Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

28.9.10

Praça da Luz - Macaé - suas histórias nas vidas alegres de uma geração que se esvai no tunel do tempo



Antes de ser o local onde está o COLEGIO ESTADUAL LUIZ REID ali era a famosa Praça da Luz (devido ter o local onde ficava o pequeno aparelho que abastecia a "pequena e tímida Macae dos anos 40. Era uma Praça cercada de belas e robustas àrvores e casas antigas todas em forma de Chácaras onde viviam várias familais antigas de nossa história. Era um caminho movimentado que levava e trazia centenas de moradores até a Estação da Leopoldina em busca de viagens ou chegadas. Muitos se abrigavam nas solenes sombras de Mangueiras, Oitis, Jaqueiras e muita Macaba Doce - que deu origem ao nome de Macahe. Havia um campo de futebo onde as crianças e semi adultos jogavam suas peladas, esticavam suas "setas" em busca de Rolinhas, colocavam os Coleiros e Papa-Capin em pregos, préviamente colocados, na busca de algum "virando" ou outro de "Ponto". Nesta Praça havia uma história que assombrava alguns medrosos moradores devido ter sido ali o Enforcamento de Mota Coqueiro, um rico Fazendeiro de Macabuzinho que tinha assassinado, pondo fogo numa casa, onde morava a familia de uma mulher que tinha como amásia. Diziam até que ele tinha "rogado" uma praga, jurando inocência à frente do Carrrasco, que "Esta cidade se tornará maldito e não terá progresso durante 100 anos". Disse isso e, 3 segundos, seu corpo ficou pendurado, estremcendo até a morte...

AS PESSOAS QUE BATEM NAS PAREDES DA MEMÓRIA.

Voltei, os 7 anos do Rio de Janeiro, Del Castilho para Macaé e fui morei na Rua da Estação, na casa de uma prima de minha avó que eu chamava de Tia Domingas Almeida. Esperávamos desocupar a casa da Rua do Meio pois estava alugada a uma familia amiga. Lá moravam Jacy Siqueira, ferroviário, seus pais e um irmão de nome Abiacy Siqueira que foi me comtemporâneo no Colégio Luiz Reid. Jacy foi que fez a minha cabeça para ser Vasco da Gama. Era um tempo bom para nós vascainos dos anos 46 em diante. Tri-Campeonato, Ademir, Barbosa, Augusto, Wilson, Maneca, Tesourinha, Heleno, Ely, Danilo, Jorge, Ipojucan figuravam nas meus "Jogos de Botôes pelas Varandas". Não havia televisão e a gente imagina as jogadas que Jorge Curi e Mario Vianna iam falando nos lançes mais perigosos. Pela manhã iamos fazer, em folha de papel dos nossos diversos colégio, os desenhos dos jogadores e como tinham sido os gools.

Lá pude ter novos amigos. Ia muito na casa de Conceição Prata e Isolino Almeida, outros primos, e fazia meu ponto de criança curiosa numa relojoaria do Manoel Relojoeiro, que trabalhava ao lado de Seu Farias, pai de Rosane e Renê, Arquimedes e Sady Curvello meus amigos dessa Rua.

Sempre que podia ficava na varanda do Dr. Rodolfo, um advogado alegre, pai de Roberto, outro Rodolfo e, também pai de umas meninas simpáticas que sempre estavam alegres e felizes.

Uma delas veio a se casar com um ex colega de terceiro ano do SENAI Luiz Jorge que era irmão de Binho Ramalho meu colega de turma. Ruth ainda mantém a simpatia que tinha nos anos de sua infância na Rua da Estação.

O velho Advogado sempre mexia comigo pelo meu modo de sentar e cruzar duplamente as pernas. Do alto de uma varanda alta que dava para se ver a Rua, sentia-me grande ao olhar as centenas de pessoas que passavam vindos da Estação. Passei algum tempo de minha vida nesta casa Brincava com os filhos de um caçador que morreu numa caçada de nome Arquimedes, com alguns amigos, “Maçã”a que me colocou o apelido de “Pinguin” e que nunca mais tive noticias, tinha ainda Virley e os filhos de Dona Arlete Pinto que sempre estava pronta para uma simpática atenção a todos com seus deliciosos doces e salgados.

Mais ao longe Sady e outros. Havia os maiores “Manoel Boca Larga”, “Tochinha”, “Vanir Vaca Brava”, Mardone. Flankilin Vieira, “Mirrolo”, Leone, “Paulinho Cabeção”, “Carlinhos Butuca” irmão de Décio, Cosme e Damiao, “Paulo Cabeção” da Boa Vista. que já dominavam as esquinas da Praça da Luz, onde hoje é o “Colégio Estadual Luiz Reid” d e que foi palco do enforcamento de Mota Coqueiro nos tempos de meus avós.

Essa turma da Praça da Luz vivia em constantes brigas e provocações com a turma da Rua do Meio , dos Cajueiros e da Boa Vista.Como eu era nascido na Rua do Meio, tinha estudado com Virley e Carlinhos Butuca na escola isolada, tinha transito livre nas duas galeras e me dava bem nas paradas.

As peladas da praça da Luz eram famosas. Mardonio, Tochina, Buruca, “Alan Birosca”, Fernando Valença, “Itinho Cabeludo”, Victor Hugo que mais tarde foi para o Rio e é pai de uma artista de nome Maiteé Proença que tem os olhos iguais a dona Hebe e dona Lia irmãesirmãs dele.
Moradores das antigas nem precisavam sair de casa para os embates infantis. Silvio, irmão de Elso que se casou com a minha amiga Marlene Tudesco, só ia para o trabalho no Unibanco depois de conferir o resultado do bicho. Lá ia ele, pelas calçadas da Rua Silva Jardim no seu caminho diário. Cumprimentava o Caio Gomide, irmão de Paulinho Gomide e seguia em frente. Ao cair da tarde era comum a presença de Vovô, irmão de Arthur e filho de Dona Domingas no caminha sereno , pisando macio e curtindo o Por so Sol, com suas hiastórias e havidos durante a semana...

