Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

12.11.12

Claro que hoje, anos 2012, tudo ficou diferenciado das belezas humanas dos anos 40,50 e até mesmo 60. "Sei que fui ousado no meu gesto, não ouvindo o seu protesto"... E dai se vai olhando o quanto Adelino Moreira estava embuido de inspiração que bate e REBATE no sentimento mais profundo da alma humana... "Sei que uma desculpa não redime Meu pecado quase é crime De um beijo sem permissão"... Viva este momento mágico deste poema que o meu amigo Nelson Gonçalves, que tive a honra de receber em minha casa na cidade de Macaé, nos anos 70. Repare a união destes grandes homens da Romance Musical Brasileiro. "Perdoa, meu amor, este pecado Sublime impulso de te haver beijado"... A grande Elegia ao Beijo furtado que caiu de moda mais que quarda a sentimentação(criei o termo) do belo humano... Jose Milbs, editor de O REBATE... ARGUMENTO Composição: Adelino Moreira Interpretação: Nelson Gonçalves Sei que este argumento é muito pobre Mas, sabendo quanto és nobre Sei que podes perdoar Sei que este farrapo de desculpa Não redime a minha culpa Mas, enfim, eu vou tentar Sei que fui ousado no meu gesto Não ouvindo o teu protesto Para ouvir meu coração Sei que uma desculpa não redime Meu pecado quase é crime De um beijo sem permissão Mas, se fui pecador eu condeno a Lua Que abandonou a rua e fugiu com o luar Pois, ela, adivinhando o meu desejo Provocou aquele beijo E, assim, me fez pecar Se impetuoso fui, tem compaixão E em nome do amor, suplico o teu perdão Perdoa, meu amor, este pecado Sublime impulso de te haver beijado [Solo] Mas, se fui pecador eu condeno a Lua Que abandonou a rua e fugiu com o luar Pois, ela, adivinhando o meu desejo Provocou aquele beijo E, assim, me fez pecar Se impetuoso fui, tem compaixão E em nome do amor, suplico o teu perdão Perdoa, meu amor, este pecado Sublime impulso de te haver beijado
Beatriz Kauffmann's Web Site Contato

19.9.12

Uma linda Borboleta, sua tenua existencia e a presença, humanamente feliz,
de quem espalha flores num mundo tão bruto e desumano...
Quando eu era menino minha avó sempre falava numa Santa de nome Fátima que fazia milagres, que aparecia em certas ocasiões em forma de gente e também de lindas Borboletas... Quando ela vinha em forma de gente tinha o formato de mulher que encantava pela sonoridade da voz e pela beleza que era muito dificil de se ver no olhar e no gesto... Dizia, minha avó, que ela se vistia de roupas lindas, tinha o cabelo tingido de loiro e que deixava a mostra, por entre seus cabelos e a sombrancelha, a verdadeira cor de seus cabelos.. Dizia alguns anjos que ela usava este tingimento para que não aumentasse a sua beleza divinal... Este sonho me levou a saber da existencia de um belo diferenciado do normal. A propósito estava em um sonho, numa ficção extra sensorial e o voo da Borboleta Azul com manhas avermelhadas em sua asa me fez entender como o Belo é uma passagem rapida para a não existencia... Vestimenta longa, olhar fixo no infinito, presença quase divina que, de tempos em tempos faz sua aparição em forma de Mulher e outras vezes em forma de Borboletas. Seria a ficção uma obra da criação humana com sintonia com a transformação dos belos? As encantadas Borboletas que sempre são vistas em vários tamanhos, cores e voadas diferentes na Nascente do Sitio onde moro a 42 anos, vivem pouco mais de 90 dias neste planeta de tanta alegria vital. As que vi ontem pairando em torno de uma Zinea Azul e cheirando o Ipê Amarelo não existe mais... Saudades?... creio que sim... Jose Milbs editor de O REBATE ...
Qunado já tinha postado o texto para o Blog fiz uma caminhada até a nascente do sitio. Perto de um local, intocado a milhões de anos junto a uma rampa que está cercada de vegetação nativa pude observar um Casulo que dará vida a belas e coloridas Borboletas. Elas viverão, ao nascerem, até o final da Primavera. Suas cores já devem estar definidas dentro do Casulo como já está definido na semente milhares de arvores... Um dia lindo onde as Borboletas dão lindas piruetas em redor da vida. Onde sua tênua existencia pode marcar minutos de eterndades, onde poucos privilegiados, como eu agora, estou olha do sua existência, me dão o sagrado dever de agradecer aos olhos pelo momento mágico e feliz em ainda poder curtir meu sitio...

