Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

17.4.07

ELES FIZERAM PARTE DE NOSSO HISTÓRIA...

ELES FIZERAM A HISTÓRIA DO O REBATE NOS ANOS DE 1960 e 1970.................................................................................. José Milbs de Lacerda Gama

Quando o jornal O REBATE atingiu sua meta de ser um veículo altamente democrático e tinha, com este intuito, o objetivo de abrir espaços para todos eu era seu Editor e Diretor-Responsável. Nunca nenhum jornal teve a petulância de espacejar suas páginas de maneira aberta sem que houvesse qualquer censura. O Rebate fazia questão de desta sintonia e acontecia em Macaé o que hoje acontece na edição On-line. Tentarei nominar alguns dos velhos colunistas que fizeram história no jornalismo macaense e que passaram a figurar, mundialmente no jornal on-line, no web site www.jornalorebate.com, como os verdadeiros pilares da imprensa de Macaé.

Carapebus e sua história eram coordenadas e assinadas por Elbe Tavares de Almeida que relatava fatos recentes e fazia renascer a história e os acontecimentos da história do então segundo distrito de Macaé. Elbinho ia fundo na vida de Carapebus e o jornal cumpria a sua parte. Os jornais eram levados de trem ou de ônibus e eram distribuídos em todos os bairros do distrito. Na usina Carapebús a distribuição de O REBATE era feita no Escritório e lidos pelos demais moradores. A Construção da Igreja, pelas mãos do Frei Balthazar, foi acompanhada pelas edições do O REBATE e reportada pelo Elbe Tavares de Almeida.

Cantinho de Glicério era uma mini-coluna social. Editada pelo Padre Armindo que, num portunhol, uma mistura de espanhol com português, falado em Glicério, trazia as novidades, festas, aniversários e necessidades da região. Sua coluna abrangia ainda o Óleo, Trapiche, Córrego do Ouro, Frada e parte baixa do Sana.

Padre Armindo tinha uma voz suave, um corpo frágil e um olhar meio atento a sua volta. Era Pároco da região e não soube mais notícias suas. Era de uma formação religiosa tradicionalista e fazia questão de que assim fosse visto por todos nós de O REBATE. Teve uma grande polêmica quando ele, na Paróquia fez um bingo de um Jipe e não entregou ao sorteado. Recebemos a reclamação de moradores e, como o REBATE sempre primou pela liberdade de opinião, deu espaço para o reclamante que “acusava o Padre de picaretar o sorteio”. Ele virou bicho e partiu para defesa. Armindo não entendia como, um jornal que ele escrevia, pudesse levar ao público uma coisa que corria de boca em boca na localidade. Até por que, não entendia muito de democracia jornalística já que vinha de uma Espanha Franquista e a gente estava em plena ditadura militar.

Ai o pau comeu. Armando Barreto, que tinha uma coluna EM TEMPO, defendeu o morador. Armindo rebatia que não era real a denúncia e o troço ficou rolando mais de 2 meses nas colunas do o REBATE.

Perguntas como Vigário ou vigarista era comum vindo da página de Armando e, da outra, defesas e palavrões em hispano/português que o Armando fazia.

Se o jipe foi entregue ou se foi feito outro Bingo até hoje não sei. f Fato que, até Euzébio teve que entrar na fala e, em sua coluna ACONTECENCIAS propunha que desse uma Bíblia para cada um dos litigantes, já que ambos eram cristãos embora de seitas diferenciadas. Armando Evangélico e Armando Católico. Numa edição, em plena fervura da briga entre Armando e Armindo, os gráficos erraram os nomes e sapecaram uma manchete: ARMINDO CONTESTA PADRE ARMANDO.

Interessante notar o alto grau de democracia no jornal era o fato de Armando revisar os textos do Armindo mesmo tendo em seu conteúdo porrada nele mesmo. Com o novo sorteio, creio, que a coisa ficou bem e não foi preciso a conciliatória idéia do Euzébio.

