Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

7.1.09

Os barbeiros que faziam as cabeças nos anos 60 e 70 na região de petróleo



FABIO AZEVEDO - FABIO BARBEIRO - QUE É RUA NO LAGOMAR, FEZ HISTÓRIA PELA SIMPLICIDADE.
As pessoas não dão conta de como era importante a presença dos velhos barbeiros nas cidades do interior. Suas bombonas, o cheiro forte da mistura do alcool com água, o perfume comum a todos os salões, são símbolos memoriais que ficam encrustados nas pessoas e caminham ao lado dos que se propoem fazer histórias de fatoa havidos.
Do alto de seus quase 2 metros e sendo um dos homens mais elegantes que transitavam em nossas ruas, o "Seu Fásbio Barbeiro" era um destaque `a parte nas nossas tardes e nanhães macaenses. Alegre, com seus afagos e acenos para todos, fazia parte de uma região de Macaé onde se concentrava os maiores percentuais de pessoas de nossa comunidade.
Havia uma mistura de Macaé com o interior dos distritos. Homens e crianças que vindos de Glicério, Córrego do Ouro, Trapiche, Óleo, Frade, Sana,Cachoeira de Macaé, Bicuda Grande, Bicuda Pequena, Carapebus, Capelinha do Amparo, Rodagem, Quissama e alguns do Barreto e Barra do Rio Macaé, tinham suas preferências para determinado Barbeiro.
A fama de Fábio, Azevedo como um dos bons no manejo da navalha e no corte de cabelos de crianças, tinha lá seus motivos na procura de seu trabalho. Começou com o Seu Philadelpho, pai do Mardônio, local onde a maioria dos "Mestres no Corte de Cabelos" passavam. Era no Salão do Philadelpho que se iniciava os mais belos e alegres papos de "barbearia", tão famosos em todas as cidades do interior do Brasil Foi dali que Fabio saiu para ser sócio de outro pilar de nossas Histórias, o Senhor Jordane. Com Ubaldino Carneiro Prata - O Pitico Prata - Fabio passou pouco tempo e logo abriu seu próprio salão onde ministrava seus encantados ensinamentos a muitos que hoje existem em nossa cidade "mexendo com as novas cabeças" da região.

Outros barbeiros, que nos últimos 70 anos serviram de base para fazer as cabeças dos antigos macaenses, eram todos dentro da periferia. "Nilo Barbeiro", "João Mentiroso", "Bareco do Beco do Caneco", Philadelpho, pai de Mardonio, Luiz Pimenta, Jordane, Senizio, "Zica" e Telmo da Rua do Cemitério, Antenor Valença. "Pitico Prata" que tinha o nome de Ubaldino Carneiro Prata, Fanor Monteiro e outros que, ficando no esquecimento, podem ser lembrandos e outros textos memoriais.

Nos salões de barbeiro ainda se usava a velha navalha que tanto caracteriza os malandros da Velha Lapa no Rio e que notabilizou a "Madame Satã" nas vielas dos "Arcos da Lapa".

Navalhas afiadas na presença dos clientes era que fazia a cara dos fregueses na metade do século passado.

As fofocas e os disse me disse eram comuns e muita mentira rolava. Quando se terminava a barba vinha aquele espalhamento de álcool com perfume nas bombachas que refrescava todo o rosto e tinha um cheiro característico de homem. As tesouras eram de aço puro e as navalhas eram afiadas na frente do freguês e dava um toque de poder ao barbeiro que parecia dizer mentalmente que ia acariciar a cara mais era homem bastante no trato com a navalha.
Perdidos no memória de muitos o interior do Brasil tem um débido muito granbde com os "Senhores Barbeiros dos anos 50, 60 e 70 do século passado. Maioria deles criaram filhos, espalharam sua genética por todos os cantoa do país e do exterior. Todos orgulhosos de uma criação, às vèzes rígida mais com o toque sutil do amor que brilhava em seus olhos cansados pelo dia de luta.
Colégio como o Luiz Reid, Mathias Netto, Visconde de Quissamã, Télio Barreto, Irene Meirellis, Primeiro de Maio e outros de pequenos porte, abrigavam os filhos destes grandes Mestres que, assim como os Alfaiates e os Sapateiros recebiam das crianças a atenção e a cortesia comuns a todos eles.
O Rebate perpetua mundialmente estes vultos de nossa história para que, estudantes que procurem história, saibam destas sublimes existências em nossa Região de Petróleo. (José Milbs editor de O Rebate )


Um comentário:

Gilberto Barcelos Souza disse...

Milbs.

O que aconteceu com Macaé? Será que foi a maldição de Mota Coqueiro no sentido contrário? Não reconheço mais a minha cidade?

Abs

Gilberto Barcelos Souza