Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

27.6.10

Inverno, ventos, chuvas, ninhos que caem. Meus cabelos brancos esvoassam...

(Clique na foto para ampliar meus Gansos Selvagens que vivem soltos na Nascente do Sitio onde moro há 40 anos. Será que eles vão vigiar, com sua sutileza agressiva e pura, este habitah natural, intocado a milenios?)
Tem horas que, revendo alguns textos que escrevi me dá vontade de republicar. Não só por que os achem lindos como também devido a achar que alguém tem que ler estas minhas "retiradas do MEU COTIDIANO" nesta existência. POR UM NINHO QUE CAI é um destes momentos que marcaram muito meus sentimentos de revolta contra a destruição de nosso planeta. As vezes fico bolado, triste, saudoso e até, por que não, apurrinhado de ver tantas desordens nas cabeças das pessoas que se dizem "pessoas pensantes".
"Onde já se viu", ouvi muito de meus avós e bisavós, tamanha maldade. As pessoas cortarem as plantas, matarem as nascentes. Tudo isso por nada. Apenas para ganharem mais algum dinheiro que será transferido para outras pessoas e, no fim, quando morrem, não levam nada...
Este texto "por um ninho que cai", eu o fiz num tempo de solidão no sitio onde moro.Passados, não sei quanto tempo, talvés uns 15 anos, tudo continua igual. Novo Inverno no ano de 2010 e mais gente tombando árvores, destruindo nascentes e deixando que os pássaros continuem vendo suas ninhadas destruidas...



Por um ninho que cai... ventos, ventanias, chuvas...
Crônicas de José Milbs


Muitos textos que fiz se foram nas ventanias da vida. Muitos foram publicados no velho e resistente O REBATE no decurso destes 50 anos. "POR UM NINHO QUE CAI foi um destes que deve habitar algum arquivo de alguém que gosta de guardamentos.

Neste uma falava as chuvas de inverno, ventos uivantes, balanceamento de árvores aqui do Sitio onde moro. Revia a luta de um casal de rolinhas que, aconchegados aos sews filhotes, fazia frente as trovoadas e relâmpagos que, abusando das forças maiores da natureza, objetivam jogar por terra os filhotes. Debalde, falei da luta das Rolas. Uma rajada de vento, que até molhou as lentes de meus óculos, levantou e atirou longe os filhotes.

Não sei se rolinhas choram. Eu praguejei a natureza. Por que que logo os filhotes? por que não foi, com seu vento forte e seus raios, atingir quem mata Nascentes, Cimenta Rios e matam animais indefesos?

Neste meu texto POR UM NINHO QUE CAI falei também das gotículas das chuvas criadeiras de Agosto e final de Julho que faziam brotar as mais lindas sementes que ficam no chão...
Entendia, neste texto, o que era de fato a transformação do vital. Desde lindo circulo natural de vida e morte...

Hoje, meu filho Luís Cláudio me diz que um ninho tinha caido da soleira da casa onde habitamos. Dizia que neste momento se lembrou deste que originou esta lembrança...

EU, POETA?
Foram se os Cabelos Negros, vieram os Brancos...
Foram-se as duvidas...
Vieram as certezas...
Na duvida do nascimento do amor... A certeza do seu nascimento....
A existência das dúvidas em verdades vividas...
Haveria certeza nas dúvidas puras das infâncias?
Ou seria a 'duvida a eterna das nossas incertezas?

Comentários

Marisa M. Goelzer 27-06-2010 19:46
Amigo José Milbs
, Ilustre Poeta. Não obstante a distancia,sinto sua presença.Voce tem na fala uma fortaleza e a doçura dos anjos.Leio tudo que voce escreve e meu aplauso é eterno.Obrigada por tudo.Deus o ilumine sempre.
Marisa Marina Goelzer.



Neuza PINHEIRO 17-11-2009 15:12
:roll:: Você é um poeta!!!
São seus cabelos brancos que transforma sua rotina em poesia,
São as certezas que as fazem belas,Na existência da dúvida e que fez nascer e crescer o verdadeiro , homem, jornalista e poeta José Milbs,Um grande abraço sua fã. Neuza Pinheiro

Nenhum comentário: