Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

20.6.14

A casa não é sua, gringo! Aqui também tem um povo! TEXTO DE 2007 NO JORNAL A NOVA DEMOCRACIA

inicio Nº 34 A casa não é sua, gringo! Aqui também tem um povo! Ano V. nº 34, abril de 2007 José Milbs Eles chegaram, olharam, gostaram muito. Pensam que é deles. Refiro-me a esta turba de gringos, chefetes de transnacionais que infestam a cidade de Macaé, afrontam o povo, o verdadeiro dono das coisas e das terras macaenses. De dentro de suas mansões que mais parecem palácios, cheios de seguranças, muros eletrificados, esses galos de granja fanhos e de língua enrolada (o "idioma dos gatos", como descrevia a saudosa Jurema Finamour) lançam olhares de nojo para quem passa em frente às suas casas. São figuras frágeis que para se manter em pé necessitam escorar-se nas bordas do capitalismo que vive sua agonia final. Assim sustentam suas poses treinadas nos espelhos de uma consciência milenarmente corrupta, colonial, alimentada na exploração do homem pelo homem e nas guerras de agressão aos povos. Com suas drogas e seus automóveis luxuosos que cheiram a porão de navio viking, podem comprar pessoas e empresas nacionais. Podem e conseguem porque os destinos de nosso país, por enquanto, permanecem nas mãos dos gerentes coloniais, assalariados de luxo do império, infelizes e submissos que comem o que cai das mesas dos magnatas e se iludem com tronos imaginários edificados em areias movediças. II Macaé nunca incorporou essa gentalha à população nativa, esses paspalhos homiziados em seus condomínios luxuosos. A cidade assimilou os petroleiros de hoje, os operários da construção civil e a gente trabalhadora em geral, como no passado fez com os ferroviários. Gringos assim já estiveram por aqui. Vieram e se foram. Deixaram rastros de destruição, prostituição, drogas e desemprego. Os de hoje são muito piores. Conseguem ser mais degenerados e detestam - como lá onde eles se procriam, no USA - os latinos. Olham para os nativos como seres inferiores à sua "raça". A maioria destes senhores que dá ordem ao poder colonizado é ianque. Os invasores aportaram em Macaé com suas firmas presenteadas em troca dos serviços prestados em golpes de Estado, em guerras de agressão e genocídio nas quais, com muito agrado, desempenharam papéis protagônicos. Costuma-se contar que, a serviço no Vietnã, esses mesmos ianques matavam crianças vietnamitas jogando-as para o alto e aparando-as nas suas frias baionetas... Assassinos desse tipo conseguem dormir porque desde abril de 1964 não há mais governo brasileiro, capaz de ir ao encalço desses criminosos. Muitos, até agora, são chamados de "capitão tal" ou por outras patentes que ganharam nos massacres perpetrados contra o povo trabalhador em várias partes do mundo. Seus chefes costumam compensar com bons pagamentos esses heróis da covardia, das invasões, da rapina e dos massacres em terras alheias. Entregam aos seus subalternos, como prêmio, algumas empresas em países cujos governos se dobram a eles. A família de Bush Maluco, quando ouviu falar de petróleo em Macaé, montou uma "empresa" aqui, que tem o nome de Halliburton. Seu vice atual, Dick Cheney, figurou como diretor geral da Halliburton que, na realidade, continua pertencendo à família de Bush. Agora, surge uma denúncia no USA de que desviaram 2,5 bilhões de dólares da guerra no Iraque para essa mesma empresa. São genocidas e ladrões duas vezes. Afora quando roubam deles mesmos. De qualquer forma, a fabulosa quantia subtraída ao Tesouro dos piratas ianques, se não é aplicada criminosamente contra os iraquianos passa a ser criminosamente aplicada contra os brasileiros no Rio de Janeiro. E tem gente que pensa que nós não temos nada a ver com a guerra no Iraque ou que os assassinos imperialistas ainda não nos atacaram. O Brasil vive na mira dessa gente e, por isso, Macaé - como a cidade que tem a maior reserva de petróleo do país - é o alvo de suas invasões. O dinheiro fácil que aparenta vir da extração do petróleo, esconde fabulosos negócios, desde aqueles pertencentes aos grandes criminosos de guerra aos cruéis facínoras de segundo escalão, velhos traficantes de drogas e mulheres, a exemplo do que a própria Polícia Federal desvendou no interior de São Paulo com a prisão de um bandido de procedência libanesa, estourando de intoxicação, e que se intitulava "homem do Petróleo". Mas a essa mesma polícia, por acaso, mandaram investigar a vida pregressa dos ianques que vivem nas mansões macaenses, como reis e imperadores? Costuma fiscalizar, com ordens judiciais, o conteúdo dos milhares de containers de grande risco, portadores de "novas bactérias" e de ilícitos penais que chegam ao município? III Lá, no USA, eles prendem tudo que é latino, devassam a sua vida, jogam para cima colchão, bolsas, rasgam mochilas, para depois permitirem que o imigrado transite naquele território... na condição de escravo, naturalmente. E aqui, aonde os pescadores são os donos do mar, e aonde os velhos ferroviários, petroleiros e seus descendentes devem ser os verdadeiros senhores? Não acredito, embora já tenha certeza que o poder central é gerente - nada mais que um preposto do gringo - que toda a gente brasileira esteja acocorada ao USA. Entre os privilegiados, grandes brasileiros e democratas precisam fazer valer seus sentimentos patrióticos e não apenas as massas trabalhadoras. Esperar por quem, por mais o quê? Macaé, sua "elite" e muitos de seus "governantes", são cúmplices desses invasores. Macaé está muito maior do que a gente imaginava ficar. São milhares e milhares de brasileiros, da mesma forma, vilmente explorados. Definitivamente, não se pode permitir que nossas vidas permaneçam nas mãos dessa lumpem-burguesia, que de tão porca precisa banhar-se em perfume francês para ter o seu cheiro suportável. O povo, os pescadores, os camponeses, os ferroviários, petroleiros e os estudantes, são os senhores. Não ao encastelamento e às cercas eletrificadas. Sim à liberdade (a inteligência edificada da necessidade, nas formas da ação das massas) e à igualdade dos que vivem pelas suas próprias mãos, que juntas constroem os instrumentos destinados a romper com o modo de produção mais decadente que a humanidade já conheceu. E este é o momento para dizer não e esses invasores, antes que um amanhã seja tarde... O sol ainda reina no entardecer da cidade e alguns jovens petroleiros, transportados por vans, uns em suas bicicletas e outros a pé, se dirigem ao embarque para as plataformas no mar. Enormes perigos, vagalhões que ameaçam varrer terraços gigantes de um lado ao outro, tudo faz lembrar o olhar de desprezo que o gringo lança sobre o dia a dia do nosso povo trabalhador macaense e aguça a contradição entre a mesa do explorado e a vida fácil do bandido rico cercada de recursos cuja origem não se explica. Como dizia meu velho avô Mathias Coutinho de Lacerda, macaense, dono da Fazenda do Airys, nos anos de 1915, quando dele se aproximava algum "visitante"; um explorador do trabalho alheio ou rico assassino querendo fazer negócio: — Ponha-se para fora! A casa aqui tem dono!

