriquecimento desta camarilha de Homens Públicos que estão em todas ss cidades do Brasil, principalmente no Estado do Rio onde andam e desfilam com Carros importados, Mansões em Balneários e bancando Assessores e incentivando a prostituição de jovens incaltas...
Macaé é um exemplo vivo desta destruição. A Medicina não existe para o POVO. Só quem tem o tal do CONVÊNIO pode ser atendido. Dizem que no Bairro do Aeroporto existe uma Mafia da Saude onde um "Gordão" fez um verdadeiro "lobi" de corrupção. Funcionários entram na folha de pagamemento do "Posto de Saude", recebem hora extra sem trabalhar e o dinheiro é dividido "meio a meio" com tal de Alex que é o "home de confiança do Gordão da Sáude", afirmou dona Maria da Penha moradora ds Rua 3, no Bairro Aeroporto... Dona Penha ainda foi mais longe. Disse que atende os moradores são jovens residentes com receituário assinado por médico veradeiro. Uma vergonha que este tal "Gordão" é o grande mentor...
Como que funcionava esta máquina no "!Tempo de uma tal de Bizuca" esta sendo montada com outras figuras...
A vergonhosa ação desta gente destroi a pureza do POVO sofrido e cria ódio dando lugar a incerteza do futuro politico da região...


UM POUCO DAS HISTÓRIAS DOS ANOS 70 E O FIM DO MOVIMENTO HIPPIE

JOSE MILBS

DESDE QUE FUI MORAR NO SÍTIO

Durante um longo período fiquei afastado do sítio que minha mãe trocou pelo terreno que minha avó deixou para ela como herança. O terreno era na Rua do meio onde nasci.

O sitio, na Granja dos Cavaleiros, parte uma antiga fazenda da Família do Escritor macaense Luiz Lawrie Reid que se tornou loteamento.

A época participava no movimento hippie e só falava em deixar a cidade e ir para o campo. "Ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela para ver o sol nascer". Era tudo que queria e minha mãe fez minha vontade.

Deixar a cidade e ir morar longe dos burburinhos fazia minha cabeça e eu aceitei de pronto. Embora continuasse morando na rua Visconde de Quissamã, numa vila,, eu vinha todo o dia no sitio e me encantava com a mansidão solitária. O local no início dos anos 70, não tinha estrada, luz, nada. Simplismente tinha "tudo" para mim.

Apenas uma picada feita por andar humano e bicicletas formava o caminho. Uma trilha(no bom sentido). Pequena estrada feita, pelos loteadores para vender os lotes que tinham de 5 mil a 10 mil metros quadrados.

Passarinhos expulsos de Macaé tinham por aqui seu local tranqüilo e firme para procriação. Bacurau pelo caminho, borboletas de todas as cores, preás, rãs, enfim eram alguns dos componentes que se podia admirar nos 2 quilômetros que separavam o sitio da estrada.

Rolinhas, papas capins, tizius, sabiás, andorinhas, pombos selvagens, pombas- rola, anús, gaviões e, patos que se fizeram selvagens, vindos do sitio de Laffaiete Cyríaco, que mais tarde também foi expulso de seu belo recanto poético, davam a certeza que ainda existia paraíso para se viver dentro de uma cidade que começava a ter sua historia deteriorada, em sua essência, pela chegada da "corrida do petróleo" criando ganâncias materiais aos menos avisados. Os bobos proprietários vendiam tudo que tinham acumulados ao longo da vida de seus pais e avós e vendiam para os que chegavam.

De vês em quando, cavalos e cavaleiros passavam e, nos cumprimentos, se podia notar purezas, ainda latentes, em seus cavalgamentos sem destino.

DAS BONDADES HUMANAS

As manhãs eram sempre maiores e já se podia notar os verdadeiros moradores do lugar. Seu Flanque(como é conhecido) tinha a beleza nascente da bondade e da presteza.

Peroba, Cimar, Natalina, Beto, João seus irmãos e seu pai Pacuçu, se misturavam a novos Baianos como Manoel Vieira que morava do meu lado com dona Lindaura que trouxe e espalhou uma raça de bons meninos baianos. Dona Lindaura nos deixou em plena forma e vigor.

Jorge Barbudo, Moraes, José e Milward enfim o local começava a se formar com gente que conhecem cada palmo e cada planta. Dona Rola, com sua meiga presença, era uma espécie de abelha Rainha deste paraíso intocado numa Macaé ainda não desbravada,. Roberto, seu filho, irmão de Chicão sabe, como eu, o quanto as coisas mudam e se transformam. Nosso bairro ainda era conhecido como Mulambo, nome herdado das longas e intermináveis idas e vindas na Fazendo dos descendentes do Luiz Lawrie Reid.

Morou ainda por aqui Manoel do PU e seus filhos, ele, autor de "Cascudinho Azarento", musica de sua autoria que fala num peixe de seu sertão nordestino. Durante a musica ele apela para não falar no nome deste peixe que ai dá azar e não se pescaria nada.

Cantou no Festival que fizemos no "O REBATE" nos anos 60 e que mereceu aplauso e preferência de José Carlos Oliveira, Jaguar e Olga Savani, embora Piry tenha vencido o Cascudinho Azarento fez sua história.

Era desta gente pura como o ferroviário Marinho e seus filhos, notadamente Stalin, que foi registrado com Estalin, num dos famosos erros cartorias macaenses, que se iniciou o bairro. Com isso a minha recordação vai ficando cada dia mais presente e fortalecida.

A presença de Moraes, no sítio, vinha de sua morada com Barreto, irmão de Milward, bem lá onde fica o final do ônibus 80 que faz trajeto Cavaleiros /Aroeira. Nesta época não tinha estrada, e uma picada nos levava ao sítio deste amigo Barreto, que era vizinho de Salvador Baptista dos Santos e Roberto Bueno de Paula Mussi. Dodô saiu da área e Roberto continua morando lá.

Durante muito tempo editei o jornal O REBATE neste bairro, num galpão construído com a mão de obra local, e suas paredes, por incrível que pareça, feitas de pau a pique.

Um dia estava passando na porta de um bar e um menino me chamou atenção pelo olhar ativo e esperto, perguntei- se ele queria ser tipógrafo e ele sem saber nem o que era, me disse que sim,. depois de anos foi um dos bons impressores e compositores do jornal.

Ricardo ainda mora na região, e como Natalina e outros, trabalhava comigo no jornal que era uma espécie de orgulho do Bairro. Chicão e Peroba, um dos mais antigos moradores daqui, sempre falam com Luís Cláudio, meu filho, que o Molambo já teve um jornal Semanal e um Diário, já que Luís Cláudio, Magrinho, Elton, Ricardo, Natalina, Fraga, editaram o DIARIO MACAENSE que infelizmente não vingou por falta de uma coisa muito comum no jornalismo que é o acocoramento ao poder, que não fizemos e, por isso perdemos o bonde da história, embora este bonde não seja lá um bonde muito digno de se viajar.

