Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

8.2.08

HOMENS ENGRAVATADOS E POSUDOS ENVERGONHAM O BRASIL E ENTRISTECEM AS CRIANÇAS DOS COLÉGIOS PÚBLICOS


24-Ago-2007

Não conseguia mais ver TVs. Vulgaridade, venda de bebidas que são oferecidas, sexo frio, exposição de corpos sem que respeita as crianças e velhos, negros explorados pelo império e homenageando os torturadores nos troncos em exposição explícitca de um carnaval e futebol longe de seus valores. O autor é tomado pelos jornais. O USA querendo impor, guela a dentro ao povo latino sua eleição farjuta que só tem capitalista rico que não estão nem ai para o POVO...

Tudo isso e ainda a noticia de que o Govêrno de Lula está se auto-destruindo no que resta de moral. Pessoas que deveriam dar exemplo de dignidade nos cargos, esbanjam o dinheiro em Cartões de Créditos. Negros e Negras embranquecidas pela subida ao poder central. Que vergonha para quem, como o autor, fundou este PT nos anos de 1978. "Tijolo com Tijolo era a camisa branca que usava. Risos irônicos da borguesia que dizia, com seus sorrisos vindos de reluzentes e caras dentaduras: "Olha lá o Milbs. Saiu da loucura (para eles) do Movimento Hippie e agora está fundando este partidinho que veio de São Paulo. Sabe quando eles farão algum vereador? nunca."




Seus pensamentos vagueiam. Seria sua idade, 70 anos, que o estava transformando num purista? Será que caduca e se transforma num sensor? Pensava e observava o vôo de 4 Bentevis que procuram pouso nos Coqueiros de sua morada. Coqueiros Imperiais que resistem há 60 anos à destruição do Bairro do Novo Cavaleiro em Macaé, cidadezinha que se acocorou ao progresso e está com suas nascentes e rios destruídos pela sanha avassaladora do ganho de grana fácil dos especuladores imobiliários.

