Ainda menino de 17 anos lá estava eu nas noites do Rio de Janeiro nos anos 50. A Praça Mauá era onde fluia as belezas do Sub Mundo do Rio de Janeiro. Lá estava eu entrando neste mundo, saído das ruas empoeiradas do interior do Rio.
Luzes de uma Ribalta alegre onde a malandragem era o toque mais fluente marcava a presença de velhos e jovens do Rio Antigo. Marinheiros de várias nacionalides se misturam com mulhores e proxenetas. Vozes diferenciadas de sotaques estranham se amalgamavam com meninas da noite que dobravsm a lingua para parecer que conhecia e falava inglês ou francês...
Motoristas de taxis, lotações cheias chegavam de toda a região do Rio de Janeiro. Fervilhava a minha saudosa Praça Mauá...
Tinha eu um amigo que era uma espécie de xerife Como ele também tinha vindo de familia do interior a gente se identificou e longas conversas marcaram os contatos em seu Restaurante. Era o Gordo que abria os espaços em vários setores das Noites Cariocas. Em cima de seu famoso Bar e Restaurante funcionava a Rádio Nacional. Todos os velhos artistas do Rádio e famosos apresentadores "se aançoavam" ao cumprimento que a todos os Gorde dispensava.
Quando o Por do Sol trazia os últimos olhares na Bucólica Niteroi que começava a ter suas luzea acessas, tinha início um novo circulo de pessoas na habitável Praça mauá. Saiam os executivos, comerciantes, jovens comerciárias da perifiria e davam lugar ao amantes da noite.
Era ai que reinava o Gordo da Praça Mauá. Seus olhos tinham sempre uma fixação num belo pensamento que deixava fluir quando em sua fala. Prostitutas, travestis, que eram chamados neste tempo de viados, satatonas que tinham o chamar de fanchonas, eram todos afagados pelo abraçar carinhoso deste homem que tinha um grande carisma. Como observador eu via que o tratar era igual com todos. Desde o abraça em Ary Barroso, o sorriso para com Nelson Gonçalves, Orlando Dias, ele também sabia ser agradável e alegre com os malandros e cafotões que vinham ao seu encontro. Me chamama de "Macaé" e sempre dizia que tinha um grande amigo de nome "Glostora" que morava na cidade da região de petroleo.
Mais tarde conheci o amigo dele. Era um homem de cabelos grsalhos que também tinha um boteco na região do Mercado. Glostora era do tempo de Tái, Mistral, Seu Mota, Miguel Felix, Djalma, Flavinho e outro Gordo, este de Macaé...
Glostora reinava no Mercado de Peixe, Sete em Porta e prostibulos de nome "Guadrado, Sambambaia, Continental e samburá, todos na Praia Campista.
Um irmão dele, que não me recordo o nome, pude conhecer nas noites na cidade de Campos. No Dadá, na Rua do Veira ele comandava as noitadas que eram alegres como no Rio e em Macaé.
O irmão de Glostora era sempre acompanhado de vários simbolos das noites de Campos dos Goitacazes, como Piquira, José Marcio, Pé de valsa, Batatinha e outros...
Interessante que as pequenas coisas, as pequenas amizades, tinham um potencial muito grande nas lembranças deste meu amigo Gordo da Rádio Nacional. Perdiamos horas tagarelando. Ele sobre sua familia e sua criação num Subúrbio do Rio de Janeiro e eu de minha infância na Rua do Meio em Macaé e em del castilhos no Rio.
Entre um Chopp Preto de Colarinho que só eram servidos no seu Restaurante e no Amarelinho da Lapa, eu ia me familiarizando com o "bast-Fond Carioca pelas maõs abençoadas do Velho Gordo, o Rei da Mauá...
Este Rio de Janeiro, creio, não existe mais. Das peripécias de Madame Satã no Rua do lavradio, das mulheras do Novo México e do Bola Preta ficarm as recordações que batem nas paredes memoriais deste cronista.
Os cartões dos Dancings Avenida e Brasil e o final das noites no Bolero e Ciroco da Avenida Atlântica...
Tempo bom de meu Rio das Antigss... José Milbs de Lacerda gama editor de O Rebate...
Edito o jornal O REBATE desde 1968, buscando escrever as histórias e fatos que podem levar as pessoas ao caminho belo de suas lembranças. Faço isso como o objetivo de deixar para as gerações futuras textos que possam servir de encantamento e pesquisas de pessoas que viveram nos anos em que vivi.
Boas vindas
Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)
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