Em novembro era tempo de colher Jabuticabas, Acerolas, Pitangas, Amoras. Os pés de Mangas começam a ter seus frutos caídos com os ventos vindo do Sul e as Jaqueiras nos dando a certeza que teremos doces no mês de dezembro quando se aproximar o final do ano. Muitos cajus brancos e vermelhos e abricó....

O sitio é um local ainda virgem na Macaé que se prostituiu com o progresso descompassado e feio. O galo ainda canta nas madrugadas e os anus brancos e negros teimam em aninhar-se nas árvores que mantenho ainda de pé em teimosa posição de reação as multinacionais que me cercam por todos os lados. Expulsaram o Lafaiete Ciryaco, o Alfredinho Tanus, filho de Camil, o meu primo Lélio Almeida, o Paulo da Farmácia e, encolheram o terreno de dona Rola, mãe de Chicão e Peroba.

A NASCENTE E OS GINDASTES

As empresas chegam e compram tudo nesta área, que puseram o nome de expansão urbana. Resisto e continuo preferindo o cantar dos galos, o pio dos passarinhos ao barulho fedorento de guindastes empacotando correntes de ferro e container.

A nascente que brota no final do terreno é a maior de todas as riquezas do Sítio. Estou cercado de multi-nacionais e firmas de apoio.Elas aterraram brejos, nascentes e córregos. Mantenho minha nascente de Aba de Morro com sua água cristalina que me abastece quando a Cedae me deixa sem água da rua e o Aprígio não me atende.È a minha herança para meus filhos que tem sua origem na Fazenda Ayrys que meu avó Mathias deixou para minha avó nos anos l926 e que, trocados daqui e dali veio a dar nesta Estancia Vista Alegre onde moro.

Pus a cama na varanda...

me esqueci do cobertor...

deu um vento na roseira...

meus cuidados se cobriu todo de flor.

AINDA SOBRE O SÍTIO

Dizem que a maioria dos lotes desta Granja foi adquiridos da Família Reid por ex -ferroviários. Este em que moro foi de Moacyr Amaral, um ex-pracinha, que construiu a casa, que ainda resiste ao tempo. Moacyr a construiu quando de sua volta da 2ª Guerra Mundial nos anos 40. Moacyr Amaral morou aqui e trouxe seu cunhado Jorge Marinho que casou se com e meiga Leda que nos presenteou com seu filhos Marcinho e Alexandre.

Ruy Almeida, irmão de Luiz Almeida que tem nome de uma rua aqui perto , me dizia, quando de suas andanças por aqui onde deixou um belo sitio para seus filhos. Este lugar será a Macaé do futuro. Achava que Ruy estava ficando maluco, como ser uma coisa do futuro num lugar que só tem mato e bicho? O tempo passou, vieram as empresas do petróleo, firmas compraram quase todo o bairro.

Ele construiu uma grande casa onde não tinha nada, seu espírito futurista tinha tocado o seu lado comercial e cumpriu suas profecias: o bairro cresceu. o Molambo virou "Vale Encantado".

Como eu ia dizendo, minha mãe trocou o terreno na rua do Meio de 330 ms2 por este sitio de 11 mil metros quadrados. Diziam que ela não devia fazer isso. Trocar um terreno perto da Praia de Imbetiba, por um punhado de mato? ela apenas disse:- " para fazer a vontade de meu filho não vejo isso como lucro ou perda e, virando se para mim, perguntou,. você quer mesmo? o Everaldo Esteves, me telefonou, e fecha o negócio hoje. Respondi sim. .Trocou o terreno pelo sítio, como se diz nas conversas dos tabaréus: elas por elas.

Vindas diárias de carro ou de ônibus se tornou um bom motivo para que conhecesse este paraíso.

DESBRAVANDO AS MENTES EMPOEIRADAS

Era o limiar dos anos 70 e as movimentações sociais caminhavam para que começasse a gostar do local. Pipocava em todo o mundo os gritos de liberdades nos movimentos contra-cultura e Hippies. Macaé não podia dizer não. Dissemos presente, embarcamos na canoa de cabeça.

Marcelo do "Grilo" havia aberto seu bar que era o point da época. Lurufe Soutinho do fluminense, cria o "820" na Imbetiba de onde se muda toda a galera, deixando a rua principal para se localizarem na orla, onde mais tarde viria a busca do ouro negro e com isso incentivaria a prostituição, mudamdo o point para a Praia dos Cavaleiros sentenciando em parte a morte da orla de Imbetiba.

Fernando Pereira, abre a "Boca do Suco" que funcionava no centro da cidade e que era uma das opções dos nativos e noctívagos. Uma provocação a repressão que via no titulo uma maneira de catucá-la.

Samuel Marques pensava em abrir o "Chaplin's," e o abriu mais tarde com apoio de Andréia. Antes Glauro abriria o "Degráu" , no "Velho Casarão" do seu Ibrahim ex -dono do Jogo do Bicho, pai de meus amigos Alan e Flamarion. Tres bares em tres ruas históricas de Macaé. Boca do Suco na Teixeira de Gouveia; Chaplin, na Silva Jardim e Degrau ana Rua Washington Luiz Pereira de Souza.

Izaac criaria o jornal 'PALANK', Euzébio reeditaria 'O SÉCULO' com 'Nato', 'Manel', Phídias, Ricardo e Cláudio Santos. Era uma época de grandes e intermináveis mutações nas cabeças pensantes. Uma gama de jovens vindo de toda a parte do mundo aportava em MACAÉ.

Ricardo Meireles, lançava seu 'Palácio do Urubu' e ia até a Europa. Nato e Manel Reis, Armando Rosário, "Gloria Nacional" e outros imaginam o "Burziguin". Morria "Caubizinho" em triste desastre em São Gonçalo e Luiz Geraldo Pinto idem numa ponte no Sul do pais.

"Boca de Bagre" bate de caminhão em Pernambuco e também morre. Deixa o mano "Zé Puleiro" e o "Lalá" tristes. "Fernandel"; "Flavinho" e "Manel da 7 em porta" são alguns dos "praças" famosos."Chiquinho Tatagiba" e Ary reinam nas velhas paradas macaenses assim como o "Velho Mota" reinava na Campista. Gordo puxa cadeia na IIha Grande e volta contando historias dos famosos da época.Fala em C.O., em Mariel e em Lúcio Flávio Vilar Rios.