23.7.12

Morre e vai para o Panteão dos Poetas o macaense Antônio Otto de Souza Filho o 'Ottinho'.

*Jose Milbs Lacerda Gama há 13 minutos Mais um Poeta morre em nossa Região de Petróleo... Antonio Otto de Souza Filho acreditou nas verdades dos anos 70 e partiu para sempre num tunel que não lhe deixou o caminho da volta. Sua vida ele dedicou a Poesia. Trocou os pesados livros do Cartório do 1º Oficio, onde foi Tabelião, pelas leves Folhas das achadas na Caminhada da Vida onde pousou, como lindas Borboletas, seus poemas e poesias. Amigo dos anos 70, Ottinho foi Lider num movimento que deixou saudadas e vivencias da Paz e do Amor... Fiel amigo de Xico Chaves, irmão do proprietário de uma pousada no distrito macaense do Sana, o 'Costinha' e dos igualmente macaenses o compositor-cantor Piry Reis, Helena, Branca e Paulinho. O poeta Ottinho fez história no Judicário e fez da Saudade uma presença constante em suas fugas pelo mundo Cigano e Poético. Pai de Betinha, campeã de Surf nos Estados Unidos e de Bruno que brilha na Austrália. Soube dixer não as fortunas fácies do Tabelionato careta e partiu para o mundo das estradas e dos conhecimentos. Em sua juventude em Macaé foi Lider Estudantil, jogou o Bom Futebol no Macaé F.,C, e amou mulheres e foi amado. Filho mais velho do Ex- Prefeito Antonio Otto e da tabeliã Estelita Lima de Souza, Ottinho residiu na Rua da Igualdade, em frente ao famoso "Campinho" das lindas peladas dos anos 50. Fomos amigos e colegas na Faculdade de Direito de Campos onde chutamos o Balde sem nos formar. Formar para que, dizia com seu sorriso infantil que saia do fundo de uma alma linda e pura.... Ottinho foi um dos primeiros Poetas Livres do Brasil. Seus Poemas ainda serão estudados por grandes pensadores. Hoje o nosso amigo comum o jornalista e advogado Armando Barbosa Barreto me ligou falando que seu coração parou em Itaperuna. Liguei para o serventuário aposentado e poeta Izaac de Souza que, sob lágrimas me mandou o Poema que publico. PARA OTTINHO - QUASE MEIO DIA... CAVALO ALADO/ OPACO/ ESPAÇO QUE ME FAZ AVANÇAR EM GALOPE/ QUALQUER PALAVRA LAVRA A TERRA/ REVIRA O VENTO QUE, EM TORMENTAS ME FAZ HORIZONTE SEM PRESSA COM AS INQUIETAÇÕES DAS OVELHAS/ ESTOU A OLHAR PARA A FLOR DO MAR SEM TORMENTAS? ENTÃO, EXPERIMENTO O SONHO PARA NÃO DIZER AQUELE ADEUS COM A SAUDADE DAS COISAS QUE NUNCA ESCREVI. - MORRE O POETA E NÃO SE ESQUECE A CANÇÃO DA VIDA... A ETERNIDADE SERÁ A NOSSA MELHOR VITÓRIA.. VIVA ANTONIO OTTO DE SOUZA, filho!!! sem tormenta, sem a interrogação - correição *jornalista e escritor - é editor e diretor-proprietário e responsável do jornal (atualmente on line) O Rebate.

