Por que saímos da vida sem entendê-la e entramos na morte sem conhecê-la? (Luiz Lawrie Reid. 1962)
A VERDADEIRA HISTÓRIA DO LUIZ REID E O ÚLTIMO CONTO DE LUIZ LAWRIE REID
Foto cedida pelo Flog da Estudante do CELR Nanda Raibolte
Lá detrás daquele morro tem um Pé de Manacá, nós vamos casar e vamos para lá...
Você quer?...
Eu pego toda flor do Pé de Manacá e faço uma coroa para te enfeitar...
Você quer?...
Somente dois oradores falaram no sepultamento do Escritor Luiz Lawrie Reid. Eu, representando os Estudantes já que era presidente da FEM, Federação dos Estudantes de Macaé e o Professor Pierre Tavares da Silva Ribeiro que era Diretor do Colégio Estadual “Luiz Reid”. Foi um pedido dele a sua esposa Nicla Reid e aos filhos que seu corpo fosse enterrado na cidade onde ele nasceu e amou de uma forma muito especial.
A família de Luiz Reid tinha uma das maiores fazendas em nossa região de Petróleo. Abrangia toda a região dos Bairros da Glória, Cancela Preta, Novo Cavaleiro e ia até a divisa de Macaé com Rio das Ostras. Foi para São Paulo e lá, como empresário e tendo um grande tino empresarial, ganhou dinheiro e, sobretudo fama como Escritor, Poeta e homem de Letras. Jamais deixou de ter um grande carinho com a região onde nasceu. Em seu último conto, Por que saímos da vida sem entendê-la e entramos na morte sem conhecê-la, declara seu amor a nossa cidade de uma forma extremamente carinhosa. Guardo com muito cuidado o original de seu texto que foi enviado pela sua companheira de longos anos e que a ela Rede se dirige “no portal da nova vida”, È uma obra inédita que O REBATE, portador de tantas e lindas histórias, tem a felicidade de colocar mundialmente acessada na internet.
Nos anos de
II
Reid tinha levado para trabalhar com ele em uma de suas empresas um jovem macaense. Ferry J’acourd de Azeredo, recém formado
A Federação dos Estudantes de Macaé, que lutava por um ensino totalmente público não aceitava que fosse “doado um imóvel público” para a criação de uma Fundação particular e com o ensino continuando sem pago. Venceu a elite da época e foi criada a Fundação Educacional Luiz Reid que passou a ser a mantenedora do Colégio Luiz Reid...
III
A luta da FEM não parou ai. Uma trégua e, em 1962, voltamos à luta pela transformação do Colégio Luiz Reid
IV
Havia um impasse que o Deputado Hamilton Xavier questionou com a gente numa reunião na ALERJ. “È inconstitucional o Estado administrar um colégio público num terreno particular, ainda mais uma Fundação”. Uma reunião foi deita com a Procuradoria do Estado com nossa presença e firmado um documento que A Fundação deixava de ser a proprietário do local doado pelo município.
Seria na época e ainda deve ser hoje, um ato ilegal um município doar uma praça para uma entidade mesmo que não tivesse fins lucrativos e o Estado encampar um colégio em próprio particular.
V
Como Reid continuava mandando alguns donativos para a Fundação Educacional Luiz Reid foi feito uma reunião com as autoridades locais e com os Clubes de serviços, já que Reid era Rotariano. Nesta reunião onde participou o então Prefeito Antonio Benjamim, vereadores, Rotarianos e Maçons foi decidido, por eles, em caráter “estritamente particular” que a Fundação continuaria a existir para “não perder a capa de entidade sem fins lucrativos” e que para que isso não caísse na politicagem em algum futuro, que” a Presidência da Fundação Educacional Luiz Reid fosse ocupado pelos prefeitos eleitos”. Reid continuaria a mandar seus subsídios e tudo ficaria como dantes no quartel de Abrantes. Isto é o Estado seria o verdadeiro dono do imóvel por direito e por lei e a Fundação ficaria na dela recebendo alguns donativos, etc. etc. por que então está havendo este murmurinho que “querem tomar salas do COLEGIO ESTADUAL LUIZ REID”? Que é isso, Cara-pálida. Será que o objetivo é transformar este Símbolo de um ensino sério e público num colégio particular e pago?
Olhos abertos estudantes de 2007 porque, em 1962, fizemos a nossa parte.
Ao lixo da história quem está querendo tirar do POVO seu sagrado direito de um ensino gratuito. José Milbs de Lacerda Gama editor de "O REBATE" www.jornalorebate.com
2 comentários:
Caro Milbs, sensacional sua abordagem. Tornar o ensino uma exclusividade aos que podem dispor de alguns reais, reais esses que o proletariado não dispõe,torna-se a fórmula antiga e conhecida que os detentores do poder tem em tornar as pessoas cativas. Restringir o conhecimento consiste em escravizar , oprimir e sentenciar milhares de pessoas a mão de obra barata.
Portanto, nesse momento onde o ensino vem sendo privatizado, trazer ao debate a funçaõ social do ensino é uma excelenet iniciativa .
Desejo cumprimentá-lo pelo texto e proponho que a sociedade Macaense, mobilize-se em torno de um ensino público, gratuito e de qualidade.
Grande abraço Milbs.
Marcus Fleury
Lutemos pela cidadania!!! O Colégio Luiz Reid terá que ser sempre um colégio do povo para o povo, com qualidade e dedicação dos seus professôres e funcionários durante todas suas décadas de existência e isso continue sempre.
Nossa sociedade precisa que todos sejam capazes de terem vidas dígnas, em todos os patamares.
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