Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

23.7.12

Morre e vai para o Panteão dos Poetas o macaense Antônio Otto de Souza Filho o 'Ottinho'.

*Jose Milbs Lacerda Gama há 13 minutos Mais um Poeta morre em nossa Região de Petróleo... Antonio Otto de Souza Filho acreditou nas verdades dos anos 70 e partiu para sempre num tunel que não lhe deixou o caminho da volta. Sua vida ele dedicou a Poesia. Trocou os pesados livros do Cartório do 1º Oficio, onde foi Tabelião, pelas leves Folhas das achadas na Caminhada da Vida onde pousou, como lindas Borboletas, seus poemas e poesias. Amigo dos anos 70, Ottinho foi Lider num movimento que deixou saudadas e vivencias da Paz e do Amor... Fiel amigo de Xico Chaves, irmão do proprietário de uma pousada no distrito macaense do Sana, o 'Costinha' e dos igualmente macaenses o compositor-cantor Piry Reis, Helena, Branca e Paulinho. O poeta Ottinho fez história no Judicário e fez da Saudade uma presença constante em suas fugas pelo mundo Cigano e Poético. Pai de Betinha, campeã de Surf nos Estados Unidos e de Bruno que brilha na Austrália. Soube dixer não as fortunas fácies do Tabelionato careta e partiu para o mundo das estradas e dos conhecimentos. Em sua juventude em Macaé foi Lider Estudantil, jogou o Bom Futebol no Macaé F.,C, e amou mulheres e foi amado. Filho mais velho do Ex- Prefeito Antonio Otto e da tabeliã Estelita Lima de Souza, Ottinho residiu na Rua da Igualdade, em frente ao famoso "Campinho" das lindas peladas dos anos 50. Fomos amigos e colegas na Faculdade de Direito de Campos onde chutamos o Balde sem nos formar. Formar para que, dizia com seu sorriso infantil que saia do fundo de uma alma linda e pura.... Ottinho foi um dos primeiros Poetas Livres do Brasil. Seus Poemas ainda serão estudados por grandes pensadores. Hoje o nosso amigo comum o jornalista e advogado Armando Barbosa Barreto me ligou falando que seu coração parou em Itaperuna. Liguei para o serventuário aposentado e poeta Izaac de Souza que, sob lágrimas me mandou o Poema que publico. PARA OTTINHO - QUASE MEIO DIA... CAVALO ALADO/ OPACO/ ESPAÇO QUE ME FAZ AVANÇAR EM GALOPE/ QUALQUER PALAVRA LAVRA A TERRA/ REVIRA O VENTO QUE, EM TORMENTAS ME FAZ HORIZONTE SEM PRESSA COM AS INQUIETAÇÕES DAS OVELHAS/ ESTOU A OLHAR PARA A FLOR DO MAR SEM TORMENTAS? ENTÃO, EXPERIMENTO O SONHO PARA NÃO DIZER AQUELE ADEUS COM A SAUDADE DAS COISAS QUE NUNCA ESCREVI. - MORRE O POETA E NÃO SE ESQUECE A CANÇÃO DA VIDA... A ETERNIDADE SERÁ A NOSSA MELHOR VITÓRIA.. VIVA ANTONIO OTTO DE SOUZA, filho!!! sem tormenta, sem a interrogação - correição *jornalista e escritor - é editor e diretor-proprietário e responsável do jornal (atualmente on line) O Rebate.

O Poeta Gilson Correa da Silva morre aos 84 anos em Macaé

Obituário MORRE UM DOS MAIS FLUENTES POETAS E ESCRITORES DE NOSSO COTIDIANO... Qui, 12 de Julho de 2012 13:21 Jose Milbs Aos 86 anos, fecham-se as portas das criações poeticas de meu querido primo e amigo Gilson Correa da Silva. Neto de Tia Pequena, irmã de meu avó Mathias Lacerda, Gilson sempre se destacou de toda a sua geração pelo carinho que dedicava as artes poéticas a ao portugues clássico. Autor de centenas de Poemas e Poesias, tem livros publicados e escreveu uma obra sobre as nossas tradições das ruas empoeiradas com especial atençao ao Papa Lambida que foi um homem simples de nossas infâncias e alegres momentos de descontração... Casado com a meiga Thereza ele deixa tres filhos Serginho, Luciana e Claudinha que estiveram sempre ao seu lado nos seus momentos de dor e doença. Sua infância foi vivida na Rua Julio Olivier e na Travessa Curindiba de Carvalho. A Rua do Meio foi seu centro de atração maior onde participava das peladas e jogos comuns as infâncias de sua época. Seus nados eram os mais rápidos quando ia até as Ilhas do Frances e Papagaio. Tão rápido que lhe trouxe o apelido de Gilson Pé de Pato por que sua rapidez era tamanha que se pensava estar calçado com os famosos Pés que ligeiravam os nadadores. Eximio em quase todos os esportes, até os 80 anos ainda jogava seu futebol, dirigia sua lambretinha e era imbativel no Frescobol nas areias leves da Praia dos Cavaleiros. Gilson viveu intensamente sua trajetória terrena. Deixou grandes amigos e foi admirado por toda a familia que tinham nele o norte de informações constantes de nosso dia a dia... Rápido no raciocinio e de um senso de humor bem aflorado sabia sorrir nas horas certas e dar as respostas também com a tradição inteligente herdada de seu pai Custódio José da Silva e da paciencia de sua querida mãe Gilda Correa da Silva. Na última vez que estive em sua casa fui com meu irmão Ivan Sergio para uma visita e rocordar tempos vividos. Fizemos fotos, me presenteou com um Poema que dedicou a sua Tia Zizi e, sempre alegre foi dizendo de sua doença como se estivesse deixando ver sua certeza na morte. Meterialista, queria e foi cremado. Sobre ele fiz um texto. Veio em minha casa com Thereza e ai vai o que fiz ainda com ele em vida: Os 84 anos de Gilson Correa da Silva. Uma criação poética totalmente voltada para uma vivencia em sua terra natal Nascido, criado, vivendo e fazendo da vida uma alegria constante é assim a presença de Gilson Corrêa da Silva nas nossas ruas e praias. Ontem esteve aqui na redação de "O REBATE" para ver o "studio" da nova "TV O REBATE on-line". Estava em companhia de sua alegre e feliz companheira Thereza... Gilson é meu primo. É neto da irmã de meu avô Mathias Lacerda. Tia "Pequena" Lacerda é mãe de Gilda, Cici e Zizi . Mathias é pai de minha mãe Ecila... Fomos sendo criados nas Ruas empoeiradas de Macaé. Eles na Rua Julio Olivier e a gente na Rua Doutor Bueno ( Rua do Meio). No mês de Setembro,falava-me Thereza - ele vai completar 84 anos. Imediatamente fotografei e falo o que este Poeta representa na história de nossa região. Autor de centenas de livros poéticos e de dezenas de crônicas tem seus trabalhos impressos e de frofundidade cultural - histórica inédita no trato com a poesia noderna. Seu primeiro livro, foi editado com o apoio do nosso amigo de infência Cláudio Moacyr de Azevedo quando exercia a Presidencia da ALERJ. Peladeiro, Poeta, grande conhecedor das histórias da região, é com prazer que publico a foto deste grande amigo e primo que passa a ser visto mundialmente no busca do Google-O Rebate. Thereza é uma grande presença na vida do cotidiano do Bairro da Glória onde eles residem. Sempre sorrindo, aspalhando suas energias poslitivas e lembrando de fatos que marcaram sua vida junto a nossos familiares. Sempre querida e grata ela vai sendo a responsável pela afirmação de que nada deste mundo morre enquanto existe as mentes recordativas. Seus filhos Serginho, Claudinha e Luciano continuarão a trajetória de cordialidade e afeto que esta casal deu exemplos. Jose Milbs editor de www.jornalorebate.com

3.4.12





Morre na Bahia um dos mais expressivos jornalistas que começou seus 1os. textos no O REBATE nos anos 40/50

- aos 83 anos, faleceu no domingo, 1º de abril, no estado da Bahia, onde residia, o jornalista e publicitário macaense Ney Peixoto do vale. Foi um dos fundadores e também presidente da ABRP - Associação Brasileira de Relações Públicas e, como jornalista, trabalhou no Diário Carioca. Como empresário de comunicação, foi diretor-presidente da Associação de Comunicação Integrada, à época, a maior empresa do país. O Correio da Bahia noticiou o fato lamentando a perda do macaense. Ney, o mais velho da família Peixoto, tinha os irmãos Jerônimo, Antonio, Emília (falecidos), José e Adolfo. Com seus pais, sempre vindo visitá-los na aconchegante residência na Pça. Verissimo de Nello, Ney sempre alegre e feliz relembrava sua infancia nas Ruas da Região de Petróleo. Abraçado ao seu velho pai, caminhava pela Rua Direita, ia até o Lar de Maria e revia os amgos e contemporâneos.
Ney sempre foi um fiel assinante do O REBATE e, sempre recordava os momentos em que fazia seus escritos que eram publicados e guardados com carinho em sua brilhante trajetória jornalistica.
Recebi a noticia atraves do jornalista Armando Barreto. Em nome de O REBATE envio as condolências aos seus familiares e especial aos meus amigos Adolpho e José Peixoto que sei da dor que estão sentido com esta perda.
(José Milbs, editor de O REBATE e amigo da familia)



obituário



Morreu ontem aos 83 anos, o jornalista e criador do Prêmio Esso de Jornalismo, Ney Peixoto do Vale. Ele estava internado desde sexta-feira na UTI do Hospital Aliança por causa de um AVC, Peixoto nasceu em Macaé, no Rio de Janeiro, em 14 de fevereiro de 1929. Quando era diretor do Departamento de Comunicação da empresa Esso Brasileira de Petróleo, em 1955, criou a premiação mais importante do jornalismo brasileiro. Há oito ele morava em Salvador. Seu corpo foi velado e cremado no Jardim da Saudade em cerimônia às 16h30.ney peixoto
Morre o jornalista que criou o Prêmio Esso
Morreu ontem em Salvador o jornalista Ney Peixoto do Vale, aos 83 anos, dois dias depois de ter sido internado no Hospital Aliança, vítima de um AVC. Em 1955, Ney foi o criador do Prêmio Esso -- a mais tradicional e antiga premiação do jornalismo brasileiro. Nascido em Macaé (RJ) e radicado no Rio de Janeiro, Ney foi um dos pioneiros na assessoria de imprensa no Brasil. Ele fundou uma das primeiras empresas especializadas em assessoria de imprensa do país, a ACI (Assessoria de Comunicação Integrada), mais tarde vendida para a Hill and Knowlton.
O jornalista Peixoto do Vale foi um dos fundadores e presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas, além de ter sido um dos precursores no estabelecimento de padrões éticos da profissão de relações públicas, regulamentada em 1967. Formado em Administração de Empresas, Ney presidiu também a Associação internacional de Relações Públicas. Ele deixou três filhos e nove netos.