17.6.14

Da maldade e da honradez humanas OUSAR LUTAR ---- OUSAR VENCER 2007

Da maldade e da honradez humanas - José Milbs Habitam luxuosas residências. Caras de paspalho, uns com barbas, outros com as caras raspadinhas e cabelos feitos em salões. São animais que a ciência insiste em dizer que fazem parte da espécie humana: comem, dormem, fazem suas necessidades e até aprenderam a procriação. Mas não trabalham. Antes, vivem da exploração do trabalho e cumprem as ordens da desordem crescente. Costumam se cercar de seguranças com seus ternos negros que mais parecem capitães do mato lançando olhares que imitam valentia. Usam veículos importados. Trazem mulheres que cheiram a perfumes caros e acompanham infelizes filhos que os admiram como a um cofre abarrotado de dinheiro. Parecem animais criados em cativeiros, frangos e frangas americanas que não podem se expor ao vento ou colocar os pés em outro chão que não seja o das granjas. Nesse caso, o chão dos palácios e gabinetes. Ventos açoitam as folhas das palmeiras e coqueiros que ornam a Praia dos Cavaleiros, em Macaé, cidadezinha do norte do Rio de Janeiro. Meninos e meninas normais expõem seus cabelos ao morno ventar que vem das ilhas nativas. Pés descalços, sorrisos nos lindos olhos e no repuxo dos sobrolhos queimados pelo sol macaense. Assim é a bela e boa gente trabalhadora dali. Espigões é a diferenciação no mundo natural de casas simples, mas plenas de aconchego e de amor. A ganância contraída no processo de acumulação fez de cada engravatado com seu sorriso de lagarto esquecer que existe o humano dentro de si. Transmitem aos pobres e infelizes filhos uma imagem fedente a perfumes e gestos efeminados dos opressores em decadência. Os jornais que socorrem os exploradores anunciam leis contra o povo, trapalhadas financeiras e os eventos ociosos das mansões, a maioria construída mediante desvios de cofres públicos, superfaturamento de obras e "serviços" junto aos tais poderes constituídos. O meigo sol de primavera se aproxima com o novo ano. A cidade está inflada. As empreiteiras se vão e, em seu lugar, ficam as sub-empreiteiras dirigidas pelos jagunços pinçados a dedo nas fazendas. Eles convocam rapidamente os trabalhadores que estão nas obras, aqueles que, com suor, lágrimas e saudades, foram os responsáveis pelas construções. II A frieza dos jagunços se assemelha à do seu chefe investido de empresário, o mesmo que se posta ao lado dos que exercem a função de autoridades municipais. Burocratas mais graduados supervisionam os detalhes das inaugurações. A temporada de festividades consagradas ao esplendor do crime lícito chega rápido. Timtins barulham copos do mais puro escocês, tão puro quanto a fina casta de ladrões e assassinos que o consome. Espalhados pelos salões e jardins que os acolhem, esses grupos de expropriadores da força de trabalho e do patrimônio público destilam idéias monstruosas enquanto expõem suas presas de pervertida alegria. Esforçam-se o quanto podem em cada detalhe da imitação de cordialidade humana, revelando pleno domínio sobre as regras de conduta dos desocupados sociais. Tapinhas nas costas de outros empregados de luxo denotam formas cínicas de distribuir chantagens e ameaças, como que fizessem recordar que as benesses recebidas dos faturamentos devem ter sempre continuidade. Nas areias da praia, centenas de jovens se banham e olham descontraídos para o vai e vem das ondas esverdeadas e puras. Crianças correm e brincam com pequenos caranguejos que assanham as areias e voltam para seu habitat. Os trabalhadores - antes convocados pelos "agenciadores de emprego", na realidade administradores do desemprego - foram avisados: estão dispensados do longo e penoso trabalho de quase um ano de obra. Moraram em palafitas, se alimentaram de comida fria, beberam muita pinga para abafar o soluço trazido pela humilhação e pela nostalgia. Chamados nominalmente e, contendo o ódio que brota em seus olhos, recebem a última parcela do salário miserável. Aceitam, como lhes chegam, os registros adulterados nas carteiras de trabalho. Até porque onde iriam reclamar "seus direitos" se, por entre as frestas envidraçadas dos escritórios, avistam os dirigentes do sindicalismo burocrático recebendo as tradicionais cortesias dos prepostos? Agora estão sem serviço remunerado. O que fazer para sustentar a si e à família? III Crianças, filhos desta pobre burguesia cujos dias estão contados com a aproximação da nova democracia, admiram as lindas meninas e meninos que vivem livres sob o sol nascente de Macaé. Querem também ir ao encontro de seus pares infantis, porque criança nasce tudo igual. São socialistas natas. Os canalhas, produtos do modo de produção imperialista e em agonia final, é que as desviam o quanto podem do amor fraterno. Do luxuoso hotel, elas buscam pelas gretas algum gesto que as identifiquem na essência com as crianças livres. Afastam-se sorrateiramente do ambiente podre de seus pais e dos demais cúmplices. Querem a liberdade de brincar, correr, ver os tatuís abrirem suas casas. Descem as escadas, quando já começam a ouvir os alegres ruídos da Praia do Pecado, do sussurro do mar... Os braços dos homens de ternos pretos obstruem a passagem e mandam as crianças de volta ao odioso regime de divisão de classes. Os seguranças não fazem mais que adiar a tendência natural das coisas... Vendedores ambulantes gritam sacolés, biscoitos, guloseimas e da mesma forma são afastados da frente do hotel. Tiras verde-amarelas cercam as ruas evitando a aproximação do povo. Por alguns momentos, os operários esquecem o sofrimento, a repressão dos exploradores e o desprezo dos acomodados. Cantam, assobiam cantigas de suas terras. Alguns ainda olham para os luxuosos prédios que construíram, como que imaginando para que tipo de gente trabalharam, que espécie tão pouco humana irá ocupá-los. Mulheres que conheceram, amigos que fizeram, crianças que acalentaram; tudo fica para trás. Pensam nas histórias que poderão contar aos seus filhos enquanto caminham pelas ruas macaenses rumo à rodoviária. Companheiros de mais confiança se encarregaram de trazer, de uma forma ou de outra, a alvissareira notícia que de que algo está para acontecer em toda a região do Rio. Com efeito, a quase uma hora dali, uma casa abriga vinte e oito operários que traçam planos de filiação a uma central de novo tipo. Prossegue animada a pequena assembléia que, na sua primeira pauta, já decidiu pela fundação do sindicato classista e combativo, verdadeira e digna organização da classe operária na construção civil (José Milbs de Lacerda Gama,texto extraido de http://ousarlutar.blogspot.com.br/2007/03/da-maldade-e-da-honradez-humanas-jos.html - OUSAR LUTAR !! - OUSAR VENCER !!! )...

