Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

11.9.10

Nos anos 70 foi o grupo MUTIRÃO que brigou. Hoje nasce o SOS Praia do Pecado

(Sobre as fotos: Nos anos de 1930, editado pelo idealismo de Milton Madureira e Jorge Costa, uma Gráfica e Tipografia O REBATE -( cópia ao lado que resistiu ao tempo, as piratarias, as tempestades, como o próprio jornal), situada na Ruy Barbosa, onde hj é o Edificio Don Pepe, mantinha a independência dos textos. Hj, um Kiosque com o nome de RANCHO DE O REBATE. no Novo Cavaleiro, onde resido, faz o mesmo para que O REBATE continue livre leve e solto.
José Milbs, editor desde 1966)...
O Rebate no www.jornalorebate.com
caminha alegre e feliz para os CEM ANOS em 1932. Quem viver verá...



Pela internet corre uma movimentação de jovens macaenses em defesa da Praia do Pecado que está com seus dias contados com Esgotos, Entulhos, Ligações de Tubulações que chegam até a atingir as PEDRINHAS. São especulações imobiliárias, ganância de gente de má índole, que podem estar comprando com grana alta, terrenos e doações de casas em Balneários de Luxo fora da cidade e, o que é pior, fazendo com que muitos de nossos jovens, indignados, sem ter como evitar esta degradação de nosso ambiente, sejam levados para a alienação pelas drogas, pelo fumo e pelo alcool. Pior que , esta camarilha "de autoridades sem dignidade", esquece que tudo isso que eles estão fazendo irá destruir a mente e a vida de seus próprios filhos e netos.
"O REBATE", nos anos 70, brigou pela PRAIA DE IMBETIBA. Nada adiantou, Hoje a Praia, que era a mais linda da Região de Petróleo e, única dentro do Perimetro urbano, virou uma Poça, uma canal onde boiam Cocô, Mijos Multinacionais, Plásticos e centenas de pedaços de Paus misturados com Òleo que cheira a distência e transformou este local, apenas em recordações. Que a PRAIA DO PECADO não seja isso daqui a 20 anos...
Muitos de meus textos estão ai no mundo virtual onde retrato este desmando que enriqueceu muitos vereadores, prefeitos e centenas de oportunistas que viviam e ainda vivem "nas abas do poder transitório".
Esta gente, escasteladas em mansões, compradas com o dinheiro fácil dos desvios de verbas, jamais pensaram em defender Macaé. Sempre se defenderam, encheram os bolsos e estão, comodamente em altos cargos ou aproveitando o dinheiro roubado em Casas luxuosas em cidades de veraneio.
Bolso cheios e cabeça atolada nos 'Uiskes" importados. Será que não pensam que "Um dia a Casa Cai?"...

NASCE UMA ESPERANÇA:
Ingrid B.Wyatt

Jovens de um movimento denominado "SOS PECADO" abrem perspectivas de luta. Estão se movimentando para denunciar o Fim da Praia do Pecado cujo nome "O REBATE", foi criado pelo nosso colunista Euzebio Luiz da Costa Melo em suas andanças e mergulhos nos anos de 1970.
O "Pecado" está com os dias contados como esteve a Imbetiba nos anos 70. O grupo de jovens está preocupado com a especulação imobiliária e com as dezenas de Boca de Entulho, Esgotos, Aguas Podres que, desde as PEDRINHAS caminham para as beiradas das praias e já podem serem vistas em toda a extenção da Orla.

Uma jovem, em Desabafo e num texto que lhe pedi, fala o que move o sentimento de uma geração que ainda pensa em ter uma Praia limpa e um local de Paz...
Eis o texto que a linda jovem Ingrid fez para sua estréia no O REBATE:

Olá José, aqui vai um dos meus textos!!

beijoss



CONSCIÊNCIA MACAENSE.

É em nome de muitos que expresso aqui minha indignação, de estar vivendo essa mudança decadente que Macaé vem sofrendo ao longo desses anos.

Em nome desses, que assim como eu cresceram aqui, e sentem dia após dia o sufoco de ver a paz dizer adeus de nossas vidas.

Macaé foi dominada por um estado ilusório de “progresso”, onde as pessoas se deixam contaminar pela famosa doença do mundo moderno: a cegueira.

Ninguém enxerga a realidade, estamos num breu só.

