JOVEM MÉDICO MORRE NO RIO E É SUPULTADO EM QUISSAMA
Carlos Magalhães Pereira da Silva, médico macaense/quissamaense, morre no Rio de Janeiro. Membro de uma das mais antigas famílias das cidades de Macaé e Quissamã, este jovem médico prestava serviços na clinica São Lucas onde tinha uma grande gama de amizades devido ao seu espírito alegre e comunicativo. Carlos estava sempre em companhia das pessoas simples do interior de Quissamã que o procuravam para consultas ou mesmo para longas conversas sobre seus pais e avós. Sua presença feliz e jovem vai fazer muita falta a funcionários, amigos, médicos clientes que já estavam acostumados com suas brincadeiras nos corredores e salas da Clinica.
Carlos era filho do meu colega de longas e felizes conversas no saudoso INAMPS. Marcelino Carlos Pereira da Silva, seu pai, faz parte da história da medicina de nossa região. Com sua companheira Adriana, está sofrendo a perda deste belo filho que tantas alegrias proporcionaram a todos que com ele conviveu.
Contemporâneo de meus filhos Luis Cláudio e Ana Cristina, Carlos é de uma geração que está caminhando para os 40 anos e que eu vi crescer nas minhas entradas e saídas de casa onde eles sempre estavam juntos na alegria de suas juventudes.
Quissamã e Macaé estão de luto. São duas cidades que conhece, de perto, todo potencial de carinho que Carlos, seus pais e seus avôs sempre distribuíram a todos que com eles conviveram.
Seu avô, Amílcar Pereira da Silva foi um dos homens mais ilustres que viveram em nossa comunidade. Vindo de Minas Gerais, espalhou sua genética pela região e foi um dos incentivadores da cultura nas duas cidades. Em Macaé, ele construiu o antigo Colégio Caetano Dias. Carlos era parecido com seu avô nos gestos trejeitos e no falar compassado na timidez que caracteriza todos os bens mineiros...
Tentava acompanhar os passos profissionais de seu pai na medicina e esbanjava sorrisos por todos os lados como se sua presença junto à comunidade tivesse período de esgotamento. Quem conviveu com Carlos jamais soube de seus problemas interiores, comuns a todo mortal, e que não era sentido em suas falas e atendimentos. Não deixava que aflorasse seus sentimentos e evitava, com isso, passar as tristezas que, às vezes tomava conta de seu pensamento.
Nas poucas vezes que tive contacto com ele, nos últimos anos, era só lembranças e recomendações a todos que me cercavam e que ele sabia serem seus amigos
Às 12 horas de hoje, 12 de Agosto de 2007, ele foi sepultado
O REBATE, que sempre esteve presente na história de Macaé e Quissamã, durante seus 75 anos de existência, se una a dor de todos que conviveram com Carlos Magalhães Pereira da Silva, o nosso “Carlos de Dr. Marcelino”, nesta perda tão prematura...(José Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com )
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