31.3.12

Poeta, grande figura de alegre pensar. Morre "Hespanho"" que fazia poesia no ver das coisas

JOSE ANTONIO FRANCO HESPANHOL viveu intensamente a Poesia sem nunca se deixar tomar pela política partidária. Nasceu simples com a simplicidade dos homens do interior que buscam sempre na natureza o florir de seus encantos poéticos.
Beleza purissima do homem do Campo, refletida em um de seus cânticos: “Lá na serra de Trajano
Tem um pau pra derrubar
Em cima tem marimbondo
Em baixo tem mangangá”....
José Antonio faz nascer o carinho das pessoas pelo seu querido recanto de nome Triunfo, vive e revive Trajano de Moraes, As Serras, o Alto do Imbé... busca nos Marimbondos nos Mangagás, nos leva ao Cheiro das fumaças que faziam Obras de Artes, na Maria Fumaça que se dirigia as nuvens das Serras...
Quanta poesia, quanto amor ao seu lugar, no refrão de seu Poema:
“A desgraça do pau verde”
É ter um seco encostado
O seco pega fogo
Verde morre assado”.
Um homem com quase 2 metros de altura e um coração tanto maior que vindo morar em Macaé, cidade grande para ele, soube também ver, por entre o progresso e o fim das Cadeiras nas Calçadas, a Macaé bocolina e bem brejeira... JOSE MILBS DE LACERDA GAMA, escritor e editor que ainda será um Poeta no esmelhamento de obras como a do amigo Hespanhol)...





MACAÉ A PRINCESA DO ATLÂNTICO

Adoro-te bela Princesa do Atlântico,
deitada em teu berço esplendido, de areia,
alegre a merecer dos poetas, os cânticos
mais belos que inspiras e semeias.

Bela mulher dos olhos verdes marinhos,
de cabeleiras verdejantes de tuas matas,
de nuvens claras, que em céu azul são arminhos
que vestes para embelezar-te, e te recatas.

Mas esta beleza não poderia passar despercebida, 0
ante ao olhos dos que em ti admiram a vida,
como os menestréis ou bêbados românticos.

E tu deitada languidamente na areia escaldante,
como a musa dos poetas, e a inspiração dos amantes,
bem merece ser chamada de A PRINCESA DO ATLÂNTICO.

José Antonio Franco Hespanhol
Ontem, perdemos um amigo, poeta e apaixonado pelas letras. E ficamos muito tristes. Nasceu em Trajano, mas viveu Macaé. Nossas homenagens
JOSÉ ANTONIO FRANCO HESPANHOL, 13/10/1951 - 20/03/2012 (assim foi dito por alguem que conviveu com ele atraves da Memoria Macaense que registrou o fato)...


“Lá na serra de Trajano
Tem um pau pra derrubar
Em cima tem marimbondo
Em baixo tem mangangá”


Vim pra vida onde se consagra a morte. Nasci no alto do morro ao lado do cemitério. A noite do meu nascimento no jongo, que era um costume local, ouvia-se na serra de Trajano: “Tem um pau pra derrubar, em cima tem marimbondo em baixo tem mangangá”.
A Maria fumaça subia a serra gemendo um sorriso, na alegria de chegar, tão imponente com a locomotiva de número 31, que é exatamente o contrário do dia 13, o dia real de quando chorando, sorri pro mundo. Só que nesse fatídico dia veio outra máquina e desta feita, com o número 51, que era curiosamente o ano da minha chegada ao mundo, que pode-se dizer triunfal, não que Triunfo seja uma pequena localidade no pé da serra, mas sim porque esse treze não era sexta-feira e sim um belo sábado. Não era agosto, pois era outubro, e o relógio que estava com os ponteiros no 12, não era meia noite e sim meio dia. Assim, estava livre dos estigmas populares que atribuem como sendo a sexta-feira treze o dia do azar.
“Tanto pau no mato
Imbaúba é coronel”
E o jongo continuava com sua cantoria: “tanto pau no mato imbaúba é coronel” - como querendo anunciar o nascimento de um ser poderoso que venceu o dia do azar que acontece em pleno inverno e nasceu numa bela e florida primavera, no mês de outubro. Já desde menino, ainda bebê, vencia obstáculos, nascendo no dia certo mesmo sendo um 13 e na hora certa, mesmo sendo 12 com os dois ponteiros na vertical, pois assim estavam apontando para o céu, como se fazendo um elo entre o firmamento e a terra; essa terra bendita, onde se registra o suave murmúrio das águas buliçosas e velozes que desce riscando num tom prateado o colo da serra em direção ao alto do Imbé.
Na pia batismal recebi o nome de José Antonio Franco Hespanhol. O Franco por parte de minha mãe oriundo de família muito conhecida em Visconde do Imbé, e o Hespanhol do lado paterno, de família também muito conhecida em Santa Maria Madalena. Meu avô era imigrante espanhol, fazia parte da casa espírita Jesus Coroado, que situava-se entre o Arranchadouro e o Largo do Machado. Essa rua hoje leva o se nome.
“A desgraça do pau verde”
É ter um seco encostado
O seco pega fogo
Verde morre assado”.

Desde tenra idade sempre procurei andar em boa companhia, sempre seguindo conselhos dos mais experientes e com Deus no coração, pois a desgraça do pau verde é ter um seco encostado; o seco pega fogo e o verde morre assado, como anunciava o Jongo em suas últimas cantorias.
Memórias... Rios em nossas almas. São pontilhões antigos que nos levam ao rio infinito de nossas lembranças. Nossos ritos, nossos mitos, nossa terra e nosso chão. Uma palavra se levanta, PERTENCIMENTO. Sentimento que nos faz sabedores de nossos signos. Nossa memória é a expressão de todos os sentidos quando em comunhão com o Pertencimento. Levantemos nossa memória. Temos o dever de criar os mecanismos necessários para que nossa pegada, enquanto comunidade nesta terra chamada MACAÉ, não seja apagada por invencionices de nossa história. Macaé é muito mais.

Jose Milbs de Lacerda Gama, editor e amigo das "Memórias Macaenses"...

22.1.12

Pessoas simples, "Moradores de Rua existem em todos os lugares. "Amarelinho" morreu na região de Petróleo. Era de Jiquié - Sergipe...

Qual seria o mistério tão procurado e nunca desvendado da Existência Humana? Onde reside o Belo, onde mora a Razão, o que religa e faz brotar o afeto quando se procura o significado da não Existência e do Saber? Quem era e quem foi AMARELINHO? apenas se sabe que viveu, perambulou, amou e foi amado como ser...



Os moradores da Região do Centro, na Cidadezinha de Macaé, hoje Noroste Fluminense e Capital Brasileira de Petróleo, ja estavam acostumados com a presença matinal de um jovem nordestino. Esquálido, falhas nos dentes centrais de sua boca, sempre às pressas como se fosse para algum lugar. "AMARELINHO' tinha um olhar cansado, fixado num distante mundo de seu interior humano. Olhar que era dotado de pouco brilho mais que, quando visto em sua profundidade por pessoas puras e de dom espiritual sublimado, deixava-se ver na beleza que levada até a sua alma...
"AMARELINHO" era assim. Atencioso no trato com todos, ganhava pela beleza de sua alma que irradiava gentilezas. Fluia criação, nos toque mágioos das plantas que cultivava gratuitamente no CETEP onde era "bem chegado", tratado como humano e fazia seus trabalhos Voluntários...
Por gostar de ser visto pelo que tinha em sua beleza interior, olhado como ser vivo, por alguém que amainava a sua beleza interior, afeiçoou-se a muitos macaenses e moradores que o tratavam cordialmente.
"AMARELINHO" tinha o dom natural de todo nordestino. Dizia que tinha nascido em Jiquié, cidade perto de Aracajú e morava dentro de um carro abandonado no final do Bairro Miramar, bem atrás de um Barração da PMM. Gostava muito de uma Birita, comum a quem vive e mora assim. Nunca se soube porque veio e como chegou. Sabia-se que era de fino trato, devia ter tido uma criação delicada mais nunca deixou abrir a causa de sua opçao pela solidão das dormidas sem destino matinal...
Angela, minha companheira, sempre trazia do CETEP mudas pequeninas de plamtas que ele dava por saber que ela gostava e morava em local onda podia crescer e florir. A epilepsia, unida as doces de Cachaça, devia dar revertérios em sua cabeça ao ponto de evitar maiores ações de trabalho. Dai porque, mesmo sendo aconselhado a deixar o alcool ele nao o fazia. Por estar sempre ajudando as pessoas no CETEP e lá ser visto com carinho e afeto, AMARELINHO falou que ia fazer o Concurso para a Prefeitura que será no Mês de Fevereiro. Queria ter uma renda, voltar a estudar, dizia até que ia receber uma casinha para morar. Gostava de Marilena e de Guto porque olhavam para ele com o mesmo carinho que Angela.
Ontem soube que este jovem Andarilho que fixou-se em Macaé, tinha falecido. As pessoas do mundo das midias de jornais e blogs não devem se deter em uma morte tão simples e tão anunciada. Preocupam-se, creio eu, com outras mortes, ceifadas no auge do Poder e oom suas heranças a serem divididas e buscadas a ferro e fogo com...
Para mim, talvés passasse despercebidas a morte deste jovem Andarilho não fosse a tristeza que vi no sembrante de Angela ao me falar sobre o fato. A ultima Muda de Flores que ela trouxe plantei e tenho certeza que crescerá. Irá se juntar a outras Amarelas que ele mandou e plantei. Por sinal estão floridas no amarelar como se tivessem homenageando ele...
AMARELINHO, com toda simplicidade de sua curta existência, deixou saudades em muitas pessoas que habitam a Educação em Macaé. Trabalho puro, sem nenhum interesse material sem nenhum pedido, apenas doando sua gentileza, seu trabalho e suas flores...
José Milbs editor de O REBATE