Enquanto observa o pousar feliz das 4 aves, se volta para atender sua neta Mariana, Volta a pensar,num milésimo de segundo antes de se virar na velha cadeira:
-Lá vem esta menina com mais um de seus trabalhos de colégio buscando dissertação e idéias".
A menina se aproxima e tira de vez a sua observação nos passarinhos.
- Diga lá, minha grande neta.
Mariana estava mais séria do que das vezes anteriores. Vai direto ao assunto:
- Vô, Político é tudo ladrão mesmo? Eles têm filhos e netos? Antes das novelas, continua a menina sob o olhar pasmo de seu velho avô, eu escuto no Rádio e na TV que os senadores, os deputados, os vereadores e uma porção de juizes e desembargadores estão roubando todo o dinheiro do POVO brasileiro. Tem até a voz deles falando no telefone. Eu fiquei triste por que eles deveriam respeitar os seus filhos e netos. Já pensou, vô, se o senhor fosse político e eu visse o senhor algemado na TV?
Enquanto acompanha o Avô que volta a olhar para os passarinhos, que, agora canta e pular na alegria de uma fina chuva de começo de verão, Mariana retruca:
- A professora do meu colégio estadual que um trabalho sobre o que a gente, crianças, achamos dos Políticos Brasileiros. Será que o semhor pode me ajudar?
As mãos do autor/avô, chegam até a cabeça. Seus cabelos estão totalmente embranquecidos. Metade, pensa, pelo sereno da vida e a outra é mesmo pela genética. Seus pais e avós ficaram grisalhos aos 18 anos.
O velho não deixa que sua neta, 11 anos, veja uma lagrima de ódio que brota em seus olhos. Olha sua neta que, na sua inocência acha que pode obter justiça neste sistema que vivemos. Justiça num país de injustiças.
Volta-se e, como se já tivesse na mente tudo que seria dito e escrito pela menina em seu trabalho escolar e sentencia:
- Quem sabe, um dia, quando este sistema que si está agonizando e que fez muita crueldade, acabar a gente não pega toda esta gente que roubou, matou trabalhadores, explorou as pessoas, discriminou velhos e crianças, escreveu novelas para desviar a beleza e a pureza de milhares de jovens, políticos que se enriqueceram com dinheiro do POVO, juizes e desembargadores que venderam sentenças, enfim toda esta gentalha imunda e crual e os confinemos numa CIDADE PRESIDIO?
- Como assim, vô? Cidade Presídio?
-Sim. Uma cidade presídio. Mariana vamos imaginar uma cidade quando você tiver 20 anos. Uma grande cidade, com estrutura bem reforçada em muros altos e eletrificada (iguais às casas dos políticos e dos juizes e desembargadores que estão sendo descobertos, presos e soltos), Cidade com um forte esquema de segurança externa. É uma idéia que tive quando vc falava quando aqui chegou.
- Sim, agora já estou entendendo, reforça Mariana.
-Otimo. Bom que você entenda por que na sala de aula você terá que, quem sabe, ler o texto para seus colegas e para isso terá que saber esta minha idéia que, a partir de agora, será sua também.
-Só uma coisa, interrempe a menina que se aconchega ao lado do avô: Seria uma cidade presídio imaginária? Não dá para a gente colocar também as pessoas que roubam nas Prefeituras e ficam snobando e maltratando as crianças pobres que os pais trabalham de verdade?
O avô/autor sempre se orgulhou de seus filhos e netos. Todos estudando, como ele, em Colégios Públicos. Mais esta sua neta estava ali, a sua frente, sem nunca ter lidos os livros que ele absorve e lhe dá substância odeológica. Estava ali, dando subsídios para a transformação desta socidade... Antes mesmo que seus pensamentos possam desviar–se para um galo vermelho que canta no jardim, fala:
- Sim minha doce menina, esta Cidade Presidio, além de abrigar os milhares de políticos, assessores, delegados, policiais, enfim, enfim, todos estes senhores que estão comprometidos com desvios de dinheiro publico, envolvidos em comissões de empreiteiras, vai abrigar os que, por omissão, sabiam e permitiram que estes fatos acontecessem. E foi falando, como se estivesse num confessionário:
- Pode também colocar nesta cidade, juizes, advogados, empreiteiros, milhares de vereadores que levam propinas de empresas de ônibus, de firmas multinacionais e centenas de secretários de Estado, Ministros e ex Ministros. Marina interrompe:
- Vô, crianças e velhos vão para esta cidade presídio?
- Criança não. Velhos safados, que deram mal exemplo para os netos e para os filhos vão sim.
- Crianças vão sempre olhar esta cidade, pensei aqui, seria colocado um grande painel de televisão, onde irá passar a vida destes homens corruptos, ladrões de gravatas. Será um filme, tipo: "Olhe o que eles fizeram e por que eles estão lá"...Como se estivesse dizendo as crianças."Viu como eles foram cruéis? "Estes exemplos não podem ser seguidos"...
- Você está entendendo, Mariana?
-Estou sim...
-Quer dizer vô, que os velhos que deram maus exemplos, vão ficar na cidade presidio?
- Sim, minha lindinha, os canalhas também envelhecem...
- Vamos voltar a falar na nossa cidade presídio, catuca o autor/avô.

- Seria uma cidade presídio. Aproveitando para por nesta cidade-presídio, centenas de Sindicalistas safados, presidentes de ONGs. corruptas e alguns ex Governadores. Minha preocupação, minha doce neta, é não deixar esta camarilha de Homens Públicos, que envergonham seus filhos e amigos, ficarem misturados com presos comuns. A presença destes corruptos poderia contaminar os presos comuns.



-Tava penando nisso, alerta a menina: tem muita gente que rouba pão, manteiga, comida e eu fiquei pensando em pedir ao senhor isso que o senhor falou. Não deixar estas pessoas juntar com esta gente ruim.

- Não se preocupe, minha neta. Para essas pessoas que você fala, existe leis que protegem quem comete estes pequenos atos. Só que alguns magistrados e delegados de polícia, preferem prende-los e deixam soltos quem lhes dão propinas. Você não está vendo nas Tvs o que eles fazem?