O Poeta Gilson Correa da Silva morre aos 84 anos em Macaé

Obituário MORRE UM DOS MAIS FLUENTES POETAS E ESCRITORES DE NOSSO COTIDIANO... Qui, 12 de Julho de 2012 13:21 Jose Milbs Aos 86 anos, fecham-se as portas das criações poeticas de meu querido primo e amigo Gilson Correa da Silva. Neto de Tia Pequena, irmã de meu avó Mathias Lacerda, Gilson sempre se destacou de toda a sua geração pelo carinho que dedicava as artes poéticas a ao portugues clássico. Autor de centenas de Poemas e Poesias, tem livros publicados e escreveu uma obra sobre as nossas tradições das ruas empoeiradas com especial atençao ao Papa Lambida que foi um homem simples de nossas infâncias e alegres momentos de descontração... Casado com a meiga Thereza ele deixa tres filhos Serginho, Luciana e Claudinha que estiveram sempre ao seu lado nos seus momentos de dor e doença. Sua infância foi vivida na Rua Julio Olivier e na Travessa Curindiba de Carvalho. A Rua do Meio foi seu centro de atração maior onde participava das peladas e jogos comuns as infâncias de sua época. Seus nados eram os mais rápidos quando ia até as Ilhas do Frances e Papagaio. Tão rápido que lhe trouxe o apelido de Gilson Pé de Pato por que sua rapidez era tamanha que se pensava estar calçado com os famosos Pés que ligeiravam os nadadores. Eximio em quase todos os esportes, até os 80 anos ainda jogava seu futebol, dirigia sua lambretinha e era imbativel no Frescobol nas areias leves da Praia dos Cavaleiros. Gilson viveu intensamente sua trajetória terrena. Deixou grandes amigos e foi admirado por toda a familia que tinham nele o norte de informações constantes de nosso dia a dia... Rápido no raciocinio e de um senso de humor bem aflorado sabia sorrir nas horas certas e dar as respostas também com a tradição inteligente herdada de seu pai Custódio José da Silva e da paciencia de sua querida mãe Gilda Correa da Silva. Na última vez que estive em sua casa fui com meu irmão Ivan Sergio para uma visita e rocordar tempos vividos. Fizemos fotos, me presenteou com um Poema que dedicou a sua Tia Zizi e, sempre alegre foi dizendo de sua doença como se estivesse deixando ver sua certeza na morte. Meterialista, queria e foi cremado. Sobre ele fiz um texto. Veio em minha casa com Thereza e ai vai o que fiz ainda com ele em vida: Os 84 anos de Gilson Correa da Silva. Uma criação poética totalmente voltada para uma vivencia em sua terra natal Nascido, criado, vivendo e fazendo da vida uma alegria constante é assim a presença de Gilson Corrêa da Silva nas nossas ruas e praias. Ontem esteve aqui na redação de "O REBATE" para ver o "studio" da nova "TV O REBATE on-line". Estava em companhia de sua alegre e feliz companheira Thereza... Gilson é meu primo. É neto da irmã de meu avô Mathias Lacerda. Tia "Pequena" Lacerda é mãe de Gilda, Cici e Zizi . Mathias é pai de minha mãe Ecila... Fomos sendo criados nas Ruas empoeiradas de Macaé. Eles na Rua Julio Olivier e a gente na Rua Doutor Bueno ( Rua do Meio). No mês de Setembro,falava-me Thereza - ele vai completar 84 anos. Imediatamente fotografei e falo o que este Poeta representa na história de nossa região. Autor de centenas de livros poéticos e de dezenas de crônicas tem seus trabalhos impressos e de frofundidade cultural - histórica inédita no trato com a poesia noderna. Seu primeiro livro, foi editado com o apoio do nosso amigo de infência Cláudio Moacyr de Azevedo quando exercia a Presidencia da ALERJ. Peladeiro, Poeta, grande conhecedor das histórias da região, é com prazer que publico a foto deste grande amigo e primo que passa a ser visto mundialmente no busca do Google-O Rebate. Thereza é uma grande presença na vida do cotidiano do Bairro da Glória onde eles residem. Sempre sorrindo, aspalhando suas energias poslitivas e lembrando de fatos que marcaram sua vida junto a nossos familiares. Sempre querida e grata ela vai sendo a responsável pela afirmação de que nada deste mundo morre enquanto existe as mentes recordativas. Seus filhos Serginho, Claudinha e Luciano continuarão a trajetória de cordialidade e afeto que esta casal deu exemplos. Jose Milbs editor de www.jornalorebate.com

