Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

3.12.09

A Presença de Amyra e o texto de meu amigo Santafé

SAIBA MAIS SOBRE AMYRA EL KHALILI

Amyra El Khalili* é beduína palestino-brasileira, da linhagem do Shayk Muhammad al-Khalili[1]. É Economista. Presidente da ONG CTA. Idealizadora e Fundadora do Projeto BECE (sigla em inglês) Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais e da Aliança RECOs Redes de Cooperação Comunitária Sem Fronteiras e do Movimento Mulheres pela P@Z!. Membro da Comissão de Assuntos Econômicos da Fearab-América (Federación de Entidades Americano Árabes). Professora de pós-graduação com a disciplina “Economia Socioambiental” em várias Universidades. Indicada para o “Prêmio 1000 Mulheres para o Nobel da Paz” e para o “Prêmio Bertha Lutz”. email: bece@bece.org.br

[1] Nascido no primeiro mês muçulmano de Shaban do Hijra do ano 1139, que corresponde ao ano A.D. 1724, era o líder da Irmandade Qadiri Sufi e talvez o “homem santo” mais famoso do seu tempo na Palestina.

A Profª Amyra é colaboradora e Consultora Voluntária do Instituto SOS Rios do Brasil.





Minha grande amiga Amyra uma mulher que erradia a Paz que flui de uma maneira natural estará em Macaé. Num lindo texto, elaborado pelo meu velho amigo e companheiro de bons momentos na imprensa, Martinho Santafé, pude rever a vida desta Mulher Simbolo da Luta pela paz no mundo.
Falar de Amyra é lembrar seu afeto por tantos, como eu, Joel Barcellos e Armando Rozário, que sabemos ter um lugar bem quardado em seu bom coração de guerreira.
O REBATE parabeniza o jornalista Martinho e aguarda com ansiedade e respeito a presença desta dama da paz.
Falaria melhor o amigo e professor Jarmuth em seu belo comentária a respeito da luta de Amyra. Abaixo o Texto:


Ambientalista lança e-book na Feira de RSE na Bacia de Campos


Por Martinho Santafé*



Ainda faltam seis meses, mas os preparativos para a III Feira de Responsabilidade Social Empresarial Bacia de Campos, que acontecerá em maio de 2010, em Macaé, estão sendo acelerados. Os organizadores do evento realizado pela Revista Visão Socioambiental (ex-Visão Social), com o apoio de o debate e outros parceiros, estão convidando os palestrantes do Fórum que terá como tema “Consumo Consciente por uma Economia Sustentável”.



Durante o evento, será lançado o e-book “Commodities Ambientais em Missão de Paz”. Esta obra celebra a trajetória pacifista de três décadas da professora, economista e ambientalista Amyra El Khalili – que confirmou presença como palestrante -, como resultado dos primeiros dez anos da construção econômica socioambiental na América Latina e no Caribe. Trata-se da compilação de alguns de seus principais artigos e entrevistas reproduzidos, discutidos e apresentados em listas na internet, em diversas publicações, palestras, debates, congressos, conferências e seminários no Brasil e no exterior.


Nesta obra, o leitor refletirá sobre temas como economia de mercado, meio ambiente e finanças sustentáveis, redes solidárias e suas estratégias, mudanças climáticas e mercados emergentes, financiamentos de projetos e negócios socioambientais, conflitos sociopolíticos, espiritualidade e esperança, guerra e paz.



Personalidade


Amyra é um exemplo de ativismo a serviço da paz entre os povos, entre os gêneros masculino e feminino, entre progresso e preservação ambiental. Sua militância pela dignidade humana, pelo respeito à mulher, contra a discriminação de ordem racial e étnica, tem merecido o respeito e a admiração de quantos privam de sua amizade e daqueles que lêem os seus artigos.


Como economista, Amyra empenhou-se, acima de tudo, em demonstrar que é possível conciliar uma economia de mercado com a proteção do meio ambiente. Além de economista, Amyra El Khalili é presidente da ONG CTA, idealizadora e fundadora do Projeto BECE e da Aliança RECOs. É professora de pós-graduação e MBA em várias universidades, além de colaborar com diversas revistas especializadas em meio ambiente, direitos humanos e economia.



