Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

22.1.11

Durante 60 anos fui amigo e admirei Carlos Alberto de Campos Bacellar que morreu em Macaé no inicio da Primavera de 2011...


Não se trata de nenhuma personagem que possa merecer destaque na maioria das midias de nossa Região de Petróleo. Para mim foi uma tristeza saber da morte de "Bebeto Bacellar" um dos filhos da grande prole de Jayme Bacellar e Dona Ana Campos Bacellar. Aos 12 anos, meninos figitivos de nossas casas e das capas protetoras de nossos familiares, ficamos amigos nas simpáticas e acolhedoras ruas de Macaé, cidadezinha situada no noroeste do Rio de Janeiro que, no inicio do ano de 1950, todos se conheciam pelos nomes, apelidos e "filho de fulano da familias tal". "Bebeto" era mais velho do que muitos de nós. Entramos para a Escola Ferroviária 8-1 da Estrada de Ferro Leopoldina, SENAI. "furamos" uma tradição nesta Escola. A preferência para cursar os 3 anos era dos filhos dos feroviários que tinham preferência no empate de notas. Centenas de jovens da Região fizeram provas e, dentre os 36 que seriam convocados, haviam uns 7 ou 8 que não eram filhos dos ferroviários. Eu, Pericles Veloso de Assis, Roberto Maroti, Ary Luiz Pimentel, Ivan de Souza Drumond, Neri Cezar Pinto e Telmo Pereira de Azevedo Eramos este diferencial num universo de 36...
"Bebeto" era o que posso qualificar de "meio filho de ferroviário" já que seu pai era Chefe da Estação da Leopoldina em cargo de destsque. Diria que era uma espécie de "menino rico" entre todos nós. Sua elegante figura de uma beleza herdada de sua mãe Ana que nos daria mais tarde a Miss Macaé Jane Bacellar, se destacava mais não conseguia afastar de todos nós a presença timida e esperta e simples que "Bebeto" iria levar para o resto de sua vida...
Se destacava pelo olhar timido e pela perspicácia no trato com todos que conviviam com ele. fala macia, vóz calma, olhar penetrante e sem nenhum medo das coisas do mundo. Frequentou, já com seus 17 anos, toda sorte de escada na tortuosidade do mundo. Soube andar entre Reis e Pebleus sem se deixar contaminar pela "manchitude" da escolha. Por isso caminhou nestes mundos sem que deixasse rastros de desgostos. Todos gostavam de "Bebeto Bacellar" por que não se tem notícia de algo que ele tenha feito, que viesse prejudicar seus semelhantes. Se algo vez foi em sacrificio de sua própria vida que quis viver como bem entendeu...
Estivemos afastados das longas conversas que sempre ligam as pessoas que vivem em cidade pequenas. "Nos vimos pequeninos" quando Macaé cresceu com a chegada do Petróleo e das pessoas que a Petrobras trouxe para a região. Outros mundos fomos habitar. Eu, no teimoso "O REBATE", resgatandos "nossas histórias" que se perderiam no "Tunel do Esquecimento", e ele, buscando o sustento de seus filhos e companheira, nos embargues constantes como "homem de área" de alguma das centenas de Multi nacionais que existem em Macaé.
Afastado do frescor dos ventos que esvoaçavam seus cabelos vindos das Ilhas nativas de Macaé, Bebeto se musturava a milhares de homens simples de todas as partes do mundo no trabalho árduo e perigoso das Empreiteiras...
Na Praça Veríssimo de Mello, onde se concentram centenas de Homens de toda região do Brasil, togados pelo linguajar misturado que formam a consciencia do POVO, Bebeto era conhecido e amado. Era uma espécie de anfitrião que a todos ia dando os "informes" sobre os pontos alegres de uma Macaé notivoca e madrugadora. Experiência que Bebeto Bacellar tinha de sobra por que era habituado a entrar e sair em todas as bocadas da vida...
Aos 73 anos seus olhos se fecham para acompanhar a sua mente que já tinha se fechado para o mundo. Ultimamente caminhava sem caminhar; olhava sem olhar; vivia sem viver, rodeando em volta dos quarteirões que viveu e amou durante sua vida...
A ultima vez que revi este amigo de infância ele caminha perto de BB. Ele me viu sem me ver e não respondeu meu aceno que tanto brilho causava em seus olhos castanhos. Extranhei e soube de seu sofrimento de não mais saudar os amigos. Era a morte em vida de uma existência que marcou muitos como eu pelo carinho e afeto que emanava de sua presença...
Perdemos um amigo e falo em nome de todos que conheceram Carlos Alberto de Campos Bacellar...
José Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com

DE UMA AMIGA DO FACE BOOK RECEBI E PUBLICO

Gislaine Gonçalves
CARO AMIGO, ENTREI NO SITE E LI A EMOCIONANTE HISTÓRIA EM HOMENAGEM AO SAUDOSO CARLOS ALBERTO DE CAMPOS BACELLAR, NÃO O CONHECI, MAS COMPARTILHEI IMENSAMENTE DESSA LINDA HISTÓRIA...QUANDO OS OLHOS SE FECHAM PARA ACOMPANHAR A MENTE QUE JÁ SE FECHOU PARA O MUNDO...QUE TRISTE! COMO PODE UMA PESSOA NÃO CONHECER MAIS NADA E NINGUÉM? QUE HIPOCRISIA DA VIDA...CONTINUAREI ACOMPANHANDO SEUS TEXTOS, SE NÃO FOSSE PROFESSORA GOSTARIA DE TER SIDO JORNALISTA, ESTAVA ENTRE MINHAS PREFERÊNCIAS E DEPOIS PSICÓLOGA, AQUI TEM FACULDADE DE JORNALISMO E PSICOLOGIA, QUEM SABE UM DIA NÃO FAREI?
GRANDE ABRAÇO, AMIGO...

Um comentário:

jayme bacellar disse...

como este mundo e pequeno meu nome jayme bacellar sobrinho de carlos albertoa ultima ves que estive com bebeto tinha 10 anos de idade, e estou na europa a verificando a internet vejo esta noticia lamento muito,