3.4.12





Morre na Bahia um dos mais expressivos jornalistas que começou seus 1os. textos no O REBATE nos anos 40/50

- aos 83 anos, faleceu no domingo, 1º de abril, no estado da Bahia, onde residia, o jornalista e publicitário macaense Ney Peixoto do vale. Foi um dos fundadores e também presidente da ABRP - Associação Brasileira de Relações Públicas e, como jornalista, trabalhou no Diário Carioca. Como empresário de comunicação, foi diretor-presidente da Associação de Comunicação Integrada, à época, a maior empresa do país. O Correio da Bahia noticiou o fato lamentando a perda do macaense. Ney, o mais velho da família Peixoto, tinha os irmãos Jerônimo, Antonio, Emília (falecidos), José e Adolfo. Com seus pais, sempre vindo visitá-los na aconchegante residência na Pça. Verissimo de Nello, Ney sempre alegre e feliz relembrava sua infancia nas Ruas da Região de Petróleo. Abraçado ao seu velho pai, caminhava pela Rua Direita, ia até o Lar de Maria e revia os amgos e contemporâneos.
Ney sempre foi um fiel assinante do O REBATE e, sempre recordava os momentos em que fazia seus escritos que eram publicados e guardados com carinho em sua brilhante trajetória jornalistica.
Recebi a noticia atraves do jornalista Armando Barreto. Em nome de O REBATE envio as condolências aos seus familiares e especial aos meus amigos Adolpho e José Peixoto que sei da dor que estão sentido com esta perda.
(José Milbs, editor de O REBATE e amigo da familia)



obituário



Morreu ontem aos 83 anos, o jornalista e criador do Prêmio Esso de Jornalismo, Ney Peixoto do Vale. Ele estava internado desde sexta-feira na UTI do Hospital Aliança por causa de um AVC, Peixoto nasceu em Macaé, no Rio de Janeiro, em 14 de fevereiro de 1929. Quando era diretor do Departamento de Comunicação da empresa Esso Brasileira de Petróleo, em 1955, criou a premiação mais importante do jornalismo brasileiro. Há oito ele morava em Salvador. Seu corpo foi velado e cremado no Jardim da Saudade em cerimônia às 16h30.ney peixoto
Morre o jornalista que criou o Prêmio Esso
Morreu ontem em Salvador o jornalista Ney Peixoto do Vale, aos 83 anos, dois dias depois de ter sido internado no Hospital Aliança, vítima de um AVC. Em 1955, Ney foi o criador do Prêmio Esso -- a mais tradicional e antiga premiação do jornalismo brasileiro. Nascido em Macaé (RJ) e radicado no Rio de Janeiro, Ney foi um dos pioneiros na assessoria de imprensa no Brasil. Ele fundou uma das primeiras empresas especializadas em assessoria de imprensa do país, a ACI (Assessoria de Comunicação Integrada), mais tarde vendida para a Hill and Knowlton.
O jornalista Peixoto do Vale foi um dos fundadores e presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas, além de ter sido um dos precursores no estabelecimento de padrões éticos da profissão de relações públicas, regulamentada em 1967. Formado em Administração de Empresas, Ney presidiu também a Associação internacional de Relações Públicas. Ele deixou três filhos e nove netos.

31.3.12

Poeta, grande figura de alegre pensar. Morre "Hespanho"" que fazia poesia no ver das coisas

JOSE ANTONIO FRANCO HESPANHOL viveu intensamente a Poesia sem nunca se deixar tomar pela política partidária. Nasceu simples com a simplicidade dos homens do interior que buscam sempre na natureza o florir de seus encantos poéticos.
Beleza purissima do homem do Campo, refletida em um de seus cânticos: “Lá na serra de Trajano
Tem um pau pra derrubar
Em cima tem marimbondo
Em baixo tem mangangá”....
José Antonio faz nascer o carinho das pessoas pelo seu querido recanto de nome Triunfo, vive e revive Trajano de Moraes, As Serras, o Alto do Imbé... busca nos Marimbondos nos Mangagás, nos leva ao Cheiro das fumaças que faziam Obras de Artes, na Maria Fumaça que se dirigia as nuvens das Serras...
Quanta poesia, quanto amor ao seu lugar, no refrão de seu Poema:
“A desgraça do pau verde”
É ter um seco encostado
O seco pega fogo
Verde morre assado”.
Um homem com quase 2 metros de altura e um coração tanto maior que vindo morar em Macaé, cidade grande para ele, soube também ver, por entre o progresso e o fim das Cadeiras nas Calçadas, a Macaé bocolina e bem brejeira... JOSE MILBS DE LACERDA GAMA, escritor e editor que ainda será um Poeta no esmelhamento de obras como a do amigo Hespanhol)...