Chutes nas Traves por Luiz Pinheiro um dos mais antigos colaboradores da imprensa de nossa cidade. Pinheiro descrevia detalhes em sua coluna de uma forma que os leitores pareciam ver o jogo. Engraçado que um dia ele estava descrevendo em sua coluna uma partida de futebol entre Americano e Fluminense. A oficina era em baixo da Redação onde a gente ficava revendo textos e revisando as matérias paginadas. Os compositores, todos meninos aprendizes e, alguns já adultos, estavam fazendo as matérias que viriam para a revisão. De repente, rompendo o silencio, uma voz corta o ar de uma forma alta e carregada de aporrinharão. Um palavrão comum nestas horas é soltado e todos se calam e se dirigem ao funcionário que fez o “barulho no silencio”. Ele, após explicar o fato Poe a público o motivo. Estava ele compondo a matéria de Pinheiro. Matéria feita a mão e com 5 ou seis laudas para serem copiadas. Ai ele vai compondo. “Bola com Nilson que passa para Paulinho no meio campo. Este olha pra frente, faz da redonda seu meio de mostrar arte. Passa para a esquerda e caminha, já no campo adversário. Vem sinhô para evitar o avanço. Ele vê, dentro da pequena área o George. Este pede a bola. Olha em redor e recebe a menina com delicada maestria, passa por um, passa por dois e, pimba, Bola na Trave”. Americano perde e deixa Antonio Carneiro revoltado que tenta invadir o gramado do Expedicionário. Depois é que todos foram saber que o compositor, compunha e torcia. . Ele era Americano e o “Puta que Pariu” que rompeu os ares da redação tinha seus motivos.

Luiz Pinheiro era também radialista e foi um dos mais atuantes vereadores de nossa edilidade. Amigo fiel de minha família sempre ia a minha casa bater papo mesmo depois de o jornal ter que deixar de circular por algum tempo. Incentiva para que eu escrevesse um livro e nos divertíamos muito com as brincadeiras da redação. Um dia ele ficou muito "retado" (como se diz na linda Salvador BA). Um gráfico, daqueles gozadores que habitavam em todos os jornais, substituiu uma letra e, ao invés de sair Chute nas Traves, saiu Chute nas Trevas. Phidias Barbosa Barreto, um revisor sacana, deixou ir pra rua o jornal e Pinheiro ficou uma Arara. Depois riu pra valer quando soube da sacanas de Phidias. Lembramos ao Pinheiro que era comum isso nas oficinas. Pior tinha sido feito com o saudoso Latif Mussi Rocha da “Gazeta de Macaé”. Os safadinhos dos gráficos trocaram o L pelo P e saiu Patif Mussi. Só o bom humor de Eraldo, seu filho e revisor, evitaram a raiva do grande editor da “Gazeta”.

Notícias da Bicuda vinha com a responsabilidade de Tarcisio Paes de Figueiredo que além de colaborador era também Professor Municipal. Tarcísio deixou um bom emprego no Banco do Brasil para morar neste lugarzinho lindo que era Bicuda. Ali ele podia fazer com que fluíssem suas idéias de ajudar as pessoas que de fato estavam precisando de alguém mais conhecedor do mundo.Educava e passava informes. Sua coluna era recheada de fatos e acontecimentos. Desde as festas até a política. Dizia das dificuldades do lugar e, junto às demais professoras fazia renascer a vida de toda a comunidade.

Sua página ia além da Bicuda Grande até a Bicuda Pequena e ainda ao Serro Frio com dados e fatos. Nesta época a professora Iza Aguiar também fazia textos deste distrito com pseudônimo de Taheb. Iza não queria aparecer com seu nome, além se sua simplicidade era, acho eu, por que seus familiares podiam sofrer algum tipo de perseguição, já que Pedro, seu companheiro e amigo, era Servidor Municipal.

Tarcísio era um colaborador Autodidata. Tinha sido professor de Inglês no antigo Colégio Macaense que viria a ser mais tarde o Luiz Reid. Sua vida foi sempre dedicada à educação e chegou a ser suplente de vereador.

Posta Restante tinha em Osmar Sardenberg sua responsabilidade. Osmar também assinava a coluna com o pseudônimo de Ramos (seu nome visto ao contrário). Era uma página picante e que mexia com os valores da política de modo bem ao gosto do autor que era de uma simpatia extremamente alegre mais de um grande senso de humor critico. Osmar buscava fazer uma coluna onde não tivesse como ser contestado. Meticuloso, apresentava seus textos, todos bem revisados e deles pouco se podiam ouvir negações do que ia ao Público.