15.6.14

MORRE NA REGIÃO DO PETROLÉO SENIZINHO VIEIRA JUNIOR

É COM MUITA TRISTEZA QUE FALO NA MORTE DE MEU VELHO AMIGO SENIZIO VIEIRA JUNIOR, O ESTIMADO SENIZINHO.... Quem fez a noticia foi seu filho marcus em comunicado no Face... Grande perda para a Região já que ele fez parte de uma linda história de alegrias e encantamento... José Milbs O REBATE... Amigos, meu pai, Senizio de Souza vieira Júnior, faleceu hoje. O velório será no Memorial e o enterro no cemitério de Santana na parte da manhã, provavelmente, às 11h. Agradeço pelo apoio que algumas pessoas tem demonstrado, mas peço que evitem telefonemas nesse momento, falar sobre o assunto é complicado e preciso de equilíbrio para agir as coisas.

7.6.14

MORRE NA REGIÃO DE PETRÓLEO JOSÉ PEIXOTO DO VALLE UMA DAS PESSOAS MAIS SIMPLES E HUMANAS QUE CONHECI EM TODA A MINHA LONGA EXISTÊNCIA.

................................................................................................................. José Milbs....( Peixotinho (Tio de Zé Peixoto e Xico Xavier) José Peixoto do Valle, nosso querido "Zé Peixoto" saiu de cena neste fabuloso Palco que é a vida. Iluminador de grandes peças de teatro nos anos 60 e 70, nascido e criado nas empoeiradas travessas e Ruas que levam as pessoas a Imbetiba e ao centro da Velha Macaé dos anos 40, Zé Peixoto é o que se pode afirmar ser ou ter sido um cara iluminada pelos focos inapagáveis (existe isso?) da vida escura em que entramos em saber como e, saímos sem ver para onde vamos... De uma família Kardecista, sobrinho de "Peixotinho" que Materializou no Centro Pedro em Macaé a Irmã Sheilla, cujo desmembramento familiar publíco abaixo deste texto, em lindo momento histórico, de seu irmão carnal Adolpho Peixoto do Valle. Falo irmão carnal por que me coloco, com sua devida autorização pos-morte, como seu irmão... Fomos criados juntos nos bons tempo de uma CIDADE PURA, pinçando a frase de meu velho amigo Paulo Mendes Campos em uma entrevista ao "O REBATE" sobre Macaé. Esta Cidade Pura transfiro totalmente, ao longo destes últimos anos, ao Zé. Ele foi puro, foi anjo, foi homem e soube ser amigo fiel a todos que o cercaram em sua vida de 72 anos. Dedicou uns 30 anos cuidando de seu irmão mais velho Gerônimo Peixoto do Valle e sempre, ao me encontrar, fazia suas frases na 3a pessoa (será que e isso?) quando falava nas saudades de seus outros irmãos que partiram. Falava em Dona Maria José, sua mãe, em Emília, sua doce irmã, em Toninho e Ney Peixoto do Valle. Nele mesmo, já com o peso dos 70 anos, falava pouco... Nos anos 60, quando eu era líder dos Estudantes do Estado do Rio de Janeiro, quando, num estalar de meus dedos, tinha o que queria dos Poderes dos Governos, só não soube pedir cargos, eu viajava muito. Muitos jovens, alguns deles ainda vivos, tive a honra de liderar e, com eles participar de Congressos Estudantis e reuniões em muitos Estados do Brasil. Só não pude ir, em 1962 no Congresso de Rio Grande,n RGS, por que minha amada avó que me criou estava doente e pediu para não ir. O Presidente da UBES, meu querido companheiro DA BAHIA JARBAS SANTANA veio pessoalmente em Macaé trazer as passagens de avião. Não pude ir. Perdi minha Santa Avó, Alice Quintino de Lacerda - Dona Nhasinha - no dia 28de Agosto de 1962, em pleno Congresso da UBES. Cito isso por que o Zé Peixoto iria em minha companhia. Era o meu presente pela sua fidelidade ao meu trabalho de Líder e ser ele, um dos que me incentivaram a pedir ao Governador do Estado Rio de Janeiro, Celso Peçanha, para criar um COLÉGIO ESTADUAL EM MACAÉ. Atendi a ideia de Zé Peixoto e exigi de Celso que transformasse o Colégio Luiz Reid que, era pago e só atendi pessoas mini-ricas, num colégio totalmente grátis. José Peixoto do Valle, do alto se sua simplicidade de menino puro, sempre esteve ao lado das grandes transformações havidas em Macaé nos anos de 1960 e 1970. Ontem, dia 06 de Junho de 2014, no final de uma tarde amena de Outono, ainda com o Sol passando por entre os frondosos Oitís da Pça. Veríssimo de Mello onde a gente brincava, trocava figurinhas do Vasco, do Fluminense e do Flamengo, ele viu ser apagada a Luz que o mantinha ainda por aqui junto aos que ficaram... O Iluminador de Teatro dos então jovens Ricardo Vieira Meirelles, Phydias Barbosa Barreto, Moadyr Votorino, Eisaburo e tantos outros "seus alunos nesta ate bela", viu-se na escuridão da vida e pode então ver a luminosida da Grande Luz que poucos poderão ver nesta partida... Zé Peixoto, se isto pode confortar a Saudade, deve estar levando notícias GRANDE PEIXOTINHO de seu primo Guilber a quem conheci através de Zé... Vai, Grande Zé Peixoto, iluminar o Palco dos Deuses com sua beleza humana. (jose Milbs) TEXTO QUE FIZ SOBRE ESTE AMIGO E QUE TRANSCREVO Pensando em algo puro e nosso. Vou falar de José Peixoto do Valle, o nosso Zé Peixoto. Os talentos de Ricardo, Izaburo, Lincoln e Phidias nasceram das criativas aparições deste grande amigo. Zé Peixoto é uma alma muito além de nosso tempo e dele flui toda a arte de quem tem o privilégio de conviver com ele. Seria uma espécie de “Midas”? Sei lá. Sei