HEDIR RENAULT, GRANDE ARTISTA PLÁSTICO, AMIGO DE INFÃNCIA DE GRANDES INFÃNCIAS DA RUA DO MEIO, ESCREVE AO EDITOR JOSE MILBS, VIA FACE BOOK E FALA DAS PESSOAS E GENTES DE ANTANHO...
Hedir Renault comentou seu link.
Hedir escreveu: "Milbs, REMEMBER: Lobo, Maria Cachimbinha, Jumentinho, Papa Lambida, Rita Pavone, Coruja, Milfont e outros melhores socialmente, queridos e saudosos que marcam/marcaram a brejeirice de Macaé com seu caráter folclórico.Orlando Tardelli cantor, Pitico dançarino, Flaubert, boêmio, Frota enxadrista, Levi, o fôlego, Fabiano com seu cachorrinho na standadrd-lambreta .SAUDADES..Símbolos da variedade humana, marcantes por uma característica forte, Godofredo Taboada, "milionário", dono do hotel tradicional, Elias Agostinho, ex-político aposentado, Clóvis Mello, antigo comerciante, "seu" Thiers da rua do Meio, Bolão com a Harley antiga com transmissão, Zé Machado, fazendeiro Cláudio Itagiba, filósofo e no final FILÓSOFO MESMO marcaram meu visual cotidiano nnuma pequena Macaé de grandes amizades.São /foram personagens mais que pessoas."

12.1.12

dr orlando de souza e sua casa na rua da praia. texto sem revisão




José Milbs Lacerda Gama:
Esta casa era visinha da casa onde morava meu primo Aristeu ferreira da Silva. Era ali que morava o doutor Orlando Nunes de Souza, conceituado Médico pai de minhas colegas Ivana, Helena e Orlandinho que foi meu colega de Escoteiro. Morou ali tambem o sr. Sesinando de Souza, contemporâneo de meu avô Mathias Lacerda e que foi Prefeito de Macaé e tio do Dr. Abilio de Souza pai do meu amigo e e Desembargador Ronald de Souza. Ronald era irmão de Ivonildo de Souza, madrinha de minha irmã Djecila, Berenice,minha professora primária e do médico Abilio Claudio.
Dr. Orlando era um homem tranquilo que nos anos 70, ainda no vigor de seus 70 anos,foi meu colega no INAMPS. Sempre alegre e bem humorado. Sua esposa era uma senhora lindissima e suas fihas idem. Eu tenho aqui em casa um movel (comoda de pedra carrara) que foi do Sizinando e depois do Dr. Orlando que me foi doado pelo Ronald...
Doutor Abilio de Souza foi advogado, fez o inventário de minha familia, era ferroviário e grande poeta. Me doou um livro seu que ainda tenho e que fala das belezas que seus olhos viam na sua "querida Macaé".
Teve seu nome homenageado no Forun e depois, por obra de algum Prefeito ou vereadores que não teem compromisso com a cultura ou apenas estão no poder para enriquecerem-se com as vantagens do poder, teve seu nome substituido...
José Milbs editor de www.jornalorebate.com

3.1.12

AOS 82 ANOS MORRE O FERROVIARIO JACY SIQUEIRA QUE FEZ MINHA CABEÇA, AOS 7 ANOS, PARA SER VASCAINO




Pois é meus amigos e leitores de O REBATE. Aqui estou para registrar a morte de um grande amigo que, sempre que a gente se encontrava nas ruas de Macaé, me saudava com as duas frases que batiam solene, alegre, feliz e afetiva em minha memória. Ola Vascaino. Bom dia Menino. Era sempre assim que o Jacy me saudava. "Menino" era a maneira cordial que muitos ferroviários mais velhos, saudavam a gente que iniciavamos profissões no SENAI da Estrada de Ferro Leopoldina nos anos 50.
Jacy tinha vindo com sua mãe, Dona Maria e seus irmãos para fixar moradia em Mscaé. Vieram de Cachoeira de Macacú, assim com também vieram de Quissamã, Joaozinho Passos, sua simpatica esposa Alda e um robusto e inteligente menininho de nome Joel. Todos moravam nas duas casas que minha avó Alice Lacerda, Dona Nhasinha, alugava para manter eu e meus irmaõs vivos e sadios. Jacy e Joaozinho fizeram histórias na Rua do Meio e foram meus "padrinhos" nas andanças pela Oficina Geral de Imbetiba...
O Tempo, senhor dos sonhos e das recordações memoriais, deu espaço longo a vivencia nossa em nossas ruas, antes empoeiradas e hoje com novos progressos e cimentações. Mesmo assim não deixaram que o esquecimento tomasse conta de nossas recordativas andanças pelo camimho fértil da memória...
Hoje, através do Professor do CETEP, Benigno, tomei ciencia da morte de Jacy. Veio pelo telefonema de Angela que me perguntava se eu conhecia um senhor de nome Jacy Siqueira. Era a senha que recebia para voltar ao computador e fazer eterno a existencia deste grande amigo que se foi...
Imbetiba dos anos 50 que ele, como muitos Ferroviários, olharam milhares de dias. Nas manhães, pelo Buzo de 6, 45 e nas tardes pelo das 16,00 onde, em cima de suas luxuosas bicicletas, voltavam para o acalento de seus lares. Macaé foi forjada, em suas história nos ultimos 50 anos, pela presença de centenas de pessoas que habitavam a Imbetiba e que hoje tem sua continuidade pela presença alegre e feliz de millhares de Petroleiros que forjam e cimentam a nova história desta linda cidade de Macaé. Cidade que sempre esteve e estará com seu povo nativo de braços abertos para tantos outros que aqui aportam e aportarão...
As ruas de Imbetiba, a região do asilo e suas vielas jamais terão seus dias com a presença e encantamento mágico dos cumprimentos alegres de Jacy. Eu mesmo vou, apenas recolher, para sonhos futuros, sua meiga vóz saudando o nosso Vasco de tantas glórias. Jacy, como todo Vascaino, sempre fez novas cabeças para a Cruz de Malta. Não sei se alguem teve a lembrança de ornar seu sepultamento com a Bandeira.
Abaixo transcrevo pequeno trecho de um livro que ainda vou publicar O PINGUIN DA RUA DO MEIO, onde falo nele quando de minha volta do Rio de Janeiro para Macaé...



"AS PESSOAS QUE BATEM NAS PAREDES DA MEMÓRIA.

Voltei, os 7 anos do Rio de Janeiro, Del Castilho para Macaé e fui morei na Rua da Estação, na casa de uma prima de minha avó que eu chamava de Tia Domingas Almeida. Esperávamos desocupar a casa da Rua do Meio pois estava alugada a uma familia amiga. Lá moravam Jacy Siqueira, ferroviário, seus pais e um irmão de nome Abiacy Siqueira que foi me comtemporâneo no Colégio Luiz Reid. Jacy foi que fez a minha cabeça para ser Vasco da Gama. Era um tempo bom para nós vascainos dos anos 46 em diante. Tri-Campeonato, Ademir, Barbosa, Augusto, Wilson, Maneca, Tesourinha, Heleno, Ely, Danilo, Jorge, Ipojucan figuravam nas meus "Jogos de Botôes pelas Varandas". Não havia televisão e a gente imagina as jogadas que Jorge Curi e Mario Vianna iam falando nos lançes mais perigosos. Pela manhã iamos fazer, em folha de papel dos nossos diversos colégio, os desenhos dos jogadores e como tinham sido os gools".
José Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com

27.12.11

Lembrando do Mestre Antonio Alvarez Parada - TONITO --





No que você está pensando?

Jose Milbs Gama
LEMBRANBDO DO MESTRE ANTONIO ALVAREZ PARADA O QUERIDO TONITO

Um dos grandes valores de nossa Velha Macaé. Tonito foi meu professor no SENAI, sua irmã, a linda e querida Anita minha mestre em Portugues, imrão do Colunista de O REBATE nos anos 60 Cezário Alvarez Parada, Irmão da simpatica e alegre Herminia, sofreu com Dona Artemia a morte prematura de Pilar a lindissima menina que a todos encantavam. Que a minha querida Detinha, sua fiel Companheira tenha um Ano de Luz e que Macaé não esqueça seus valores culturais que O REBATE, volando às Bancas em Janeiro, será o defensor... Grande Tonito. Grande Poeta e Historiador. Nosso Mestre.. Jose Milbs de Lacerda Gama editor de www.jormalorebate.com
http://www.jormalorebate.com/
www.jormalorebate.com


CEZARIO ALVAREZ PARADA JR E OUTROS, VIA FACEBOOK FALAM SOBRE TEXTO
Luiza Caetano Feliz Ano Novo Querido José Milbs, igualmente para o Rebate a continuação dos sucessos e das notícias

Cesareo Jr Alvarez Parada Obrigado Jose Milbs,pela lembrança. que tenha de igual valor tudo que a nossa familia foi desejado. abraços Cesareo Junior

4.12.11

Ex vereador da Região de Petróleo, Otoniel Gomes tavares, "TAECO" morre após Cirurgia. Corpo chega hoje em Macaé...





