Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

23.9.11

Carlinhos Curvelo, Seu Carlinhos ou até mesmo e sempre Carlos Curvelo. Um homem que deu inicio a vida comercial da Região de Petróleo...



Uma loja de móveis e alguns eletrodomésticos, história que veio do interior de Macaé, onde havia apenas estradas feitas com as patas de cavalos e carroças, foi assim que chegou a nossa comunidade o alegre sorriso de Carlos Curvelo. As localidades de Bicuda Grande, Bicuda Pequena, Cachoeira de Macaé, Serro Frio, Córrego do Ouro, Trapiche, Frade e até mesmo da Cabeceira do Sana, tinham um carinho especial pelos Curvelos que tiveram suas origens nestes pontos bucólicos e puros das comunidades abertas do interior do Rio de Janeiro.
Chegaram até a cidade de Macaé, nos tempos em que não havia Ferrovia nem se pensava nunca em petróleo. As décadas de 20 e 30 margearam estas chegadas. Muitos trouxeram familias e uma enorme vontade de criar aberturas comerciais e políticas.
A maoiria dos Curvelos foram para o comércio e, de todos eles, o que mais trazia a marca da alegria e do bom humor foi o meu amigo Carlinhos Curvelo. Pai de Serginho e Eliane, irmão devotado de nosso querido "Tio Nico" que, na verdade não era nosso tio e sim de Sady, Augusto Carlos, Léo e tantos outros meninos que a gente foi se acostumando a chamar de tio também...
Carlinho foi o maior destaque comercial e a mais bela simplicidade de nossas ruas. Sabia ser um cavaleiro e um servidor atento ao servimento de seu trabalho. Aconchegava todos de uma forma muito especial e se destacava de outros comerciantes macaenses dos naos 20, 30, 4o e 50.Rompeu gerações e morreu sem ver a Primavera do ano de 2011.
Quem me falou de sua morte foi o meu amigo Honório José da Silva e Sylvio Roberto dos Reis Peixoto. Ambos deixando passar o sentimento de tristeza pela perda de tão importante amigo e conselheiro...
Com quase 100 anos, sem se curvar a segurança e ao medo, sempre era visto em suas andanças por nossas ruas. Olhar sempre atento ao bom dia, a boa terde e,no "como estão todos em casa"", sua presença Centenária irá faltar a muitos, como o autor, aprendeu a admirar sua vida e sua tristeza em vários momentos de sua existência...
Superou a perda de seu querido Serginho e se dedicou ao orgulho na formação de seus netos e bisnetos.
"O REBATE", embora um pouco atrasadoao comunicar a sua morte, deixa patenteado no busca mundial do GOOGLE, alguma coisa sobre este belo homem que soube enriquecer sem perder a simplicidade, sofrer perdas sem deixar de sorrir. Carlinhos Curvelo foi um dos mais queridos amigos de "O REBATE" nos anos 70. Sempre presente com sua assinatura aos nossos textos e uma alegre presença na Redação da Rua Marechal Deodoro, 150. Fundador da Associação Comercial, Rotary e outros serviços, jamais se deixou levar pela vaidade. Nem mesmo quando seu primo e amigo Antonio Curvelo Benjamin, foi Prefeito e Deputado por vários mandatos, Carlinhos perdeu a naturalidade.
Em longas conversas nos Bancos da Praça,era visto com Ruy Figueiredo Borges, José Baptista de Mattos, Jorge e Jair Picanço Siqueira,OdenirFigueiredo, Caio Gomide Leandro Saores, Amphilophio Trindade, Armando borges, Carlos Augusto Tinoco Garcia e tantos outros que deixaram esta vida e marcaram presenças no desenvolvimento da cidade e região.

José Milbs de Lacerda Gama, editor de O REBATE www.jornalorebate.com

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