apenas que é um ser altamente puro e de espírito evoluído. O teatro de Macaé teve seus primeiros passos iluminados por suas maosmãos. Sua presença marca o inicio do talento, da simplicidade e do companheirismo. Iluminar sua presença em nossos palcos da vida seria uma forma de homenagear um vulto que nunca pensou em si Vvive para servir. Zé merece uma homenagem no palco da vida macaense. Ontem eu fui a cidade, numa dessas obrigatoriedade que somos obrigados a fazer no BB onde recebo minha merreca de aposentado. Vi o José caminhando pela Rua Principal da cidade. Misturados aos trancos e barrancos da cidade que inchou ele nem me percebeu. Veio a minha memória ele andando com seu pai, o velho Peixoto, abraçados nesta mesma rua, revi seu carinho com sua mãe Maria José, sua irmã Emilia, seu afeto fiel ao irmão Jeronimo e o orgulho que tinha dos demais manos. Seu caminhar já o curva na idade que o tempo nao perdoa. Mais ainda é o meu amigo, fiel dos tempos de Federação dos Estudantes e viagns pelas cidades de interior que fizemos juntos. Lá vai ele, cortando gente ali e acolá, como uma velha fecha em busca de um alvo distante e belo... Se algum contemporâneo conheceu uma alma pura, alegre como a de “Zé” me fale. Nunca conheci. A tempos escrevi uma crônica e citei fatos havidos e falei deste alma doce que é José Peixoto do Valle. Recebi de Adolpho, e meu companheiro de lides estudantis, uma carta que a republico para que faça parte da história esquecida de nossa cidade.Ai vai a carta: “Niterói, 06 de setembro de 1996. Prezado Jornalista José Milbs. Hoje li a sua crônica sobre meu irmão José Peixoto do Valle, ou Zé, como é conhecido por seus amigos, e entre eles, se inclui o Jornalista José Milbs desde quando estudante quando o articulista militava na política estudantil. Estas duas almas simples e abnegadas , colocadas lado a lado, Peixotinho e Zé, como pai e filho, em sua coluna “DO COTIDIANO – Peixotinho vive em Zé, seu filho...” em edição do jornal O REBATE”, cometeu equivoco que deve ser esclarecido. Francisco Peixoto Lins, conhecido como Peixotinho, na verdade estava tio de Zé, e não era seu pai. Peixotinho estava nosso tio, porque se tornou irmão de nosso pai, sendo primos entre si, porque forma criados juntos, consideravam-se como irmãos, queriam-se como irmãos, e, ambos tiveram os mesmos pais adotivos. Mais curioso ainda, tinham o mesmo nome Peixoto Lins acrescentados aos seus primeiros nomes. Assim, Raymundo Peixoto Lins, nosso pai – Peixoto ou Peixotão-, Francisco Peixoto Lins, nosso tio – Peixotinho -, este mais conhecido no meio espírita brasileiro por suas extraordinárias faculdades mediúnicas, e aquele mais conhecido na sociedade macaense , onde viveu até seus últimos dias . Ambos foram espíritas. Peixotinho morou em Campos e papai em Macaé. Dai naturalmente o equívoco. Peixotinho, nosso tio, se hospedava na casa de seu irmão Peixotão, quando vinha a Macaé as sessões de tratamento espiritual para os doentes desenganados da ciência médica e que buscavam o socorro do além. Essas reuniões se realizavam no venerável Grupo Espírita Pedro. Macaé ficou associada ao lugar das materializações espíritas, e Peixotinho muito conhecido, não só pelas materializações, como pela singularidade de elas serem luminosas, estas sim, fenômeno raríssimo, que muitos macaenses, campistas e outros tantos brasileiros, tiveram a oportunidade de conviver com essa “invasão organizada” desses espíritos. Macaé, no século XX, com as materialização de Peixotinho, abriu caminho para se consolidar entre os espíritas do Brasil, o aspecto tríplice do Espiritismo: filosofia, ciência e religião, pois a sua finalidade não foi dirigida a ciência: o fenômeno pelo fenômeno, mais foi organizada por amor ao próximo. No século passado,na sua base, essa “invasão organizada”dos espíritos foi dirigida à ciência, e ocorreu num obscuro lugarejo chamado Hydesville, do Estado de Nova York, com as irmãs Fox para a programação do espiritismo no meio cientifico da Europa e Estados Unidos. Parte desse material sobre as materializações se encontram reunidos no livro “Materializações Luminosas”de R.A. Ranieri, em que sobressai o aspecto do fenômeno das materializações, e mais recentemente o professor Humberto Costa Vasconcellos reorganizou este material num livro com o sugestivo título “materialização do amor” como querendo nos dizer que o amor produziu aquelas materializações luminosas. E sobre a fenomenologia das manifestações espíritas , na Europa e nos Estados Unidos, é interessante consultar o livro , “História do espiritismo, do escritor inglês, Arthur Conan Doyle, o criador do Sherlock Homes. Tenho conhecimento que em 1970 foi editado em Londres o livro “The Flyng Cow”, traduzida pelo português como “Força Desconhecida”, de Guy Lyon Playfair, que dedica vinte e duas páginas ao médium Peixotinho. Feitos estes esclarecimentos, agradeço-lhe as referencias carinhosas ao nosso irmão Zé, que trás não só os traços físicos mais fortes como também a hospitalidade e a solidariedade dos cearenses de boa cepa. Atenciosamente. Adolpho Peixoto do Valle...

