Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

31.12.08

Morre o Juiz Kleber Guimarães. Lacuna de dificil preenchimento no Judiciário brasileiro




KLEBER GUIMARÃES UMA HISTÓRIA VIVA DO JUDICIÁRIO FLUMINENSE...


Falar da vida de Kleber Guimarães para mim se torna muito fácil. Convivi com ele desde os anos 60, quando vinha à Região de Petróleo em visita a sua tia Zenita, espôsa de meu primo Pierre Tavares da Silva Ribeiro. Antes, seus pais frequentavam a Igreja Batista onde Agnes Guimarães ministrava ensinamentos bíblicos.
Kleber era um ser diferenciado dos demais de sua época. Elegantemente vestido nos uniformes militares de sua infância tinha o dom da cordialidade.
De seu irmão Celso herdou o carinho pelos empreendimentos e se tornou um dos mais efusivos defensores da dimensionalidade geográfica desta região. Antes mesmo que o petróleo assumisse a febril vontade de enriquecimento de muitos moradores, Kleber já antecipava o que viria a ser nos anos desde século que se inicia. Criou vários Bairros, loteando e espalhando familias por toda a extensão da cidade de Macaé, cidadezinha situada ao norte do Estado do Rio de Janeiro.
O Bairro da Riviera era a "menina de seus olhos atentos ao crescimento da cidade". Ali ele vislumbrou a Riviera Francesa em muitas de suas viagens ao exterior. Para mim contava suas façanhas, muitas delas fantasiadas por quem, como ele e eu, sabiamos que a vida é, na verdade uma "grande mentira". Fantasiava alguns trechos que dominava com a fala e se transformava, as vezes, num grande criador de deslumbramentos comuns aos grandes novelistas do cenário nacional.
Kleber foi um dos poucos brasileiros que podia escolher a cidade para viver, trabalhar e morrer. Tinha acesso a grandes metrópoles e escolheu esta região para fazer história.
advogado brilhante, empresário, politico, jornalista, cronista, homem do povo, Kleber sabia brincar com as mentes humanas. sabedor, como poucos, de que, no judiciário e nos tribunais, vence sempre a "maior mentira pregada e defendida", usou dos tribunais para absolver velhos transgressores da lei e fazer fluir sempre a eloquencia como forma de levar a cabo seus objetivos.
Gostava de se fazer presente em todos os acontecimentos sociais. Elegante, do alto de seus 80 anos, fazia questão de usar a palavra e desfilar nas ruas de Macaé sempre dentro de seus ternos escolhidos nos melhores alfaiates do Rio de Janeiro. Escreveu vários textos no "O REBATE" nos anos 60 e 80. Amigo pessoal de Almir da Silva Lima e, ultimanente tendo ao seu lado o fiel escudeiro Renato Rasma. Dois jovens saídos das nossas ruas empoeiradas o que veio demonstrar a simplicidade de Kleber no trato com pessoas do POVO.
Tive a honra de, quando ainda eu era amigo do Sylvio Lopes, ter apresentado Kleber a ele. Convidado aceitou trabalhar na Procuradoria do Municipio onde fez do local um ambiente popular onde as pessoas simples eram sempre atendidas e levadas ao atendimento jurídico.
Quando o Poder Judiciário de Macaé estava abarrotado de milhares de processos que precisavam de andamento, a maioria de pobres, Kleber foi convidado e funcionou, durante anos, como Advogado dativo, onde milhares de pessoas, filhos, esposas, amigos e gente simples, tiveram seus processos em andamento e solucionados. Era, nas madrugadas de sua velha casa no Alto dos Cajueiros, que ele fincava os olhos, debruçava noites no estudo dos aparados legais que iriam ajudar as pendengas.
Um dia escrevi sobre ele e disse: Kleber, como advogado criminalista, era "o monstro sagrado do Direito". E fui mais lobge ai afirmar que: "dentro das vestes do elegante advogado Kleber Guimarães, estava escondido "Um bravo Operário da Lei", num belo macação que honrava a Toga de Juiz que ele sempre gostou de dizer que era...
E por que nao o Juiz Kleber Guimarães? por que não o Magistrado Kleber Guimarães?...
O mundo, a vida, a existência é uma grande Meganomania. Nascemos sem saber de onde viemos e saimos da existencia sem saber para onde vamos. Kleber era um sabedor nato das nossas vontades de ouvir histórias. Fazia com que todos se sentissem participante da ciranda da vida com suas alegres histórias, muitas delas, fantasiadas para que os ouvintes se sentissem dentro delas. Foi um grande homem, um bom advogado, um sábio juiz e um fiel "Amigos dos Amigos".
Hoje,ao saber que se encontra entre a vida e a morte, numa semi-consciencia, num leito de CTI na Casa de Caridade de Macaé", faço público um de seus desejos e pedidos quando a gente andava juntos pelas ruas de Macaé, Rio de Janeiro e Foruns. Ele me pediu:
"Se algum dia eu estiver vivo, ainda que inconsiente, escreva algo sobre mim. Não faça depois de morto não. Gostaria que as energias que saem de seus dedos de cronista saiam de uma maneira suave como se eu ainda pudesse ler. Você, Jose Milbs, é um gênio e como tal queria ter de você algo ainda em vida.
Pois ai está, meu velho amigo Kleber a minha homenagem a você ainda em vida. Macaé, Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2008, 14,43 minutos. A frese que disseste ao seu amigo Renato Rasma: "Não me deixe morrer ainda quero viver". está ressoando no Bairro Miramar, em suas Ruas empóeiradas e lindas que você trocou pelo luxuoso Bairro de São Conrrado no Rio.
Talvés tenha sido o seu maior desejo o de deixar este mundo cruel na presença de gente simples como você.
Dia 31 de Dezembro de 2008, sem ver o nascer do Sol de 2009, chega a noticia da morte do Juiz do Povo Kleber Guimarães. Almir da Silva Lima me deu a notícia ainda com a tristeza de quem, como o Renato Rasma e os familiares do Kleber, estavam esperando sua recuperação. Lembrando ainda do escritor macaense Luiz Lawrie
Reid, em seu "Ultimo Conto" faço dele minhas palavras:
" Queria saber por que, se os destinos, as inteligências, os corações são tão desiguais nos homens, êles se asemelham tanto nos dpis polos primordiais: Viva e morte?
Por que, na balança da justiça, podem ficar em iquilibrio tanto o réu como o autor?
Por que a metamorfose dos valores morais? moralidade e religão nasceram para o homem e não êle pra elas?
Por que a fria razão traz alegria e a tortura e a paixão nos faz feliz?
Por que todos têm razao e quem menos tem berra?
Por que em todos um desejo imperativo de acumular, conseguir glória, poderio, riqueza? Por que vingar-se e não tolerar? Por que tanta ansiedade do Eu?
Um cego é feliz em pensar que ouve e fala, um surdo em ver o mundo, um paralítico em pensar e meditar. E um que tudo tem, que tudo goza, rói-se e corrói-se por dentro?
Por que?

