Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

19.6.10

OS MAIAS QUE VIERAM DO NORTE E FIZERAM HISTÓRIA NA REGIÃO DE PETROLEO. MORRO MANEL MAIA, UM DOS ÚLTIMOS DOS MOICANOS,,,



O Patriarca dos Maias chegou à cidadezinha de Macaé, Norte/região litorânea do Rio de janeiro, nos anos 50 do último século. Trazia malas, alegres sorrisos, companheira corajosa e uma penca de filhos que se espalhou por toda a região.
Conheci todos eles. Alguns foram companheiros de noitadas, sob o luar ameno das madrugadas, outros nas longas conversas que varavam noites no "Restaurante Belas Artes" e, a maioria nas minhas passadas políticas quando ousei, aos 26 anos, ser Prefeito desta cidade de Vento frio no Inverno e Sol escaldante nos mêses de Verão.
Carlos, Tonho, Manoel,Paulinho,Mário Agulha e, uma jovem que se casou com o irmão do Jornalista ely Azeredo, eram filhos, deste senhor de cabelos longos e brancos como neve.
A politica do Norte do Brasil eles trouxeram para a nossa região de Petróleo e era saudável, para mim, menino ainda engatihando no colhecimento da vida, ficar horas e mais horas escutando o barulhar bonito das sonoras vezes que vinham de um lugar tão distante. Poucos eram os que arriscavam sair do Norte ou do Nordeste para um arrisco de vida em uma região como Macaé.
Eles vieram, espalharam seu sangue por aqui e hoje temos centenas de descentedentes que enfeitam nossa comunidade.
Particularmente fui mais chegado ao Velho Carlos Maia. Não sei se devido ele ter se casado com Lucy, irmão de minha "prima" Geny Célem ou se era mesmo por ser Maia um boêmio nato ou ter um belo sotaque que me fazia bem ouvir...
Carlos foi meu companheiro em longas risadas e afetos mil.Por causa desta proximidade foi que pude conhecer o restante destes pilares da história dos Maias. Manoel veio ser um dos mais ouvidos. Comselheiro nato, sorriso aberto, afável e de grande inteligência nativa, ele se tornou meu parceiro em vários acontecimentos que marcaram estes 70 anos de vida.
Manoel Maia, Clàudio Moacyr, Carlos Motta, Ronald de Souza, Alvinho Paixão, Claudio Ulpiano, Otavianno Canella, Omir Rocha, Carlos Tinoco Garcia, os irmãos médicos Jorge e Jair Picanço Siqueira,Filhinho Monteiro, Paulo Rodrigues Barreto personalizavam as tardes noites, em prolongadas e risonhas falas nas mesas do "Belas Artes". Era deles que ressoavam os tambores que iriam tocar a trajetória eleitoral de muitos candidatos. A maioria dos que pensavem e sair do anonimato social ou político passaram pelo crivo de alguns destes olhares humanos que pré falei...
Política que não tinha o gosto doce das falcatruas e nem o amargo dormir sob o Manto Porto da Corrupção. Vereador era mesmo gente do POVO e seus mandatos nunca foram 'BALCÃO DE NEGÓCIOS". Esta turma ensinava, aos mais novos, que "meter a mão no dinheiro público" era coisa feia. Era melhor mesmo ir ao jogo...
Soube, por meu amigo Manel kaki, filho do Manel Maia, que ele havia falecido. "Que isso, Caqui?. Quando foi isso? êle, como filho e grande companheiro do velho Maia, me sentencia: -" preocupa não, Milbs, ele estava velhinho. Já com 87 anos. Descansou". Pensei, cá com meus botões que faltam na camisa que dormi e acabei de falar com ele no telefone: É mesmo. Todos ficam velhinhos. Quem diria que o Manoel Maia, que fez história em Macaé e foi completá-la em São Pedro D'Aldeia, tivesse já com esta idade. Quem não morre de novo, de velho não escapa...
Aposto que não deixou, mesmo neste momento de morte, de exibir seu sorriso que fazia animar os mais sisudos dos seus amigos e criou centenas de outros tantos durante sua existência.
A família Maia, de centenas de histórias ligadas ao O REBATE que está com 78 anos, também de histórias, os sentimentos do jornal que eles gostavam de ler e mandar noticias.
José Milbs de Lacerda Gama, editor

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