MACAÉ A PRINCESA DO ATLÂNTICO

Adoro-te bela Princesa do Atlântico,
deitada em teu berço esplendido, de areia,
alegre a merecer dos poetas, os cânticos
mais belos que inspiras e semeias.

Bela mulher dos olhos verdes marinhos,
de cabeleiras verdejantes de tuas matas,
de nuvens claras, que em céu azul são arminhos
que vestes para embelezar-te, e te recatas.

Mas esta beleza não poderia passar despercebida, 0
ante ao olhos dos que em ti admiram a vida,
como os menestréis ou bêbados românticos.

E tu deitada languidamente na areia escaldante,
como a musa dos poetas, e a inspiração dos amantes,
bem merece ser chamada de A PRINCESA DO ATLÂNTICO.

José Antonio Franco Hespanhol
Ontem, perdemos um amigo, poeta e apaixonado pelas letras. E ficamos muito tristes. Nasceu em Trajano, mas viveu Macaé. Nossas homenagens
JOSÉ ANTONIO FRANCO HESPANHOL, 13/10/1951 - 20/03/2012 (assim foi dito por alguem que conviveu com ele atraves da Memoria Macaense que registrou o fato)...


“Lá na serra de Trajano
Tem um pau pra derrubar
Em cima tem marimbondo
Em baixo tem mangangá”


Vim pra vida onde se consagra a morte. Nasci no alto do morro ao lado do cemitério. A noite do meu nascimento no jongo, que era um costume local, ouvia-se na serra de Trajano: “Tem um pau pra derrubar, em cima tem marimbondo em baixo tem mangangá”.
A Maria fumaça subia a serra gemendo um sorriso, na alegria de chegar, tão imponente com a locomotiva de número 31, que é exatamente o contrário do dia 13, o dia real de quando chorando, sorri pro mundo. Só que nesse fatídico dia veio outra máquina e desta feita, com o número 51, que era curiosamente o ano da minha chegada ao mundo, que pode-se dizer triunfal, não que Triunfo seja uma pequena localidade no pé da serra, mas sim porque esse treze não era sexta-feira e sim um belo sábado. Não era agosto, pois era outubro, e o relógio que estava com os ponteiros no 12, não era meia noite e sim meio dia. Assim, estava livre dos estigmas populares que atribuem como sendo a sexta-feira treze o dia do azar.
“Tanto pau no mato
Imbaúba é coronel”
E o jongo continuava com sua cantoria: “tanto pau no mato imbaúba é coronel” - como querendo anunciar o nascimento de um ser poderoso que venceu o dia do azar que acontece em pleno inverno e nasceu numa bela e florida primavera, no mês de outubro. Já desde menino, ainda bebê, vencia obstáculos, nascendo no dia certo mesmo sendo um 13 e na hora certa, mesmo sendo 12 com os dois ponteiros na vertical, pois assim estavam apontando para o céu, como se fazendo um elo entre o firmamento e a terra; essa terra bendita, onde se registra o suave murmúrio das águas buliçosas e velozes que desce riscando num tom prateado o colo da serra em direção ao alto do Imbé.
Na pia batismal recebi o nome de José Antonio Franco Hespanhol. O Franco por parte de minha mãe oriundo de família muito conhecida em Visconde do Imbé, e o Hespanhol do lado paterno, de família também muito conhecida em Santa Maria Madalena. Meu avô era imigrante espanhol, fazia parte da casa espírita Jesus Coroado, que situava-se entre o Arranchadouro e o Largo do Machado. Essa rua hoje leva o se nome.
“A desgraça do pau verde”
É ter um seco encostado
O seco pega fogo
Verde morre assado”.