Neste domingo a noticia chegou e pegou todos de ssupresa. Aos 74 anos, o empresário e ex vereador Otoniel Gomes Tavares não resistiu a uma Cirurgia Cardíaca e faleceu no Rio de Janeiro.
Nascido em Carapebus, quando ainda era distrito de Macaé, capital nacional do Petróleo, desde cedo mudou-se para a cidade. Foi ferroviário nos no final dos anos 50 e,em no ano de 1966 foi eleito Vereador. Participou comigo na Camara dos Vereadores e juntos criamos um bloco parlamentar que era composto por mim, Jodyr Souto Correa, Lealdino Magalhaes, Roberto Garrido de Souza. Eramos do antigo MDB e fui lançado a Prefeito em uma das 3 legendas do partido.
Deixando a politica,dedicou-se ao Comércio de Tintas e fundou a TAECO TINTAS se firmando no ramo quando a cidade ainda engatinhava no progresso. Mesmo afastado sempre se preocupava com os problemas da comunidade e, das poucas vezes que tive contado com ele, sempre perguntava pelos andamentos jornalisticos de O REBATE e falava de sua preocupação com a saude...
Particioante ativo do LIONS CLUB DE MACAÉ onde sempre se destacava pelos seus dotes de assistencia os mais necessitados, era visto sempre colaborando com várias entidades sociais de Macaé e da cidad de Carapebus. O REBATE imortaliza sua presença na vida e sente sua morte que abre uma lacuna de grandes saudades a todos os moradores, principalmente os da Rua do Meio (Dr. Bueno ) onde ele tinha seu comércia a mais de 30 anos. Participante ativo na Maçonaria e membro de sua fundação conforme texto abaixo onde participou com destaque na Obra da sede em lembrança feita pelo obreiro e amigo Nemezio Nelman Albuquqerque:


"O homem Maçom deve ser o novo Prometeu que rouba o fogo
dos deuses e o entrega a seus semelhantes.
Neste fogo arderá a chama, essa sim, eterna, de liberdade.
Ernesto Guerrini

Já estavam ansiosos os craques, os olheiros e torcedores. O encontro das quintas-feiras na AMA, com o futebol, volta com plena força e vigor, com uma platéia exigente não perdoando seus ídolos quando estes pensam em uma grande jogada e o corpo não obedece. Afinal, são jovens promissores na véspera da melhor idade que se encontram para o salutar bate-papo regado a umas boas, com moderação, e o tradicional churrasco.
A abertura do campo aconteceu dia no 28 de setembro, dia em que o presidente da Associação, o Irmão Olivan Carlos Glória Moreira, zagueiro de estilo clássico, comemorava os seus 72 anos bem vividos.
Criada com grandes objetivos, no dia 6 de fevereiro de 1997, após uma série de reuniões entre as Lojas Obreiros de Macaé n◦ 2075, Gonçalves Ledo n◦ 49 e Perseverança Segunda n◦ 8, foi criada a Associação Maçônica Acácia – AMA. Seus diretores, ao longo deste período, vêm trabalhando em busca da construção de uma área de lazer agregada a um espaço para o Maçom idoso. A área destinada para construção deste espaço é de 5 mil m2, leva o nome de Centro de Excelência do Maçom Idoso Dr. Manoel do Carmo Losada, cuja Pedra fundamental foi lançada em outubro/2003, com a presença do Eminente Grão-Mestre do Grande Oriente do Estado do Rio de Janeiro, o Irmão Sérgio Tavares Romay, que vem dando todo o apoio ao projeto, junto com os Irmãos deputados da Poderosa Assembléia Estadual Legislativa Maçônica/GOERJ que aprovaram na Lei Orçamentária/2005, art. 16, anexo II, a destinação de uma verba mensal para a construção do Centro de Excelência do maçom Idoso.
A história desta Associação resume-se nos sentimentos nobres do Irmão Olivan Carlos Glória Moreira, unido aos propósitos de fundação de uma Loja Maçônica - Obreiros de Macaé n◦ 2075 (26) - cujos trabalhos fossem sempre direcionados ao congraçamento de um grupo. O pensamento de seus fundadores era que qualquer trabalho realizado em conjunto, com objetivos comuns, gera um maior potencial de forças, alcançando com mais objetividade as metas programadas. Esta página da vida, para o Irmão Olivan Carlos Glória Moreira, que vem sendo escrita pelos Irmãos de Macaé, tem um significado especial: que unificar pode ser utopia, mas a união e o comprometimento com a Ordem é de responsabilidade de todos os Maçons.
Conhecendo o pensamento comum desses valorosos Irmãos fundadores, o Irmão Olivan despojando de uma parte dos bens materiais de sua família, fez a doação de um terreno de 10 mil m2 à Maçonaria macaense, independente de potência, para construção de um Centro Geriátrico. Mais tarde ficou aprovado que 5 mil seríamos destinados para uma área de lazer.
“A AMA não tem fronteiras. A AMA pertence aos Maçons, portanto ela não é ligada a nenhuma Potência Maçônica”. Este pensamento é comum entre os Irmãos das Lojas fundadoras, que vêm buscando parcerias e recursos para o projeto. Hoje já se tem construído um campo de futebol, sauna, banheiros e uma área com cozinha, churrasqueira e bar.
A busca destes recursos já inseriu no calendário de eventos maçônicos da cidade, contando sempre com o apoio da Prefeitura Municipal do município, o Torneio Tiradentes, realizado anualmente com a presença de representantes de vários orientes e o Arraiá do Bode, também anualmente, reunindo outras instituições sociais representativas da cidade.
A partir de sua fundação já assumiram a presidência da associação os Irmãos Severino Alves Barbosa – Loja Gonçalves Ledo n◦ 49 -, Marcos Antônio Ferreira Franco – Obreiros de Macaé n◦ 2075 -, Olivan Carlos Glória Moreira – Obreiros de Macaé n◦ 2075 e Otoniel Gomes Tavares – Gonçalves Ledo n◦ 49".



Os seus familiares os sentimentos de toda a equipe de www.jornalorebate.com que, dentro de nosso convênio mundial com o Busca do GOOGLE, seu nome sempre estará acessado.
José Milbs de Lacerda Gama, editor de O REBATE e de www.jornalorebate.com

MACAENSE AUSENTE, NEILAH SOUZA AGUIAR ENVIA CONDOLENCIAS AO FAMILIA DO TAECO VIA FACE BOOK
"Macae perde um grande cidadão. Minhas condolencias à familia".






‎"Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida". JUNG




Neilah Aguiar


www.facebook.com/Neila.Aguiar

MACAENSE JADYR ZANARDI, FALA DAS SAUDADES E DA PRESENÇA DE TAECO NA VIDA ESPORTIVA DE NOSSA REGIÃO.
Jadir Zanardi jzanardi@oi.com.br

19:46 (10 horas atrás)

para mim, Sônia
Boa tarde
Hoje, logo cedo antes de receber os cumprimentos pelo aniversário natalício, o respeitável irmão Jayme Pinto e a Sônia Golosov, pelo Grupo Espírita Pedro, tive a notícia do passamento do querido irmão Taeco (Otoniel Tavares).
O jornalista e querido amigo José Milbs descreveu um pouco da trajetória do Taeco....... me fez retornar uma Macaé que infelizmente não existe... Mas faltou dizer que foi também, levado pelas mãos de Satiro Esteves, jogador do Fluminense.... foi na verdade um centrofor (como se dizia na época)... não de grandes qualidades, mas lutador, como foi na vida. Amigo, fraterno e solidário.
Abraços a família enlutada. A vida é assim,,,,,,, Obrigado ao José Milbes pelo trabalho que há anos persevera e a querida Sônia Golosov...
Abraçaos aos irmãos das Lojas Maçônicas de Macaé e as de todo o Universo. Pois, saibam todos, o irmão Otoniel Tavaes, será recebido como bem merece no Vale mais iluminado da Grande Igreja Celestial.
Estejam com Deus, sempre

Cláudia Roberta Ozório Pereira:
BRASILEIRA QUE MORA NO CHILE E VELEJOU PELO MUNDO,ESCREVE AO O REBATE E FALA DO LIVRO ECILA E DAS BELEZAS DO TEXTO...



Querido Milbs,

Muito obrigada por toda sua gentileza, ve-se que voce eh um homem como sua mae, que ama pessoas. Todo seu trabalho do jornal eh muito lindo e de importante informacao para todos. O livro sobre sua mae eh excelente, sua mae e uma pessoa especial e espero que Macae toda ja esteja sabendo sobre o livro, eh uma joia. Gostei muito do jeito que escreve citando o nome das pessoas, parece tudo tao vivo.


Um abraco grande,
Claudia Roberta Ozorio Pereira

1.12.11

Pesquisa em familia de Benedito Lacerda confirma o que sempre achei ser verdade.. O PAI DE BENEDITO LACERDA, o Flautista, é MEU AVÕ MATHIAS LACERDA

Esta foto de Benedito Lacerda é o retrato que poderia ser de meu irmão Gallito, Zootecnista que mora em SP... Podem colocar o nome do Pai dele na sua certidão de nascimento e vir pegar comigo, seu sobrinho, o DNA...

sidney beckerc



Bom dia José,

Após ler a " Saga de Nhasinha " podemos encontrar a resposta sobre quem é o pai de Benedicto Lacerda, o grande Músico,Regente e Compositor de grandes sucessos: A resposta está, de forma bem delineada, contida nos trechos abaixo reproduzido e muito bem escrita por você, que com certeza é Sobrinho de Benedito Lacerda, pois o Pai do Flautista é Mathias Coutinho de Lacerda e a Mãe Maria Lousada,( mulher branca ) uma dessas duas senhoras de Conceição de Macabú (antigo distrito de Macaé).


( acrescentei o negrito para realçar a substancia )

" Além desse casal , Mathias Coutinho de Lacerda disse que tinha tido mais filhos durante o período de viuvez de seu relacionamento com duas senhoras de Conceição de Macabú. Estes meninos se chamavam Benedito. Ambos levavam seu sobrenome Lacerda.

Claro que a existência desses filhos naturais sempre acompanhou a vida de minha avó, que se referia a eles com afeto. Benedito Lacerda cresceu e entrou para a Leopoldina e foi um dos responsáveis para eu ingressar no SENAI, já que eu era seu sobrinho e ele me olhava sempre com carinho.

Era uma pessoa meiga como meiga era "Morgadinha" sua esposa. Durante a minha juventude eu tive Benedito sempre por perto, me dando bons conselhos e carinhos quer na Leopoldina, quer no Fluminense, onde ia com amigos. O outro Benedito seria o músico que foi morar no Rio de Janeiro. Tocava flauta.

Quanto ao "Benedito Flautista", não tenho confirmação de seu parentesco com meu avô. Embora ele tenha se casado com uma senhora de nome Ondina, tendo vindo em minha casa para conhecer minha avó, acho que a filiação com meu avô ficou longe devido ao pouco contato que tiveram com ele.

