Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

22.1.12

Pessoas simples, "Moradores de Rua existem em todos os lugares. "Amarelinho" morreu na região de Petróleo. Era de Jiquié - Sergipe...

Qual seria o mistério tão procurado e nunca desvendado da Existência Humana? Onde reside o Belo, onde mora a Razão, o que religa e faz brotar o afeto quando se procura o significado da não Existência e do Saber? Quem era e quem foi AMARELINHO? apenas se sabe que viveu, perambulou, amou e foi amado como ser...



Os moradores da Região do Centro, na Cidadezinha de Macaé, hoje Noroste Fluminense e Capital Brasileira de Petróleo, ja estavam acostumados com a presença matinal de um jovem nordestino. Esquálido, falhas nos dentes centrais de sua boca, sempre às pressas como se fosse para algum lugar. "AMARELINHO' tinha um olhar cansado, fixado num distante mundo de seu interior humano. Olhar que era dotado de pouco brilho mais que, quando visto em sua profundidade por pessoas puras e de dom espiritual sublimado, deixava-se ver na beleza que levada até a sua alma...
"AMARELINHO" era assim. Atencioso no trato com todos, ganhava pela beleza de sua alma que irradiava gentilezas. Fluia criação, nos toque mágioos das plantas que cultivava gratuitamente no CETEP onde era "bem chegado", tratado como humano e fazia seus trabalhos Voluntários...
Por gostar de ser visto pelo que tinha em sua beleza interior, olhado como ser vivo, por alguém que amainava a sua beleza interior, afeiçoou-se a muitos macaenses e moradores que o tratavam cordialmente.
"AMARELINHO" tinha o dom natural de todo nordestino. Dizia que tinha nascido em Jiquié, cidade perto de Aracajú e morava dentro de um carro abandonado no final do Bairro Miramar, bem atrás de um Barração da PMM. Gostava muito de uma Birita, comum a quem vive e mora assim. Nunca se soube porque veio e como chegou. Sabia-se que era de fino trato, devia ter tido uma criação delicada mais nunca deixou abrir a causa de sua opçao pela solidão das dormidas sem destino matinal...
Angela, minha companheira, sempre trazia do CETEP mudas pequeninas de plamtas que ele dava por saber que ela gostava e morava em local onda podia crescer e florir. A epilepsia, unida as doces de Cachaça, devia dar revertérios em sua cabeça ao ponto de evitar maiores ações de trabalho. Dai porque, mesmo sendo aconselhado a deixar o alcool ele nao o fazia. Por estar sempre ajudando as pessoas no CETEP e lá ser visto com carinho e afeto, AMARELINHO falou que ia fazer o Concurso para a Prefeitura que será no Mês de Fevereiro. Queria ter uma renda, voltar a estudar, dizia até que ia receber uma casinha para morar. Gostava de Marilena e de Guto porque olhavam para ele com o mesmo carinho que Angela.
Ontem soube que este jovem Andarilho que fixou-se em Macaé, tinha falecido. As pessoas do mundo das midias de jornais e blogs não devem se deter em uma morte tão simples e tão anunciada. Preocupam-se, creio eu, com outras mortes, ceifadas no auge do Poder e oom suas heranças a serem divididas e buscadas a ferro e fogo com...
Para mim, talvés passasse despercebidas a morte deste jovem Andarilho não fosse a tristeza que vi no sembrante de Angela ao me falar sobre o fato. A ultima Muda de Flores que ela trouxe plantei e tenho certeza que crescerá. Irá se juntar a outras Amarelas que ele mandou e plantei. Por sinal estão floridas no amarelar como se tivessem homenageando ele...
AMARELINHO, com toda simplicidade de sua curta existência, deixou saudades em muitas pessoas que habitam a Educação em Macaé. Trabalho puro, sem nenhum interesse material sem nenhum pedido, apenas doando sua gentileza, seu trabalho e suas flores...
José Milbs editor de O REBATE


HEDIR RENAULT, GRANDE ARTISTA PLÁSTICO, AMIGO DE INFÃNCIA DE GRANDES INFÃNCIAS DA RUA DO MEIO, ESCREVE AO EDITOR JOSE MILBS, VIA FACE BOOK E FALA DAS PESSOAS E GENTES DE ANTANHO...
Hedir Renault comentou seu link.
Hedir escreveu: "Milbs, REMEMBER: Lobo, Maria Cachimbinha, Jumentinho, Papa Lambida, Rita Pavone, Coruja, Milfont e outros melhores socialmente, queridos e saudosos que marcam/marcaram a brejeirice de Macaé com seu caráter folclórico.Orlando Tardelli cantor, Pitico dançarino, Flaubert, boêmio, Frota enxadrista, Levi, o fôlego, Fabiano com seu cachorrinho na standadrd-lambreta .SAUDADES..Símbolos da variedade humana, marcantes por uma característica forte, Godofredo Taboada, "milionário", dono do hotel tradicional, Elias Agostinho, ex-político aposentado, Clóvis Mello, antigo comerciante, "seu" Thiers da rua do Meio, Bolão com a Harley antiga com transmissão, Zé Machado, fazendeiro Cláudio Itagiba, filósofo e no final FILÓSOFO MESMO marcaram meu visual cotidiano nnuma pequena Macaé de grandes amizades.São /foram personagens mais que pessoas."