Desde tenra idade sempre procurei andar em boa companhia, sempre seguindo conselhos dos mais experientes e com Deus no coração, pois a desgraça do pau verde é ter um seco encostado; o seco pega fogo e o verde morre assado, como anunciava o Jongo em suas últimas cantorias.
Memórias... Rios em nossas almas. São pontilhões antigos que nos levam ao rio infinito de nossas lembranças. Nossos ritos, nossos mitos, nossa terra e nosso chão. Uma palavra se levanta, PERTENCIMENTO. Sentimento que nos faz sabedores de nossos signos. Nossa memória é a expressão de todos os sentidos quando em comunhão com o Pertencimento. Levantemos nossa memória. Temos o dever de criar os mecanismos necessários para que nossa pegada, enquanto comunidade nesta terra chamada MACAÉ, não seja apagada por invencionices de nossa história. Macaé é muito mais.

Jose Milbs de Lacerda Gama, editor e amigo das "Memórias Macaenses"...

22.1.12

Pessoas simples, "Moradores de Rua existem em todos os lugares. "Amarelinho" morreu na região de Petróleo. Era de Jiquié - Sergipe...

Qual seria o mistério tão procurado e nunca desvendado da Existência Humana? Onde reside o Belo, onde mora a Razão, o que religa e faz brotar o afeto quando se procura o significado da não Existência e do Saber? Quem era e quem foi AMARELINHO? apenas se sabe que viveu, perambulou, amou e foi amado como ser...



Os moradores da Região do Centro, na Cidadezinha de Macaé, hoje Noroste Fluminense e Capital Brasileira de Petróleo, ja estavam acostumados com a presença matinal de um jovem nordestino. Esquálido, falhas nos dentes centrais de sua boca, sempre às pressas como se fosse para algum lugar. "AMARELINHO' tinha um olhar cansado, fixado num distante mundo de seu interior humano. Olhar que era dotado de pouco brilho mais que, quando visto em sua profundidade por pessoas puras e de dom espiritual sublimado, deixava-se ver na beleza que levada até a sua alma...
"AMARELINHO" era assim. Atencioso no trato com todos, ganhava pela beleza de sua alma que irradiava gentilezas. Fluia criação, nos toque mágioos das plantas que cultivava gratuitamente no CETEP onde era "bem chegado", tratado como humano e fazia seus trabalhos Voluntários...
Por gostar de ser visto pelo que tinha em sua beleza interior, olhado como ser vivo, por alguém que amainava a sua beleza interior, afeiçoou-se a muitos macaenses e moradores que o tratavam cordialmente.
"AMARELINHO" tinha o dom natural de todo nordestino. Dizia que tinha nascido em Jiquié, cidade perto de Aracajú e morava dentro de um carro abandonado no final do Bairro Miramar, bem atrás de um Barração da PMM. Gostava muito de uma Birita, comum a quem vive e mora assim. Nunca se soube porque veio e como chegou. Sabia-se que era de fino trato, devia ter tido uma criação delicada mais nunca deixou abrir a causa de sua opçao pela solidão das dormidas sem destino matinal...
Angela, minha companheira, sempre trazia do CETEP mudas pequeninas de plamtas que ele dava por saber que ela gostava e morava em local onda podia crescer e florir. A epilepsia, unida as doces de Cachaça, devia dar revertérios em sua cabeça ao ponto de evitar maiores ações de trabalho. Dai porque, mesmo sendo aconselhado a deixar o alcool ele nao o fazia. Por estar sempre ajudando as pessoas no CETEP e lá ser visto com carinho e afeto, AMARELINHO falou que ia fazer o Concurso para a Prefeitura que será no Mês de Fevereiro. Queria ter uma renda, voltar a estudar, dizia até que ia receber uma casinha para morar. Gostava de Marilena e de Guto porque olhavam para ele com o mesmo carinho que Angela.
Ontem soube que este jovem Andarilho que fixou-se em Macaé, tinha falecido. As pessoas do mundo das midias de jornais e blogs não devem se deter em uma morte tão simples e tão anunciada. Preocupam-se, creio eu, com outras mortes, ceifadas no auge do Poder e oom suas heranças a serem divididas e buscadas a ferro e fogo com...
Para mim, talvés passasse despercebidas a morte deste jovem Andarilho não fosse a tristeza que vi no sembrante de Angela ao me falar sobre o fato. A ultima Muda de Flores que ela trouxe plantei e tenho certeza que crescerá. Irá se juntar a outras Amarelas que ele mandou e plantei. Por sinal estão floridas no amarelar como se tivessem homenageando ele...
AMARELINHO, com toda simplicidade de sua curta existência, deixou saudades em muitas pessoas que habitam a Educação em Macaé. Trabalho puro, sem nenhum interesse material sem nenhum pedido, apenas doando sua gentileza, seu trabalho e suas flores...
José Milbs editor de O REBATE