Por que a razão anda sempre com os velhos, os loucos e as crianças?
Por que nascemos filhos de nossos pais e morremos filhos de nossas ações?
Por que o que as crianças aprendem de Bem a vida ensina-les de mal?
Por que precisa-se, às vêzes, de mais esfôrço a não odiar os amigos que amar os inimigos?
Por que o homem se preocupa com tanta inutilidades e nunca com o seu "fim"?
Por que há sempre quem nega e a firma Verdades e Mentiras, indiferentemente?
Por que existe quem em tudo acredita e nada duvida?
Por que se precisa mais de amor que de pão?
Por que só a dor nasce grande?
Por que........"
A mesma tristeza, com odor de saudade que vi estampado no olhar de Luis Cláudio, meu filho, quando comuniquei a morte de Kleber, tenho certeza estará nos rostos de milhares de pessoas simples da região de petróleo. Presos abandonados em cárceres, pequenos policiais civis e militares, jovens juizes, alegres defensores e promotores de justiça, todos que tiveram a felicidade de "receber dele, de kleber, seus sagrados presentinhos de Final de Ano e Natais que não voltam. Kleber tinha o dom de presentear amigos. Presentes simples porque eram para muita gente. Um reloginho aqui, uma gravatinha, ali, uma camisa acolá ele ia cimentando sua presença em todos que podia acariciar. Era sua maneira gentil de saber-se presente.

Abre-se, hoje, 31 de Dezembro de 2009, uma lacuna impreenchival no Judiciário Brasileiro com a morte do Juiz Kleber Guimarães. Morre com ele o Romantismo do Direito, Entristece de lágrimas o Sagrado Manto que sempre soube honrar.
Fecha-se uma página no sagramento da lei. Fica a lembrança deste grande Advogado, porque não dizer do POVO?
A sua esposa Ivone, seus 2 filhos, em especial ao kleber Roberto seu fiel companheiros nos últimos momentos, os sentimemtos de toda rquipe de O REBATE onde Kleber sempre escreveu e foi um dos mais antigos assinantes nos anos de 1970.
Abraços de seu amigo, Jose Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com

29.12.08

O Faroleiro de Santana, Dona Nenen da Rua J. Koop e uma cidade alegre e bucólica...




FAROL DA ILHA DE SANTANA

Reginaldo tem uns 40 anos e quinze ele passou com seu pai nas ilhas nativas de Macaé. É um dos jovens que conheci no tempo em que tinha oficina de jornal e sempre estava a cata de bons profissionais para trabalhos. Ele entendia de parte elétrica e como tal mexia nas impressoras, nas linotipos e nas instalações em geral. Autodidata, esperto e alegre. Tinha um carinho especial para com ele devido ao seu jeito meio criança de olhar e de seu modo malandro de viver.
Era uma mistura de peixe e gente. Às vezes se parecia com um peixe quando olhava horizonte longe do real e se tornava humano quando pensava que iria receber o fruto de seu trabalho "a vista" e eu dizia que pagaria no "fim da semana". Seu sorriso de meio trejeito pude rever em seu filho de 7 anos e em sua filha de 11.
Reginaldo se tornou amigo de meu filho Luís Cláudio ao ponto de nos últimos dias estar aqui no Sitio - Hoje Rancho O Rebate - mostrando seus lindos filhos e sua meiga espôsa. Quando lhe disse que tinha vontade de contar alguns dados sobre a vida das ilhas macaenses me convidou e fui até sua casa, no Bairro aeroporto para detalhar fatos memoriais de seu pai Roberto.
Tentarei falar das pedras do “Moleque” e “Da Mula” onde centenas de batidas e barcos a deriva conheceram e temiam em suas noites de luar escondido. A “Ilha de Santana” era onde se localizava o “Farol e que na Ilha do "Papagaio” existia um pequeno farolito.