Abelardo Agostinho, “Birosca”, Mirian Almeida misturavam as essências da Bôa Vista, Praça da Luz e Rua do Meio em constantes e harmoniosas brigas que rolavam nos dias de caçadas, jogos de bolinhas de gudes e Papão nas empoeiradas e salutares ruas de Macaé.
OS PRIMEIROS JOGADORES DE PELADAS NOS ANOS 30 E 40 NA PRAÇA ONDE FOI ENFORCADO MOTA COQUEIRO.
Muitos vultos de nossa História que passo a citar neste texto, em quase sua totalidade, deixaram suas pegadas nas nossas ruas e partiram. È uma homenagem que faço a estes velhos habitantes da PRAÇA DA LUZ e suas inesqueciveis peladas,
Os irmãos Tavares, Waldyr e Zé, Tavarinho, Eloisa, Maria de lourdes, nossa grande nadadora foram fontes de busca em minha pesquisa. Waldyr e Zezinho fincaram marcas em nossa cidade. Assim como Seu Adelino e Dona Lecy pai do Franklin Vieira. Como deixar de lembrar de Dona Caçula, cujo nome era Corália e que foi pioneira na feitura de belos e deliciosos pratos de nossas saudades e paladar?
Era na Praça da Luz que, aos primeiros Raios de Sol as pessoas começavam a chegar.
"Tochinha" que tinha o apelido de "Tocha" devido sua rapidêz no correr, seus irmaõs Ernestinho e Zé Domingues, Zé Carlos Monteiro, Ereny, Pedrinho e Wilmar, filhos do meu amigo Jorcelino Monteiro que tive a honra de ser colega dele como veraador nos anos 60, Morvan Vieira, Justino, Jarbinha, Cacau Vieira, Ito Vieira, Franklin (de Dona yaya Vieira), Nive e Humberto filhos de Chico Antonio, vinham antes mesmo do Nascer do Sol, uns batendo bolas de meia e outros com seus comentários do dia anterior. Bonga (josé Climaco da Silva), seu irmãos Cecé, Sebastião e Sylvio, chegavam em companhia de Zézinbo Crespo, Zózimo, e os Almeidas Zezo, Nelinho, Merinho, Lélio, Nilson e Ênio. Eles vinham da região da Estação da Estrada de Ferro leopoldina onde habitavam.
Luiz Xote e Elestão, um dos mais ferrenhos brigadores cujo pai, Flamenguista Roxo, tinha uns 12 filhos e todos com nomes dos jogadores do flamengo. Elestão tinha o dom "de acabar com algumas peladas na briga".
A chegada de outros jogadores de pelada eram por volta das 7 hs da manhã. Vanir Vaca Brava, Cuca (dono da Bola),Luiz Carlos Franco, Alan, irmão de Arthur e Almir, Zé Msathias Netto e Ignácio Heleno, Nilo Fabiano, Aderval Mathias, Abelerdo Agostinho e Waldyr Tavares que disputavam os olhares da linda Atalídia que morava ao redor ds Pça e sempre estava vendo das jogadas e os jogadores.
A chegada, aos 9 oo hs de outros peladeiros, como Cláudio Upiano Itagiba (goleiro), Lineu Borges, Juarez Chaloub, irmão de Suraya e que era um bom jogador de canhota, sempre escalado, Geraldo "vira bosta". Enitinho Vieira, jovem ceifado da vida num atropelamento no Viaduto, ficava horas e horas se deliciando com as jogadas dos mais velhos, quem sabe, "esperando o seu dia que não veio". Cercado de meninos e meninas que torciam para as boas jogadas...
Muitos ficavam na espera de entrarem nos jogos, apesar de bons de bola. Eram eles, Ary Goteira, Renato Pinheiro, Almir e Glimando Tolizano. Sempre saudado como bons e assiduos jogadores os irmãos Salvador "Dodô" e Gilberto Batista, Zé Neves, Jociene e "Sorriso"...
"Do Bom Futebol" de Dodozinho Hipólito ficaria a lembrança dos Antigos jogadores do Flamengo, os irmãos Sá, Floriano, Armandinho e Lulú Solon que iniciaram suas jogadas na Praça da luz onde hoje temos o Colégio Estadual Luiz Reid...
Sem esquecer as presenças de Tião Lopes, Luiz Correa Lemos, Kelinho Viana, Jurandyr Viana, Djalma e Alcides. Cercados sempre com a presença alegre e cheia de histórias de "Tião Manjuba", Mirian Almeida e "Aroldo Carniceiro"...


Enquanto os maiores jogavam os menores ficavam nas bolebas, triângulos e piques por entre árvores frondosas que iam até a Chácara de dona Yaya Vieira do outro lado onde hoje tem a “Fafima”. Havia também a presença de velhos malandros das noitadas que aproveitavam a brandura do Sol da Tarde para esticarem pernas sob os grandes troncos das árvores centenárias da Praça da Luz. Dentre eles, o famoso "Sarta N'agua" este apelido ele ganhou na Sinuca de Seu Tebet, na Ruy Barbosa, esquina com Marechal Deodoro. Contam que ele "queimou um longo baseado" na Rua Pres. Sodré com alguns antigos praças (como eram chamados os usuários da época). Cabeça feita ele sobe as escadarias da sinuca. Estava havendo um "bolo" de 200 numa mesa e vários outros em outras mesas. Casa cheia, silencio total nas articulações de mãos que dariam as tacadas. 5 famosos sinuqueiros da velha guarda estavam neste "bolo". Turrinha, Justino, Vaval, Jorge Mistral, Levy, Arthur, Neri e outros. Jorge - O sarta N'agua esta ali como se não estivesse. Deveria estar num "bode". Derrepente ele dá um grito que toma toda geografia da Sinuca e até acorda Camil Tanus que cuchilava num balcão,
"Sarta n'agua mormão. Ele deveria esta numa onda braba e na beira de algum mar. Dizem que ele queria dizer: Salta na Agua, meu irmão. Mais devido a sua nenhuma cultura, saiu o "Sarta n'agua"...
Para que se tenha uma idéia da altura do "berro de Sarta n'agua, até o Carteado que era jogado na outra extenção da escada foi ouvido. Didi Caetano, Cláudio Ulpiano, Iltamir, Antonio Carlos Capitão, "Comandante, Conceição, Waldeci, Bill, Frota e outros que esperavam Alvinho Paixão corta o baralho para uma nova "Campista" e um "21". levantaram da mesa pensanto até que era alguma onda real vindo da Rua da Praia na ressaca de Abril.
O Apelido pegou em Jorge como pegou em "Bença Mamãe", "Florzinha", "Papa Lambida", Papão", "Nenen Pé de Bicho", "Boca de Sargo", "Diabo Comendo Mariola", "22" e outros que deixaram marcas em suas passagens nesta vivida cidade de Sol e Mar...