12.1.12

dr orlando de souza e sua casa na rua da praia. texto sem revisão




José Milbs Lacerda Gama:
Esta casa era visinha da casa onde morava meu primo Aristeu ferreira da Silva. Era ali que morava o doutor Orlando Nunes de Souza, conceituado Médico pai de minhas colegas Ivana, Helena e Orlandinho que foi meu colega de Escoteiro. Morou ali tambem o sr. Sesinando de Souza, contemporâneo de meu avô Mathias Lacerda e que foi Prefeito de Macaé e tio do Dr. Abilio de Souza pai do meu amigo e e Desembargador Ronald de Souza. Ronald era irmão de Ivonildo de Souza, madrinha de minha irmã Djecila, Berenice,minha professora primária e do médico Abilio Claudio.
Dr. Orlando era um homem tranquilo que nos anos 70, ainda no vigor de seus 70 anos,foi meu colega no INAMPS. Sempre alegre e bem humorado. Sua esposa era uma senhora lindissima e suas fihas idem. Eu tenho aqui em casa um movel (comoda de pedra carrara) que foi do Sizinando e depois do Dr. Orlando que me foi doado pelo Ronald...
Doutor Abilio de Souza foi advogado, fez o inventário de minha familia, era ferroviário e grande poeta. Me doou um livro seu que ainda tenho e que fala das belezas que seus olhos viam na sua "querida Macaé".
Teve seu nome homenageado no Forun e depois, por obra de algum Prefeito ou vereadores que não teem compromisso com a cultura ou apenas estão no poder para enriquecerem-se com as vantagens do poder, teve seu nome substituido...
José Milbs editor de www.jornalorebate.com

3.1.12

AOS 82 ANOS MORRE O FERROVIARIO JACY SIQUEIRA QUE FEZ MINHA CABEÇA, AOS 7 ANOS, PARA SER VASCAINO




Pois é meus amigos e leitores de O REBATE. Aqui estou para registrar a morte de um grande amigo que, sempre que a gente se encontrava nas ruas de Macaé, me saudava com as duas frases que batiam solene, alegre, feliz e afetiva em minha memória. Ola Vascaino. Bom dia Menino. Era sempre assim que o Jacy me saudava. "Menino" era a maneira cordial que muitos ferroviários mais velhos, saudavam a gente que iniciavamos profissões no SENAI da Estrada de Ferro Leopoldina nos anos 50.
Jacy tinha vindo com sua mãe, Dona Maria e seus irmãos para fixar moradia em Mscaé. Vieram de Cachoeira de Macacú, assim com também vieram de Quissamã, Joaozinho Passos, sua simpatica esposa Alda e um robusto e inteligente menininho de nome Joel. Todos moravam nas duas casas que minha avó Alice Lacerda, Dona Nhasinha, alugava para manter eu e meus irmaõs vivos e sadios. Jacy e Joaozinho fizeram histórias na Rua do Meio e foram meus "padrinhos" nas andanças pela Oficina Geral de Imbetiba...
O Tempo, senhor dos sonhos e das recordações memoriais, deu espaço longo a vivencia nossa em nossas ruas, antes empoeiradas e hoje com novos progressos e cimentações. Mesmo assim não deixaram que o esquecimento tomasse conta de nossas recordativas andanças pelo camimho fértil da memória...
Hoje, através do Professor do CETEP, Benigno, tomei ciencia da morte de Jacy. Veio pelo telefonema de Angela que me perguntava se eu conhecia um senhor de nome Jacy Siqueira. Era a senha que recebia para voltar ao computador e fazer eterno a existencia deste grande amigo que se foi...
Imbetiba dos anos 50 que ele, como muitos Ferroviários, olharam milhares de dias. Nas manhães, pelo Buzo de 6, 45 e nas tardes pelo das 16,00 onde, em cima de suas luxuosas bicicletas, voltavam para o acalento de seus lares. Macaé foi forjada, em suas história nos ultimos 50 anos, pela presença de centenas de pessoas que habitavam a Imbetiba e que hoje tem sua continuidade pela presença alegre e feliz de millhares de Petroleiros que forjam e cimentam a nova história desta linda cidade de Macaé. Cidade que sempre esteve e estará com seu povo nativo de braços abertos para tantos outros que aqui aportam e aportarão...
As ruas de Imbetiba, a região do asilo e suas vielas jamais terão seus dias com a presença e encantamento mágico dos cumprimentos alegres de Jacy. Eu mesmo vou, apenas recolher, para sonhos futuros, sua meiga vóz saudando o nosso Vasco de tantas glórias. Jacy, como todo Vascaino, sempre fez novas cabeças para a Cruz de Malta. Não sei se alguem teve a lembrança de ornar seu sepultamento com a Bandeira.
Abaixo transcrevo pequeno trecho de um livro que ainda vou publicar O PINGUIN DA RUA DO MEIO, onde falo nele quando de minha volta do Rio de Janeiro para Macaé...



"AS PESSOAS QUE BATEM NAS PAREDES DA MEMÓRIA.

Voltei, os 7 anos do Rio de Janeiro, Del Castilho para Macaé e fui morei na Rua da Estação, na casa de uma prima de minha avó que eu chamava de Tia Domingas Almeida. Esperávamos desocupar a casa da Rua do Meio pois estava alugada a uma familia amiga. Lá moravam Jacy Siqueira, ferroviário, seus pais e um irmão de nome Abiacy Siqueira que foi me comtemporâneo no Colégio Luiz Reid. Jacy foi que fez a minha cabeça para ser Vasco da Gama. Era um tempo bom para nós vascainos dos anos 46 em diante. Tri-Campeonato, Ademir, Barbosa, Augusto, Wilson, Maneca, Tesourinha, Heleno, Ely, Danilo, Jorge, Ipojucan figuravam nas meus "Jogos de Botôes pelas Varandas". Não havia televisão e a gente imagina as jogadas que Jorge Curi e Mario Vianna iam falando nos lançes mais perigosos. Pela manhã iamos fazer, em folha de papel dos nossos diversos colégio, os desenhos dos jogadores e como tinham sido os gools".
José Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com