Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

26.7.08

A singela ingenuidade de Aymar Coelho reflete em seus descendentes...

Estava com um texto pronto para colocar no meu livro " O Pinguin da Rua do Meio" quando recebi um email de um dos filhos do meu saudoso amigo Aymar Coelho. Retratando toda essencia de sua bela formação de menino simples que foi educado sob o manto sagrado que emanava do olhar de seu bondoso pai, Aymarzinho não podia deixar de ter a fluência alegre que herdou seu pai deixou nas ruas da Região de Petróleo.
Coelho foi um dos mais competentes goleiros de nossa região. Tinha a perspicácia nativa que deveria nortear todos que escolhem esta profissão. No amadorismo de nossas peladas ele chegou aos grande s clubes sempre com brilho e dignidade esportiva.
Teve uma existência marcada pelo carinho com todos que o procuravam. Atencioso com seus parentes foi padrinho/tio de Lucia a quem sempre dedicou um afeto especial com palavras de aconselhamento.
Durante o tempo em que a cidade de Macaé, cidadezinha situada ao Norte do Estado do Rio de Janeiro, ainda engatinhava no progresso, Aymar esteve como comerciante na Praça Washington Luiz onde foi riado por sua caridosa mãe que todos chamavam "Mãequinha".
Irmão mais velho de Cinésio e Eduardo Trindade Coelho era dele que todos recebiam os afagos nas horas mais tempestuosas da existência. Sempre que podia, Aymar estava em contato com Elsa sua irmã?companheira que é um dos pilares da verdadeira história da Rua do Meio. Elsa sempre acolhedora dos ensinamentos de Aymar teve o privilégio de hospedá-lo por longo periodo...
Contemporâneo de grandes valores de nosso futebol como Oséias, Padaria, Biriba, Birosca, Elbo, Sinhô, Têca, Alfredinho, Fubeca, Venício, Zé Passarinho, Armandinho, Lulú, Geraldo Cara Suja, Arley e tantos outros que fogem a memória mais que estão gravados na verdadeira e indelével presença de centenas de mentes da região.
Ao publicar o email na integra que recebi de seu filho Aymarzinho desejo deixar para a história de nossa região este vulto alegre e de alta espiritualidade que foi Aymar Trindade Coelho, meu velho amigo e "tio". Posso afirmar, sem sombra de dúvidas: Aymar deixou uma grande saudade na vida de todos que tiveram a alegria de o ter conhecido...
Eis ai a íntegra do email do menino Aymar:
José Milbs,
Gostaria de me identificar, em primeiro lugar, ..sou o filho mais velho de Aymar , "Coelho "como ficou conhecido,
e parabeniza-lo pelo site maravilhoso que espelha a nossa Macaé de ontem e de hoje.
Desejo que vc ao ler este e-mail descreva em seu jornal a pessoa de meu pai , que foi um macaense apaixonado
por sua cidade natal , também Nova Aurora "doente " e torcedor ferrenho do Fluminense F.C.
Mudamos de Macaé em 1982 , para Lorena em São Paulo, e aqui estamos vivemos até hoje.
Papai faleceu em 02 de junho de 2005, aos 86 anos e como vc bem sabe era irmão mais velho de Dudu, seu sogro
e também irmão de Elza (ainda viva ) , Sinésio e Alberto (já falecidos).
Coelho, como era conhecido por todos os antigos em Macaé está sepultado na cidade de Lorena, mas jamais
esqueceu de sua terra natal e também dos amigos que lá ficaram e os que ja partiram deste mundo.
Meu pai foi cabo de Exercito, goleiro do Americano, Portuguesa e Macaé, acabou se aposentando como comerciante,
trabalhando por conta própria e para seu tio Amphilopio Trinadade.
Fiquei muito triste com a morte de Tio " Dudu " ,a qual convivi muito quando crianca, principalmente na Mercearia Garca
na rua Direita e algumas pescarias que participei com ele e com meu pai.
De certa forma acompanhei sua agonia , enfrentando sua doenca, mas fico conformado , pois sei que certamente os irmãos
Trindade estão reunidos no céu , com certeza.
Aproveito para enviar-lhe um abraco e lembrancas da minha mãe , Tereza, que também ficou muito sentida com o falecimento
do tio "Dudu "., assim como todos os meus irmãos também.
Pode ter certeza que sempre estarei lendo suas cronicas on-line, mesmo residindo aqui em São Paulo, capital.
Um abraco fraterno , de seu primo Aymarzinho.
Que a história de nossa região, tão useira e vezeira em esquecer seus verdadeiros filhos, saiba do quanto foi amado e jamais esquecida por um de seus mais simples e carinhoso filho. Mesmo longe de Macaé, residindo na linda Lorena, Aymar Trindade Coelho sempre, no aconchego de suas horas de encantamento, passava para seus filhos o afeto pela cidade que nasceu. (José Milbs de Lacerda Gama, jornalista, cronista, historiador e memorialista. Editor de www.jornalorebate.com )

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