DONA NENEN DA RUA JOTA KOOP

A rua J. Koop fica no centro da cidade e nesta rua nasceu dona Leonília Bastas Moreira que foi casada com Manoel Hocho Coutrin Moreira um dos primeiros ferroviários de Macaé. 14 filhos, todos criados e educados na Região de Petróleo. Seu Manoel é oriundo de Trapiche, das velhas e extintas fazendas de café, e dona Nenen era mesmo do Imburo. Do velho casarão ficou apenas as recordações de seus filhos e netos, como Alessandro que sempre está no sítio por conta de seu trabalho.
Dos filhos deste pilar da J. Kopp a cidade se habituou com Juracy, o nosso “Jura”, Romilda, Carlinhos, Paulo que morreu tragicamente e que tinha o dom do encantamento e da alegria, Ilza, Rosa Maria, Regina, mãe de Alessandro, Fátima e Augusto.
Durante os anos toda a comunidade se espalhou e neste espalhamento e cujos familiares o sangue deste casal se espalhou e espalha por toda a nossa cidade. Estelita, que era filha de dona Maria do Doutor Faustino Marciano de Castro casou-se nesta família e é mãe de “Mamute” grande e alegre jovem da comunidade do Bairro da J. Koop.

As histórias e memórias não param por ai.
Havia uma construtora na rua Francisco Portela. As pessoas ainda moram lá ou se não moram lá estão seus filhos e netos... É uma Rua tradicional. Dona “Duia,” seu Otto Pacheco, “Gabarito”, “Milica” Dudu Trindade, Zé Carlos Freitas e dona Arlete, dona Maria maemãe de “zZé Uca”, Ib, Ddodora, Fernando e Lenine, Benedito de dona “SLula”, Rosalvo e Concy de Renatinho, Rosalvo e do “Anjo Claudinho”, Norma e Nelio, “Nona” Mathias Netto, Paulo Silva, Atilla, Leandro, Seu Celiê, Vasco e Vânia, Pimenta e Rozanea, Os pais de Vanilde, Ricardo, Frasão e os Afonso Paulas...Esta Rua que, com o tempo tende a se transformar um Rua CComercial, tem as suas verdadeiras personalidades espalhadas nos descendentes que eternizam sua essência vital...
As essências macaenses não podem se deixar levar por memórias oportunistas...Tem que ser revigoradas sob pena de perder o valor de sua historicidade.
Como dizia o Poeta Cazuza: “Se você pensa que estou derrotado, ainda estou rolando os dados”
Enquanto a memória estiver viva estarei ai junto com ela tentando repor fatos e havidos.
“Socar erva passarinho com sayao e tomar. É E`bom para tosse, bronquite e pulmão” Ouvi isto numa de minhas andanças por esta Rua quando ainda existiam árvores e passarinhos pulando de galhos em galhos...
A Internacional era por aqui Se esbarravam em Grego da Geledeira, Espanhol do Mercado, Tadeu de Vicente e Casimiro, Serafim o inteligente portugues, Takaoca, Manolo e Waldemar da Costa.
O mês de Janeiro começa a chegar no fim e as chuvas teimam em dizer aos humanos que ela vem por chamamento natural e que com a destruição das essências naturais podem um dia faltar.As plantas rasteiras brotam e os galhos se encontram em reverencia ao vento que sopra frio.As àrvores, os pés de cocos e de araçás continuam firmes apesar da das Aguas torrencias. Jabuticabas e Amoras estão sendo comidas por Sanhaços e Bentevis que encantam as manhãs com pios e loucos cânticos. Avisam a gente que podemos comer os frutos e que os do alto são de propriedades deles.
As vezes fico a pensar como que a transfiguração de fatos obedecem a um ritual sublime e cativo.
No alto do Pé de Jabuticaba, pássaros deliciam-se com o fruto exposto ao seu prazer e, no tronco, os novos frutos chegam as nossas mãos.
Tristeza sómente com o achar de um ninho de lindas Rolinhas que, ao cair, deixou mortos dois filhotes. Não resistiram ao Vento Frio de Final de Dezembro e cairam. Servirão de estrumo na terra para que novos vitais venham. ( Jose Milbs de Lacerda GFama editor de www.jornalorebate.com )

27.12.08

TRILHOS: De Chile até Macaé.



TRILHOS: De Chile até Macaé.
Em Março começo um novo livro com este titulo. Farei ele em parceria com a minha colunista chilena Alejandra
d Fenelon. Iremos fazer uma longa viagem do Chile até Macaé onde retrataremos as vertentes das histórias, das vielas, das difrenciações e do mundo belo que nasce no ramger do sagrado barulho do trem que é igual aqui como no Chile. Comndará nossas mãos a magia das histórias que nos foram passados. Para mim de minha mãe e para ela do seu pai.
Aguardem...Jose Milbs e Alejandra

"TRILHOS: De Chile até Macaé."
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Blogger dfenelon disse...

Iremos de la mano de nuestros Padres viendo los peñascos y trillas de la Cordillera mostrando el desierto , los campos , la gente de los pueblos y seguiremos hasta los montes y costas de Rio de Janeiro para atravesar Macae con la Metáfora de dos manos, y las Almas de Poetas en nostálgicos recuerdos.
Asi sera..............y no pueden perderlo.

