Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

16.7.10

Educadora Celeste Amado, de raizes fincadas na História da Região de Petroleo, morre em Macaé RJ.


Aos 73 anos, em pleno vigor de seu trabalho educacional nos chega a notícia da morte de CELESTE AMADO que teve um vida inteira dedicada a Educação do Estado do Rio de Janeiro. Ocupou importante cargo na Secretaria de Educação do Estado e sempre atendia as pessoas de nossa região com carinho e atenção. Morou durante anos na Rua Marechal Deodoro, ao lado da velha Redação de "O REBATE", em frente a casa do nosso Colunista/historiador Antonio Alvarez Parada.
Sempre estudou em Colégios Públicos e por isso tinha um especial trabalho no sentido de sua valorização.
Ainda muito jovem foi residir na Capital do Estado onde desenvolveu um lindo trabalho de pesquisas educacionais onde se destacou em vários cargos.
Voltando para a cidade que nasceu teve destacada vivência no ensino local e sempre era consultada para assuntos que "sabia de cor e salteado".
Em Niteroi abrigou dezenas de jovens que iam fazer cursos e sobressaia pelo seu afeto e carinho com todos.
Mãe de nosso queridíssimo Cazé. Uma pérola que ela soube lapidar e está ai para dar seguimento a sua vida nesta existência passageira.
Fomos contemporâneos e sua morte me foi anunciada por minha Filha Aninha e depois pela Tania Shueller. Duas gerações que tinham em CELESTE AMADO o mesmo sentimento de tristeza.
Em nome de O REBATE desejo externar o sentimento de toda a comunidade jornalística por esta perda tão querida.
José Milbs, editor de www.jornalorebate.com


ANA LUCIA FERREIRA (Lalú), SOBRINHA DE CELESTE AMADO, ESCREVE E COMENTA TEXTO DE O REBATE SOBRE SUA PASSAGEM NESTE MUNDO DE TANTOS ESQUECIMENTOS...

ANA LUCIA FERREIRA D 28-07-2010 20:23
Gostaria de agradecer-lhe pelas belas palavras direcionadas a minha tia CELESTE, mãe do meu primo CAZÉ que tanto amamos e também de CARLA nossa prima, enfim ela realmente era isto e muito mais ainda, além de ter um coração enorme, o meu filho o Filipe chamado por ela de Lilipe, SENTIU COM MUITO CARINHO ESTA AUSÊNCIA EU PERCEBI ISTO QUANDO DEI A NOTÍCIA PARA ELE, ENFIM A FAMÍLIA A CONSIDERAVA E MUITO, POIS ELA JÁ ABRIGOU A MUITOS MESMO., MAIS UMA VEZ O MEU MUITO OBRIGADA DE CORAÇÃO PARTIDO E CHEIO DE EMOÇÕES.
LALU

14.7.10

Um dos sonhos de um menino de 71 anos....






TRANSFORMAÇÕES DAS COISAS
Quem não sonha? Uma chuva torrencial, com ventos amenos, trazendo em suas minúsculas gotas, um pó quase invisível. Era a resposta da "Transformações das Coisas" que havia ressolvido acabar com a destruição do Planeta, tão bonito em suas cores naturais, refletidas nas espécies que a "Transformação" tanto lutou para pintar e dar vida...
O Pó entrou nas cabeças das pessoas. Primeiro nos Ladrões comuns, Pequenos vapores de drogas, expropiadores de pequenos objetos e jovens que se encantam com as promoções de bebidas e cigarros.
Com o Poder de atuar no "desejo", com a voz firme da ordem que emana da "Transformações das Coisas", foi explicado com detalhes a "burrice" que esta grande camada da civilização vinha demonstrando. "PAREM DE ALIMENTAR O SISTEMA COM SEUS DELITOS. Saibam quantos vivem em função de seus atos? Sabem que vocês é que alimentam uma camarilha de vagabundos que torcem para que vocês continuem a praticar estes delitos?. Deixou claro ao finalizar com estrondoso barulho bem dentro das milhares de cabeças: - Eles vivem em função de vocês, seus otários...
Antes mesmo que a chuva passasse e que o "último suspiro dos humanos" tivesse deixando entrar em suas narinas a Mágica do Pó, que tinha vindo com a Chuva,já se podia sentir o impacto: -
- Policias, Delegados, Juízes, Advogados, Desembargadores, Deputados, Senadores, Vereadores, milhões de desocupados que vivem nas milhares de Prefeituras e Orgãos dos Poderes, ficaram intrigados.
- Perguntavam em milhares de emails: "Que está acontecendo "Lá em Baixo"?,- numa alusão aos Pobres e pequenos expropriadores. Não estamos entendendo nada, rosnava, num sorriso afeminado, um Ministro do Supremo. Mandem estes Policias ai incentivarem os "bandidos" a cometerem furtos e as "Bocas de Fumo"; reiniciarem o tráfico. E, virando-se para um outro Ministro:" O Movimento não pode parar". Afinal, riu um Senador bigodudo que rouba tudo, até biscoito na merenda das crianças:
- "onde já se viu movimento parar?.
Explica a esses subalternos que se o POVO descobrir que ele é que mantem a gente aqui nas mamatas, comendo cavier, cheios de festas e viagens e resolver acabar com os pequenos delitos, vai haver uma desgraça.
Mulheres não pediam mais divórcio, homens passaram a chegar em casa cedo, cheiroso, sem o bafo de bebida. Eram o efeito principal que este Pó causava.
Desemprego total. Delegacias sendo fechadas por que não havia o que fazer. PMs não podiam mais ir nas "bocas e no Bicho" por que tudo tinha acabado. Advogados de "porta de Cadeia" que não sabiam criar mais petições e as copiavam na Internet e assinavam, estavam todos já sem grana...