Armando Rosário, deixa o Rio, a "Manchete" e a "Banda de Ipanema" e vem de mala e cuia fotografar Macaé através do "BURZINGUIN", um jornal alternativo que circulava em xerox. "Aninha", minha filha com 8 anos é capa deste jornalzinho lindo. Não sei se ela foi fotografada por Livinho, por Rômulo ou por João Carlos Campos. Fato é que este jornal circulou com muitas fotos e muita gente boa escrevendo. Era o final dos anos 70.

RESISTENCIA E A U.R.

"O REBATE" resiste a tudo e a todos e, mesmo capengando, entra na Contracultura e enfrenta a ditadura . Fuxicando a onça, somos enquadrados na LSN. Lá fui eu e Euzébio responder IPM na Marinha e no Exército. Sorte ter tido como auditor o Almirante Grecco amigo de nossos avós e Jacob Goldemberg um simpático mineiro que entendia nossos escritos.

Denunciados que fomos por uma câmara de vereadores subserviente ao poder e acocorada ao sistema tive minha matricula na Faculdade de Direito impedida de renovação e Euzébio não pode fazer a Universidade. Deixamos de nos formar nas Universidades e nos tornamos bacharés na Universidade das Ruas (u.r.).

Valia tudo para conhecer o Maravilhoso Mundo Novo que habitava a cidade. Erasmo de Roterdã é lido e Marcuse idem. Fernando Pereira vinha do movimento estudantil de Ibiúna com novos enfoques, Baroni com uma nova arquitetura se faz presente nas caminhadas sob o luar de "Jurubatiba"; ainda virgem das especulações.

A meiguice curiosamente pura de Sandra Waytt, o olhar introspectivo de Edinho e Henry, seus irmãos mais novos, refletem numa Macaé que enfrenta tudo e se propõe guerreira e transformativa.

A poetisa já bailava em Sandra no seu interior que aflorava em versos cândidos e revolucionários. Eleonora Borges nem pensava em abrir o Mahathan nem Armando o Macaé Jornal. O MOVIMENTO ESTUDANTIL DE IBIUNA JAMAIS PODERIA PREVER O RASTRO DE CORRUPÇAO QUE CONTAMINARIA O PT DOS ANOS 2000...

A cidade fervilha.

Fernando Frota lança "Apurrinhola" que chega em boa hora. Estava acabando o ciclo das gargalhadas e dos puros sorrisos e a Apurrinhola vinha fazer voltar o humor e as gargalhadas verdadeiras e nativas.

(Para quem nao sabe, vou tentar explicar: Apurrinhola foi uma criaçao do imaginário de Fernando Frota. Ela, a Apurrinhola era para apurrinhar as pessoas. Invisivel, Segundo o criador Freta, a máquina apurrinharia naparte mais sensível de certas pessoas. Tirava dinheiro do bolso quando o cara ia pagar conta; dava tropeçadas em pessoas pozudas e empapuçadas pelo poder; falava coisas verdadeiras ao ouvido dos safados, enfim, era uma máquina de apurrinhar mesmo.

Niltinho foi o primeiro a ver este humor e, de soslaio, dava suas catucadas inteligentes e espertas. Frota, uma cabeça sempre de pensamento rápido e alegre, ria antes de completar os efeitos da Apurrinhola o que dificultava o entendimento quando relatava. È que ele, quando dizia que a "apurrinhola" tinha tirado certas quantias do bolso da pessoa visada, já gargalhava, prevendo o final. Sé quem acompanhava sua onda, em ondas aneriores entendia e sacava no ato. Amildes e Amilton sabiam da existencia da maquina e riam juntos com o velho Frota...

.A pura criação desta máquina invisivel, nascido do humor interior de Fernando Frota, deu seguimento a milhares de formação de histórias e momentos de raras belezas em cada interior dos que a entendiam. Sendo um ser imaginário a "Apurrilhola" tinha o sentido do mais fino humor.

Marquinho Brochado ainda lembra, com sorriso escancarado de um canto ao outro de seus imaginados.

Até pouco tento antes de prejetar seu frágil carro de frente com uma possante van e despedir-se do mundo, Marquinho sempre se recordava alegre e feliz das Apurrinholas criadas em cima da Apurrinhola verdadeira que Frota tinha inventado. A de Frota, dava beliscão na bunda da pessoas, jogava lama no terno do almogadinha, espalhava um vento que fazia voar a grana da gaveta do comerciante sovino e etc.

A nossa Apurrinhola era difrente. E esta difrença, mais à esquerda, que motivava as divergencias com Frota. A nossa assaltava banco, jogava dinheiro nas favelas, espalhava alimentos na periferia, roubava comida das festas sociais, punha pobre dentro dos clubes etc. etc...

Num vai e vem que não foi.

Numa certeza de um não que não vem,

De um sim quase negado"...

Era uma época em que Kleber Santos deixava, definitivamente o Rio e vinha para o Lagomar onde o visitei com Phidias Barbosa e Ricardo Meireles. Depois conheceu a simpatia de Mary , o carrancurismo simpático de Fred , o sorriso matreiro de Fernando e Maria e fixou-se geral em Macaé.

Nasce no Rio, no Movimento Estudantil a Convergência Socialista que chega em Macaé. Eu, Phidias e Dilma Lóes damos os primeiros acordes na formação de um Partido dosTrabalhadores. Convido Euzébio e Omir e o PT tem seu primeiro núcleo do Estado do Rio em l978.

A música PT, PT, PT, PT., trabalhadores no poder enche de esperança minha geração e a gente cai de cabeça na busca desta construção tijolo com tijolo de uma forma tão linda que até esquecemos que o poder transforma os que o assume.

Niltinho Costa tenta engenharia no Rio e, não se adptando a barulheira de Ipanema, volta para "Bicuda." .Niltinho preferia olhar a meiguice malandra de "Berebéu", sentir o palavreado "Capiau " e puro dos Bicudenses. Uma opção alternativamente linda para uma mente pura como a dele.

Eliane, "Marilu", Ovelha, Katia, Sandra"Jonh Lennon", "Eliane da Boa Vista", com sua linda voz vindo de dentro do pulmão e, estourando em nossas entranhas, são as gatinhas da época. "Livinho", Rômulo já põem a mostra a herança do velho Lívio e fotografam "Aninha" em anos de infância.

Luisa Reis é a mais linda de todas as criações humanas só comparável ao meigo olhar distante de Roseana Reis que sumiu das vistas nativas.

Thomé, Fernandel, Costinha, enfim, Macaé fervilhava na década de ouro para as transformações.

E Jonh Lennon? A nossa Sandra? Poeta, feminista e mulher? Ela ensaia os primeiros passos largos no grande chute que a sociedade merecia levar no bumbum.

Estoura seu trabalho no Rio e tem sua peça encenada nas ruas da capital em especial em Ipanema..

Mais uma vez Frota surpreende e lança o "Homem é o que é por ultimo". Upiano ouve e se cala. Não se vê concordância nem negativa do mestre filosofo das noites macaenses. Seu irmão Ivairzinho acha somente uma frase inteligente.