30.5.14

CLAUDIA MÁRCIA ROCHA EM LINDO TEXTO SOBRE DONA MARIA KLONOWSKA....

ESSE TEXTO FOI ESCRITO PELA PROFESSORA Cláudia Marcia. HOMENAGEM A DONA MARIA KLONOWSKA. LINDA HOMENAGEM!!!! FICOU A SAUDADE DOS MILHARES DE ALUNOS QUE TIVERAM A HONRA DE PODER CONHECER ESTA BELA FIGURA... D.Maria despediu-se da Macaé, que tanto amava, nesta tarde de 29 de maio de 2014.No manto azul de Nossa Senhora,no mês a ela consagrado, foi buscar o descanso merecido. Não há macaense dos últimos sessenta anos que, de uma forma ou outra, não lhe reconheça o mérito, o exemplo, sobretudo, a Arte. Maria da Natividade Klonowska, Professora, compreendeu ainda jovem o mistério da sintonia cérebro e emoção. Alçou vôo de sua Natividade/RJ, indo buscar nos grandes centros,com mestres da pintura, os caminhos de sua vocação.Superação. Chega a Macaé, naquele momento especial das vibrantes possibilidades que o Brasil ofereceria, em sua moderna sociedade, nos anos cinquenta, do século passado. Integra-se ao grupo que compõe o momento sublime da educação de nosso Município: como era bom vê-la caminhando, daquela casa grande, de janelas baixas,na rua Visconde de Quissamã, em companhia de Seu Tadeu e dos dois meninos,Vicente e Casemiro! No Colégio Luiz Reid estabeleceu, ao lado de outros grandes mestres, a valorização do trabalho artesanal; ali, entre as normalistas, vivenciamos o aproveitamento de materiais, realizando o que mais tarde se denominaria reciclagem; seu ineditismo vem da capacidade de transformar com as mãos tecidos, madeira, linhas...Em suas aulas, talvez ainda não soubéssemos ser possível bordar a esperança e colorir a vida...Como era bom observar aquela família caminhando em direção à Praia de Imbetiba, carregando redes e puçás, quantas vezes, recolhendo algas e ensinando seu valor nutricional!!...Ah, D. Maria, os princípios da Ecologia, da vida natural, estavam todos ao nosso alcance e, felizes, muitos aprenderam... Acompanhei-a no trabalho de construção da sua própria casa, justo naquela Imbetiba ideal e idealizada...Já éramos colegas de profissão, seus meninos cresceram e o melhor refúgio foi a sua casa, seu atelier, onde assisti, eu e muitos outros,em êxtase, a alguns de seus estudos e a fases incríveis de sua pintura e tapeçaria! Observo o anjo tecido pela senhora, adquirido em 1984. Nas asas, dois abacaxis em vibrante amarelo, os olhos muito negros e esse sorriso cativante... Aproximo meu olhar deste palhaço, que carregando o violão, me diz tanto da senhora. De sua crença nos valores humanos, sua fé e força! Trocávamos leituras – Ela era leitora voraz -- e com ela era permitido conversar, analisar, buscar idéias, aprender!! Maria Klonowska, seu traço, as cores, a essência da maior artista com que já pude conviver.Obrigada!Seu nome já eternizado em páginas escritas, resenhas, catálogos, referências, um nome consagrado! Sua imagem serena, seu olhar, sua inquietação, sua magnífica obra marcam para sempre cada amanhecer dourado de nossa Macaé;sua lembrança é luz no azul sem fim que inunda esta tarde triste...

Um lindo texto de Saudades de meu amigo Luiz Cláudio Bittencout...

Luiz Cláudio Bittencout tem o sublime dom de escrever coisas lindas saídas do mais profundo de nossas criações humanas. As vezes que me encontro com ele a saudação é alegre como alegre é o seu olhar ao dirigir-se a mim... Gosto dele como gostava muito de Zé Luiz seu alegre e sorridente pai que sempre podia rever em seu lindo sítio no caminho para Carapebus... Da última vez que estive com Luiz Cláudio falou-me de suas perdas etc. etc. etc Brincamos e ele, como sempre, rindo, achava que estava levando muita porrada do criador o expondo a tanta dor de perdas queridas. Rimos juntos e comparei esta provação a que estava submetido o Jó de tantas citações bíblicas. Nos despedimos e lá fui eu para o Banco do Brasil, onde tenho CC desde 1981, pensando na saudade de sua linda irmã que se foi e tantos outros como Vantuil meu colega de PrImeiro ano B no Ginásio Macaense, de Vanderlân seu amado irmão, de Rouwran e tantos outros que já não habitam mais este mundo de crueldades... Acordo e vejo meu Face Book e leio este lindo texto deste Poeta, Escritor, Memorialista e amigo. Transcrevo no meu blog de acesso mundial pelo GOOGLE esta linda SAUDADE.... Luiz Cláudio Bittencourt 15 h · Editado · HOJE FAZ EXATAMENTE UM ANO QUE A NAIDIA FALECEU, E EU CAÍ EM UM PRECIPÍCIO! ESSE TEXTO