Mathias Coutinho de Lacerda nunca mentiu para Alice Quintino de Lacerda, daí o forte laço de carinho que norteou suas vidas durante o tempo em que se fizeram casados e que se estendeu na própria viuvez de Alice Quintino de Lacerda por longos 33 anos. "





O filho de Benedito Flautista que vc conversou via Facebook, com certeza era Oduvaldo Lacerda, ex-Coronel da Aeronáutica, que lamentalvelmente faleceu.

Eu sou casado com uma das netas do Benedito Flautista (Wyrthes) e consequentemente ela é bisneta de Mathias e dessa forma, se não estiver errado, é sua prima em 2º grau.

Assim sendo o ramo genealógico de Mathias/Benedito deu 3 netas e 1 neto e destes, 4 bisnetas e 4 bisnestos.

A " Saga de Nhasinha " ficou mais rica em informações.



Abraços,

Sidney
Nota: Aos 72 anos de idade eu sempre soube que o Benedito Lacerda era filho de meu avô Mathias. Vários históriadores já percorreram a cidade m busca de informes. Hoje eu tenho a certeza e a alegria de ter mais primos e primas espalhadas pelo Brasil.
Para quem tiver alguma dúvida basta ir até São Paulo, cidade de Tietê, procurar meu irmão, Antero Gallo Fernandes Junior, filho de minha mãe Ecila, de seu segundo casamento. Nunca vi rosto tão igual. E olhe que Bendito nasceu em mais ou menos 1905 e o meu irmão Gallito em 1958... Coisas da genética.
Jose Milbs de Lacerda Gama Editor...


De José Perlingeiro grande amigo da familia do Aerton de Dona jandyra e de seu Antero Perlingeiro: Escreva um comentário...

Jose Perlingeiro
Zé Milbs...muito obrigado. Você me fez recordar de uma época que eu era feliz e não sabia. Este é o meu hino com o maior cantor da musica popular brasileira. O Paulo Massadas e Sullivan autores desta musica linda, fizeram mais umas 15 inclusive sucessos na voz da Alcione, Obrigado mesmo parceiro. Esta musica faz parte de um tempo de muita felicidade. Beijão. Precisamos estar juntos é tomar um bom whisky 12 anos.Você não sabe o bem que me fez.

23.11.11

NEM SEMPRE O PRIMEIRO AMOR É O PRIMEIRO NAMORADO....





Agradecendo a 'MEMÓRIAS MACAENSES' pela guarda e uso de tantas belezas que nascem em nunca morrem em todas as lembranças humanas. A PRAIA DE IMBETIBA sempre foi palco de grandes namoricos e grandes casamentos na Região de Petróleo. Bares que ornavam a Beira Mar, como "Maracangalha" que sempre era citado no O REBATE pelo nossso querido Colunista Social VOLÚSIA CLARA, pseudônimo do Cezário Alvarez Parada. "O 860" que tinha a simpatia e a liderança de Lurufe Alves Soutinho como anfritião e tantos outros lugares que marcaram saudades.
Quem pode esquecer a querida e cordial presença de Santinho no Hotel do Sesc, hoje sob o comando da Petrobras? Santinho tinha a formação natural do belo e da cortezia. Sabia amar os seus semelhantes e sempre era, com seu sorriso, que recebia todos no antigo Hotel Balneário de Imbetiba. Este Velho Hotel que teve como seu primeiro proprietátio o pai de minha saudosa e eterna Sogra Ivone Manhães Coelho que sempre falava sobre os anos 30 que marcaram sua presença em nossa região e o seu casamento com Eduardo Trindade Coelho que deixou uma história viva de grandes descendentes...
Praia de Imbetiba de suas areias grossas e suas ondas bravias... Fiz um lindo livro on-line sobre alguns momentos mágicos desta Praia. Em O LUAR DE IMBETIBA procurei retratar alguns destes harmoniosos momentos de união da Mente com o Belo adormecido de minha cabeça...
O meu amigo Nelson Gonçalves esteve na minha casa quando eu morava na Rua Visconde de Quissama, 714, casa 1. Ele foi lá quando do nascimento de minha filha Aninha. Cantarolava suas músicas, colocava algumas nas velha máquinas musicais que haviam nos bares da estrada e me falava de suas visões de Disco Voadores...
A Flor do Meu Bairro
Nelson Gonçalves

Introdução:
A minha historia é vulgar
mas algo fica provado
nem sempre o primeiro amor
é o primeiro namorado


A flor do meu bairro
Tinha o lirismo da lua
Morava na minha rua
Num chalé fronteiro ao meu
Eu conheci
O seu primeiro amor
A sua primeira dor
E o primeiro erro seu
Lembro-me ainda
O bairro inteiro sentiu
A flor ingênua sumiu
Com seu amor, o seu rei
E eu que era
Seu primeiro namorado
De tão triste e apaixonado
Nunca mais me enamorei
Hoje depois de alguns anos
Eu encontrei-me com ela
Na rua dos desenganos
Menos ingênua e mais bela
Ela fingindo desejo
A boca me ofereceu
E eu paguei por um beijo
Que no passado foi meu
A minha história é vulgar
Mas algo fica provado
Nem sempre o primeiro amor
É o primeiro namorado





Soube da Revitalização da PRAIA DE IMBETIBA e da presença dos grande representantes de nossa história. Frederico Guedes e Ian waytt nascidos dos caros amigos Sandra/Cláudio e Marco Aurélio/Maria Amélia. Só estas presenças bastariam para a tranquilidade de que coisas boas estão a caminho. Pena que, mesmo com todo o conhecimento da Tecnologia e da Arquitetura Moderna, não será possivel rever as ondas bravias e as ressacas que invadiam nossas casas e quintais, mansamente, em todos os meses de abril...
José Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com

20.11.11

MEU ENCONTRO COM UM GRANDE AMIGO. JOSIAS MIDÃO CONHECER DE NOSSAS HISTORIAS DE UMA CIDADE FELIZ...





A Rua Télio Barreto não teria sua história cravada e fecundada na existência de Macaé se não tivesse a presença da FAMILIA MIDÃO. Gente simples que construiu um dos mais belos patrimônio morais que se espalharam por toda a cidade e fóra da Região de Petróleo.
Seu José Midão deixou uma prole que, em sua maioria, foram meus contemporâneos. Josias, Alzira, Estelita, Célia e Maria José são os frutos brotados de uma frutífera Arvore Geneológica que enfeitam lares e espalham a semente do Bom Ensinamento que nasceram de seus pais e se porpetuam nas dezenas de filhos e netos que se encontram e toda a nossa sociedade...





Sempre que me encontro com minha linda filha Lais ela fala que está frequentando uma Casa de Oração que se encontra na Rua Télio Barreto e que, um dos seus missionários e pregadores fala muito sobre nossa amizade que remonta aos anos 60, precisamente nas Lutas Estudantis. Seus olhos sempre brilham de carinho ao falar do Josias e, nas últimas vezes ela me dizia que ele tinha sido afetado, em sua matéria, por uma grave doença na fala.
Tinha muita vontade de rever este velho amigo. Hoje fui fazer umas comprar na cidsde, aproveitando o "descanso dos carros que infestam nossas ruas", parei perto das confrontações das Ruas Velho Campos com Télio Barreto me vejo de frente com este grande amigo. O mesmo olhar de menino, a mesma certeza na existência do belo fraterno. Abraçamo-nos e ele balbuciou meu nome que logo fugiu de sua fala para nos deixar bem mais a vontade no entendimento humano que brota no olhar e no "querer falar".
Para que falar, meu bom e meigo Josias, se os seus olhos e seu sorriso falam tão alto que embelezam o murmúrio silencioso da manhã ensolarada deste Domingo e faz soar bem alto a certeza de que o belo e a amor entre os humanos ainda existem. Volte a estudar, meu bom Josias. Crie novos horizontes de encantamentos mais tenha a certeza que voce faz feliz quem o rever nas Andanças das ruas periféricas de sua sagrada Morada...
Dissee-me, com um sorriso bem dele que passou mal um dia em Macaé. Que levaram ele para uma cidade depois de Campos (itaperuna) e que, de lá, foi para o Rio de Janeiro num hospital depois de Copacabana, muito bonito e caro.Deve ser o Barra D'or penso eu.
Josias fala com a mesma simplicidade de quando tinha seus 15 anos nos bons tempo do Colégio Estadual Luiz Reid...
Os ensinamentos que você recebeu de seus pais, nascidos e criados na Igreja Batista de Macaé, contemporâneos do Pastor Edmundo Antunes e seus descendentes, estao magestosamente estampados em seu sorriso de menino e no afeto que distribui em quantos possam como eu e minha filha Lais, terem sua presença em fraternal abraço...
A alegria de Josias em agradecer o carinho de sua amiga e companheira Honorina ficou refletidamente guardada em minha memória de cronista juntada pelo orgulho dele em falar de suas belas filhas...
(Jose Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com )

18.11.11

As Jaboticabas do quintal de Dona Bentinha, as lindas presenças de Dona Cotinha no dia a dia de uma cidade que tem é histórias para serem contadas...