O tempo no entanto cimentará nova teoria que o "Homem Está e não é.Ricardo Madeira nega a tese de Frota. Tudo dentro da mais pura e afetiva discordância filosófica que eram discutidas nas mesas dos cafés.

Anos de chumbo grosso. Policia de Macaé, representado por um conhecido delegado fareja "fumo" em tudo e todos. Prendem e arrebentam hippieis e favelados e internam classe média em "Casa Transitória" para fugir dos flagrantes.

Esta mesma policia transforma em "Capim", depois de ir para exame no Rio, meio quilo de maconha apreendidas com gente da alta sociedade nativa. É o início do fim. A pequena burguesia começa a entender melhor as distancias que a mais valia fazia e onde se situava a repressao policial em sua verdadeira essencia de reprimir e perseguir lideranças nativas e prender filhos de pobres, negros e favelados.

Ficava em clarividencia para jovens ricos e pobres que o sistema policial/militar era a representação social da cruel diferença que o sistema teima em fazer com seus terríveis braços repressores.

"Negro correndo é ladrao. Branco é atleta. Rico fuma maconha, pobre é traficante. Maconha apreendida com menino rico, vira capim e capim no bolso de pobre é resto de maconha". Todo esforço "cultural" que o Movimento Hippiee e a Contracultura fazia para mudar a sociedade sem que fosse preciso um banho de sangue, esbarrava nas mentes atrasadas dos donos da lei e dos poderes constituidos.

DAS ARTES

Marco Aurélio Corrêa começa a criar lindas paisagens que ornam as belezas da Praia do Pecado que Euzébio nominou no O REBATE. Cria-se o "BURZIGUIN", nascido na mente fértil de Euzébio que escreve crônica uma de Macaé no ano 2000 prevendo o que viria acontecer.(cronica que se perdeu no tempo mais que, se achada hoje nos anos 2006 saberiamos da verdade futurista que ele falava nos anos de 1970).

Lívia é a nossa deusa maior, lança e nomina Hollywood a praia onde morava Moisés do Vasco. As duas criativas mentes macaenses, Euzébio criando a "Praia do Pecado" e Lívia a "Praia de Hollywood", poe em evidencia duas mentes acima das mentes normais de uma cidade que ainda engstinhava.

Era comum se esbarrar em José Carlos de Oliveira, Paulo Mendes Campos, "Jaguar", Olga Savani.Era festival de musica do O REBATE em 68. Jornal sempre na frente e sempre junto com as aspiraçoes do povo.

Egberto descobre Piry e o festival o consagra apesar de José Carlos Oliveira preferir "Cascudinho Azarento", um forró cantado e criado por Manoel enfermeiro do PU. Roberto Salles, Rose Noronha e Joel Passos cantam no festival e são aplaudidos de pé. Luíz Josè de Souza Lima, o nosso Piry, reconheçe, em entrevista ao MACAE JORNAL nos anos 2006, o grande avanço que O REBATE prestava nos anos de 1970 a música brasileira.

O ano e a década era do O REBATE, de nossa gente, de uma Macaé corajosa e fascinantemente arrojada e revolucionária.

Sempre era um constante esbarramento com Ary Duboc, o velho Athos e seus filhos recebendo amigos nas rodas do Café e Restaurante Belas Artes. Macaé era uma espécie de Ipanema dos anos 70..Waldemar da Costa, Nilton Carlos Costa, Takaoca,.Moacyr Santos. Artes eram uma constante e se misturavam a Cafés e Filosofias.

Tudo isso emaranhando -se as constantes presenças de Euzébio, Juarito, Marquinho Brochado, Hudson Siqueira, Marco Aurélio Corrêa, Renaut e outros que iam e vinham trazendo os informes de novas coisas que pintavam fora dos bastidores do "PASQUIN" e que não podiam ser editados. Criamos no "O REBATE" o "Daniel Menos" onde Euzébio representava o papel irônico do "Daniel Mas" e os nativos iam se aperfeiçoando aos fatos até então distantes.

'Era a década de mil transformações

Sob forte censura O REBATE é impedido de circular por ordens do comando militar. exigem censura prévia no jornal. No Rio de Janeiro a Tribuna de Imprensa de Hélio Fernandes sofre o mesmo. Hélio seria confinado em Pirassununga ou Macaé. Abro em manchete um oferecimento para eles escrever no O REBATE. Era mais um catucamento. Voltamos a ser chamados nas guarnições militares. A imprensa parecia que era o principal alvo das preocupações da ditadura.

Da contracultura e do movimento Hippie muitos enlouqueceram, morreram ou entraram numa e não voltaram . A minoria que soube segurar as barras e estão ai como eu de netos e bisnetos a tira colo. O sonho sonhado vinha numa mistura louca de LSD e Cogumelo de Boi. O de galinha matava. Os grilos das misturas de sonhos tidos e havidos levaram muitos a loucura e a morte. Os sobreviventes ainda deixam rolar lágrimas quente quando se encontram.

Platão, Sócrates e Aristóteles eram discutidos em todas as rodas de cafés e bares nas noites. Na redação do O REBATE tinha início as discussões que varavam madrugadas. O Ser e o não ser não é .Demócrito, e sua conciliação. A decadência dos costumes após Péricles eram dessecadas por acompanhantes atentos. Atenas era transportada para o bar Imperatriz e belas Artes onde fluía a inteligência nativa . O "conhece-te a ti mesmo socrateano" e seu humanismo refletiam no brilho de olhares atentos.

"A Sétima Carta de Platão" parece escrito hoje e dela fluía .Reconheço que todos os Estados atuais são mal governados e que pela filosofia se pode discernir todas as formas de justiça política e individual.

Visitas ao sitio

Sempre que podia trazia amigos no sítio onde moro. Tardes virgens de idas e vindas no conhecimento de frutas silvestres e pássaros raros. Goiabeiras, coqueiros, Manqueiras, Araçás, Jabuticabas, Ameixas, Laranjeiras, Coqueiros, abacates, graviolas, pitangas, acerolas, amoras, abricós. Cajus, jacas, cajás eram algumas das fruteiras que encantava e nos proporcionavam alegrias infantis.

Uma mistura de "Tupamaros", vindos da Argentina, alguns revolucionários fugidios do Reino Unido se misturavam aos nativos "Borito", "Tuca", Elton Português, Samuel, Victor, "Anselmo Colombina", "Didi". "Guto", Carlinhos Português, "Carlinhos Bomba", João Carlos, Helder, "Toninho Mello o Delegado", André, Tomé, Kátia, Miller e Cristina, "Ginja", Fernando, "Compadre", eram alguns das macaenses que eram sempre bem chegados quando mal chegadas eram as incompreensões da uma Macaé bitolada e feia.