Era irmão de Erico Sardenberg que participou da Fundação de O REBATE com o gaúcho Antonio Duarte Gomes em 1932. Osmar foi um símbolo de dignidade jornalista. Embora tendo um irmão vereador ele não poupava criticas ao legislativo quando encontrava seus motivos. Chegou a dirigir o Departamento de Obras e foi um dos responsáveis pelos primeiros passos de nossa arquitetura urbanística juntamente com Ruy Pinto da Silva, outro que colaborava com o jornal sem aparecer...

Mirto era uma coluna que o poeta e escritor português Joaquim Murteira fazia e abordava a história macaense e seus vultos. Critico mordaz, o velho Murteira era muito temido com suas sátiras e versos. Era uma espécie de comentários de fatos havidos e acontecidos e, em sua totalidade críticos a coisas de sua época. Daí que ele usava este nome Mirto para não se expor. Mais sempre dizia que em qualquer hora que o “bicho fosse pegar” estaria pronto.

Heira Couto era o pequeno nome que o bancário do BB e intelectual Herivelto Couto tinha para fazer suas observações culturais. Senhor de um afinado senso de humor ele escrevia sempre suas páginas literárias e políticas de maneira sutil e bem alegre. Autor de uma polemica com o Cláudio Itagiba sobre a palavra Passadólogo eles se desentenderam dentro da escrita mais se entendiam na Redação de forma correta e diplomática. Além de ser bancário, Heira Couto era poeta e jornalista e foi um dos o fundadores da Academia Macaense de Letras.

Volúsia Clara embora com este nome tinha em Cezário Álvares Parada seu responsável. Durante muito tempo ficou no anonimato mais logo assim que assumimos o jornal ele assumiu a coluna e ainda passou a assinar seu nome. Fazia comentários da sociedade e criou vários textos que marcaram sua personalidade de colunista social. A composição era sempre no corpo oito e às vezes alguns textos em negrito.

Ruas de Macaé de Antonio Alvarez Parada. Tonito fazia comentários das origens dos nomes de nossas ruas e exponha ao conhecimento dos leitores seus dados biográficos. Como a Redação do jornal era em frente a sua casa sempre, ao acordar, para ir na Padaria do Enio e do Joãozinho Lima era um dos primeiros dos leitores. Pegava o jornal e ia vendo a matéria que depois passava para sua companheira Detinha. Tonito além de Colunista de O REBATE escreveu alguns livros e deixou um grande acervo dos jornais de seu primeiro número ate os anos 70. Acervo que foi entregue ao atual Secretário de Acervo Público de Macaé, professor Ricardo Meireles que também escreveu vários textos no O REBATE.

Acontecências, Daniel Menos e fatos. Estas 3 colunas tinham em Euzébio Luiz da Costa Mello sua marca. Euzébio mandava sua coluna pelo correio, em manuscritos, terrivelmente difícil de ser entendido. Estudando no Rio de Janeiro era de lá que ele despachava seus textos pelo DCT. Letra misturada com cores de caneta vermelha, verde e preta. Parecia que acabava a tinta e ele emendava outra. Era um Deus nos acuda. Seus garranchos, deliciosamente inteligentes e ferinos tinham o sabor do belo. Cláudio Itagiba, Armando e eu mesmo ficávamos decifrando os textos e tentando pô-los para publicação. Sempre se conseguia e as malícias de suas matérias iam belíssimas para as bancas e para os assinantes. Euzébio fazia para O REBATE a cobertura política da Câmara dos Vereadores. Muitos de seus textos deram dores de cabeça aos edis dos anos 60 e 70 ao ponto de vários processos serem instaurados no judiciário. Todos vencidos pela habilidade advocatícia do nosso editor Jurídico Álvaro Paixão Junior.

Em Tempo de Armando Barreto que tinha a chancela desta matéria nitidamente política e contestativa. Nela vinha o que estava se passando na política como o que ele achava dos fatos. Seus comentários eram sempre polêmicos mais respeitados em todo seguimento da comunidade. Foi candidato a vereador e se elegeu primeiro suplente pelo MDB. Vinha de uma liderança estudantil, Armando Barbosa Barreto, voltaria ao jornalismo no final do século, editando seu próprio semanário de nome Macaé Jornal com a mesma independência que fazia quando assinava sua coluna nos anos 60 /70 de O REBATE.