Estes dias tenho me dedicado apenas e tão somente na catação de lindas Jaboticabas que "estão dando" aqui no Sitio Estância Vista Alegre onde moro, edito o Jornal O Rebate e tenho o Rancho O Rebate onde faturo alguns trocadinhos para o aumento da Aposentadoria do Ministério da Sáude...
Estas jaboticabas plantei a uns 30 anos. Tinha ido a Santa Maria Magdalena, em Companhia de Alfredinho Tanus, filho de meu velho amigo, Poeta e SSeresteiro, Camil Tanus. Alfredinho tinha um sitio aqui em frente e, assim como meus outros ex visinhos Paulo da Farmácia e Nelinho Prata Almeida, venderam seus lindos imóveis. Todos com nascentes e visão previlegiada para o Mar e a lagôa. Os três locais, hoje, são três firmas que vivem no mundo comercial do Petróleo.
Quando trouxe os 3 pequeninos pés de Jaboticabas, um velho amigo de nome Firmino foi logo avisando que "quem planta esta fruta, dificilmente pode se deliciar por que demora muito prá dar"...
Nestas recordações, que remete o autor a infâncias havidas, o toque harmonial do tempo, que bate no silencio do pensamente, fez com que pudesse lembrar de meus 6 aninhos na Rua do Meio ( Doutor Bueno)180.
Nos meses de Novembro e final de Outubro era uma correria só. Crianças sorrateiramente e de olhar espreitado iam no grande terreno onde morava uma simpática senhora de nome Bentinha. Seu esposo era um Ferroviário de lutas sindicais. Seu Alencar estava sempre, com sua bicicleta em punho e a gente o via sempre na casa do Senhor Ramialho que fazia belos e rodantes Piões de "Madeira Roxinho". Seus filhos e filhas eram nossos companheiros de Bolebas. Alencarzinho e Ellcinho...
Num galho da "minha jaboticabeira", enquanto escolhia as mais maduras e maiores iam passando pela minha ampla mente que já caminha para os 80 aninhos, o belo do recordar humano. Muito mais rápido que o mais possante de todos os PCus do mundo eletrônico, me vi dando parabens a minha memória. Como era rápida sua ida e vinda no tempo e dando subsidios para este texto...
Lembrei-me de minha visinha Dona Cotinha que, no seu andar calmo, seu corpo frágil e espiritualiade grandiosa e sempre feliz. Dona Cotinha era uma constante em nossas vidas infantis. Seus filhos Hélio, Olivier, Hélia, Therezinha, Antonia, a queridissima e inteligente Mariazinha, Nice e Darcy a quem todos conheciam apenas como Nenên...
A gente brincava nas Calçadas Esburacadas e na Rua Empoeirada e habitávamos um mundo bem feliz. Não havia Televisão para poluir nossas mentes e que hoje poluem nossos filhos e netos. Era tudo na base da criatividade. Dia de chuva era os Barquinhos de Papel. Manhães de Sol e Vento Ameno era Peladas com Bola de Meia, As tardes sempre a gente estava cercado com meninas e meninos. Algumas "Futricas" que era uma espécie de "Pescador" com prêmios escundidos nas Areias de um Caixoto de Madeira. A Arêia era apanhada em frente a nossa casa por que o Mar de imbetiba trazia sempre suas ondos até nossas casas em dias de Ressacas... o Caixoto era mesmo da Vendinha de Seu Lulú Miranda um dos pilares de nossa história...
Antes do Cair da Tarde, Ciranda, Cirandinhas, Passa Passa o Anel, Carniça, Amarelinho,Boleba de Gude, Bente que Bente o Frade, Pique Esconde, Cobra Cega, Folhinha verde e tantas outras criações que saem sempre das mentes Infantis...
Antes mesmo dos Vagalumes e os Pirilanpos chegarem para os seus acendimento e pisca-piscas, os mais velhos já se aconchegavam nas Cadeiras das Calçadas onde todos as Senhoras ficavam até que chegava a hora de ir para suas casas para ouvirem a Mamãe Dolores...








Todas as casas tinham cercas de Arame ou nem tinham. Sempre com suas pequenas criações de galinhas de Roça que encantavam pela quantidades de cores de seus pintinhos. Tento manter este encantamento mágico do Cantar dos Galos às 4 da madrugada e do magestoso andar das Galinhas com seus belos filhos...
Memória que se perderia no Tempo no Espaço entre as pessoas que viveram momentos que continuam gravados nas cabeças e que, com o simples toque, revivem no real como que um sonho lindo que nunca se desfaz.
Ontem recebi um telefonema do meu velho amigo Izac de Souza que é servidor do Forum da cidade. Falou que tinha uma pessoa muito amiga que queria falar comigo. Uma vóz suave e que trazia os fluidos do carinho e do afeto.Ela se identificou. Era Therezinha, filha de Dona Cotinha e do velho Benedito Gama. Minha querida visinha e linda Therezinha. Hoje uma das figuras mais ilustres do Judiciário do Estado do Rio de Janeiro.
São coisas que Batem e Rebate nas Paredes de nossas Mentes e fazem o autor voltar ao PCu. Bem vinda de volta à terra minha amiga Therezinha. Este texto tem muito a ver com suas vivencias...
Therezinha ajudou a criar, com sua presença sempre cordial o meu querido irmão Ivan Sérgio. Ivan sempre fala com muitas saudades de Dona Cotinha e, em especial Mariasinha.
Quando já estava terminando esta bela recordação de infâncias e presenças vivas, olho para o quintal do Sitio, são quase 18 hs desta sexta-feira de Novembro. Meu filho José Paulo Coelho de Lacerda Gama, já chegado de seu trabalho na PETROBRAS, esta em companhia de meu neto João Pedro de Lacerda Gama Soares, 11 anos. Caminham para os Pés de Jaboticsbas, colhem centenas delas. Todas maduras. Comentam sobre a sutileza dos frutos. Chego até eles. Brinco com João sobre o Flamengo dele que está na pior e vejo o sorriso feliz de Zé Paulo já imaginando o nosso Vasco na final... É a continuação das histórias que se repetem a cada momento nesta vida linda que a gente vive...

( José Milbs de Lacerda Gama, editor de www.jornalorebate.com )

15.11.11

"MARIOLA" QUER SER PREFEITO DA CIDADE MAIS RICA DO BRASIL. Porque "Tiririca" em Brasilia e eu não em Macaé?



Numa manhã chuvosa, num feriado de Proclamaçao de Republica, em plena Avenida Ruy Barbosa, na esquina da Pça. Verissimo de Mello, onde existia uma linda e aconchegante casa que foi morada de meu Professor de Quimica/Fisica nos anos de 1953, na Escola Ferroviária 8-1 SENAI,Antonio Alvarez parada, me vejo a imaginar as casas de antes do Pregresso e da Ordem Financeira que é senhora de todos os desejos...
No vagar de minha mente posso rever o Correr de Casas, todas iguais e belas onde morou grande vultos de nossa história. Minha querida irmã de meu avô Mathias, a bela Maria Lacerda (Tia Pequena)onde morou Zizi, Gilda, Cici e Maria que deram seguimento a nossa geração de primos e primas que se juntaram aos Lemos, Corrêas, Mathias Netto, Santos e tantos outros...
A mente vai correndo as velhas mansões do tempo: A Casa de Hugo Carvalho,Renato, Ruy e de seu pai Ary Charret, a do Doutor Abilio de Souza, pai de Ronald, Abilio Cláudio, Berenice e Ivonildes, o pousar alegres dos Filhos do Doutor faustino Marciano de Castroe toda uma gama de pessoas que pisaram o Solo Sagrado desta Rua Direita e deixaram suas marcas no Túnel Vigoroso do Tempo e das Recordações...
Antes mesmo de voltar a realidade dos anos 2011. ainda via o vulto feliz de Dona Delzinha, esposa do Senhor José Siqueira da Silva e mãe de jair e Jorge. Vinha caminhando, comprimentando a todos em companhia da querida mãe de Bonga, Léa e Paulinho Silva...
Este tempo ia e se vai num piscar milimétrico de pulsações mentais e me vejo de frente com a simpatica presença de um homem do POVO...
"Mariola" , como centenas de outros vultos simples de milhões de cidade do Planeta, tem a magica e o encantamento de fazer feliz as crianças. Vendendo suas mariolas, com um cesto em sua cabeça, ainda de cabelos negros, com sua voz de nordestino puro e de tez morena, ia e vinha nos encantos que brotavam de seu oferecimento: " OLHA A MARIOLA, 0,10 centavos, quem vai?... quem ia e quem não ia não tinha dele maior interesse. O que o belo nordestino queria era mesmo o olhar de todas as crianças e o apontar dos dedinhos para sua cabeça no equilhibrar das apetitodas mariolas...
Mariola atende meu chamamento. Peço que permita uma foto para o JORNAL O REBATE e ele prontamente se aconchega na conversa e diz com seu lindo sotaque nordestino:
- Sou candidato a Prefeito de Macaé em 2011. Minha missão não terminou ainda. Sou e vou ser eleito para mudar a História desta cidade que me acolheu com muito amor e carinho. Quero que as crianças sejam meus cabos eleitorais e não abandono a minha candidatura...
Perguntei, Mariola, porque vc não vem primeiro para Vereador? Na lata ele responde: - Sou candidato a Prefeito.
Lembrei de Tiririca em São Paulo, de Florzinha nos anos 70 em Macaé e tantos outros filhos do POVO que almejaram este posto. Quem não se lembra de Xisto Antonio Reis nos anos de 1940/50 que tinha sempre seu nome nas cédulas para Prefeito. Eu tinha uns 6 anos ou mesmo uns 10 anos e gostava dele. Alegrava as crianças, falava com a gente o que os outras candidatos "grandes" só falava com quem votava...
Imaginem estas crianças dos a nos 90 que hoje é maioria nas eleições de 2011...
Ligo meu velho fusca 72 e volto para o Sitio onde edito o Jornal O REBATE. Deixo o "Mariola" alegre e prometo a ele um texto no jornal. Fica ai a minha promessa e mais uma Cronica para a história de minhas andanças.
José Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com








3.11.11

Dona Elza Vieira dos Santos Machado, A Dama Negra que a todos encantava pela alegria, morreu no Novo Cavaleiro...