Muitos destes tiveram a coragem de fundar o Partido dos Trabalhadores acreditavam no futuro. Futuro que chegou e o PT traiu.

Minha casa é uma riqueza, pelas

'Jóias que ela tem.

Tem varanda, tem jardins. E uma rede pra embalar de quando em quando...
José Milbs de Lacerda gama, editor de www.jornalorebate.com

25.1.11

Morador dos mais antigos da Rua da Estação, SADY DIAS CURVELO, morre aos 71 anos



Sady Dias Curvelo foi um dos primeiros moradores da Rua Euzébio de Queiróz, conhecida como Rua da Estação. Região que fez história durante o reinado da Estrada de Ferro Leopoldina nos anos 40.
Sady conhecia decor toda a história de Macaé e sempre fazia qustão de citar fatos havidos. Fundador da "Confrária do Sadý" onde os seus membros faziam do dia de dia em longas conversas motivos para recordações e memoriar fatos.
Grande observador e carnavalesco dirigiu durante muito tempo alguns dos mais alegres Blocos de Rua. Ultimamente se sentia triste pelas mortes de Zé Arenari, Aryzinho, Paulinho Vieira e Babeto Bacellar, além da perda prematura de seu querido primo, poeta e escritor Augusto Carlos Curvelo de Muros...
Estudou o antigo Colégio Mathias Netto, onde fomos colegas de 4a série primária. Estivemos visinhos por duas longas ocasiões. Quando tinha uns 8 anos na Rua da Estação e aos 40 anos na Rua Visconde de Quissamã. Sady sabia fazer amizades, sempre com um largo sorriso que lhe ornava a face alva e reativada os olhos alegres que acompanhavam sua fala na conceiruação dos momentos de sublimação e amizade...
Funcionário aposentado da Prefeitura de Macaé onde seu primo Antonio Curvelo Benjamim foi prefeito por várias vezes, jamais foi visto em atividades que não fosse com o trato cordial com os contribuintes.
Da Bicuda Grande, lugarejo onde reina o encanto das águas puras das cachoeiras, Sady sabia de toda a história. Catucado, depois de 2 belas cerverjas, era dele a fala que tomava conta de toda a "Confraria do Sady". Confraria que fica menor e tente a ter um fim com as mortes de seus mais ilustres memmbros neste inicio de 2011...
O jornalista Almir Lima, presente ao sepultamento, foi quem enviou a noticia para O REBATE.
Os sentimentos de toda a comunidade. Jose Milbs de Lacerda Gama editor

IVAN BASTOS ENVIOU COMENTÁRIO AO EDITOR MILBS VIA FACE BOOK SOBRE SADY
Ivan Bastos 25 de janeiro às 20:37 Denunciar
Você com sua lembranças e bonitas palavras. Que Deus te abençoe sempre com esse dom. Obrigado.

22.1.11

Durante 60 anos fui amigo e admirei Carlos Alberto de Campos Bacellar que morreu em Macaé no inicio da Primavera de 2011...


Não se trata de nenhuma personagem que possa merecer destaque na maioria das midias de nossa Região de Petróleo. Para mim foi uma tristeza saber da morte de "Bebeto Bacellar" um dos filhos da grande prole de Jayme Bacellar e Dona Ana Campos Bacellar. Aos 12 anos, meninos figitivos de nossas casas e das capas protetoras de nossos familiares, ficamos amigos nas simpáticas e acolhedoras ruas de Macaé, cidadezinha situada no noroeste do Rio de Janeiro que, no inicio do ano de 1950, todos se conheciam pelos nomes, apelidos e "filho de fulano da familias tal". "Bebeto" era mais velho do que muitos de nós. Entramos para a Escola Ferroviária 8-1 da Estrada de Ferro Leopoldina, SENAI. "furamos" uma tradição nesta Escola. A preferência para cursar os 3 anos era dos filhos dos feroviários que tinham preferência no empate de notas. Centenas de jovens da Região fizeram provas e, dentre os 36 que seriam convocados, haviam uns 7 ou 8 que não eram filhos dos ferroviários. Eu, Pericles Veloso de Assis, Roberto Maroti, Ary Luiz Pimentel, Ivan de Souza Drumond, Neri Cezar Pinto e Telmo Pereira de Azevedo Eramos este diferencial num universo de 36...
"Bebeto" era o que posso qualificar de "meio filho de ferroviário" já que seu pai era Chefe da Estação da Leopoldina em cargo de destsque. Diria que era uma espécie de "menino rico" entre todos nós. Sua elegante figura de uma beleza herdada de sua mãe Ana que nos daria mais tarde a Miss Macaé Jane Bacellar, se destacava mais não conseguia afastar de todos nós a presença timida e esperta e simples que "Bebeto" iria levar para o resto de sua vida...
Se destacava pelo olhar timido e pela perspicácia no trato com todos que conviviam com ele. fala macia, vóz calma, olhar penetrante e sem nenhum medo das coisas do mundo. Frequentou, já com seus 17 anos, toda sorte de escada na tortuosidade do mundo. Soube andar entre Reis e Pebleus sem se deixar contaminar pela "manchitude" da escolha. Por isso caminhou nestes mundos sem que deixasse rastros de desgostos. Todos gostavam de "Bebeto Bacellar" por que não se tem notícia de algo que ele tenha feito, que viesse prejudicar seus semelhantes. Se algo vez foi em sacrificio de sua própria vida que quis viver como bem entendeu...
Estivemos afastados das longas conversas que sempre ligam as pessoas que vivem em cidade pequenas. "Nos vimos pequeninos" quando Macaé cresceu com a chegada do Petróleo e das pessoas que a Petrobras trouxe para a região. Outros mundos fomos habitar. Eu, no teimoso "O REBATE", resgatandos "nossas histórias" que se perderiam no "Tunel do Esquecimento", e ele, buscando o sustento de seus filhos e companheira, nos embargues constantes como "homem de área" de alguma das centenas de Multi nacionais que existem em Macaé.
Afastado do frescor dos ventos que esvoaçavam seus cabelos vindos das Ilhas nativas de Macaé, Bebeto se musturava a milhares de homens simples de todas as partes do mundo no trabalho árduo e perigoso das Empreiteiras...
Na Praça Veríssimo de Mello, onde se concentram centenas de Homens de toda região do Brasil, togados pelo linguajar misturado que formam a consciencia do POVO, Bebeto era conhecido e amado. Era uma espécie de anfitrião que a todos ia dando os "informes" sobre os pontos alegres de uma Macaé notivoca e madrugadora. Experiência que Bebeto Bacellar tinha de sobra por que era habituado a entrar e sair em todas as bocadas da vida...
Aos 73 anos seus olhos se fecham para acompanhar a sua mente que já tinha se fechado para o mundo. Ultimamente caminhava sem caminhar; olhava sem olhar; vivia sem viver, rodeando em volta dos quarteirões que viveu e amou durante sua vida...
A ultima vez que revi este amigo de infância ele caminha perto de BB. Ele me viu sem me ver e não respondeu meu aceno que tanto brilho causava em seus olhos castanhos. Extranhei e soube de seu sofrimento de não mais saudar os amigos. Era a morte em vida de uma existência que marcou muitos como eu pelo carinho e afeto que emanava de sua presença...
Perdemos um amigo e falo em nome de todos que conheceram Carlos Alberto de Campos Bacellar...
José Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com