Juízes venais que negociavam sentenças, Promotores, enfim, um Judiciário em crise. Milhares e milhares de cocotinhas que viviam a custa de velhotes safados tinham que voltar a estudar.
Milhões de Assessores em todo o Brasil, estavam plantando nos roçados. Muitos suicidaram, ficaram vagando pelas cidades, alguns com Togas (esfarrapadas) de Juizes e Desembargadores, manchados pelo sangue de milhões de pobres que, no curso de suas sentenças, foram suas vitimas.
O Que deveria ser a Toga, o "Manto Sagrado da Lei", tinha servido para vender milhares de liminares para deixarem soltos os verdadeiros bandidos que se encastelaram nos Poderes...
Vereadores tiveram que trabalhar em suas profissões. Voltaram a criar galinhas, plantar Milho e Mandioca e suas mulheres reaprenderam a naturalidade do belo natural, em tardes e noites, no fazer de comidas e lavagens de roupas...
" Transformação das Coisas" salvaria o Planeta. Preferiu este Pó Mágico, saído das Entranhas da Estratosfera, a ter que ver as praias destruidas pelo vasamento de óleo e a sociedade destruida e viciada na Corrupção a na exploração dos pobres e oprimidos...
Acordei.
(José Milbs, editor de O REBATE)


De Tαnια ­Mσntαn∂σn uma das mais consagradas poetisa recebi e faço público:

Belíssimo artigo, querido Mestre Milbs! Sonho
que se sonha junto há de
tornar-se possibilidade de realidade. Saiba que sou mais uma a ansiar por essa
chuva de pó em verde esperança, branca paz, vermelho desejo apaixonado de
justiça coletiva caindo em cada coração humano e anuncioando a era do desvio de
movimento, agora para a conscientização e vitória na guerra dentro da espécie
humana entre a inteligência e a estupidez.
A magia que cada pequeno grande ser
semeia, como você, o que possui de saber com o ingrediente mais poderoso:
aquele sentimento oceânico de benevoolência para com a natureza e os seres
vivos, sim, o amor em seu real sentido e praticado no trabalho de quem sabe e
faz.
Que muitas outras
sementes continue produzindo e que a colheita seja farta, ao menos do que estã
ao alcance... O sonho, o trabalho, o compartilhar, o refletir e preocupar-se
com as pessoas e o persistir em informar, batendo na pedra dura até que um dia
fure tantos a ponto de que o movimento deixe o abstrato pra maravilhar-se na
sociedade. Parabéns!

com
carinho e admiração,

6.7.10

O sonho ainda não acabou? A chuva encantada que veio e externinou a ganância secular...