MOSTRA O QUANTO O TEMPO FOI IMPORTANTE EM TODO ESSE PROCESSO DO LUTO. DEVO MUITO DESSA MINHA RECUPERAÇÃO A AMIGOS, COMO FORAM PRESENTES!!!! O NOSSO MUITO OBRIGADO. UM TEXTO ESCRITO COM O CORAÇÃO. Dunga Seu João é um vendedor de água de coco que fica normalmente na esquina das Ruas Conde de Araruama com Teixeira de Gouveia, perto do prédio onde, em tempos passados, funcionou a Companhia Telefônica Brasileira. Tempo de telefonista e banquinho para alcançar o aparelho telefônico de nossa casa, que era uma caixa de madeira na parede. E o número da casa do meu avô era 342. Depois o nome da empresa foi mudando, mudando, e a qualidade do atendimento também, para baixo! Infelizmente! Certo dia cheguei para tomar um copo de água de coco e perguntei pela esposa dele, que quase sempre estava ali em conversas alegres. Disse que havia falecido sem mais nem menos, e falou também da dor e saudade que estava passando com a ausência dela. Um mês depois, a Naidia faleceu também numa dessas surpresas da vida, aí eu soube, na minha própria carne, da dor que o Seu João descreveu tão bem. Minha querida Naidia, Hoje, 29/05/2014, um ano que você retornou à pátria espiritual, foi um momento difícil em minha vida – sofrido! Agora, depois de um ano de lutas comigo mesmo, muita coisa se transformou em virtude de tanta solidão, novidades, prantos e descobertas. O hábito de ler é uma dessas novidades, uma ótima novidade! Exatamente há 5 dias atrás, acordei feliz! Parecia que o meu paladar pela vida havia voltado – e acho que voltou! Senti um pouco de culpa pela chegada desse novo olhar à vida – coisas do luto! Mas, amigos me disseram que um dia esse estado de alma retornaria – não nasci para ser triste! Ninguém nasceu para ser triste! Mas também não sou mais aquele que ficou lá atrás, há um ano. E aprendi a ter cautelas com a vida, ler as intuições, e dar passos menores e mais lentos. Observar! Tenho mexido em seus guardados, e um tanto de tudo ainda está por mexer. Você juntou muita coisa! Não tenho pressa nessa missão, quero que cada peça, qualquer que seja ela, vá para as mãos mais indicadas. Lembranças de uma pessoa querida por tantos. Fique em um lugar fácil para que eu possa te achar quando, para mim, se fecharem as cortinas, mas acho que Deus vai me cozinhar em fogo brando! E eu, ainda me cuido!!! A vida está muito difícil de ser entendida. Constatar que homens tão estudados, de famílias que se dizem nobres, possam ter tão pouco caráter e piedade daqueles menos afortunados. Os que precisavam enxergar, não enxergam! “É gado marcado, é gado feliz!” E vejo um período nebuloso chegando à nossa pátria e ao mundo. Parecem crianças brincando de reis! Entornando vaidade e prepotência por todos os lados, e correndo atrás do poder. Em nenhum momento pensam no plantio e na certeza da colheita daquilo exatamente que plantaram! Uma perda de tempo porque terão que mudar um dia. A outra dimensão tem leis sérias, e nós seremos os nossos próprios juízes! E as mudanças, são obrigatórias! Perdem oportunidades em virtude do tanto de futilidades que os transformam cegos. Não enxergam que a generosidade é uma maneira prazerosa de enriquecer-se. A lei do “levar vantagem” é muito forte! A vida, no tempo dela, tem me mostrado caminhos. Sigo conceitos que, por alguns anos, estudamos em nosso terraço – o nosso culto no lar. Procuro fazer coisas boas e aguardar o meu tempo, e o tempo do tempo! Um beijo em seu coração! Amo você e tenho muita saudade! Da sua voz principalmente! Da palavra Lu, passeando em som pelo nosso quarto, e dos nossos domingos, das nossas viagens e de tudo mais que estávamos reavendo. Aqui em casa, o Gravata tem sido amado por muita gente – tem até uma rádio! Imagina! E pessoas que gostam da rádio dele! O galinho garnisé, lá no fundo do quintal, canta como criança! Apesar dos seus 14 anos! Os passarinhos continuam a se alimentarem da nossa generosidade e respeito. A Laine cuidando de nossa casa com todo aquele bom carinho mineiro. E o resto, é o resto! E quem vai escrever sobre ele é o tempo! Aguarde-me! Eu te acho do mesmo jeito que te descobria dentro de trens que chegavam a Macaé tão fora das épocas em que você deveria estar neles. É a bússola da alma! De todos nós daqui de casa, um beijo para você e para a Lilinha, e que estejam juntas e bem, são os nossos votos. Luiz Cláudio Bittencourt - 29/05/2-14 Luiz Cláudio Bittencourt (Lu) 29/05/2014