HEDIR RENAULT, GRANDE ARTISTA PLÁSTICO, AMIGO DE INFÃNCIA DE GRANDES INFÃNCIAS DA RUA DO MEIO, ESCREVE AO EDITOR JOSE MILBS, VIA FACE BOOK E FALA DAS PESSOAS E GENTES DE ANTANHO...
Hedir Renault comentou seu link.
Hedir escreveu: "Milbs, REMEMBER: Lobo, Maria Cachimbinha, Jumentinho, Papa Lambida, Rita Pavone, Coruja, Milfont e outros melhores socialmente, queridos e saudosos que marcam/marcaram a brejeirice de Macaé com seu caráter folclórico.Orlando Tardelli cantor, Pitico dançarino, Flaubert, boêmio, Frota enxadrista, Levi, o fôlego, Fabiano com seu cachorrinho na standadrd-lambreta .SAUDADES..Símbolos da variedade humana, marcantes por uma característica forte, Godofredo Taboada, "milionário", dono do hotel tradicional, Elias Agostinho, ex-político aposentado, Clóvis Mello, antigo comerciante, "seu" Thiers da rua do Meio, Bolão com a Harley antiga com transmissão, Zé Machado, fazendeiro Cláudio Itagiba, filósofo e no final FILÓSOFO MESMO marcaram meu visual cotidiano nnuma pequena Macaé de grandes amizades.São /foram personagens mais que pessoas."

12.1.12

dr orlando de souza e sua casa na rua da praia. texto sem revisão




José Milbs Lacerda Gama:
Esta casa era visinha da casa onde morava meu primo Aristeu ferreira da Silva. Era ali que morava o doutor Orlando Nunes de Souza, conceituado Médico pai de minhas colegas Ivana, Helena e Orlandinho que foi meu colega de Escoteiro. Morou ali tambem o sr. Sesinando de Souza, contemporâneo de meu avô Mathias Lacerda e que foi Prefeito de Macaé e tio do Dr. Abilio de Souza pai do meu amigo e e Desembargador Ronald de Souza. Ronald era irmão de Ivonildo de Souza, madrinha de minha irmã Djecila, Berenice,minha professora primária e do médico Abilio Claudio.
Dr. Orlando era um homem tranquilo que nos anos 70, ainda no vigor de seus 70 anos,foi meu colega no INAMPS. Sempre alegre e bem humorado. Sua esposa era uma senhora lindissima e suas fihas idem. Eu tenho aqui em casa um movel (comoda de pedra carrara) que foi do Sizinando e depois do Dr. Orlando que me foi doado pelo Ronald...
Doutor Abilio de Souza foi advogado, fez o inventário de minha familia, era ferroviário e grande poeta. Me doou um livro seu que ainda tenho e que fala das belezas que seus olhos viam na sua "querida Macaé".
Teve seu nome homenageado no Forun e depois, por obra de algum Prefeito ou vereadores que não teem compromisso com a cultura ou apenas estão no poder para enriquecerem-se com as vantagens do poder, teve seu nome substituido...
José Milbs editor de www.jornalorebate.com