“Do Bom Futebol” era onde o filosofo e redator Cláudio Upiano Santos Nogueira Itagiba punha a beleza de suas encantadas dissertavas cultural. Falava da história viva dos nossos jogadores e dava um sentido kantiano aos dibles de George e a maestria beleza da elegância de Nilson. Cláudio fez do inédito linguajar filosófico a integração feliz numa ligação pé/mente. Suas obras eram obras de uma lingüística que espantava os menos avisados do Saber. Era como que, flutuando no conhecimento, trouxesse para o papel a beleza das interiorides de uma forma inteligente e culta.

Era lindo ler suas citações da jogadas dos Solons, principalmente de Armandinho e Sá. Cláudio deu uma visão ampla e inteligente ao mundo esportivo de Macaé até porque, alem de filósofo, também jogou futebol. Autor e criador do apelido de “Capitão” ao Antonio Carlos de Assis de quem Cláudio foi contemporâneo e amigo.

Cláudio sabia brincar com a linguagem de uma forma sutilmente entendida. Gostava mesmo era de fazer revisão e ficar a noite nas oficinas. Muitas vezes seu irmão Sergio e Ivairzinho o encontrava deitado nas resmas de papel da oficina, descansando da noite de revisão. Era redator e Colunista de O REBATE e foi o fundador do DEBATINHO suplemento de O REBATE que ainda iremos editor no www.debatinho.com.br de propriedade de nossa Empresa Jornalistica JML Gama, jornais e Revistas.

“Bicando na Grade” era uma coluna feita pelos Galistas de Macaé. Não tinha assinatura mais a gente sabia que por detrás estavam Roberto Moacyr, Augusto, Mangueira, Zé Luiz, Arenari, Paulo Barreto, Waldyr Siqueira e Carlos Augusto Tinoco Garcia. Todos leitores assíduos da coluna. Abordava fatos da Rinha e de seus freqüentadores. Era um setor da comunidade que a gente estava querendo atingir com a leitura do jornal e tivemos amplo retorno. Ate Waldyr Siqueira, pai de Hudson e de Ivan dava suas dicas na coluna onde o velho mestre Petrônio Ramos sempre aparecia para ler alegremente a coluna. Quando O REBATE saiu era comprada por todos que freqüentavam as mesas do Bar e Restaurante Belas Artes, Point dos anos 70 em nossa região. Ali era onde se reunia todos os expoentes da comunidade.

Padre Nabais assinava uma coluna política/religiosa. Ao contrário de Armindo, Nabais, fazia de sua página uma mensagem política mais a esquerda. Vinha sempre com fatos ocorridos em sua terra Portugal, Criticava a ditadura de Franco e sempre tinha seus textos censurados pelos militares de plantão em nossa Redação. À noite os censores sempre vinham para ler os conteúdos das matérias. Nabais tinha um corpo franzino mais se destacava pela voz firme e compassada. Ficava horas conversando comigo Cláudio, Armando, Euzébio e com o Pastor Edmundo.

Sempre ao cair da tarde quando a cidade começava a se acomodar na noite que chegava mansinha e amena, ele aparecia na Redação. Nabais foi transferido de Macaé para alguma cidadezinha do interior ou deve ter voltado para sua terra natal. Não se despediu e nem soubemos mais nada sobre ele...

Dilton Pereira, Pierre Tavares e Edmundo Antunes escreviam textos semanais sobre suas religiões. Dalton abordava fatos de acontecimentos que diziam respeito às festividades dos Espíritas. Pierre Tavares Ribeiro publicava matérias de Chico Xavier, Bezerra de Menezes e fazia comentários sobre irmã Sheilla a quem ele teve o privilégio de ver materializado por obra do Peixotinho. Pastor Edmundo sempre escrevia interpretações de passagens bíblicas e anunciando festividades nas Igrejas Batistas de Maca e da Região.

Era sempre dentro desta democracia que o REBATE se fazia presente na vida dos macaenses.

Cidinha, Alfredinho Cabeleireiro, Sergio Quinteiro e Luiz Ernesto, cada um a sua maneira e modo, retratavam os acontecimentos sociais da cidade em colunas alternativas e semanais. Não havia nada que não tivesse seus olhares críticos ou informativos. Fotos em clichês, textos em composição de l0 negrito, estas colunas eram a que mais davam trabalho aos compositores das oficinas por que tinham que ser preparadas para todo tipo de leitor. As revisões eram feitas pelos próprios articulistas que viravam madrugadas puxando letra por letra das páginas expostas nas bolandeiras.