Alejandra d Fenelon.
d Fenelon

23.12.08

Acidente mata filho de ex vereador de macaé e ex lider ferroviário Jodyr souto Correa...



Aguenta Coração do bravo Jodyr souto Corrêa. Se não bastasse a morte de sua linda filha Tamires, aos 16 anos, teve a triste noticia do grave acidente que vitimou seu filho Jodymar Gomes Corrêa. Aos 32 anos, com uma bela carreira na Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro onde sempre se destacava pelo afeto a todos que o procuravam para alguma atenção. Este lindo baiano de Alagoinhas perdeu a existência terrena na batida de seu carro com um motorista alcoolizado que também morreu.
Jodyr Souto Corrêa, pai de Jodymar, tem ainda Kátia, Jodyr, Marcelo e Iza Carolina como filhos que estão passando pela triste fase.
Nos anos 60/70 Jodyr foi vereador, precisamente em 1967, quando eu tive a honra de te-lo como colega de Câmara Municipal em Macaé. Criamos um grupo político com mais 6 vereadores e fomos lançados a Prefeitura da cidade. Eu como candidato a Prefeito e ele como vice. Era uma ousadia, dois jovens almejarem dirigir a cidade, ainda sob forte presença de uma elite atrelada ao poder econômico e restejante de poder frágil e de raízes coloniais.
Dividindo ao meio o grupo oportunista e revisionista de PCB acocorado e em busca de espaços eleitoreiro, Judyr se manteve fiel aos que aceitaram sua presença na legenda do MDB que tinha a gente como liderança.
Lutamos e obtivemos 18% da votação e o MDB perdeu para Arena por 200 votos. Hoje, depois de 40 anos, a luta continua.
Jodyr, foi para Bahia, lecionou em Alagoinha, abriu horizontes evangélicos e está ai se conformando como os desígnos da vida eterna. Eu continuo aqui na minha missão de escrever fatos históricos.
Nas poucas vezes que vejo o velho amigo de lides antigas ainda nos recordamos de muitas coisas que aprendemos juntos.
Dizia o velho Fernando Frota: " O Homem é o que é por último" e assim as vertentes da vida vão nos ensinando a caminhar e saber que estamos num mundo frágil e de tempos curtos.
A tristeza, que sei estar no Caração de Jodyr e Arlinda, brava baiana mãe de Jodymar, é a certeza de que eles não estão sosinhos nesta dor. Todos passamos e pasaremos por estas perdas da vida humana.
Perde a Policia Militar um jovem que honrava a farda e sempre esteve ao lado do POVO nas horas em que esteve em missão. Em nome de O REBATE quero deixar o sentimento de solidariedade a familia e em especial ao meu velho companheiro Jodyr pela perda de seu querido filho e companheiro. ( José Milbs de Lacerda Gama - editor de O Rebate )

19.12.08

A noite estava assim enluarada, quando a vóz...




A noite estava assim enluarada, quando a vóz já bem cansada, eu ouvi de um trovador. Seus versos que vibravam harmonia e em lágrimas dizia da saudade de um amor...
Falava de um beijo apaixonado, de uma amor desesperado, que tão cedo teve fim. E nestes gritos de tormenta, eu guardei no pensamento uma estrofe que era assim:
" Lua, vinha perto a madrugada, quando em ânsias minha amada, nos braços desmaiou. E num beijo de pecado no teu véu estrelejado, a sorrir glorificou...
Lua, hoje eu vivo tão sósinho, ao relento sem carinho na esperança mais atróz. De que cantando em noites linda, esta ingrata volte ainda, escutando a minha vóz"...

16.12.08

RITA DA MACTRAN FILHA DE CENI E BRAULIO MORRE AINDA JOVEM




Um telefone meu para Odisséia e a dra. Lais e tomo conhecimento, pela fala triste de sua colega Carina, da morte de Rita Andrade, atenciosa funcionária da Mactran e uma das mais ricas figuras de nossa cidade.
Rita era a docura e a meiguice refletida em sua história na região de petróleo. Filha de Bráulio Andrade e de Ceni ela tinha por principios básicos o carinho com todos que sabiam de suas origens nas nossas ruas alegres dos anos 60. Rita nunca deixou de ser a menina que nasceu e cresceu na Rua do Meio - Rua dr. Bueno. Teve a felicidade de ter sido acariciada ao colo pelos seus avós Zé Bonito, Aluisio e Vovó Durvalina.
Gostava das peripécias do velho tio Zequinha e sempre que era vista trazia a harmonia do encanto de uma jovem/mulher que atenta as preocupações maternas. Muitas vezes pude ve-la. Uns tempos na antiga CERJ aqui perto do O REBATE onde funciona nossa redação. Outras tantas nos colégios onde nos viamos, conversávamos e faziamos reviver a saudade da nossas infâncias na Macaé bucólica. Eu com meu filho Zé Paulo e ela com o seu.
Rita sofreu uma grande perda em sua vida isto ela sempre deixava transparecer no seu meigo olhar. Sentia falta de Braulinho. Se confortava com a ausência de seu irmão se didicando ao crescimnto de seu filho.
O Rebate se une as manifestações de tristeza que tomou conta de todos os seus colegas de trabalho. Que sua familia saiba que o sofrimento que hoje habita em suas existências estará sendo dividido por todos que tiveram o privilégio de conhecê-la.
A Ceni, Bráulio, Juca, a seu filho e a todos os familiares os sentimentos de O rebate. (Jose Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com )

15.12.08

KLEBER GUIMARÃES UMA HISTÓRIA VIVA DO JUDICIÁRIO FLUMINENSE...


