JOGOS DE BOTÃO PELAS VARANDAS..
Nossos jogadores eram os craques dos times que escolhíamos para torcer. No Rio eu era Vasco,
As nossas tardes-noites sempre eram alegres na Rua do Meio. Um dia, em companhia dos mais velhos, se não me engano Walber, “Pau Puro”, “Manoelito”, “Parrudo”, Luiz Almeida, Mirian, Nelsinho e Simário, fomos ver um jogo de futebol no FORTE MARECHAL HERMES (naquele tempo acho que não tinha o Estádio Expedicionário). A minha memória infantil jamais esquece aquele jogo. Era Americano x Fluminense.
... Acho até que Grebe, “Maleta” e “Betinho” estavam nas arquibancadas vendo as jogadas de Fubeca e Padaria.”Bill” se recorda até dos passes destes símbolos do nosso passado esportivo. Willy de Miranda Cooper, meu velho amigo de Senai, Rua do Meio, O REBATE e das políticas, é um dos mais “guardativos memoriais de nossa cidade”. Lembra-se de tudo...
Eu torcia para o Americano e era também torcedor da Lyra dos Conspiradores. O jogo mal começou e já identificamos nossos heróis. “Têca”, “Alfredinho”, “Sinhô,” “Bené”, Fubeca (como foi que Garrincha aprendeu os dribles deste bom sapateiro dos Cajueiros)?
“Padaria”, Oséas, “Biriba”, Aymar Coelho, João Reis e Benoni. Na ponta, correndo como uma flecha, pra lá e pra cá, “Geraldinho” irmão de Cláudio Moacyr (acho que vem dai ele ser Fluminense). Que gente boa de bola, meu Deus! O pior é que tudo era em Macaé numa década de ouro do nosso bom futebol.
À tardinha voltamos todos para casa. Minha avó e Gilda discutiam com Dona “Lalate” e Dona Olga a minha demora e de Rubinho, Renato e Roulien. As mães e avós dos anos 50 eram iguais as do início do milênio. Apesar dos avanços da tecnologia e dos computadores o coração e o sentimento são o mesmo em toda a extensão do humano.
... Jogos de boião pelas varandas...
No outro dia não deu outra: “Péia de Bené’ no chute certeiro do botão feito de casca de coco. Ia me esquecendo: havia uma “cumbuca’ que nós nos orgulhávamos. Um dia eu vou falar sobre ela. A “Cumbuca” era um buraco no cimentado da varanda onde se podiam esconder alguns jogadores. Uma pequena expropriação infantil...
“o Cravo brigou com a rosa
Debaixo do Manacá..
O Cravo saiu ferido..
A rosa "pôs-se" a chorar “...
2 comentários:
walber é meu pai. e willy era meu tio.
Eu sou filho de walber.
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