27.1.14

DESEJO AGRADECER DO FUNDO DE MEU CORAÇÃO A HOMENAGEM QUE RECEBI DAS " Cigarras de Macaé" através de AURORA RIBEIRO publicado no jornal "O Debate" na ed. de Domingo. Refrigerado o velho coração só me resta a felicidade de saber que as pessoas existem... José Milbs, editor de "O Rebate"...

21.1.14

TEM PESSOAS QUE A GENTE PENSA QUE NUNCA VAI MORRER Ceni Andrade acompanhou a geração de milhares de jovens que tiveram a grata felicidade de conviver com sua maestria funcional no trato com a Eduçação Pública. Pessoalmente sou dos muitos que sentiram saber que ela já não habita este pequeno espaço que habitamos no imenso universo de vitais... Sou do tempo em que ela namorava o meu querido Bráulio Pinto de Andrade, Vi ainda menina e eu menininho que deixava de engatinhar e dava meus primeiros passos na Rua do Meio (dr. Bueno) na cidadezinha onde nascemos de nome Macaé... Ela filha de Seu José Sapateiro, colega e amigo de meu pai, também Sapateiro, Djecyr Gama. Eles eram tão amigos que se identificavam como Zé Bonito e Djecyr Gaguinho... Bons tempos que os pais, avós passagam os apelidos para os filhos e estes, carinhosamente, os chamavam. Ceni deveria ser a menina mais linda de uma geraçao que não
se esgota nas saudades e Braulio o mais galante dos meninos de uma Cidade Pura. Braulio e Ceni juntaram suas vidas ainda no florir dos 15 anos sob a proteção de seus pais e de um casal de "Baianos Retados" Aluisio e Dona Durvalina. A Rua do Meio, os velhos e sumidos moradores e meninos na Rua, se acostumaram com este casal de jovens embalando filhos ao colo e ainda, ele, Braulio, jogando peladas e ela, Ceni, ainda brincando de Bonecas e Chicotinho Queimado... Grande Ceni `Pinto de Andrade que sempre soube brincar tambem com a tristeza que o mundo nos impoe e sair vitoriosa com o "sempre sorriso" que foi e será sua marca registrada onde quer que habitam os seres privilegiados... Professora, grande dirigente educacional e servidora exemplar deixou sua presença marcante no Ensino Público quando trabalhou na Coordenadoria de Educação com Lucia Maria Coelho de Lacerda Gama fornecendo sua alegria e sabedoria com sua fala que amenizava conflitos e transformava em harmoniosa união as divergencias que adivinham das lutas... Nas festas e eventos, em sua maioria no Sitio onde habito, era a pessoa mais aguardada e o festejamento de sua chegada falava alto do conceito e carinho que tinha de todo Corpo Educacional da Região de Petróleo... Seus Filhos Braulinho, Juca, Rita de Cassia e Ana Lúcia espalharram as sementes desta mulher guerreira que mesmo, nas mais duras das provações que a morte prematura de 3 deles, deixou de sorrir e fortalecer os que ficaram como que dizendo que a vida continuava... Gostava de meus textos e sempre que podia a gente trocava ideias. Eu lhe dizendo que tinha horror de corrigir o que escrevia e por isso muitos, como este agora, saiam sem correção e com erros grotescos e ela, rindo e, com sabedoria, dizendo que o sentimento estava sempre acima das colocações e articulações gramaticais... Grande Ceni que deverá estar sendo recebida por todos que se foram deste mundo frágil mais que se fortalece a cada dia que alguém com tanta força se vai... Jose Milbs de Lacerda Gama,. editor de O REBATE