Meninos que moravam na Praça Washington Luiz vinham apadrinhados por Ivair Borges que trazia Iney e Paulinho com suas vontades de vôos mais longos que os que tinham nas suas ruas periféricas.
Chegar a outras Praças, jogar bolebas com outros meninos eram conquista que se revessavam nas amizades que teriam seguimento nas Matinés dos Cines Taboada e Santa Izabel.
Muitos destas amizades, forjadas nas livres peladas das nossos Praças se imortalizaram e hoje são recordadas com alegria com filhos e netos. Quem não torçeu para os mocinhos ou para alguns bandidos nos faorestes das sessões das 3as e 5as. nos anos 50,60 e 70?
Quem não trocou figurinhas com Lalá, "irmão de Boca de Bagre", " Bolo Grosso" ou "Chico Gigi"? Quando eles chegavam, braços cheios de gibis novos e velhos, figurinhas carimbada todos se acercavam na troca de um Rock Lane por um tio Patinhas e assim por diante...

A casa do seu Rubens Marques, pai de “Samuel, do Chaplin”, ficava onde ainda é. Samuel era amigo de meu filho Luís Cláudio e seus filhos Bruno e Andrei, de Zé Paulo. “Cassinho” filho de “Aryzinho” e Lucas de “Guto” Sardinha completam a infância de Zé Paulo na Vila onde morei nos anos 80.
VISITA DE SAMUEL DO CHAPLINS
Sempre que Samuel vinha no meu sitio com Geraldo “Asa Branca”, filho de Jayme Franco, eu gostava de brincar com os desejos de “Samuca”. Eu Sabia provocar seu sorriso de menino, ao mexer em sua AINDA TENRA malandragem escondida. no Sitio tinha um Galo de Pescoço Pelado que sempre que Samuel vinha ele o rodeava cantando e cocoricando. Ele gostava do Galo e eu disse que o galo era dele. Ao querer levar o galo, com intuito que eu já sabia ser uma panela, cortei o seu barato dizendo: disse.
- Este galo, “Samuca”, é seu. Mais ele vai fica aqui no Sitio esperando sua visita. Sempre que você vier ele esta ai sendo cuidado . “Se puder traga sempre alguns milhos que ele gosta”. Ele ria de soslaio, Catucado por Marcioney. Seu sorriso puro de menino, saído das poeiras da Praça da Luz, contaminava a conversa e, meso sabendo estar sendo enganado no meu 171 caseiro, ele se sentia bem e aprimorava sua malandragem... Olhava para Asa Branca, catucava Tuca e Marcioney e sentenciava, ainda com a gargalhada por terminar.
- ”Milbs é muito forte. Bem que Marcioney dizia”.