Lecino Mello e suas Coisas de Política faziam com que as notícias vindas da Câmara Municipal e das atividades dos políticos tivessem sua análise de uma maneira que só ele sabia escrever. Com grande dose de malícia e até com um pouco de provocação ele ia fazendo com que o jornal tivesse mais leitora com sua ferina observação crítica. Seu porte pequeno escondia uma grande coragem de repórter de rua que ele sabia exercer com maestria. Dava cobertura policial e atuava no fórum onde trazia as notícias destes dois lugares. Por ter uma inteligência seletiva Lecino Mello foi considerado um dos mais polêmicos de nossos colaboradores. Sua coragem em retratar fatos era seu carro chefe. Sua morte de deu numa cachoeira da região serrana de Macaé cujo motivo ainda paira dúvidas entre seus amigos.

A coluna de Xadrez era pioneira no Estado do Rio e O REBATE saiu na frente. Enquanto Mequinho dava suas jogadas de mestre do outro lado do mundo o nosso Fernando Frota assinava e jogava suas artes na região. Sendo campeão estadual desta modalidade de esporte o nosso Fernando Quariguazil da Frota fazia com que as pessoas que liam o jornal se atualizasse e tomassem ciência dos acontecimentos. Alem disso o Frotinha dava suas pinceladas no Bom Futebol e ainda fazia soar suas baterias jornalísticas falando sobre acontecimentos de basquete, carnaval e malho.

Willy de Miranda Cooper, o Bill, Antenor Lima, Léo Lima e outros jovens, faziam pequenos textos sobre esportes. Eram todos colocados em TOPICOS ao lado da COLUNA de Jayro Bacellar Vasconcellos que, junto com Manoel Antonio Assumpção, dava lindos toques em seus textos. Ambos eram também Oficiais de Justiça e sempre vinham a redação do jornal O REBATE em companhia do técnico da Seleção de Macaé Antonio Carneiro.

No ano de 1976 paramos de circular por algum tempo e retornamos nos anos 80 devido a coragem do jovem advogado Milton Augusto Ribeiro Benjamin. Ameaçado pela elite que, a esta altura se assanhava em dirigir a cidade, ele não correu da briga. Juntamente com sua companheira Edla Bichara, do advogado Edson Galossi Neves, dos então meninos Demétrio Possati e Paulo Roberto Jardim fizeram tremular mais um tempo a bandeira da verdade com O REBATE nas ruas. Foi um tempo difícil. Sem oficina própria.Coragem que teve seguimento nos anos 90 com a editoria de Cezar Pinho dos Santos, jornalista e editoria lista que, junto com uma equipe não deixou que a década ficasse sem o grito de que: O REBATE VIVE E VIVA O REBATE.

Hoje, quando o REBATE completa 75 anos de existência em Macaé quis fazer esta simples homenagem a sua história falando destes senhores que faziam a beleza de nossos encantamentos e alegrias nos anos 60 e 70. Foram eles que, com suas obras escritas a mão, compostas também a mãos por belos e competentes gráficos, tinham que participar deste dia onde a magia do computador não poderia existir sem suas presenças.

O REBATE é uma história que nunca será apagada da vida de Macaé e do Brasil por que tem sua historicidade marcada na ebulição de sangue de pessoas livres e que sabiam que faziam história. Parabéns a seus descendentes. (José Milbs de Lacerda gama, Editor).

Um comentário:

Anônimo disse...

estava fazendo uma pesquisa na internet sobre meu tio Lazyr(Procurando um artigo, se não me engano escrito por Penetra, ou Ronaldo Madeira, talvez Zé Milbes)... Qdo me deperaro com este movimento de resistência macaense. Não tenho tido muito tempo para ser atuar ou engajar neste grupo. Mas fiquei bastante feliz em ver e ler o nome do meu avô, meu pai, meu tio e o meu próprio em suas estórias. Um povo ser raízes, sem estórias, sem ideais... E um povo sem identidade, amorfo, facilmente dominado. Grande sucesso e saúde ao amigo José Milbes
Léo Lima