Falar da vida de Kleber Guimarães para mim se torna muito fácil. Convivi com ele desde os anos 60, quando vinha à Região de Petróleo em visita a sua tia Zenita, espôsa de meu primo Pierre Tavares da Silva Ribeiro. Antes, seus pais frequentavam a Igreja Batista onde Agnes Guimarães ministrava ensinamentos bíblicos.
Kleber era um ser diferenciado dos demais de sua época. Elegantemente vestido nos uniformes militares de sua infância tinha o dom da cordialidade.
De seu irmão Celso herdou o carinho pelos empreendimentos e se tornou um dos mais efusivos defensores da dimensionalidade geográfica desta região. Antes mesmo que o petróleo assumisse a febril vontade de enriquecimento de muitos moradores, Kleber já antecipava o que viria a ser nos anos desde século que se inicia. Criou vários Bairros, loteando e espalhando familias por toda a extensão da cidade de Macaé, cidadezinha situada ao norte do Estado do Rio de Janeiro.
O Bairro da Riviera era a "menina de seus olhos atentos ao crescimento da cidade". Ali ele vislumbrou a Riviera Francesa em muitas de suas viagens ao exterior. Para mim contava suas façanhas, muitas delas fantasiadas por quem, como ele e eu, sabiamos que a vida é, na verdade uma "grande mentira". Fantasiava alguns trechos que dominava com a fala e se transformava, as vezes, num grande criador de deslumbramentos comuns aos grandes novelistas do cenário nacional.
Kleber foi um dos poucos brasileiros que podia escolher a cidade para viver, trabalhar e morrer. Tinha acesso a grandes metrópoles e escolheu esta região para fazer história.
advogado brilhante, empresário, politico, jornalista, cronista, homem do povo, Kleber sabia brincar com as mentes humanas. sabedor, como poucos, de que, no judiciário e nos tribunais, vence sempre a "maior mentira pregada e defendida", usou dos tribunais para absolver velhos transgressores da lei e fazer fluir sempre a eloquencia como forma de levar a cabo seus objetivos.
Gostava de se fazer presente em todos os acontecimentos sociais. Elegante, do alto de seus 80 anos, fazia questão de usar a palavra e desfilar nas ruas de Macaé sempre dentro de seus ternos escolhidos nos melhores alfaiates do Rio de Janeiro. Escreveu vários textos no "O REBATE" nos anos 60 e 80. Amigo pessoal de Almir da Silva Lima e, ultimanente tendo ao seu lado o fiel escudeiro Renato Rasmos. Dois jovens saídos das nossas ruas empoeiradas o que veio demonstrar a simplicidade de Kleber no trato com as pessoas do POVO.
Rive a honra de, quando ainda eu era amigo do Sylvio Lopes, ter apresentado Kleber a ele. Convidado aceitou trabalhar na Procuradoria do Municipio onde fez do local um ambiente popular onde as pessoas simples eram sempre atendidas e levadas ao atendimento jurídico.
Quando o Poder Judiciário de Macaé estava abarrotado de milhares de processos que precisavam de andamento, a maioria de pobres, Kleber foi convidado e funcionou, durante anos, como Advogado dativo, onde milhares de pessoas, filhos, esposas, amigos e gente simples, tiveram seus processos em andamento e solucionados. Era, nas madrugadas de sua velha casa no Alto dos Cajueiros, que ele fincava os olhos, debruçava noites no estudo dos aparados legais que iriam ajudar as pendengas.
Um dia escrevi sobre ele e disse: Kleber, como advogado criminalista, era "o monstro sagrado do Direito". E fui mais lobge ai afirmar que: "dentro das vestes do elegante advogado Kleber Guimarães, estava escondido "Um bravo Operário da Lei", num belo macação que honrava a Toga de Juiz que ele sempre gostou de dizer que era...
E por que nao o Juiz Kleber Guimarães? por que não o Magistrado Kleber Guimarães?...
O mundo, a vida, a existência é uma grande Meganomania. Nascemos sem saber de onde viemos e saimos da existencia sem saber para onde vamos. Kleber era um sabedor nato das nossas vontades de ouvir histórias. Fazia com que todos se sentissem participante da ciranda da vida com suas alegres histórias, muitas delas, fantasiadas para que os ouvintes sentissem-se dentro delas. Foi um grande homem, um bom advogado, um sábio juiz e um fiel "amigos dos amigos".
Hoje,ao saber que se encontra entre a vida e a morte, numa semi-consciencia, num leito de CTI na Casa de Caridade de Macaé", faço público um de seus desejos e pedidos quando a gente andava juntos pelas ruas de Macaé, Rio de Janeiro e Foruns. Ele me pediu:
"Se algum dia eu estiver vivo, ainda que inconsiente, escreva algo sobre mim. Não faça depois de morto não. Gostaria que as energias que saem de seus dedos de cronista saiam de uma maneira suave como se eu ainda pudesse ler. Você, Jose Milbs, é um gênio e como tal queria ter de você algo ainda em vida.
Pois ai está, meu velho amigo Kleber a minha homenagem a você ainda em vida. Macaé, Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2008, 14,43 minutos. A frese que disseste ao seu amigo Renato Rasma: "Não me deixe morrer ainda quero viver". está ressoando no Bairro Miramar, em suas Ruas empóeiradas e lindas que você trocou pelo luxuoso Bairro de São Conrrado no Rio.
Talvés tenha sido o seu maior desejo o de deixar este mundo cruel na presença de gente simples como você.
Dia 31 de Dezembro de 2008, sem ver o nascer do Sol de 2009, chega a noticia da morte do Juiz do Povo Kleber Guimarães. Almir da Silva Lima me deu a notícia ainda com a tristeza de quem, como o Renato Rasma e os familiares do Kleber, estavam esperando sua recuperação. Lembrando ainda do escritor macaense Luiz Lawrie
Reid, em seu "Ultimo Conto" faço dele minhas palavras:
" Queria saber por que, se os destinos, as inteligências, os corações são tão desiguais nos homens, êles se asemelham tanto nos dpis polos primordiais: Viva e morte?
Por que, na balança da justiça, podem ficar em iquilibrio tanto o réu como o autor?
Por que a metamorfose dos valores morais? moralidade e religão nasceram para o homem e não êle pra elas?
Por que a fria razão traz alegria e a tortura e a paixão nos faz feliz?
Por que todos têm razao e quem menos tem berra?
Por que em todos um desejo imperativo de acumular, conseguir glória, poderio, riqueza? Por que vingar-se e não tolerar? Por que tanta ansiedade do Eu?
Um cego é feliz em pensar que ouve e fala, um surdo em ver o mundo, um paralítico em pensar e meditar. E um que tudo tem, que tudo goza, rói-se e corrói-se por dentro?
Por que?

