NEWTON SANTOS CARVALHO, na Geografia de uma vida alegre, feliz e simplesmente macaense...
A Educação Pública de Macaé perdeu, com a morte de Newton Santos Carvalho um de seus mais belos exemplares. A geografia ele ensinava rindo e jamais soube, por que fui seu aluno, que ele tenha dado nota inferior a
Chamava-me pelo meu apelido de Pinguin. Fala Inguin... Lembrando as minhas pichações nas paredes da cidade nos anos de 1958 com o P da Pirelli que o Cláudio Roberto, filho de Dona Tita, bolou para meu lançamento aos 18 anos a vereança pelo PTB, Falava Inguin e a gente nos transportava aos anos e riamos...
A última vez que vi este grande amigo foi no Bairro da glória. Caminhava acompanhado e não perdia, mesmo com a longa doença, o seu raciocínio rápido. Ao meu aceno de dentro do meu ex chevettinho azul ele responde com o Inguin. Era o nosso último cumprimento afetivo. Passou ao lado do carro e eu pude olhar seu corpo cansado indo de encontro à esquina que o fazia perder de vista em direção a sua casa.
Dos anos 60 e 70, que eram vividos em torno do Colégio Luiz Reid numa cidade ainda engatinhando no progresso, não existe quem não guarde uma linda recordação de Newton. De Funcionário da Secretaria a Professor/amigo, fazia da beleza de seu olhar de menino e o sorriso de descobrimentos interiores, brotarem em todos que o cercava o sentimento de carinho misturado com afeto. Muito tempo ele ficou longe de Macaé. Morou em Niterói onde se aposentou. Como bom filho a casa retornou e revia amigos todo o dia. Gostava dos longos papos e das conversas de Cadeiras nas Calçadas que tanta falta faz as cidades que crescem e perdem a naturalidade.
Nos Cavaleiros, Imbetiba, Ruas do Centro tudo era recordado em suas conversas. Ora com moradores do Bairro e outras vezes com seus visinhos Ruy Jorge, Gilson Correa ou Therezinha. Não sei se a Educação Macaense de Hoje saberá reconhecer a presença de Newton Santos Carvalho na Geografia do modernismo que tomou conta da região. O REBATE cobra esta presença na historicidade e, como mais antigo jornal da Região de Petróleo do Rio de Janeiro, vai ficar atento.
Sua, também Geografia genética é dos mais antigos pilares da região de petróleo/ferrovia. Sua mãe Ana Benedita, seu Tio Miguel Angelo e sua linda mãe Letícia Santos Carvalho que, no olhar cândido dos anos 50 e na melodisa vóz que transmitia amor e carinho, ensinava o inesquecível Canto Orfeônico que sumiu das nossas salas de aulas, Newton não podia deixar de ser uma grande vulto de nossas ruas e histórias. Com está bela genética educacional ele cimentou em vida e acumulou carinho e muito respeito. Ainda podemos ver os seus irmãos, primos, sobrinhos e cunhados exercendo, muitos na Educação do Estado, este dom sacerdotal que marca as pessoas que amam transmitir conhecimentos.
Meu companheiro de noites e noites indormidas na velha redação de O REBATE nos anos 60/70 Alan Birosca e sua meiga Cleide eram quem me davam as notícias do andamento da recuperação dele que, não se deixou abater em momento nenhum na busca incessante de viver.
Casado com minha prima, filha do meu primo e ex=prefeito de Macaé, Aristeu Ferreira da Silva, Newton juntou sua simpatia e alegria a simplicidade e afeto de minha familia e viveram lindos anos de companheirismo.
Seu pai Carvalho, foi um dos mais antigos Gráficos de Macaé. Viu o nascimento de o O REBATE na região de petróleo e ministrou aulas a muitos jovens que, no decurso dos anos passaram para gerações o manejo das letras, catadas em caixas e, docemento colocadas em compunidores que iriam servir de leituras a centenas de macaenses nos anos 30/40.
O REBATE on-line imortaliza, no www.jornalorebate.com e no glogle esta presença marcante na Geografia de nossas vidas (José Milbs, ex aluno do Colégio Estadual Luiz Reid).
Um comentário:
Linda homenagem ao professor Newton!
Gostaria que todos os professores pudessem ser lembrados com tanto carinho!
Abraços!
Marisa.
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