Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

30.8.09

A Gurumbumba de meu bisavô Emilio sumiu na Rua do Meio

Uma relíquia que meus antepassados guardavam nos Baús de nossa casa que ficava na Rua Doutor Bueno, 180, no Bairro de Imbetiba, na cidade de Macaé, Estado do Rio de Janeiro. Havia várias gavetas com muita coisa que vinha de pai para filhos e avós para netos. Picinêz de aro dourado era também uma das coisas que sumiram. taboleiros antigos, jarros, tudo foi sendo levado do local. Desconfio de muita gente mais não tenho como provar. Depois que minha avó Alice Lacerda faleceu em 1962 a casa ficou muito vázia e era frequentada por muitos amigos meus. O sumiço se deu numa destas vindas e vindas deles em minha casa.
Num canto de um quarto que ficava à esquerda da sala tinha uma velha porta onde ficavam vários paus. Para mim de pouco valor mais guardavam as recordações de um tempo havido na cidade dos meus bisavõs. Meu bi, Emílio Tavares da Silva deixou um Gurumbumda de cor avermelhada com um lindo final onde se podia colocar os dedos. Era uma espécie de Bengala. parecia que tinha sido envernizado. Não era não. Era a própria Vara de um Cipó de nome Gurumbumba que brilhava nas noites enluardas de imbetiba quando meu velho amigo e bisavô, fazia suas caminhadas soturnas.
Paralelo a Vara de Gurumbumba tinha uma outra de cor acizentada que parecia uma cobra. esta, segundo minha bisavó Adelayde Bastos Quintino da Silva, era para as cavalgadas que haviam de Macaé, Carapebus, Quissamã, Rio Dourado e Bicuda Grande. Nestas cavalgadas todos tinha suas varas de Gurumbumba e alguns apetrechos tirados das matas de Macaé.
O Cipó de Gurumbumba era o mais cobiçado pelos Ciganos dos Sertões de Carapebús, Roadagem e capelinha do Amparo. Vovô Emilio era Cigano e irmão do pai de Aristeu Ferreira da Silva e de Luiz Pinto da Silva. Aristeu foi Prefeito de Macaé e luiz Pinto foi pai de Ruy Pinto da Silva, Edith, Alice, Horodice e talita.
Quando eu dei pelo sumiço da Vara de Gurumbumba danei a pensar em quem teria sido que tinha levado esta relíquia. As jóias da familia, tudo bem, eu sabia que foram levadas para São Paulo pela minha mãe Ecila, herdeira natural. Pricurei em todos os cantos da casa e não encontrei esta Vara.
Hoje, aos 70 anos estou relembrando este fato para que, quem sabe, alguém que tenha supupiado, da Rua Doutor Bueno, 180, nos anos 70, este Picó de Gurumbumba que virou uma linda Bengala que meu avô Emilio usou nos anos de 1800, tenha a gentilieza de fazer a devolução.
Preciso urgente desta Vara de Gurumbumba.

2 comentários:

Unknown disse...

MEU CARO PRIMO QUERO LHE INFORMAR QUE NA HISTORIA RELATADA QUANDO O SR FALA SOBRE AS FILHAS DE LUIZ PINTO,LEMBRO TE QUE FALTA O NOME DA MINHA AVÓ QUE NO MOMENTO ESTA MORANDO NO CÉU A DOIS ANOS E MEIO QUE SE CHAMAVA ALTAIR NEVES PINTO FICO GRATO A REPARAÇÃO DESSE ERRO. ATENCIOSAMENTE RODRIGO PINTO DA SILVA MOURA.

Unknown disse...

Meu caro amigo nasci do interior do Est.do Espirito Santo , tenho 78 anos de ,nem eu e nem minha familia numca tiveram uma gurumbumba , O quew eu sei sobre esta tão lembnrada vera ,que ra feita do CIPO CABLOCO ,na minha região era dificil encontrar este cipo ,e mesmo com o desmatamento não sei se hoje ainda existe, Um abraço amigo pela sua tão nobre RECORDAÇÃO