TRANSFORMAÇÕES DAS COISAS
Quem não sonha? Uma chuva torrencial, com ventos amenos, trazendo em suas minúsculas gotas, um pó quase invisível. Era a resposta da "Transformações das Coisas" que havia ressolvido acabar com a destruição do Planeta, tão bonito em suas cores naturais, refletidas nas espécies que a "Transformação" tanto lutou para pintar e dar vida...
O Pó entrou nas cabeças das pessoas. Primeiro nos Ladrões comuns, Pequenos vapores de drogas, expropiadores de pequenos objetos e jovens que se encantam com as promoções de bebidas e cigarros.
Com o Poder de atuar no "desejo", com a voz firme da ordem que emana da "Transformações das Coisas", foi explicado com detalhes a "burrice" que esta grande camada da civilização vinha demonstrando. "PAREM DE ALIMENTAR O SISTEMA COM SEUS DELITOS. Saibam quantos vivem em função de seus atos? Sabem que vocês é que alimentam uma camarilha de vagabundos que torcem para que vocês continuem a praticar estes delitos?. Deixou claro ao finalizar com estrondoso barulho bem dentro das milhares de cabeças: - Eles vivem em função de vocês, seus otários...
Antes mesmo que a chuva passasse e que o "último suspiro dos humanos" tivesse deixando entrar em suas narinas a Mágica do Pó, que tinha vindo com a Chuva,já se podia sentir o impacto: -
- Policias, Delegados, Juízes, Advogados, Desembargadores, Deputados, Senadores, Vereadores, milhões de desocupados que vivem nas milhares de Prefeituras e Orgãos dos Poderes, ficaram intrigados.
- Perguntavam em milhares de emails: "Que está acontecendo "Lá em Baixo"?,- numa alusão aos Pobres e pequenos expropriadores. Não estamos entendendo nada, rosnava, num sorriso afeminado, um Ministro do Supremo. Mandem estes Policias ai incentivarem os "bandidos" a cometerem furtos e as "Bocas de Fumo"; reiniciarem o tráfico. E, virando-se para um outro Ministro:" O Movimento não pode parar". Afinal, riu um Senador bigodudo que rouba tudo, até biscoito na merenda das crianças:
- "onde já se viu movimento parar?.
Explica a esses subalternos que se o POVO descobrir que ele é que mantem a gente aqui nas mamatas, comendo cavier, cheios de festas e viagens e resolver acabar com os pequenos delitos, vai haver uma desgraça.
Mulheres não pediam mais divórcio, homens passaram a chegar em casa cedo, cheiroso, sem o bafo de bebida. Eram o efeito principal que este Pó causava.
Desemprego total. Delegacias sendo fechadas por que não havia o que fazer. PMs não podiam mais ir nas "bocas e no Bicho" por que tudo tinha acabado. Advogados de "porta de Cadeia" que não sabiam criar mais petições e as copiavam na Internet e assinavam, estavam todos já sem grana...

Juízes venais que negociavam sentenças, Promotores, enfim, um Judiciário em crise. Milhares e milhares de cocotinhas que viviam a custa de velhotes safados tinham que voltar a estudar.
Milhões de Assessores em todo o Brasil, estavam plantando nos roçados. Muitos suicidaram, ficaram vagando pelas cidades, alguns com Togas (esfarrapadas) de Juizes e Desembargadores, manchados pelo sangue de milhões de pobres que, no curso de suas sentenças, foram suas vitimas.
O Que deveria ser a Toga, o "Manto Sagrado da Lei", tinha servido para vender milhares de liminares para deixarem soltos os verdadeiros bandidos que se encastelaram nos Poderes...
Vereadores tiveram que trabalhar em suas profissões. Voltaram a criar galinhas, plantar Milho e Mandioca e suas mulheres reaprenderam a naturalidade do belo natural, em tardes e noites, no fazer de comidas e lavagens de roupas...
" Transformação das Coisas" salvaria o Planeta. Preferiu este Pó Mágico, saído das Entranhas da Estratosfera, a ter que ver as praias destruidas pelo vasamento de óleo e a sociedade destruida e viciada na Corrupção a na exploração dos pobres e oprimidos...
Acordei...
(José Milbs, editor de O REBATE)

1.7.10

A última vez que o cronista Alan Birosca Guerra esteve comigo falou de seus amigos dos anos 30