DE UMA AMIGA DO FACE BOOK RECEBI E PUBLICO

Gislaine Gonçalves
CARO AMIGO, ENTREI NO SITE E LI A EMOCIONANTE HISTÓRIA EM HOMENAGEM AO SAUDOSO CARLOS ALBERTO DE CAMPOS BACELLAR, NÃO O CONHECI, MAS COMPARTILHEI IMENSAMENTE DESSA LINDA HISTÓRIA...QUANDO OS OLHOS SE FECHAM PARA ACOMPANHAR A MENTE QUE JÁ SE FECHOU PARA O MUNDO...QUE TRISTE! COMO PODE UMA PESSOA NÃO CONHECER MAIS NADA E NINGUÉM? QUE HIPOCRISIA DA VIDA...CONTINUAREI ACOMPANHANDO SEUS TEXTOS, SE NÃO FOSSE PROFESSORA GOSTARIA DE TER SIDO JORNALISTA, ESTAVA ENTRE MINHAS PREFERÊNCIAS E DEPOIS PSICÓLOGA, AQUI TEM FACULDADE DE JORNALISMO E PSICOLOGIA, QUEM SABE UM DIA NÃO FAREI?
GRANDE ABRAÇO, AMIGO...

16.1.11

Fundador do PT em Goiás e Mato Grosso escreve a Milbs Fundador do PT no RJ


Ao transcever um texto meu sobre a Rua do Meio, onde vivi minha encantada infância publico o que recebi do poeta Odemar Leotti de Goiania cidade onde guardo belas recordações de meu tempo de lider Estudantil onde participei do Congresso Nacional da UBES nos anos 60...
Aproveito para também publicar o que recebi de meu querido irmão Ivan Sergio de lacerda Gama que também tem muitas histórias desta magia que a Rua do Meio nos transmitiu...
ODEMAR LEOTTI disse...
Olha Milbs. Ainda não cheguei à leitura de todos seus textos. Mas li o diálogo vô e netinha, e de suas experiências com LULA e entendi que sua história é parecida com a minha. Fui fundador do PT em Goiás e Mato Grosso, e pixava propagando do PT com bombinha flit, essa de matar pernilongo. E agora vejo tudo isso e fico muito triste com o perfil de nossos parlamentares e executivos. Parece que o sonho está virando pesadelo. Mas ainda não perdi a fé. Vou dando corda, pois os que querem entrar no lugar são piores.
Mas quero falar de seu jeito maneiramente poético de escrever e a simplicidade na escrita que é uma arte difícil de se conseguir. Ainda quero beber uma birita com você. Senti uma vontade imensa de ir aí em Macaé. Morei no Rio de 69 a 71. Militei no PT de Goiás e Mato Grosso. Fui cabeludo igual vc.
Sua escrita parece a de um catador de borboletas que pegam as palavras em seus curtos espaços de vivências. Ainda como mágmas essas palavras se apegam ao chão e às texturas desse chão que nao quer se deixar roer pelo progresso. Suas palavras recolocam as pedras e a rua do Meio. Lindo e poético é seu texto. Parabéns por tudo e obrigado por fazer meu mundo aumentar ou pouco mais. Odemar Leotti.

Ivan disse...Caro Milbinho:
Ao ler "coisas da rua do meio" lembrei-me de outros personagens e fatos de minha infância que, quando você tenha espaço, poderiam ser citados :
- A chácara de Dr. Marques (roubávamos frutas e recebíamos tiros de sal grosso).
- Meu amigo Tadeu (irmão de elmo , Bibinho grandes jogadores de futebol).
- O MINA apelido do hoje importante Dr. Nelson filho de Elza e Sgto. Darci
- Dona Pequena e o seu filho que não me lembro o nome.
- A casa de Tio Jonas e Tia Ondina (quintal imenso e que Dinda guardava os lençóis etc. e que eu coloquei fogo tentando acender o nosso fogareiro JACARÉ de querosene queimando inclusive suas lingüiças que ficavam penduradas no teto da cozinha). (levei muitos cascudos de Djecila e Marly (mulher de Helan)).
- De Estela e Seu Gualberto (avô de Gualbertinho professor de karatê e Estelinha além de Área e Gualter (vinham do Rio de passar Férias)).
- Néinha que patrocinava as corridas entre nós os moleques da época. ((Não lembro o nome do pai e da irmã dela) moravam ao lado da casa de Rubens Patrocínio)
- Renata (Pelé) irmão de Rubinho Patrocínio e Rosilda)
- Sueli e irmãs filhas de D. Jacira e Pires
(A grande amiga e vizinha de Dinda - Dona COTINHA (eu visitava todas as vezes que ia a Macaé) mãe de Mariazinha, Hélia, Nenê etc.)
Dona Durvalina que furava nossas bolas quando caia no seu quintal.
A casa de Tia Doca , Zezinho, Tereza (nossa grande amiga e protetora das estripulias de todos os sobrinhos e primos. O Cuchicholo de Eliete (que sempre cabia mais um) de Antonio Fino , Eduarda e Clarinha)
De Dona Lalate seu Thiers (Mazinha . Cléa)
De Seu Celso (gato de botas) e dona Enedina (pais de Oberlã e Lourdinha)
- De Renatinho (primo de Lúcia - filho de dona Nina e seu Renato) que passava carnaval em Macaé hoje dona da CARMIM em Sampa. (implicava muito com Duduzinho irmão de Lucia).
- (Das idas na praia da fazenda de Amphiilóphio Trindade) Lucia tinha a Chave.
- Dona Nizinha Prata que roubava na víspora.
- Tia Enedina Gama (que implicava com tudo) Tia Elça E Tio Salime Salomão (a bondade em pessoa) Badra
Alguns fatos e personagens fora da Rua do Meio mas, importantes na minha vida
Beijos
Ivan