-Vendem sentenças para a jogatina, ganham carros do ano, vultosas quantias em dinheiros e ainda "prendem e arrebentam" quem pega, num super-mercado uma margarina. Lembra daquela jovem que ficou presa em SP por um delegado por ter expropiado uma manteiga para seu filho?

-Sim, continue que eu estou entendendo tudo que o senhor fala. Acho que vou fazer um lindo trabalho, diz Mariana, orgulhosa do avô que fala com euforia. Parecendo até que já estamos numa nova democracia...

O Autor/avô aumenta o potencial de sua fala, quando alguma carreta ou buzinar de carros tentam cortar seu raciocínio. E, contunua:
- Como esta gentalha está totalmente viciada na corrupção, só consegue o desejo sexual com uma nota de cem nas mãos e não sabe viver sem levar uma comissãozinha de 20 ou 30 por cento, esta cidade teria em circulação notas de dólares falsos e de reais. Para eles não ficarem em depressão por falta do "ópio deles" que é roubar dinheiro do contribuinte.
- Os bens destes canalhas, homens ate velhos de cabelos brancos, que nem respeitaram seus filhos e netos, seriam todos confiscados para manter a cidade. Eles mesmos podem eleger seus dirigentes nesta cidade. Como este presídio vai ter muitos portadores de títulos de faculdades não haveria necessidade de celas especiais. Semanalmente as crianças seriam convidadas para aulas onde esses canalhas seriam mostrados em fotos como "exemplo a não serem seguidos"...
- Legal, vô, maneiro mesmo. Já entendi tudo. As crianças iriam lá na cidade presídio igual no Zoológico. Olhar a vida destes homens e mulheres que, durante anos, décadas fizeram maldades com os pobres e roubaram o dinheiro dos impostos, né isso, vô:
- è isso mesmo. Como eles não conseguem mudar "o vicio" de roubar, etc. etc. arremata Generino:
-Nesta cidade/presídio, haveria eleições entre eles de Vereadores a Presidente.Que você acha, minha neta, desta cidade do futuro?
Mariana, como que adivinhando o pensar do avô Generino, complementa:
- Que o senhor acha de por nesta cidade as pessoas que fazem os programas de televisão? Os donos das fabricas de bebidas, cigarros e os escritores que se vendem para fazer as novelas horríveis dos horários nobres?
Generino, que teve seus pensamentos captados, pensa, ao sorrir a sua neta que corre para o colégio levando as suas mãos o texto sobre os POLITICOS BRASILEIROS...
II
A cidade ainda dorme com suas ruas com poucos transeuntes. Colégio Público começa cedinho e as ruas estão enfeitadas com centenas de crianças que tomam ônibus, se aconchegam uns aos outros e rumam para os educandários. São coleguinhas de Mariana, meninas e meninos. Pelo vidro do ônibus ela nota que passam luxuosos carros importados com outras crianças indo para muitos dos colégios particulares que existem na cidade. Pensa em seu vò Generino que, um dia, falou com ela: - "Mariana, criança que estuda em colégio daqueles que as crianças são levadas, são iguais estas galinhas criadas em granjas. Não pegam Sol, não brincam na chuva igual você e seus amigos. Eles são criados como se fossem feitos em cativeiros. E, lembra do arrematamento do avô, ao tempo que retorna o olhar pelo vidro do Ônibus e vê alguns meninos soltando pipas no redor de uma praia. - "A culpa não é das crianças não. São de seus pais e deste sistema cruel que vem a muito matando as coisas belas do mundo.
O colégio se aproxima do parar do veiculo. A porta do estabelecimento já está com centenas de seus colegas. Pensa: será que a professora irá entender seu trabalho e sua idéia de uma Penitencia/cidade? Sei, lá, matuta: apesar do colégio ser público e ser frequentado por crianças simples os valores são parecidos com tudo que passa na TV e nas ruas. Prefeitos. Vereadores, gente da sociedade, alguns deles até acusados de maldades com o POVO pobre, que se enriqueceram desviando coisas da comunidade são vistos nos dias de festas. Será que a professora não vai brigar com ele ou lhe dar nota baixa?
Dona Matilde tem sempre um olhar diferente das demais mestres do Colégio Estadual Luiz Reid. Não gosta de dar notas a quem tem erros de gramática ou de pontuação. Pior de tudo é que seu trabalho deve estar todo cheio de erros. Seu Vô não se formou em nada, ele mesmo diz que se orgulha e ser "apenas formado em dactilografia" e que, a muito custo só foi até o segundo semestre numa Faculdade de Direito. Seu trabalho não deverá atingir nota mais que 5.
Chamadas por nome e eis que ela chega ao mesa. Mariana, seu trabalho está muito bom. Você tirou 10, diz em voz alta Dona Matilde que, com 40 copias de seu trabalho começa a distribui los com os demais alunos pedindo que eles falem o que acham da cidade/presídio e que eles, as crianças, levassem a idéia para seus pais e que eles também participassem do trabalho...