Por que ninguém vê que não vale à pena deixarmos que esse capitalismo selvagem invada nossas vidas de forma tão destruidora?

Macaé é rica em muitos aspectos, e possui capital suficiente pra ser uma cidade exemplar, principalmente quando se trata de sua preservação.

Mas a ganância que ronda o poder político local é monstruosamente predominante.

O petróleo foi a causa maior das mudanças da cidade, trazendo firmas e pessoas de todos os lugares atrás da mina de ouro.

Uma prefeitura digna se preocuparia em oferecer cursos profissionalizantes para a população local, e principalmente fiscalizar tais firmas para com suas obrigações em favor do município, principalmente com relação ao meio ambiente.

Mas isso não acontece.

Macaé cresceu desordenadamente em função do petróleo, sem que houvesse nenhum investimento em prol do cidadão e infra-estrutura da cidade.

Uma cidade que amamos muito, onde crescemos!

Onde um dia já vivemos em paz e podíamos desfrutar de nossas belezas naturais!

Podíamos tomar banho na lagoa de imboassica sem correr riscos sérios de saúde, sem falar na pesca que era rica e saudável.

Os projetos de tratamento prometidos pela prefeitura pelo visto foram apenas mais promessas!

E como se já não fosse suficiente, foi implantado recentemente um sistema de macrodrenagem onde as imundas águas da chuva que lavam toda a cidade corram direto pra lagoa, poluindo cada vez mais e levando a seu fim.

Em pensar que a praia do pecado era um local preservado, silencioso e pouco habitado.

Hoje é invadido por hotéis, prédios, e só se escuta o barulho infernal das continuas obras.

Quem frequenta sabe que continua lindo de se ver, mas quem ama sabe que não há natureza que resista a tanta invasão material e seus impactos causados.

Pobre do nosso pecado...um dia já foi respeitado.

E a praia dos cavaleiros? Chora o esgoto que corre por suas areias...

Por que somos obrigados a aceitar tudo isso?

Nossa natureza é o melhor que temos, e é o que garante nossa qualidade de vida em meio a esse caos urbano.

É onde praticamos esportes, nos proporcionando lazer e bem estar.

Além dessa degradação ambiental, existe ainda a violência gerada por uma enorme desigualdade social, onde uns morrem de fome e outros morrem de medo.

Esse medo, que já vem se tornando um pavor, de andar nas ruas de uma cidade onde há poucos anos atrás eram o quintal de casa, onde podíamos brincar livremente.

Hoje as ruas de nossos bairros são rodeadas de assaltantes, frutos dessa sociedade injusta e desigual.

E o sistema de transporte?? Péssimo!!

Quem não tem carro em Macaé vive a mercê de um sistema tenebroso e vergonhoso onde os ônibus são super lotados, e se perde mais de 40 minutos esperando por um.

Perdemos a liberdade e a tranquilidade de viver numa pequena cidade da região dos lagos, onde o estresse e o terror já fazem parte do nosso cotidiano.

Tudo isso por quê?

Por causa da ganância e corrupção que nos rodeia ferozmente!!

Que progresso é esse?

Que progresso é esse que só traz violência, poluição e corrupção?

Deveríamos progredir sim, mas como seres humanos.

Deveríamos estar vacinados contra essa cegueira e ter a plena consciência de que estamos num verdadeiro caos, e precisamos de mudanças extremas.

Chega de alienação, precisamos nos conscientizar!!

Nossa natureza e nossa paz são as maiores riquezas que temos, que vem sendo brutalmente arrancadas de nós.

O que será daqui pra frente?

Será que precisaremos ir embora pra que nossos filhos tenham uma infância digna de ser vivida assim como tivemos?

Acho que o mínimo que todo cidadão merece de uma pequena cidade situada no litoral, é respeito e qualidade de vida.

Pelo menos isso, por favor!!

Quem ama Macaé, não só tem esperanças de uma nova consciência política que está por vir, mas acreditamos que ela já exista e gostaríamos de conhecê-la.

Ingrid B.Wyatt

Acrescento aqui dois dizeres de extrema importância para esse desabafo:

"Quando a última árvore tiver caído,
quando o último rio tiver secado,
quando o último peixe for pescado,
vocês vão entender que dinheiro não se come."
(Greenpeace)

"No mundo há riqueza suficiente para satisfazer as necessidades de todos, mas não para alimentar a ganância de cada um".

(Mahatma Gandhi)

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