COISAS DA RUA DO MEIO II UMA VIAGEM AO REDOR DA MENTE...
Domingo estive na Rua Doutor Bueno que, na minha infância tinha o nome de Rua do Meio. Quem criou este nome foram os velhos ferroviários nos anos 30/40 quando iam, pelas vielas e pequenos trechos feitos com picadas de pés e mãos, até a Estrada de Ferro de Imbetiba. Era ali, banhado pelo sabor dos ventos dos mares bravios da Praia de Imbetiba e soprada pelos frios aromas das marezias que entravam pelas narinas humanas e refrescavam as mentes.
Ventos que saiam das Ilhas Nativas e iam ao encontro dos humanos destes anos felizes de uma cidade alegre e dorminhoca...
Vai dai que relembro este texto:

Coisas da Rua do Meio II
Ruas: Poça, Igualdade e do Meio
José Milbs
A rua do "Meio" não tinha o nome de Dr. Bueno. Era do Meio porque só haviam duas picadas que levavam os moradores até a praia de Imbetiba.
Uma picada era pela rua da "Poça", hoje Luiz Belegard, homenagem ao engenheiro francês que projetou Macaé e a picada da rua do cemitério, hoje rua da Igualdade. Não havia ainda nenhum calçamento e as árvores abrigavam sombras até a praia.
Num livro que fiz de crônicas, afirmei que as ondas do mar vinham até nossas casas. Reafirmo. Ali onde hoje tem uns prédios de Atendimentos Médicos tinha formação de areias que o mar trazia nas lindas e românticas tardes de ressaca.
Thiers Pereira de Azevedo, Aluisio Andrade, Seu Oswaldo, Benildo Amado, José de Moura Santos, Benedito Gama, Celso Barbosa, Elso Froes (Pudim), Erotildes Monteiro, Darcy Pires, Lulu Pinto, Rubens Patrocínio, Sebastião da Silva Rosa, Tião, Sargento Pires(pai) , Seu Roberto. Simário, Meca, seu Demistoclates todos homens que faziam a história desta Rua com suas famílias e seus amigos. Digamos que estes são os verdadeiros pilares desta Rua...
Como não deixar que fixe na memória a doce presença de doutor Manoel Marques Monteiro e a sua dona Santinha Barreto Monteiro? Seus filhos "Alaydinha" e Geraldo que, estudando em Campos o segundo grau, vinha sempre em ferias e brincávamos na chácara que ia da Rua do Sacramento até a Rua do Meio.
E o negro "Pavuna" .que nos fazia as vontades em frutas colhidas sempre prontas e deliciosas?
Seu "Pavuna" era um remanescente das bondades humanas e residiu em Macaé nos meados dos anos 50 e 60. Poucas pessoas tiveram o divino prazer de conhecer sua figura arquejada e bela. A sua bondade, estraída do olhar cimentava se na gentileza da fala, que ao sair, entrava por nossa existência e deitava em nosso entendimento de criança como fórmula mágica de falas dos contos infantis, e noturnos, que tanto se diz nos Contos de Fadas. Pavuna era mesmo um mágico. Um Negro Mágico saído e vivido ...
Geraldo cresceu e se casou com "Alicinha", filha de Carlos Maia e Lucy e irmã de Beth. "Alaydinha" se casou com "Paulinho" Barreto filho de dona Hilda e seu José da Cunha Barreto. Uma mistura de Barretos que espalhou ainda mais estas duas famílias tradicionais de Campos e Macaé.
A vida nesta Rua tinha mesmo o frescor de brisa cheirada a rosa e peixe fresco. Vez ou outra uma ida a rua do Cemitério para jogadas de peladas no campinho em frente a casa de "Cabo Frio" de dona Sebastiana, perto onde mora hoje "Paulinho Ligeireza", Paulinho Cara de Vaca", "Calombo" e "Otinho". Outras vezes uns pulos e nados nos "Paus da Praia do Forte" nos fundos da casa onde morava Maday de seu Barbosa. Seu Barbosa ainda mantinha a simpatia no sorriso dos primeiros nordestinos vindos para cá. Mais tarde foi porteiro do Tenys Clube e fazia vistas grossas nas nossas entradas furtivas nos Bailes de Carnaval pulando pelos muros da "Vila São José"
Falar nisso, será que ainda existem os famosos "Paus da Praia do Forte" que serviram no passado para amarração de barcos e que a meninada ia a nado contando os troféus de cada "pau" que se conseguia chegar em braçadas leves e pequeninas?
As vezes que tenho ido nas cercanias da Praia do Forte e passo pela verdadeira Rua de Pedra do Litoral do Estado, vejo dezenas de casas tampando o acesso aos saudosos "Paus" de nados infantis de centenas de contemporâneos. Será que ainda existe como inexiste, em seu formato e forma o "Farol Velho de Imbetiba"? Tinha vontade de saber, Talvez Cláudio Santos, que mora por perto ou mesmo os "Camolezes" me informem um dia.
Quem sabe os freqüentadores do "Bico da Coruja" possam dizer desta curiosidade cristalina.
2
'IVANZINHO
A memória e a tentativa de transpor o imaginário e faze-lo fluir para os dedos e, destes, formalizar algo que possa ser lido é a maneira que busco encontrar de uma forma especial sem me preocupar com detalhes de datas. Até porque nunca fui muito de guardar datas e números. Por isso é que quando me irmão Ivan Sérgio, que, atualmente mora em São Paulo, lembrava que a Rua do "Meio", no seu tempo de criança,, em época de ressaca, o mar jogava água na frente de nossa casa eu disse a ele que "no nosso quintal, se achava conchas e pedras brancas trazidas pelo esverdeado e puro mar de minha infância".
As ondas quebravam onde tem hoje um horroroso muro de cimento e vinha abrindo a sua passagem natural até onde a natureza lhe permitia ir. Passava ainda com força pela casa de Nascimento, ia se revigorando nas descaídas da Rua em frente a casa de Dona Maria de Seu Bráulio, pai de Icinho, Dalci, Décio e Delvan , fazia contorno em espumas, ainda moribundas e límpidas, na frente da casa de Titinha e Cecéia e ia morrer, lenta e graciosa na minhas casa e nas casas de Pequenino e seu Rubens. Podem perguntar a quem tem mais de 60 anos.
Hoje a Praia de Imbetiba não existe. Ou melhor se transformou num imenso cais onde se espera, a cada instante, um grande vazamento que a transformará mundialmente em mais uma destruição que a busco de algo que acabará em breve. Alguns milhares de dólares serão pagos ao município que, por sua vez se calará, terá um prefeito qualquer homenageado com jantar e passeios de Helicóptero e a cidade se esvaindo, esvaindo aos poucos do que lhe resta de belo.
O mar foi domesticado e nas águas teimosas, ainda esverdeadas, se pode ver cocos, óleos, estopas e cheiro de mijo em uma areia que, não recebendo as ondas do mar para lhe banhar, virou terra amarela e suja. Antes eram os Carangueijos, Ciris, Tatuis e larvas que lhe faziam o belo da existencia. Hoje são ratos, baratas, mosquitos que ornam a destuição humana neste lindo recanto de belezas antigas.
Ainda se pode ver alguns nativos corajosos se banhando nas águas de Imbetiba no inicio deste século.
Ivan Sérgio, meu irmão menor, brincava com "Fernandinho", Matheus, "Mundinho", "Nelsinho" de Irene e Darcilio , com "Nelsinho", "Beto", Eduardo de dona Elsa e Darcy, Hermínio e Enir de Seu Elias do Hospital, "Zé Pretinho" de seu "João Gordo", com "Manoel Juca" de seu Salvador, com "Braulinho", "Juca" de Ceni e Bráulio e vez ou outra com os maiores que eram de minha turma.
As peladas eram no "Campinho do Areal", no "Campinho do Cemitério", e no "Campinho da Cocheira" e muitas das melhores e animadas peladas eram em plena rua com tamancos servindo de traves e jogadas com "bola de meia".
Ivan teve uma linda infância como todas as nossas. Hoje ainda volta as nossas ruas e, em busca de seu passado, corre as casas das ruas que lhe viram menino nas ruas empoeiradas de Macaé. Assim como o autor ele conserva o Sitio que nossa mãe Ecila nos deixou com a recomendação de que "todos seus descendentes façam suas moradas e que nenhum de seus netos e bisnetos fiquem sem algum pedadinho de terra para plantar e morar". Desejo que estamos mantendo...
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AS NOITES DE LUAR
Um dia quando se fizer a história do belo das ondas bravias da praia de Imbetiba, teremos que dizer do pecado que foi transformar essa linda praia, única de areia grossa no litoral, em píer de petróleo.
A beleza das noites de luar de Imbetiba e seus vaga-lumes deram lugar aos pisca-pisca de barcos multinacionais.
O voar -livre de tesoureiros e gaivotas foram substituídos por helicópteros, cocôs de gringos e plásticos que passaram a boiar tranqüilamente nas ondas domesticadas por enormes pedregulhos. Seria este o fim do amaldiçoamento de Coqueiro ou o verdadeiro começo do amaldiçoamento?
Imbetiba de tardes de verão e aconchego belo não existe mais. Ë um amontoado de lamas, plásticos e gente que nem "Bom Dia", "Boa Tarde" e "Boa Noite" sabem existir . As casas onde moravam os primeiros veranistas vindo de Campos, como o simpático Pereira Pinto, com sua elegante roupagem e bengala de madrepérola, não existem mais. É um amontoado de guetos, prostíbulos e barracas de mal gosto. Aquele correr de casas que ficavam fechadas durante o ano e que se abriam nos meses de novembro até março e que nos trazia lindas e belas campistas estão abarrotadas de lixo e a espera da abertura do novos rend_vous que, mansa e delicadamente vai sendo feito sob os olhares "complacentes" das autoridades políticas e policiais.
É final de anos 2007 e inicio de 2008 onde as historias contadas na Orla da Praia são outras diferentes das contadas por nossos pais e avós. São historias misturadas com AIDS, Drogas e corrupção de menores que se amalgam a gringalhada maluca que desce nos navios ancorados ao longo da ilha do papagaio.
É a Praça Mauá bem ao modo Tupiniquins com cheio de óleo, coco e mijo internacionalizado...
Estava este texto pronto para enviar para publicação quando recebi de meu querido irmão, Ivan Sergio de Lacerda Gama, o e-mail que publico abaixo. Ele tem 12 anos a menos que eu. Nasceu no Bairro de Jacarezinho, no Rio de Janeiro onde morava eu com minha mãe. Claro que ele não se lembra mais foi muito paparicado no bairro. A gente morava num casa de esquina, perto do morro, com uma praça em frente. Era um bairro calmo mestes anos de 1950. Todos os moradores se cumprimentavam como qualquer cidade de interior. O Rio de Janeiro era um lugar feliz de se viver nestes anos. Nossa mãe trabalhava na Escola Nacional de Musica, na rua do Passeio e na Universidade de Brasil na Urca. Quando Ivan ai, na Escola de Musica era uma festa. Ivonildes Sodré e outras mestres desdes anos de luz e paz faziam passeatas com ele mo colo. Subia e descia a linda escada de Pinho de Riga que ornava o local. Quando ele era levado para Escola de Educação Fisica e Desportos na Urca a alegria era a mesma. Desde Pelegrino Jr a Pedro Calmon era uma só alegria. Claro que eu ficava meio de lado nestas homenagens. Tinha já 12 anos...
Ivan veio morar em Macaé e vim junto. Ele tinha 8 meses e nossa Dinda, minha avó Alice Lacerda, a meiga Dona Nhasinha, criou a gente...