Uma mulher negra, franzina, sempre alegre e distribuindo sorrisos timidos e de grande penetração nas almas das pessoas, teve sua vida terrena interrompida no último fim de semana.
Uma das mais antigas moradoras do Bairro Novo Cavaleiro, onde "O REBATE" está desde 1970 com suas edições, ela sempre esteve presente em nossas Ruas e Pequenas e Mal Iluminadas Picadas. "Dona Elza" era muito feliz na criação de seus filhos, netos e sobrinhos. Seu maior encanto vinha de suas roupas, sempre lembrando, em cores, sua origem na querida Africa de tantos Reis e sofrimentos do POVO.
Mãe de Geraldo, o querido "Geraldinho", de Reginaldo, o simpático "Caial" e de Roselli, Genildo e Rosemere que sempre estavam em sua companhia nas presenças e andanças do dia a dia...
Meus filhos são amigos dos filhos desta descendente direta, acho eu, de algum Reinado Africano nos terríveis anos da Escravidão. Eu era seu amigo e admirador de sua luta na criação e aconchego que tinha com seus 16 netos e os 3 sobrinhos. Lembrava um pouco minha avó Nhasinha que me criou e criou os meus dois irmãos Djecila e Ivan Sergio. Ficava, muitas das vezes sem se alimentar para que nada faltasse aos seus filhos e dependentes...
Uma mulher guerreira que fará muita falta ao Bairro Novo cavaleiro que, nos velhos e bons tempos era conhecido como Bairro do Mulanbo...
Conheci dona Elza desde que vim morar por este Encantado e Mágico Bairro. Ela residia perto da casa de meu Amigo Otavianno Canella, grande Indio Goitcás que morreu com 100 anos e também teve o privilégio do conhecer esta Grande Dama...
Nesta época Dona Elza morava junto com Dona Madalena e meu amigo Honorato, um velho Negro que faleceu aos 98 anos e que me dava aulas de como era dura a vida de seus avós e da saudade que eles sentiam da Velha e Aguerrida Africa...
Ela sempre vinha ao Sitio Estância Vista Alegre, onde edito o jornal "O REBATE". vinha para levar alguns baldes com água e a gente conversava sobre a nascente do local. Talvés a única ainda limpa do Bairro. Falava de suas preocupações com Geraldinho, acho eu, seu filho predileto e do mundo violento que estamos vivendo com tantas diferenças social entre as pessoas. Dona Elza era uma pessoas super afetiva e de grande vivência.
Sua mãe, descendente direta de Negros de Africa, sempre viveu em Macaé. Dona Eugênia era queridissima no Morro do Carvão, amiga do ex-Prefeito Eduardo Serrano e que deixou um legado genético na vida dos moradores do Morro do Carvão...
Ultimamente Dona Elza morava na Rua Acadêmico Paulo Sergio de Carvalho Vasconcellos, uns 400 metros de "O REBATE" o que fez com que sua presença e seus filhos fossem algo quase que diário em minha casa.
A última vez que vi esta Dama de Olhar Tímido e vóz Suave foi dois dias antes dela falecer. Passou em frente ao jornal, com uma roupa linda que lembrava muito a Bandeira do Kênia e me saudou alegre.
Geraldinho foi quem me trouxe a noticia de sua morte. Deixa de bater um dos mais simples e sofridos coração de numa Grande Negra...
Nascida em 25 de Dezembro de 1954 ela não verá o Natal do ano de 2011 mais tenho certeza que seus filhos, netos e sobrinhos saberão honra seus ensinamentos de Mulher Guerreira e alegre...
José Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com

29.10.11

Confissão.................................................


Que esta minha paz e este meu amado silêncio

Não iludam a ninguém

Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta

Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios

Acho-me relativamente feliz

Porque nada de exterior me acontece...

Mas,Em mim, na minha alma,

Pressinto que vou ter um terremoto!

Mario Quintana

27.10.11

Sou Vasco desde os 5 anos e não me arrependo de ter passado para filhos e netos...


Morava na cidadezinha de Macaé, Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, mais precisamente na Rua Doutor Bueno, 180, a uns 956 passos largos das areias grossas e lindas de uma Praia de nome IMBETIBA...
Nas horas e dias em que o mar ficava revolto, com suas ondas que mais pareciam espumas e cores de Caldo de Cana Caiana, as crianças gostavam de brincar de catar Conchas, Estrelas do Mar, restos de cascos de Mariscos, pequenos e pobres Cirís Brancos que morriam, nos encontros das ondas com algumas pedras maiores...
Nesta época, a cidadezinha era apenas habitadas por gente que se conhecia, muitos Ferroviários, centenas de Pescadores, um tênue Comercio de Vendas a Varejo com anotações das compras dos Fiados...
Ao cair das tardes, quando o Sol já se punha dando lugar ao anoitecer, a gente brincava com os Pirilampos e Vagalumes que eram aos milhares com seus pisca-piscas a dar sentido claro as mentes criativas que os caçavam para esfregar seu corpo morto e indefeso em nossas camisas para que as mesmas ficassem reluzentes ao primeiro contacto com a escuridão da linda noite que se avisinhava...
As manhaes eram de acordar bem cedo, nas épocas das Férias dos Colégios Isolados, e
se ir para as coisas comuns a todos meninos de 5 anos ou 6. No meu caso, batia a saudade do meu Bisavô EMILIO TAVARES DA SILVA que, até pouco tempo me levava num carrinho feito de madeira de Mercadinhos e com rodas artezanais, para o Banho de Mar em Imbetiba. Meu bisavô tinha sido Cigano e chegou na Região nos anos de 1850 com seus pais. Foram habitar o Sertão de Carapebus/Quissamã onde moraram por anos e anos e até foi Sitiante em Capelinha do Amparo onde doaram terras para que fosse feito o Cemintério e a Capela da Comunidade. Vô Emilio teve vários irmãos de sobrenome Silva que habitaram Quissamã e Carapebus. Já minha Bisavó Adelayde era da familia dos Almeidas, Ribeiros e Bastos que habitavam Conceição de Macabú...
Nesta Rua Dr. Bueno que tinha o apelido de Rua do Meio por ficar centralizada nas únicas que davam acesso a Praia e a Leopoldina, tinha um lindo Pé de Mija-Mija, com seus robustos troncos e uma florzinha que dava uns cachos que a gente tirava um pequeno pedaço em seu início meio parafusado e espirrava nas outras crianças. Dai o sujestivo nome de Mija´Mija. Nunca mais soube desta àrvore que, como as Tamarindas devem estar extintas...
Pois é, num destes troncos que varavam até a Rua, meu querido guardião e amigo Bi, levou um tombo. Nunca mais me levou as csminhadas em em busca do Nascer do Sol na Praia de Imbetiba. Antes de completar seus 90 aninhos este homem rude, pele enrrugada, mãos calejadas, olhar de menino e coragem de um Indio Guerreiro, deixou esta vida...
O olhar azulado de minha Bisavó sempre estava lacrimejante e nem sabia o porquê. Caminhava para os 100 aninhos, mascava seu Fumo de Rola, Pitava seus Cinco Pontas e lavava seus paninhos que ficavam embaixo de seu travesseiro. Contava suas histórias de Moura Torta, da Baratinha, Do Boi Bumbá, dos Indio que Comia Brancos em sertões...
Não entendia muito de Saudade e só fui sentir isso quando vi a ausência de meus seres queridos em minha infância e adolescencia...
Nos intervalos das Manhães para as Tardes Amenas, como toda criança de 5 anos, começavamos os jogos de Botão pelas Varandas. Sempre Menor de que os outros meninos que viviam neste Encantado Mundo de minha Infância, não tive outras alternativa em escolher o Vasco da Gama como meu time do coração. Era o prenúncio de um amor grandioso pelo time Preto e Branco...
Meus amigos de Jogos de Botão, todos mais velhos eram todos, ou Fluminense como Cláudio Moacyr e Levi Corrêa, ou Flamengo como Telmo e acho o Anterinho...
Neste tempo de mágicas recordações a gente fazia os Botões de Casca de Coco ou pegava os chamados "feitiços" nos paletós grossos e importados de nossos avós e tios...
Meu Goleiro, de Caixa de Fósforos bem colada com cores do Vasco, era o Barbosa, meus beques eram Augusto e Wilson e a linha-média Ely - Danilo e Jorge. Na linha, todos com as carinhas coladas nos Botões, estavam Sabará, Maneca, Ademir, Ipojucan e Chico. Ainda alguns reservas como Heleno de Freitas, Tesourinha e outros que fogem a meméria que já caminha para os 100 anos em 13 de Agosto de 2039...
Dai em diante começou minha alegre descoberta do Grande Vasco da Gama. Minha avó Nhasinha Lacerda foi a 1a pessoa que fiz a cabeça. Outras Vascainas apareceram por ver minha felicidade em ouvir o Jorge Curi e, com o rosto colado no Rádio Rabo Quente. criar os Goools de Ademir e vibrar com as defesas do Grande Barbosa...
Foi fácil fazer a cabeça de minha mãe ecila. Minha irmã Djecila não consegui. Ela quis ser Flamengo...
Veio mais uma cabeça Vacaina na pessoa de meu querido irmão Ivan Sérgio de Lacerda Gama.
Tempo passando e a alegria, aos 9 anos de conhecer o EXPRESSO DA VITÓRIA que tomou conta de todo o Brasil com as vitórias de Querido Vasco da Gama...
Hoje, aos 72 aninhos, depois de muitos altos e baixo, consegui fazer outras Cabeças Vascainas. Meus filhos Luis Cláudio, Ana Cristina e José Paulo. De todos os netos, apenas a Mariana é Vascaina. Os outros seguem a idéia do neto João Pedro que é Flamengo e está sofrendo com a chegada no novo EXPRESSO DA VITÓRIA DOS ANOS 2000...
José Milbs, editor de O REBATE www.jornalorebate.com
Foto:
Galã:

Maneca fazia o gênero galã e gozava de muito prestígio entre as mulheres, tendo vivido, ao que contam, um grande romance com a cantora Olivinha de Carvalho, vascaína ferrenha que fazia imenso sucesso na época cantando músicas portuguesas e integrando o “cast”, como se dizia, da Rádio Nacional (a Globo daquele tempo), do qual participavam os maiores nomes do rádio.

FICHA:

Nome: Manuel Marinho Alves
Data de nascimento: 28 de janeiro de 1926
Local de nascimento: Salvador - BA, Brasil
Falecido em: 28 de junho de 1961
Posição: Meia / Atacante

26.10.11

Ioni de Raphael e Adonias do antigo Correio, morrem na Região de Petróleo. Primavera mais triste...