(Casarão onde foi fundado o GINÁSIO MACAENSE. Fundado por Camilo e sua esposa onde estudaram minha mãe Ecila Lacerda, Alan, Maria Angélica Ribeiro Benjamin, Magdá Pereira, Moacyr do Carmo Rodrigues, Amélia pinto Brasil e outras figuras de nossa história que no devido tempo irei retratar)
Nasceu em Macaé e se formou nas empoeiradas Ruas da Região de Petróleo do Rio de Janeiro. Jovem boêmio dos anos 30 e 40, frequentador de nossas praias e campos de peladas, ALAN BIROSCA GUERRA sabia contar e fazer histórias. No O REBATE, nos anos 60/70 tinha uma coluna de nome DESFOLHANDO A MARGARIDA onde tecia comentários sobre tudo que se passava na "Santa Terrinha" como gostava de dizer outro pilar de nosso jornalismo REBATIANO Cezário Alvaréz Parada...
Sobrinho/filho do Senador mineiro Camilo Nogueira da Gama que atuou como advogado no inventário de meu avô Mathias Lacerda, Alan tinha um relacionaento afetivo comigo e sempre me telefonava de Niteroi para saber das últimas noticias. Nestes ultimos 2 anos ele sumiu do contacto e soube que estava doente.
Reclamava de uma dor nos joelhos que, nos seus 80 anos, fazia com que se arrependesse de ter jogado tanto futebol e ter tido muitas bolas divididas com "Sinhô", "Teca", "Padaria" e "Biriba" seus mestres no BOM FUTEBOL MACAENSE DOS ANOS 40.
Soube hoje, por Gilson Correa da Silva, poeta e primo, que ele havia falecido. Quando estive com este bom amigo Birosca ele me falava que tinha feito um textos sobre Camilo e que não entendia que Macaé não tivesse um Logradouro ou Praça com o nome dele. Eis o texto de Alan sobre Camilo:


"Camilo Nogueira da Gama

Camilo Nogueira da Gama, nasceu em Cataguases, Minas Gerais, em dia 18 de abril de 1899. Na adolescência, deslocou-se para a então Capital Federal, Rio de Janeiro, em busca de um melhor futuro cultural e profissional. Enquanto estudava Direito; trabalhou como inspetor de alunos e professor de francês. Nesse período, casou-se com a professora Hilda Guerra, mineira de Leopoldina; e mudou-se para Macaé, no litoral norte do Estado do Rio, onde, em 1923, introduziu o ensino médio na cidade com a fundação do Ginásio Macaense. Paralelamente, concluía na Faculdade Nacional de Direito seu curso universitário. Para auxilia-lo na empreitada, chamou do Rio de Janeiro seu colega de turma, Ivair Nogueira Itagiba, posteriormente prefeito da cidade.

Camilo advogou algum tempo em Macaé e, anos mais tarde, transferiu-se para o interior de São Paulo, onde durante algum tempo manteve bem sucedida banca de advocacia. Mais tarde, foi contratado pelo Banco do Brasil onde, por muitos anos, prestou relevantes serviços atuando na área do Triângulo Mineiro e parte de São Paulo. Nessa época, fundou o Ginásio de Olímpia ;era um educador nato.

Transferido para o Rio de Janeiro, trabalhou no Contencioso e na Carteira de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do Brasil. Autor de dois livros: Penhor Rural, único sobre o assunto até hoje, e Dívidas dos Pecuaristas. Convidado, aceitou chefiar o Gabinete do ministro da Fazenda, Osvaldo Aranha, onde trabalhou algum tempo até que o presidente Getúlio Vargas levou-o para a política partidária, estimulando-o a ingressar no PTB, que havia sido fundado por ele, Getúlio.

Camilo aceitou, filiou-se e pouco tempo depois foi eleito presidente do PTB de Minas gerais, ocasião em que se elegeu Deputado Federal e Senador da República, com brilhante atuação como elemento moderador. Mais tarde, foi um dos fundadores do MDB e PMDB, dos quais foi também presidente em Minas Gerais. Deputado Federal, Senador da República, vice-presidente do Senado na administração Auro Moura Andrade, novamente deputado, Camilo Nogueira da Gama foi autor de numerosos projetos de lei aprovados, todos em defesa do trabalhador. Foi relator do projeto que criou o 13° salário.

Membro da Comissão de Constituição de Economia, ambas do senado, Camilo, em diversas ocasiões, presidiu a Casa e foi designado para chefiar delegações de parlamentares em viagens de estudo e outros parlamentos. Faleceu em 1976, deixando para os seus dois filhos, Alan e Aiman ambos nascidos em Macaé- um exemplo de vida digna. Esteve sempre disponível e dizia continuamente de sua grande satisfação de ter uma bandeira, uma prática e um povo a honrar.