3.1.12

AOS 82 ANOS MORRE O FERROVIARIO JACY SIQUEIRA QUE FEZ MINHA CABEÇA, AOS 7 ANOS, PARA SER VASCAINO




Pois é meus amigos e leitores de O REBATE. Aqui estou para registrar a morte de um grande amigo que, sempre que a gente se encontrava nas ruas de Macaé, me saudava com as duas frases que batiam solene, alegre, feliz e afetiva em minha memória. Ola Vascaino. Bom dia Menino. Era sempre assim que o Jacy me saudava. "Menino" era a maneira cordial que muitos ferroviários mais velhos, saudavam a gente que iniciavamos profissões no SENAI da Estrada de Ferro Leopoldina nos anos 50.
Jacy tinha vindo com sua mãe, Dona Maria e seus irmãos para fixar moradia em Mscaé. Vieram de Cachoeira de Macacú, assim com também vieram de Quissamã, Joaozinho Passos, sua simpatica esposa Alda e um robusto e inteligente menininho de nome Joel. Todos moravam nas duas casas que minha avó Alice Lacerda, Dona Nhasinha, alugava para manter eu e meus irmaõs vivos e sadios. Jacy e Joaozinho fizeram histórias na Rua do Meio e foram meus "padrinhos" nas andanças pela Oficina Geral de Imbetiba...
O Tempo, senhor dos sonhos e das recordações memoriais, deu espaço longo a vivencia nossa em nossas ruas, antes empoeiradas e hoje com novos progressos e cimentações. Mesmo assim não deixaram que o esquecimento tomasse conta de nossas recordativas andanças pelo camimho fértil da memória...
Hoje, através do Professor do CETEP, Benigno, tomei ciencia da morte de Jacy. Veio pelo telefonema de Angela que me perguntava se eu conhecia um senhor de nome Jacy Siqueira. Era a senha que recebia para voltar ao computador e fazer eterno a existencia deste grande amigo que se foi...
Imbetiba dos anos 50 que ele, como muitos Ferroviários, olharam milhares de dias. Nas manhães, pelo Buzo de 6, 45 e nas tardes pelo das 16,00 onde, em cima de suas luxuosas bicicletas, voltavam para o acalento de seus lares. Macaé foi forjada, em suas história nos ultimos 50 anos, pela presença de centenas de pessoas que habitavam a Imbetiba e que hoje tem sua continuidade pela presença alegre e feliz de millhares de Petroleiros que forjam e cimentam a nova história desta linda cidade de Macaé. Cidade que sempre esteve e estará com seu povo nativo de braços abertos para tantos outros que aqui aportam e aportarão...
As ruas de Imbetiba, a região do asilo e suas vielas jamais terão seus dias com a presença e encantamento mágico dos cumprimentos alegres de Jacy. Eu mesmo vou, apenas recolher, para sonhos futuros, sua meiga vóz saudando o nosso Vasco de tantas glórias. Jacy, como todo Vascaino, sempre fez novas cabeças para a Cruz de Malta. Não sei se alguem teve a lembrança de ornar seu sepultamento com a Bandeira.
Abaixo transcrevo pequeno trecho de um livro que ainda vou publicar O PINGUIN DA RUA DO MEIO, onde falo nele quando de minha volta do Rio de Janeiro para Macaé...



"AS PESSOAS QUE BATEM NAS PAREDES DA MEMÓRIA.

Voltei, os 7 anos do Rio de Janeiro, Del Castilho para Macaé e fui morei na Rua da Estação, na casa de uma prima de minha avó que eu chamava de Tia Domingas Almeida. Esperávamos desocupar a casa da Rua do Meio pois estava alugada a uma familia amiga. Lá moravam Jacy Siqueira, ferroviário, seus pais e um irmão de nome Abiacy Siqueira que foi me comtemporâneo no Colégio Luiz Reid. Jacy foi que fez a minha cabeça para ser Vasco da Gama. Era um tempo bom para nós vascainos dos anos 46 em diante. Tri-Campeonato, Ademir, Barbosa, Augusto, Wilson, Maneca, Tesourinha, Heleno, Ely, Danilo, Jorge, Ipojucan figuravam nas meus "Jogos de Botôes pelas Varandas". Não havia televisão e a gente imagina as jogadas que Jorge Curi e Mario Vianna iam falando nos lançes mais perigosos. Pela manhã iamos fazer, em folha de papel dos nossos diversos colégio, os desenhos dos jogadores e como tinham sido os gools".
José Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com