Por que a razão anda sempre com os velhos, os loucos e asa crianças?
Por que nascemos filhos de nossos pais e morremos filhos de nossas ações?
Por que o que as crianças aprendem de Bem a vida ensina-les de mal?
Por que precisa-se, às vêzes, de mais esfôrço a não odiar os amigos que amar os inimigos?
Por que o homem se preocupa com tanta inutilidades e nunca com o seu "fim"?
Por que há sempre quem nega e a firma Verdades e Mentiras, indiferentemente?
Por que existe quem em tudo acredita e nada duvida?
Por que se precisa mais de amor que de pão?
Por que só a dor nasce grande?
Por que........"
A mesma tristeza, com odor de saudade que vi estampado no olhar de Luis Cláudio, meu filho, quando comuniquei a morte de Kleber, tenho certeza estará nos rostos de milhares de pessoas simples da região de petróleo. Presos abandonados em cárceres, pequenos policiais civis e militares, jovens juizes, alegres defensores e promotores de justiça, todos que tiveram a felicidade de "receber dele, de kleber, seus sagrados presentinhos de Final de Ano e Natais que não voltam. Kleber tinha o dom de presentear amigos. Presentes simples porque eram para muita gente. Um reloginho aqui, uma gravatinha, ali, uma camisa acolá ele ia cimentando sua presença em todos que podia acariciar. Era sua maneira gentil de saber-se presente.

Abre-se, hoje, 31 de Dezembro de 2009, uma lacuna impreenchival no Judiciário Brasileiro com a morte do Juiz Kleber Guimarães. Morre com ele o Romantismo do Direito, Entristece de lágrimas o Sagrado Manto que sempre soube honrar.
Fecha-se uma página no sagramento da lei. Fica a lembrança deste grande Advogado, porque não dizer do POVO?
Abraços de seu amigo, Jose Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com

14.12.08

Vou-me embora vou-me embora Sá Dona...


"Voume embora, vou-me embora Sá Dona.
Amanhã de manhazinha...
Deixo saudade prá quem fca chorando...
Vou rever minha maêzinhaaa...
Andei dando cabeçada, por este mundo afóra.
Já ariei meu cavalo, Sá Dona...
Amanhã eu vou-me embora".

10.12.08

Meus netos Manuella, João Pedro e Ana Clara, como toda criança gostam de cachorros...

Foto: Luis Claudio meu filho e Manuella minha neta)
A PAIXAO DE BOB POR MANNA E A MORTE, POR ATROPELAMENTO DE FLOQUINHO

José Milbs

Um tal de " seu João " que tem um bar na Lagoa, estava prestes a sacrificar quem viria a ser Manna. Luís Cláudio estava lá na hora e a trouxe para o sítio. Era uma cachorra bonita, de uma raça que chamam de Belga Alemão, e logo foi se adaptando a existência daqui. Magra, esquálida e com cara de ter sido muito escorraçada Mana estranhou o amor que lhe dedicava Zé Paulo, Manuella e Ana Cláudia que tudo faziam para que ela se sentisse em casa.

A velha " Mana " devia já ter muitos anos e foi uma surpresa geral sua gravidez havida com estes cachorros vagabundeiam as ruas do Molambo.

Perguntado Zé Paulo me disse que quem faturou Manna foi um cachorro Branco que eu até achava ser bichona, t T amanha sua arrogância e andar meio escantilhado para direita. Enfim o menino deve ter visto Mana rebocada em suas andanças pelo quintal a cata de frutas.

O fato é que Manna deixou no mundo um filha que foi logo sendo chamada, ao crescer, de Maluca devido seu modo louco de viver.