Foi meu tio, alargou os horizontes dos jovens macaenses, dando a eles a oportunidade de complementar seus estudos, quem o conheceu sabe que sua vida pautada pela ética e pelo incessante trabalho de lapidar inteligências.

Seriam esses atributos suficientes para ter seu nome inscrito em logradouro público da cidade^ (Alan Birosca Guerra )"
No valente "O REBATE" muitos fizeram histórias e, destas histórias, publico uma onde falo de Alan Birosca e sua existência de amor a Macaé e sua gente:

"TRECHOS DAS HISTÓRIAS VIVAS DA REGIÃO DE ROLDÃO PEREIRA,BACELLAR E A VIDA BOEMIA NA REGIÃO............................... por José Milbs

BINHO BACELLAR -Celso Rubens de Campos Bacellar.

Nas aulas noturnas do Ginásio Macaense, que era de ensino particular mantido por uma Fundação, comecei a ter novos amigos. Diferentes dos de infância ou do SENAI. Embora estes continuassem sendo parte da harmonia afetiva de minha existência macaense, outros passaram a habitar meu mundo. Celso Rubens de Campos Bacelar era irmão mais novo de Bebeto, do mesmo sobrenome desse meu colega de SENAI e de estripulias no “Bar Mocambo” de Seu Nicomedes.

Era neste bar, deste homem lindamente gentil que a gente escondia as roupas nas matanças de aulas e fazíamos nossas primeira investidas na marginalidade pura de uma cidade ainda pura...

O pai de Binho e Bebeto era o vereador Jayme Bacellar, que como Chefe da Estação, tinha sido eleito vereador por dois mandatos. Seu Jayme Reunia em sua casa, na rua Júlio Olivier, perto da Rinha de Galo, expoentes da vida social de Macaé como Roldão Pereira que foi brutalmente assassinado em frente a sua casa por Jamil da Rodagem, bairro de Carapebus, Jamil foi preso, condenado, cumpriu pena e foi posto em liberdade.

Roldão era de uma das mais tradicionais famílias macaenses do final de século. Irmão de Nilton Carlos jornalista internacional e ex repórter do “O REBATE” nos anos 40, Sua morte trouxe grande comoção para toda a comunidade, que exigiu justiça.

II

Com Binho Bacellar comecei o que se chama hoje dia de “colar com fulano”. Colamos um no outro e daí formou-se uma amizade muito bonita. Cinemas, bailes, o primeiro chope, a primeira namorada enfim errávamos juntos e juntos sempre saíamos de casa.

As vezes tinha que sair de noite para as fugidas da juventude numa cidade ainda tímida e pura. Era Alan Guerra, o “Birosca” juntamente com Ferdinando Agostinho que tinham de ir pedir a minha avó para eu ir e se comprometiam em me trazer de volta antes sempre das 22 horas. Minha avó, nem de longe imaginava que Alan tinha sido expulso de Macaé pelo Delegado Jonathan Desertos Bastos como pessoa não grata a nossa comunidade. Valia mais que uma intespestiva ação de um policial desprovido de senso de humor a historicidade de Alan como membro de uma das mais ilustres familias da região.

Alan cumpria direitinho a intimação até porque como sobrinho do Camilo Nogueira da Gama tinha crédito na família.

Mais tarde Birosca escreveu no jornal que dirigi. No “O REBATE”. Tinha a coluna “Desfolhando a Margarida” e juntamente com Armando, Luiz Pinheiro, Osmar Sardenberg, Lecino Mello, Euzebio Mello, Padre Nabais, Padre Armindo, Pastor Edmundo, Dilton Pereira, Jairo Vasconcellos. Tonito Parada, Álvaro Bastos, Tem Mello, , Mirto, Cláudio Upiano e outros formavam a equipe mais eclética e democrática da imprensa macaense. Esta tônica era a essência cultural do “O REBATE” no final da década de 60 até meados dos anos 70.

Esta turma de Ferdinando e Alan está uma geração a frente da minha mais suas histórias e feitos correram gerações e muitas delas ainda fazem partes de belíssimas gargalhadas de fazerem balançar e tremer dentaduras reluzentes.