10.1.11

Marineth Gonçalves, Professora que dedicou mais de 50 anos ao Magistério.




Morre Marineth Gonçalves uma mestre que dedicou sua vida na luta incansável por uma Educação justa e feliz. Durante anos foi sempre no Colégio Estadual Luiz Reid, onde foi Coordenadora e querida por milhares de alunos que a conheciam e admiravam.
Na Faculdade de Filosofia foi uma incansável baluarte por uma ensino de qualidade. Solteira, sempre alegre, sua estrutura frágil e cordial deixavam antever uma alma boa e uma grande companheira. Sempre participando da vida da comunidade ela jamais se negou a participar das lutas de seus colegas professôres em longas caminhadas por melhores salários...
No trato com os alunos que sempre iam a Secretaria para informações e cursos Marineth fez histórias e vai deixar uma grande lacuna com sua morte anunciada hoje, 10 de janeiro de 2011.
Chegou menina em Macaé, no final dos anos 50. Irmã de meu comtemporâneo Darcy, Poti e Claudinho. Seu pai, Claúdio Gonçalves foi um grande amigo dos jovens dos anos 50 e 60. Veio com toda a filharada de Rio Dourado e se instalou com uma linda e aconchegante Loja de calçados. Sempre sentado numa mesa bem cuidada, do alto de seus óculos e pouco sorriso, Seu Cláudio não conseguia esconder a alegria de homem de interior quando o assunto era politica. Fervoroso amigo de Tenório Cavalcante, ele ficou imensamente radiante quando, na qualidade de Presidente da Federação dos Estudantes de Macaé, o convidei para receber o Tenório e sua "Lourdinha" numa palestra que ele deu na velha séde da FEM na Rua Télio Barreto...
Marineth e outras 3 meninas filhas de seu Cláudio, foram criadas na rigidez educacional e respeitosa desde grande amigo...
José Milne, Rubens Gonzaga Almeida podem testemunhar este relato..
È com tristeza que o "O REBATE"" noticia esta morte prematura de uma mulher que soube viver intensamente a Educação em nosso Estado...
(José Milbs de Lacerda Gama, editor...