Manna sempre carinhosa coçava sua cabeça até quando já era mocinha e já cruzava com outro vagabundo e andarilho das noites da Granja dos Cavaleiros. Maluca deu a luz a 5 filhotes.

O velho Bob, também cansado, pelo tempo devia t T er uma idade também avançada e, sem dono, foi encostando no sitio. Que como bom aparato foi lhe fazendo sentir - se também habitante ilustre. Bob, Manna e Maluca faziam a trilogia animal da bondade nata.

Sempre atentos aos primeiros passos nas noites, eles olhavam a porteira que sempre fica aberta e espantavam as que olhavam. Morder, acho que nunca teriam coragem. Primeiro, porque eram extremamente mansos e , segundo, que sempre que alguém chegava ia ao encontro para ver se tinha algo para dar de comer.

Manna , Bob e Maluca tinham um viver que se podia dizer normal. Noites de latidos, dias de idas e vindas nas firmas multinacionais em busca de comida, vez ou outra um " espôrro esporro " humano por estarem deitadas na varanda exalando cheiro.

Enfim , uma vida comum de cachorro. Manna nem devia se lembrar de seu titulo burguês de Pastora Alemã.

Ela já havia se inserido no contexto das coisas boas das ruas do Molambo e já era mesmo uma normal. Era acariciada pelo Americano Kun da Brasbril com o mesmo afago de Peroba " e Jacaré, de Conceição de Macabú : o Edmar de Macabú, pedreiro que deu inicio ao prédio que Luis Cláudio construiu.

A frase criada por humanos que determina que o homem é produto do meio, serve também para cachorro. Manna não tinha mais as manias burguesas e não se preocupava em esperar ração, ia a luta com os nativos da região e até seu cio era igual aos cios das demais cachorras do Molambo. Aceitava as intermináveis filas de machos em seu redor e até jogava alguns " charmes " para alguns mais dotados da manta .

Era aquela fila de não acabar mais de cães de todos os tipos querendo, como dizia Zé Paulo, nos seus 10 anos de pura inocência, faturar....

Estava se sentindo como pinto no lixo. Alegre e bem faceira era uma espécie de R r ainha do Bairro. Tinha dia que até um pequinês, com cara de malandro tentava "umazinha" faturar . " Mana " , pacientemente se agachava. Ou o gancho do pequinês era pequeno ou ele não era bom de transa. faturamento . Fato é que quem ficava com ela era o velho Bob.

Bob, um destes dias de inicio de século, estava triste. Escanteado, olhar de peixe morto e nem latia muito quando eu saía com o carro.

Ele sempre ia até a porteiro latindo contra o Chevette que me levavaaté a cidade. .Um cheiro forte de coisa podre invadia o ambiente.

Mana foi achada morta. Foi expirar no fundo do Sítio, solitária e doente. Devia não querer entristecer Maluca nem Bob com seu sofrimento. Deste dia em diante Bob não foi mais o mesmo. Triste cabisbaixo procurava os cantos. Olhar de soslaio, às vezes, e muita tristeza no andar.

Não tinha mais aquele vigor aquele caminhar de atleta em musculação. Acho até que perdeu o prazer da sexualidade. Cachorras jovens no cio que passavam na rua nem era com ele. Elas olhavam, deviam saber de seus dotes. Cachorras devem falar uma com as outras.

Ele nem ligava. Era o amor que os humanos dizem ter. Acho que os homens também amam. Bob foi se esvaindo , esvaindo e fez companhia a sua amada Manna. Deixou este mundo por amor e apaixonado.

Maluca ainda vive. Ela, coitada, não tem muito a lamentar.È meia esbaforida. Avoada e totalmente desequilibrada , biruta e meio transloucada . dai seu nome. vive dando saltos para qualquer um que chega.

Diria uma espécie despersonalizada. Igual certos humanos, políticos principalmente, que em época eleitoral ficam lamendo um dando a mão a outros e se abanando em tapinhas nas costas.

A cabeça de maluca não atina. Vai levando a vida de cachorra sem saber, creio, .das existência que lhe deram existência.

Às tardes, não se vê mais as presenças de Manna e Bob. Às noites, silenciaram os latidos. Mana morreu no dia 6 de dezembro justamente um ano depois que perdi minha mãe.

Em janeiro de 2002, Manuella, minha neta de 5 anos, perguntou de Mana. Ela brincou com o neto dela que teima em morar no sitio.O mês de setembro começa a chegar no fim e as chuvas teimam em dizer aos humanos que ela vem por chamamento natural e que com a destruição das essências naturais podem um dia faltar.

As plantas rasteiras brotam e os galhos se encontram em reverencia ao vento que sopra frio.As arvores, os pés de cocos e de araçás continuam firmes apesar das ausências das águas.

Jabuticabas e amoras estão sendo comidas por sanhaços e Bentevis que encantam as manhas com pios e loucos cânticos.

O Tempo passa. Outro cachorro habita o Sitio. A Estancia Vista Alegre agora escuta outros latidos e o corre corre de outras crianças. Se antes era Manuella, minha neta filha de Luis Claudio agora sao tres netos. Mariana, Ana clara e João Pedro filhos de Aninha. Floquinho é um figitivo nato. Antes de completar 1 ano já vai para a rua e se arrisca entre carros e motos. Estamos no ano de 1006 e a vida aqui na regiao não é mesma nos bons tempos de Manna, Bob, Maluca . Floquinho, numa de suas fugidas morre sob as rodas de um dos milhares que passam aqui em frente. Se antes os velhos cachorros tinham que sair da rua devido as carroças e cavalos hoje é carretas e outros loucuras motorizadas.