Amyra é de descendência palestina. Durante 20 anos atuou no mercado de capitais, trabalhando como operadora da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros). A economista Amyra já realizou transações gigantescas, negociando contratos e títulos, moedas, ouro, petróleo, gado, café e outros artigos do gênero.



Seu pai veio refugiado do Oriente Médio em 1960. Tendo conhecido a fundo as mazelas sociais e os mecanismos perversos de exploração da natureza, também do homem pelo homem, Amyra sempre esteve engajada na luta pelos direitos das minorias, pelo equilíbrio ambiental e, principalmente, pela paz, razão pela qual já foi indicada para o Prêmio Bertha Lutz, 2007, e o Prêmio Mil Mulheres, ao Nobel da Paz, 2004.



Trabalhou no Projeto de Reconstrução Econômica no Líbano, que apoiou o Estado Palestino nos Acordos de Oslo (93). Conferencista e palestrante em diversos seminários para ministérios e as Forças Armadas no Brasil e no exterior. É fundadora do Movimento Mulheres pela P@Z! e membro-fundadora do “Movimento Portas abertas: dois estados para dois povos”.



Recursos naturais



Amyra define "Commodities Ambientais" como mercadorias originadas de recursos naturais em condições sustentáveis e são os insumos vitais para a manutenção da agricultura e da indústria. Constituem um complexo produtivo que envolve sete matrizes: água, energia, minério, biodiversidade, madeira, reciclagem e controle de emissão de poluentes (água, solo e ar).



As commodities Ambientais, segundo ela, obedecem a critérios de extração, produtividade, padronização, classificação, comercialização e investimentos e dá um tratamento diferente aos produtos que no jargão do mercado financeiro são chamados de commodities (mercadorias padronizadas para compra e venda). Não são mercadorias que se encontram na prateleira dos supermercados, na lista de negócios agropecuários, nem entre os bens de consumo em geral industrializados, mas estão sempre conjugadas a serviços socioambientais - ecoturismo, turismo integrado, certificação, educação, marketing, comunicação, saúde, pesquisa e história, entre outros.




Diferentemente das commodities tradicionais, as commodities ambientais obedecem a um modelo em cujo topo se encontram os “excluídos” (aqueles que não têm emprego e renda), pequenos produtores, extrativistas entre outros; à direita está o mercado financeiro e, à sua esquerda, o meio ambiente. A diferença está na base do modelo monetário deste novo mercado que está sendo construído no Brasil.




Para Amyra, “o desenvolvimento desse novo mercado requer a conscientização de todos os segmentos da sociedade civil organizada e a sensibilização de todos sobre a importância de se criar condições para uma economia justa, socialmente digna e politicamente participativa e integrada”.



Isto se dará por meio de discussões que envolvam princípios filosóficos de desenvolvimento sustentável e debates sobre as interações entre meio ambiente, direitos humanos e mercado financeiro. “Não poderia ser diferente, uma vez que seria praticamente impossível desenvolver mecanismos para gerar negócios, financiados pela democratização do capital, sem o envolvimento e o comprometimento daquele que será seu proprietário e maior beneficiário: o povo brasileiro”, declara.



Projeto BECE



A Bolsa Brasileira de Commodities Ambientais - BECE é nada menos do que a criação de um novo mercado financeiro com conceitos totalmente renovados, embasados na responsabilidade social e ambiental, na ética e na transparência.



Destinado à implantação de um novo mercado, cuja produção objetiva adotar critérios de justiça social e responsabilidade ambiental, este Projeto prevê, em acordos e protocolos, que estas receitas sejam voltadas para o meio ambiente e para as comunidades que as terão produzido. As quantias reverterão diretamente para o financiamento auto-sustentável de projetos sociais ou ambientais na escala local. “Gerenciado localmente através dos seus Fóruns Regionais e virtualmente monitorados em redes, o Projeto BECE é de fato um instrumento concreto para fomentar e operacionalizar efetivamente a Agenda 21, pela qual nenhum dos signatários da ECO-92 pôde honrar seus compromissos”, ressalta a professora.



É principalmente nisso que o Projeto BECE é inédito no mundo, bem como pelo fato de que ele abre as portas do “Mercado” aos pequenos produtores, associações e cooperativas pelo viés dos acordos firmados pela Aliança RECOs. Inclusive promover a possibilidade para que os compradores tenham acesso livre e direto com os vendedores, sem intermediários e especuladores.