III

Contam que no trecho da rua Conde de Araruama até a Marechal Deodoro tinha um correr de casas com telhadas interligados. Brabinho e Abelardo estavam procurando pombos quando Brabinho desabou onde era a Fabrica Lynce, de Lacerda, e caiu dentro do tonel de cachaça Itaquira que tinha acabado de chegar de Carapebus, para distribuir.

Ferdinando inventou que havia defecado no tonel e o caso ficou sob suspeita até hoje. Quase que Antenor teve de se haver com Elias para ressarcimento.

Quando contei este fato a meu filho Luís Cláudio ele falou que deveria haver algo genético neste tipo de tombo furtivo porque o Cássio, filho de Brabinho e seu colega de Colégio no Luiz Reid, também caiu do telhado do Luiz Reid nos anos 80. Quando ele, “Xereleco” e André Peixoto procuravam fugir das aulas. Foram acusados injustamente de tentarem furtar o bar de João Machado irmão do Flaubert...

IV

Havia um Café onde depois foi feita a “Sorveteria Vem Cá” de Elísio e Casimiro Abreu. Neste bar tinha um garçom feio, com olhos esbugalhados, revezados para o centro da testa de onde convergiam uma morbidez de fazer inveja os personagens de Dante. Este garçom era chicoteado por Célio Ferraz, Birosca, Ferdinando e Brabinho. Engolia a seco por que havia, como hoje ainda existe, um certo respeito por gente enturmada.

Passados 40 anos, um dia o Célio estava num bairro de Caxias, tomando uma cerveja numa esquina, quando viu um vulto de óculos escuros, um grande rádio de pilha tocando música rancheira e com uma roupa totalmente identificada com o personagem de sua juventude. Quando ele chegou mais perto não havia dúvida. Era mesmo o Garçon “Puaba”. Célio, mirando o personagem e apontando para Ferdinando brada nas alturas: ........Puabaaaaa... Incontinente recebeu a chegada do velho garçom bem perto de seu rosto que sentenciou algo que devia estar engasgado em sua garganta. ///Puaba é a puta que o parillll. Célio entendeu e, depois de um intervalo onde o afeto suplanta as diferenciações de credo, religião e política, abraçaram-se longamente.

Naqueles anos 40, Manoel Maia vendia Caqui, Bueno Agostinho trabalhava ensacando Sal na Rua Sacadura Cabral no Rio de Janeiro e Dodô do bicho trabalhava na Fábrica de Sandálias de Landor Pereira, pai de Fred e Fernando. As nossas ruas tinham em suas poeiras as verdadeiras essências de suas histórias.

Jonas Willeman, Zé Baiaco, Baiano Leiteiro eram vistos em nossas esquinas da vida com suas alegres falas e sorrisos nossos"...(trecho do Livro O Pinguin da Rua do Meio)
Sai de cena no palco da existência das "histórias Vividas" um grande jornalista e cronista. Alan correu mundos mais tinha os pés presos nas nossas ruas e praças que ele tanto andou e curtiu. Se sentia triste com a onda de violência e me perguntava: "Pinguin, como que você não tem medo de morrar ai em Macaé, num sitio, numa cidade que é a mais violenta do Brasil?". Eu ria e consolava suas aflições dizendo que estava cercado de seguranças armada, Antes dele me chamar de mentiroso, eu emendava o meu texto/telefonico e dizia: Meus seguranças são alguns galos, 10 galinhas e uns gansos amigos...
Foi assim, brincando e tirando o medo dele que lhe chmava para voltar viver em Macaé. Alan deixa, com sua morte, um legado de obras, cronicas e textos belissimos. O REBATE, onde ele escrevia seus textos, os mais corajosos de sua vida, envia, em meu nome a sua esposa e filhas os sinceros sentimentos de tristeza e solidariedade.
( José Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com ).

25 de agosto

11 anos sem Euzébio:

FESTA ONDE VIVO NÃO ENTRA SÓ EU E PHYDIAS

Se Euzébio Luiz da Costa Mello estivesse aqui nesta dimensão por certo estaria muito feliz com o REBATE, onde ele estaria escrevendo suas ACONTECENCIAS. Daria lindas gargalhadas com a quantidade de colunistas e as verdades que este jornal sempre fez questão de nunca omitir. Onze anos e, numa reunião imaginária, estaria, sentado a cabeceira de sua simples cama, rodeados pelos amigos que com eles partiram e que fizeram história neste jornal.