Floquinho tebe morte instantanea e seu matador nem parou para ver. Uma tristeza para todos e um alerta que Mariana faz a todos que tem seu caozinho:

FLOQUINHO MORRE ATROPELADO E MARIANA ALERTA SOBRE PERIGO

Mariana esteve aqui na Redação do O REBATE para dizer do perigo de animais soltos e fazer um apelo às pessoas para que não deixem os seus cães soltos. No primeiro descuido eles podem morrer.

O Floquinho ainda nem tinha completado um ano e teve uma morte violenta na última segunda feira. Era um cachorro igual a todos. Crianças que gostavam dele e muita alegria e latidos. Mariana, Ana Clara e João Pedro faziam dele "gato e sapato", e as estripulias faziam bem a cabeça de Floquinho que vivia a espera deles.

O transito brabo da Rua do Sitio o pegou de surpresa e teve morte instantânea com uma pancada na cabeça.

Não sofreu muito, eu disse a Mariana e Aninha que esboçavam um contido choro ao saber da morte.

Mariana esteve aqui na Redação do O REBATE para dizer do perigo de animais soltos e fazer um apelo às pessoas para que não deixem os seus cães soltos. No primeiro descuido eles podem morrer. '

4.12.08

Marcia Buckley com dignidade, é honra para a região de petróleo


MORADORA DE MACAÉ VENCE PRÊMIO DE VOLUNTARIADO INTERNACIONAL


Nesta sexta-feira, dia 5 de dezembro, Marcia Buckley, voluntária do Comitê AFS de Macaé, Rio de Janeiro, será laureada com o Prêmio Galatti de Voluntariado. Este prêmio é concedido aos voluntários da rede AFS Intercultural Programs que mais se destacaram a cada ano.
O AFS Intercultural Programs é uma ONG de intercâmbio cultural que está presente em todo o mundo e existe desde 1914. A organização, que se chamava American Field Service, começou com motoristas de ambulância norte-americanos que resgatavam feridos na França, durante a Primeira Guerra.
Stephen Galatti se uniu como voluntário ao American Field Service em 1915. Foi um idealista, visionário, pioneiro e pragmático, e transformou o AFS de uma organização que transportava feridos de guerra na primeira organização a realizar programas de intercâmbio estudantil. Hoje, o AFS é especializado na promoção de experiências de aprendizagem intercultural com o intuito maior de desenvolver uma cultura de paz mundial.
Mesmo nos primórdios da organização, Galatti sabia que o sucesso do AFS dependeria substancialmente do suporte de seus voluntários, da sua capacidade de se comprometer, se dedicar aos ideais da organização e inspirar pessoas em todo o mundo.
É por isso que, na rede AFS, todos os anos são indicados voluntários que tiveram destaque em seu trabalho. Dentre eles, os três que forem considerados pela organização como os que mais representam os valores da organização — dignidade, respeito pelas diferenças, harmonia, sensibilidade e tolerância —, são eleitos os vencedores do Prêmio Galatti.


AFS INTERCULTURA BRASIL: POR UM MUNDO MAIS SOLIDÁRIO


O AFS Intercultura Brasil (antigo American Field Service) é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1956. Seu compromisso é a construção de um mundo mais solidário por meio do intercâmbio cultural entre os povos. A organização realiza no Brasil mais de 400 intercâmbios anuais com cerca de 30 países distribuídos em cinco programas – Escolar (High School), Estágio Não Remunerado, Trabalho Voluntário, Professores e Recebimento de Estrangeiros. Como não possui fins lucrativos, pode oferecer bolsas de estudo e fortalecer a preparação dos voluntários como política de qualidade.
Aliás, seu diferencial é o fato de voluntários serem os responsáveis por grande parte dos programas - são 30 mil em todo o mundo. No Brasil, este número chega a 1.000 pessoas organizadas em cerca de 96 comitês e representações locais do AFS, distribuídos pelas principais regiões do país. Por meio deles, os intercambistas passam por um processo de orientações e ao longo de toda a experiência, de suporte e apoio, que visa facilitar o processo de aprendizagem intercultural.

A HISTÓRIA DE MÁRCIA BUCKLEY NO AFS BRASIL


Márcia Bucley viajou pelo AFS para os Estados Unidos em 1977. Em 1991, quando se mudou para Macaé, ajudou a fundar o comitê do AFS na cidade e sua família foi a primeira a hospedar um estrangeiro na cidade.
Sua experiência de intercâmbio influenciou a vida de muitas pessoas, mas principalmente a dela própria. Desde que voltou para o Brasil estuda línguas com tanto afinco que se tornou tradutora juramentada.
Nos últimos 17 anos, Márcia tem sido uma voluntária exemplar. Sob sua atenta orientação, a cidade de Macaé já recebeu 44 estrangeiros e enviou para outros países 389 brasileiros pelo AFS. Atualmente, Márcia, seu marido, Willian David, e seu filho, Mário David, são voluntários do AFS.


Informações para imprensa:

ANA CLARA WERNECK

AFS Intercultura Brasil
Assessoria de Imprensa
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