O projeto, por esta metodologia, prevê comprometimento com promoção do desenvolvimento sustentável. Conscientiza sobre a importância da preservação de valores históricos, artísticos, culturais, paisagísticos, antropológicos, socioambientais. Promove a inclusão social com a mudança de paradigmas (inserção dos excluídos, aposentados e minorias em geral numa sociedade digna, ética e participativa).



Transformação



Nesta perspectiva, propõe-se transformar estruturas, analisados os efeitos micro e macroeconômicos. São mudanças lentas e de longo prazo, porém já se pode avaliar estes efeitos. Efeitos microeconômicos dentre os quais está a viabilização da geração de ocupação e renda com inclusão social; o fomento da geração de novos mercados, produtos e serviços; o aumento da base da integração social com cidadania e qualificação. Nos efeitos macroeconômicos propõe-se criar riquezas com aumento do PIB; aumentar a arrecadação fiscal; aumentar a mobilidade social; melhorar a distribuição de renda dentre outros como reduzir a carga tributária do País.



“Finalmente, diz Amyra, commodities ambientais é muito mais do que um modelo alternativo para o desenvolvimento sustentável. É o resgate de princípios e valores universais, em que se busca a inclusão social sem o assistencialismo e a dependência sobejamente conhecidos no modelo tradicional”, afirma.





*Martinho Santafé, é jornalista radicado em Macaé há 28 anos, filiado à Rede Ethos de Jornalistas e, junto com Bernadete, que é publicitária, lançaram em junho de 2005 a revista VISÃO SOCIAL (visaosocial.net), - hoje Visão Socioambiental - com foco em Responsabilidade Social Empresarial e Sustentabilidade. Em maio de 2008 realizaram a I Feira de Responsabilidade Social Empresarial Bacia de Campos (feirarsebaciadecampos.com.br), no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho (Macaé Centro), evento que procura debater questões planetárias e regionais nas áreas de RSE e Sustentabilidade, voltado para os municípios da área de influência da Bacia de Campos, que têm como principal fonte de riqueza o petróleo, ou seja, uma energia não renovável e agressora do meio ambiente.



A Feira abriga stands de empresas, instituições diversas (Firjan, entre outras), poder público e ONG´s, para mostrar seus projetos e suas ações nas áreas temáticas. Além disso, realizam o Fórum de palestras e debates, as Oficinas do Conhecimento - onde empresas, universidades e ONG´s apresentam seus projetos ecoeficientes - e a rodada de negócios sustentáveis.

Este ano, organizaram a segunda versão do evento, também em maio, com cerca de 6.500 visitantes, cujo Fórum contou com a participação de Amélia Gonzalez (editora do Razão Social), o ambientalista Fábio Feldmann, representantes da Shell, Petrobras, Sistema Firjan, dos governos dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo e de prefeituras da região, entre outros palestrantes.

O público alvo do evento é formado por empresários, gestores públicos e de organizações não governamentais, estudantes universitários e de ensino médio, professores, profissionais liberais, pesquisadores e todas as demais pessoas interessadas nos temas Sustentabilidade, Responsabilidade Social e Responsabilidade Socioambiental.

A próxima Feira será realizada nos dias 11, 12 e 13 de maio de 2010, no mesmo local, e contará na abertura com a conferência de lançamento do E-book de Amyra El Khalili.

Martinho Santafé
Revista Visão Socioambiental
(22) 9984-4624
(22) 2772-2569



Parabéns ao Martinho e a Visão SocioAmbiental por esta bela iniciativa de fazer presnte em Macaé a nossa Amyra ( Jose milbs de Lacerda gama editor de www.jornalorebate.com

Amyra escreve ao O REBATE e, como sempre, fala pelo coração:
Que momento esperado!
Eu disse para Joel Barcellos que seria mais fácil chegar em Macaé do que nos encontrarmos em São Paulo.

Será a gestação de um filho, que nascerá em Maio (parto de 6 meses) na querida Macaé, seio da Bacia de Campos.

Estou emocionada......engasgada e sem palavras!

Allahmdulilah
(Graças a Deus!)

Amyra El Khalili - mulherespelapaz@bece.org.br
Movimento Mulheres pela P@Z!

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