Juarito, Luciano e Marquinho Brochado, Samuel, Cláudio Itagiba, Sandra Lennon Agostinho, Diva, Diva, Diva, Marco Aurélio, Paulo Barreto, Lecino Mello, Luiz Pinheiro, Thomé, seriam alguns dos convidados. Rolaria muita água mineral, doces e alguns salgados. De vez em quanto, altas conversas sobre o que passa aqui em baixo.

A vida deste jornalista, poeta, artista plástico, critico de Artes e historiador foi marcada por grandes presenças na vida desta comunidade. Neto do jornalista Cezar Mello, editor de O SÉCULO nos anos de 1860, ele ingressou no jornalismo a meu convite nos anos de 1960. O REBATE, nesta década era adquirido por mim, das mãos dos Antonio Curvello Benjamim. Djalma da Silva Almeida e Ney Moura. Não tinha nenhuma experiência comercial e pouca de gráfica e jornal. Izaac de Souza iria me orientar na parte gráfica e parti para o seria uma grande transformação na Imprensa da Região. O REBATE sai das mãos das Elites conservadoras e passa a ter uma vida completamente oposta. Abri espaços para todos que tinha vontade de expressar-se. Igual ao O REBATE on-line de hoje. Nesta guinada democrática, sem perder o norte dos Editoriais, o jornal assumiu a postura que até hoje impõe na vida jornalística do Brasil.

A presença de Euzébio Luiz foi fundamental nesta luta que foi a vida deste Jornal nos anos 60/70. Seus textos, todos feitos a mão, com "garranchos", revisados por ele mesmo em outras cores de caneta, as vezes rabiscados ou sujos em papel de enrrolar pão, ou outros em folhas de cadernos. Neste emaranado de letras misturadas com toda a sorte de virgulas e pontos riscados, estavam a essência de seus textos belemente elaborados em uma cabeça previlegiada pelos deuses.: A cabeça de Euzébio Luiz da Costa Mello.

Os anos de chumbo, com O REBATE sob forte censura e a gente sofrendo toda sorte de pressão, fizeram com que uma grande amizade nos unisse. Se antes, nos anos de 1860, meu avó Mathias Lacerda foi amigo de seu avô Cezar Mello e, se mais tarde o seu pai Clóves Mello, nos anos de 1940, tivesse sido amigo de meu pai Djecyr Gama, fosse os motivos de nossa afetividade, eu não sei. Só sei que fomos grandes amigos, companheiros e parceiros em muitas lutas.

Fundamos o PT que acreditamos, demos nosso nome numa eleição de voto vinculado, eu como candidato a Deputado Estdual e ele como Vice-Prefeito de Iza Correa de Aguiar, onde fomos os responsáveis pela 1ª vez neste partido (ano de 1978/82) da criação e ação das minorias.

O partido tinha em seus quadros de candidatos, mulheres, negros, homossexuais, marginais de periferia (mini-bandidinhos) diferentes dos Bandidões do Petesão de hoje. Eu e Euzébio fizemos questão de cumprir a risca os Estatutos do Partido dos Trabalhadores e, buscando nas minorias poderíamos chegar a grande maioria. Fizemos um quadro de vereadores com mais de 40 candidatos e isto espantou a elite que, acionou o judiciário da época. O magistrado usou de todos os meios para impugnar nossos candidatos a vereança. A direita sabia que eu nunca fui bobo em articulação. Sabia que a minha escola tinha sido o PTB de Roberto, Jango e Paiva Muniz e que, agora, neste partido, eu estava, além, de dando voz a quem não tinha, olhando mais na frente em busca de "fazer, pelo menos 1 vereador". O Juiz José Carlos Pinheiro da Costa, impugnou 2/3 dos nossos candidatos a vereança e, ainda "ouvindo a voz das elites dos anos 60/70, "inventou alguns processos" contra eu, Secretário Geral do PT e contra Euzébio Luiz, presidente. Até uma assinatura do Euzébio, reconhecida pelo Tabelião Otto Filho, este ilustre magistrado disse ter sido falsificada. Sem apoio da Regional do PT, sem experiência nestas mutretas judiciárias, ficamos sem mais de 2/3 dos candidatos a vereança. Euzébio brigou, fez artigos contra a perseguição mais de nada adiantou...

Esta é uma das centenas de pelejas que tevemos e lutamos lado a lado. ( José Milbs ).