As crianças da Praça da Luz esticavam visgo e caçavam os papa- capins de ponto que vinham da mata onde hoje tem os Bairros Miramar e Visconde. O cheiro de mato ainda vem nas narinas, quando este fato é escrito.Vem como uma recordação auditiva que rompe a sonoridada do vento e entra pelas narinas. Como se fosse uma " existente havida" e que nos faz reviver. Estes momentos memoráveis...
A Vala que margeava a Linha dos trens da Leopoldina era cheia de peixes, Muriongos, Ciris,Piabas (grandes e pequenas), Camarões Pitu que a gente pescava ao amanhecer e ao cair das tardes amenas...

A manta de Coleiros chegava e, com ela, os Tizius e Cambaxirras avisando que era chegada a hora das armações de alçapão e redes. José Carlos “Preá”, “Pão Mineiro” da Bicuda Grande já estavam com suas gaiolas vindos da direção do Mathias Netto. Passavam pela esquina do futuro “Caixote”, onde Eraldo abriria sua venda, e caminhavam a passos largos para a Praça da Luz.

Ricardo Madeira ia somente para expôr seu Avinhado, caçado nas Cercas que circundam o Forte Marechal Hermes, e expropiar alguns frutos na Chácara de Chico Lobo e Dona Yayá Vieira. Enquanto isso Geraldo Asa Branca ia mostrando o novo Papa Capim que Jayme Franco seu pai, tinha trazido de Rio Dourado e que cantava de mão. Era um Larangeira que tinha sido criado num ninho nas belas margens das nascentes de Cachoeira de Macaé...

Era mais ou menos assim as convergências desta infantil vida nos tempos das Ruas Empoeiradas. Acho que todo Socialismo tem que ser cimentado no afetivo puro que brota da alma humana. Partindo da beleza do afeto a coisa chega naturalmente...

As crianças, criadas na Era Televisão, creio, perderam o sentido da realidade natural. Uma cultura voltada a adaptação dos novos tempos não recriam o belo. Adapta-se ao feio, ao terrível mundo da massificação. Não sei onde isso vai levar a humanidade. Ainda mais tendo como dono da comunicação do quilate dos que editam as Tvs. Brasileiras nestes anos de 2000. São demonios que falam em deuses, que negam o vicio o os promovem em orgias sexuais de novelas e textos de apelo anti moral. Destruidores de infâncias.

Ainda aos 7 para 8 anos, cortava os meus cabelos loiros com seu Senízio Vieira que, além de barbeiro era médico espiritual com suas consultas e aconselhamentos. Dona Sula e Simonides completavam a alegria do conhecimento familiar. As vezes cortava o cabelo com Fábio na praça do Século onde seu vulto esguio e alegre sempre tinha algo novo para contar sobre Macaé e sua Gente. Outras vezes com Fanor, Cheiroso, Luiz ou Philadelpho na Rua perto do
O REBATE de Milton Madureira e Jorge Costa.

Na rua da Estação morei um pequeno e proveitoso tempo dos 7 até os 9 anos, se não me engano. Seu Isolino que era casado com minha prima Conceição Prata me levava em seu sítio, onde andei pela 1a vez a cavalo. Com ele eu aprendi muita coisa bonita de interior. Falava de suas andanças a cavalo até Rio Dourado, Professor Souza e Casimiro. Era um homem calado, mas comigo sempre estava rindo. Eu gostava muito era de conversar com Eny e Zilca suas filhas mais novas já que a mais velha quase não tinha tempo. Zézo era com quem eu mais gostava de brincar. Falava engraçado e quando não se fazia entender sorria com a gente...
No quintal de Tia Conceição tinha todo o tipo de fruta. Ela era uma doce mulher. Sempre alegre, por detrás de seus óculos brancos e de uma cor alva e divina.
Nunca vi essa mulher triste. Vinha sempre me receber, até mesmo depois de bem velhinha, com o mesmo olhar de santa que notabilizava sua existência de mãe e mulher. Engraçado que toda vez que eu chupo manga rosa, abio e caranbola me vem a mente seu quintal, sua escada da cozinha e seu belo cachorro.
Será que todos são assim como eu nas recordações infantis? É uma dúvida do” autor que vus fala”...
Na varanda, após entrar pelas escadas e chamar numa porta sempre aberta, tia Conceição Prata vinha me receber e já me levava para a cozinha, sempre cheia de doces, frutas e comidas maravilhosas.C riou uma filharada e deixou marcado em Macaé a cimentação de sua vida.