Avô/autor volta a meditar em sua rede na varanda: É final de tarde de uma quinta depois do carnaval de brancos omde negros deviam ser donos. Em brasilia, cartões de crédito de autoridades são esbanjados pelos poderes da Nação. Nas c idades pequenas, vereadores, vice prefeitos e prefeitos riem de um lado a outros das bocas tratadas com dinheiros público. Riem por que sabem que, até que a "coisa" estoure nas cidadezinhas eles já foram reeleitos, gastaram com festas, churrascos e putarias em prostibulos. Não serão pegos e debocham dos "scribas" que teimam em catuca-los em suas crônicas.

O sol volta a reinar no Bairro do Novo Cavaleiros e outras noticias irão abafar a antiga corrupção de ontem e esta de hoje será abafada pela que virá amanha. Até que seja, de fato, criado uma CIDADE PENITENCIÁRIA e esta gentalha seja colocada dentro dela... José Milbs de Lacerda Gama, avô autor, editor e jornalista)

2 comentários:

marcos teixeira disse...

José Milbs,

Magnífica a idéia de cidade presídio... e logo Brasília me vem em mente. Logo refuto. A cidade, símbolo da corrução maior, deverá ser desintoxicada, desratizada e descupinizada e seguir como a capital do Brasil.
A cidade Presídio poderia ser construída em alto mar (com pouca estrutura para aguentar ventaias e mares revoltos)e sem palamentas para sobrevivência. Nas cercanias da floresta Amazônica onde o clima (calor, secura e chuvas) é insuportável ou num buraco monstro onde os ratos se amontoariam e, sem comida, trucidariam uns aos outros...
Pois é José Milbs... a que ponto chegamos... o que esses canalhas fizeram com nossos conceitos pacifistas e de justiça... tanto fizeram e fazem descaradamente, debochando da gente, que afloramos sentimentos vis, como forma de reação e de indignação.
Parabéns pelo seu texto... muito, muito bom... ótimo.
Um beijo na netinha "cabeça".

marcos teixeira disse...

José Milbs,

Magnífica a idéia de cidade presídio... e logo Brasília me vem em mente. Logo refuto. A cidade, símbolo da corrução maior, deverá ser desintoxicada, desratizada e descupinizada e seguir como a capital do Brasil.
A cidade Presídio poderia ser construída em alto mar (com pouca estrutura para aguentar ventaias e mares revoltos)e sem palamentas para sobrevivência. Nas cercanias da floresta Amazônica onde o clima (calor, secura e chuvas) é insuportável ou num buraco monstro onde os ratos se amontoariam e, sem comida, trucidariam uns aos outros...
Pois é José Milbs... a que ponto chegamos... o que esses canalhas fizeram com nossos conceitos pacifistas e de justiça... tanto fizeram e fazem descaradamente, debochando da gente, que afloramos sentimentos vis, como forma de reação e de indignação.
Parabéns pelo seu texto... muito, muito bom... ótimo.
Um beijo na netinha "cabeça".

Marcos Teixeira