No final dos anos 6o, Adonias chegou em Macaé. Ainda jovem, com um corpo atlético,queimado pelas praias da Paraiba e um conhecimento grande na arte do Judô. Veio trabalhar nos Correios onde, com a cidade ainda engatinhando no progresso, dividia suas folgas com a Caça Submarina onde conseguia grandes peixes...
Com o passar dos tempos, já se integrando a vida comunitária, para aumentar seus compromisos financeiros, trabalhou no Ed. Dom Pepe e era sempre visto nos "points" de Macaé com sua fala sempre puxada para o belo do Norte/Nosdeste brasileiro. Faz parte dos Grandes Pescadores que ainda nominarei em breve.
Seus filhos foram colegas dos meus e fazem parte destas histórias que estão sendo vividas por esta geração dos anos 70.
Xereleco, um dos seus filhos, é o que mais afeto guardo e onde tenho grandes histórias para serem contadas. Adonias deixa um legado de idéiCs sobre a vida marinha e tem seu nome perpetuado num Restaurante na Orla dos cavaleiro onde seu outro filho Gerson é sempre visto em alegres papos... É a vida que continua deixando o legado da saudade...

Ioni Goghi Ribeiro, professora, grande amiga, morre em plena Primavera. A história de Macaé vai, cada dia, ficando sem seus pilares construtivos. Ioni foi esposa de Raphael, meu velho amigo das boas noites enluaradas e puras de uma cidade bucólica e nossa. Raphael fazia de sua profissão de macânico um verdadeiro esconderijo para chegar mais um pouco tarde em casa. Sempre "fardado" com o macacão de sua labuta, era a maneira que ele encontrava para "chegar mais tarde em casa" e justicar um "inexistente serão", onde, nos mal iluminados bares de nossa cidade, bebiamos algumas.
São coisas de uma região que ainda tem muitas histórias para serem contadas e vividas...
Ioni vem de uma das mais ilutres familias de Macaé onde a Avenida Ruy Barbosa, em um dos mais belos Casarões, teve o privilégio de curtir sua infância e adolescencia.
Leitores de O REBATE impresso nos anos 70 e até hoje fiéis aos nosso textos, sempre que abro meus emails encontrava alguma palavra de incentivo, vindo de Ioni e de seus filhos...
Fica bem menor a nossa sociedada e o coração de muitos amigos...
José Milbs de Lacerda Gama editor de www.jornalorebate.com

17.10.11

Uma viagem no interior da mente escura....

Uma viagem ao redor da mente.
Saber de sua abertura e existência...
Olhar o velho mundo se distanciar.
Saber do belo ...
Ouvir a voz do vento...
O murmúrio do passarinho...
Viver.
Saber da vida...
(José Milbs)




Praias, lagoas, rios de águas claras, montanhas com verdes alegres e muitos pássaros voando por toda a parte. Apenas este misterioso mundo sombrio permanecia com seus desusos e preguiça. Nas esquinas pessoas humanas falam. Gritam. Impõem ordens. Falam e gesticulam. Hora com vozes com palavras feias, ininteligíveis, outras parecendo carinho mais sempre impondo normas e deveres. Ao longo da misteriosa escuridão, homens falam em leis, condenam, prendem, roubam e andam de um lado para o outro sem ir nem vir para lugar nenhum. Pregadores berram. Crianças e flores se olham com espanto como se não entendessem nada daqueles seres grandes e faladores. Alguns até com gravatas e talões de cheques.

‘A planta e o passarinho que voava entre seus galhos param para olhar o espanto da criança e da flor. A cor esverdeada dos olhos da criança faz harmonia com a flor avermelhada que, com o cair dos raios de sol, se torna da cor do vinho. O passarinho e a árvore esquecem por instantes o espanto que via para olharem estarrecidas as falas brutas dos engravatados e seus amigos.

Mulheres também gritam uma com as outras fazendo com que outros passarinhos e outras flores fiquem boquiabertos e espantados. A escura visão da mente continua sendo bombardeada por luzes e mais luzes. Algumas verdes, outras cinzas e a maioria delas de cor azul. Esta combinação faz com que o desuso dos olhos comece a ver turbilhões.

A misteriosa vida nas escuras muralhas sombrias e tortuosas da mente escondida, por anos e anos de solidão, tende a resistir a qualquer tentativa de furar este bloqueio que faz bem a ela.

Como os peixes que vivem na escuridão das cavernas marinhas, como os Cambotás que turvam as águas límpidas ao tentarem brincar na superfície, estas sombras evitam a claridade. As misteriosas e barulhentas censuras ainda forçam a continuidade na vida triste de um mundo opressor. Ainda este bem claro para esta mente sombria e misteriosa, os ensinamentos religiosos, a certeza de uma eternidade corpórea. Esqueceram de dizer a ela que a vida continua mais a sua morre. Ela ainda escuta os milhares de olhares maldosos da vida que lhe obrigou a retrair-se. As noites e os dias se confundem numa névoa existente. Pensamentos ainda podem ser conectados a desejos mais estes estão limitados a sua volta e não abrem horizontes. Apenas pensa existir e a certeza do sim esbarra nos milhares de naos que a sociedade, a civilização lhe outorgou conhecer. "Mistérios que se pode desvendar", dizia as sombras repetidas no espelho da vida. Além de algumas que já começam a desaparecer muitas sombras estão em desafio e não querem abrir as portas. O Inconsciente o Espírito e a Alma se confundem na incerteza da abertura das sombras existentes.

O lado obscuro da sua cabeça começa a lhe fazer ver alguns reflexos. Alguns brilhos vagueiam na escuridão e um ponto luminoso se pode ver, ao fechar os olhos, no lado sempre fechado do misterioso mundo da escuridão. A luz se faz presente de forma longe, como se estivesse olhando para o céu aberto em noites de Lua e Estrelas. Se parece com algum ponto estrelar, ou quem sabe, alguma coisa que pode ter ficado em aberto ao fechar os olhos. A cor começa a se mover e formar alguns tênues seres. Muda de cor. Agora é uma cor de vinho. Uma linda cor vinho que faz o ponto central de sua cabeça.

Como se fosse um "Olho longe", muito longe mais lindo de saber possuir. Seria o terceiro olho dos antigos Livros Orientais? Será que o OLHO central que dizem existir nas histórias Orientais existem ao se abrir o Lado Obscuro da Mente?

Este ponto azul, ao abrir os olhos forma-se como um pontinho negro que acompanha sua visão aberta. Vai e volta em torno de seu contorno facial e some. Nas praias , quando a misteriosa mente se deita e se distrai, esta pequena partícula negra se torna cinza e vagueia também em torno de seu rosto moreno, queimado pelos anos de verões que sua existência tem.

As noites , quando o sono vem, à escura mente brinca com a mente que vê pintas negras. Sonhos lindamente claros, lugares que, a mente deixa-se vê, pontos nunca habitados são jogadas como bola de ping-pong. Se de um lado a mente escura joga seus conhecimentos, a mente que vê pontinhos, lhe informa de suas visões. Lugares proibidos de ir ou medo de não voltar?

Estas partículas de bolinhas de cores maravilhosas e misturadas formam colares de mil cores, entrelaçados uns aos outros. Como as tiras que as bailarinas usam em suas apresentações. Só que estes colares são de vários formatos e cores deslumbrantes. Cores que nunca existiram na mente que existia antes.

As noites de sonhos são como belezas novas. Cores, idas e vindas em lugares bem distantes da terra, vôos lindamente feitos e se sentindo pássaros. Em alguns momentos não consegue ver onde esta. Não vê onde está mais confia que estará de volta sempre que assim seja permitido. Seria a ida a mundos novos?

Camadas de sonhos, profundezas da mente escura ou algo que ainda não é permitido ver, turvam as manhãs que fazem a mente escura recordar alguns meandros das noites.

Pensa: como seria o sonho de um ser humano cego de nascimento? Ele sonharia as cores ao deitar-se na profundeza de sonhos? Ou seria a mente escura que lhe forneceria as belezas deste lado desconhecido na vida que leva na escuridão da cegueira? Perguntas sem respostas e as duas mentes começam a emitir informações entre si.

A misteriosa mente pede que volte ao espelho e olhe onde estão as sombras que ficavam em círculos ou em paralelos . Olha o espelho. Muitas sombras sumiram.

Algumas que estavam em círculos estão desfiladas, paralelas ao fim do seu corpo. Ainda existem muitas sombras a serem extirpadas. A misteriosa mente escura começa a ver pontos abertos de luzes. Azuis, verde, brancas, avermelhadas. Quase um arco-íris de formato reto. Como se as luzes fizessem seguimento com a dimensão geográfica dos paralelos das sombras. Algumas piscam como piscam as Árvores de Natal e as que as pessoas colocam nas árvores para enfeitar os fins de ano. São centenas de luzes que, quase no paralelo, formam uma longa fila.

A mente escura sente que existem olhos e este pode ser usado. A turvulência que via começa a se clarear. Braços e dedos são levados à região do rosto e, uma pequena esfrega na região dos olhos lhe faz ver em redor. Já sente que existem olhos e estes podem ver. Estaria cego e voltava a ver ou esteve sempre numa escuridão e nunca tinha visto a luz?
As duas mentes agora estão mais livres.

A que nasceu aberta, agradece a que voltava a ver. Era como lhe dizendo que toda a repressão, todos os “naos” da sua vida, toda mentira que foi obrigado a dizer ser verdade, todo o amor negado, pedido, dado, rejeitado, tudo era absorvido pela misteriosa mente que ia se fechando, se fechando e ficado sem nada ver. “Uma forte luz cai sobre as duas mentes e, uma voz longe, suave lhe diz:
-” Vocês duas nasceram livres. Uma dentro da outra. Viveriam sempre juntas vendo tudo que uma vê e outra via. Só a misteriosa mente teve que optar por receber da outra mente toda carga que viesse de forma agressiva e má. Daí que ela foi ficando assim, como um grande fardo pesado puxado sem poder lhe dar os conhecimentos que agora vocês duas vão ter”.

A luz se torna mais forte. Como um clarão, fixa-se nos olhos das duas mentes. Seria este clarão que os epiléticos recebem e não conseguem absorver e caem em retorcidas e loucas atitudes? Seria este clarão que as pessoas falam nas manifestações nas Mediunidades Kardescistas?

Seria este clarão que fez o Mestre Jesus, refugiar-se no mato. e chorar vendo coisas lindas? Seriam este clarão as visões de João Batista? Ou seria este clarão que fazia mexer com a mente de Francisco Candido Xavier na privilegiada e sofrida cabeça deste homem simples de Uberaba?
José Milbs de Lacerda Gama, editor de O REBATE www.jornalorebate.com