Tia Conceição Prata era sobrinha de Tia Chiquinha Prata, Alvina Prata e Nizinha oriundas nossas raízes de Carapebus, do lado de minha avó materna de nome Dona Inhasinha Lacerda, cujas presenças vivas eram sempre contadas pelo meu primo Elbe Tavares de Almeida em seus textos no O REBATE dos anos 60 na coluna CARAPEBUS E SUA HISTÓRIA...


Chiquinha Prata tinha ido morar no Rio onde criou os filhos Ary Prata Sodré, Pratinha, Ayres, Arina, Alvina e Loica. Sempre vinham passar ferias em Macaé onde se dividiam alguns na casa de Alvina outros na casa de minha avó Nhasinha na rua do Meio. Alvina morava na praça onde hoje tem o hotel de Marlécio e Lourdinha.
A pouco menos de um ano para terminar o século, recebi no sitio, a visita de Ary que veio ver minha mãe Ecila. Hoje afirmo que eles estavam se despedindo deste mundo. Ele era, nesta época Tesoureiro da Congregação Baptista do Brasil e foi deliciosamente belo ver as recordações que ele e minha mãe iam revendo de suas infâncias em Macaé e Carapebus. Como observador pude quardar os seus belos olhares de alegres e festivas recordações e fui quardando estes momentos para pode hoje terminar este texto na certeza de que presto uma grande homenagens a minha velha Macaé e seus vultos históricos...
JOSÉ MILBS, NÃO SEI COMO COMEÇAR, 1° PELA EMOÇÃO, TALVES UMA SENSAÇÃO DE QUE SEU EU PUDESSE VOLTAR O TEMPO E AO MESMO TEMPO DE AGRADECIMENTO, A DEUS POR TER DADO AOS MACAENSES UMA PESSOA COMO VOCÊ QUE FOI CONTEMPLADO EM SER ESCOLHIDO PARA TRAZER A MEMÓRIA FATOS REAIS QUE NUNCA VAI SER APAGADO NA VIDA DAS GERAÇÕES DOS MACAENSES.
VOU ME APRESENTAR; EDSON FANOR NEVES NASCIMENTO, MEUS AVÓS PATERNOS: JOÃO PINTO NEVES / BELMIRA DA CUNHA NEVES (MAEZINHA), AVÓS PATERNO JOSÉ DE SOUZA NASCIMENTO E EDITH NVES NASCIMENTO. TALVES MEUS PRIMOS NASCIDO NA PRAÇA DA LUZ SEJAM CONHECIDOS SEU PAULINHO (ELEFANTE) E EURÍZIO, A FAMÍLIA DOS MEUS AVÓS PATERNOS FORAM UNS DOS FUNDADORES DA NOVA AURORA, E PEÇO UMA AJUDINHA SUA, SE POR VENTURA VOCÊ TIVER ALGUMA LEMBRAMÇA OU CAMINHA QUE ME LEVE A TER INFORMAÇÕES DOCUMENTO ETC, QUE POSSA LEVAR-ME AOS MEUS ANTECESSÓRES, AGRADEÇO.

MEU E-MAIL: edonfanor@bol.com.br
2:37 AM

José Milbs de Lacerda Gama, editor de O REBATE e de www.jornalorebate.com

Um comentário:

Sara disse...

É bonito de ler sobre todas essas coisas, espero que em algum momento eu também posso escrever também, neste momento eu não tenho muito tempo, porque eu estou procurando um apartamentos mobiliados buenos aires