31.8.13

FLAVIO MOREIRA DE SOUZA - Flavito - MORRE AOS 76 ANOS DEIXANDO UM LEGADO DE BELAS HISTÓRIAS NA REGIÃO DE PETRÓLEO... Flavito nasceu e se criou em Macaé onde nasceu e fez histórias. Simples como seus pais Dona Senhora e Seu Flávio, era Empresário no ramo de Malhas e diretor da conceituada MALHARIA HENVER que foi sempre um marco de nossa história nos anos 70. Casado com a estimada professora Léa Moreira e pai do jovem Flávio Geraldo, Flavito jamais deixou a vida simples de sua criação e era sempre visto nas tardes alegres dos anos 2000 nos eventos de nosso querido amigo Salvador dos Santos Batista, O Dodô... Numa das ultimas oportunidades que tivemos juntos O REBATE retratou a nossa presença junto com Dodõ, Anterinho, Revesso, Nensinho e o arquiteto Moctezuma na velha CANTINA DA PRAIA... Grande memorialita de fatos havidos em suas andanças pela cidadezinha de Macaé onde nascemos e nos criamos, era sempre visto nas esquinas alegre da cidade em altos e longos papos com pessoas de nossa geração.
Fotos dos Arquivos de "O REBATE": 1 - Editor José Milbs, Anterinho Dias e Flavito... 2 -Editor José Milbs e Salvador dos Santos Batista... 3 -Editor Moctezuma Barbosa Pinto, arquiteto,cronista e o saudoso Nensinho Santos Batista... 4 -Seresteiro Eraldo Gomes da Silva e o Editor José Milbs... FOTOS NO LANÇAMENTOS DO JORNAL "O REBATE" online que em 2006. Neste dia, atendendo o pedido dos velhos amigos do jornal O REBATE tive o privilégio de rever e poder lembrar bons momentos de nossa história. Como sempre era de Flavito que se iniciava as recordações das esquinas alegres de nossas infâncias... Falava com alegre saudade de seus pais, dos amigos da velha Guarda que se foram na ´precosidade dos tempos e era aparteado por Eraldo Gomes que teimava em fazer presente as Domingueiras do Ipiranga ao som de Armando Marcone e seu Piano. Quando não era o Eraldo que assumia a conversa era o Nenzinho com suas inteligentes colocações marxistas que vinham adocicadas com o tempero esportivo de Dodô que falava no seu tempo de jogador da Seleção Macaense... Bons tempos onde fluia a presença de vultos até então escondidos nas nossas memórias que o Flavio Moreira de Souza sabia catucar com maestria recordativa e feliz...
Sempre será bom poder deixar gravado nas páginas deste velho jornal de 81 anos de Histórias na região de Petróleo a passagem por nossa vida de pessoas que sempre, na simplicidade de sua fala, sorriso, alegria e bom humor, deixaram a sua marca. flavito soube fazer isso com todos das várias gerações que o conheceram. Seus irmaõs Atilo, Léa, Arléa, Roque e Ruth os sentimentos de O REBATE que se estende a querida Léa e a Flavio Geraldo que podem ter a certeza que flavito, do alto de seu olhar de menino falante sobre espalhar carinho e amizade com todos. Deverá se encontrar, quem sabe, com o "Tininho" para continuarem as longas conversas daqui da terra. ( Jose milbs de Lacerda Gama, editor de O REBATE)...

26.7.13

NA MADRUGADA FRIA, DE UMA CIDADE QUE SEMPRE VIVEU E AMOU, MORRE PHIDYAS BARBOSA BARRETO DEPOIS DE BREVE E DESCONHECIDO SOFRIMENTO... Phydias faz parte de uma das mais antigas familias da Região de Petróleo. Sempre se destacou pela fidelidade aos seus objetivos. Casado com a irmã de Josias Midão, estudou longos e alegres anos no Colégio Estadual Luiz Reid onde se destacava pela simpatia e sorrisos sempre aflorado. Sabia fazer amigos e, durante sua permanância como funcionário dos Correios, deixou saudades em todos que com ele conviveu. Nos anos 60 participou das lutas estudantis e em 1969 foi Redator de O REBATE onde inaugurou uma bela coluna de FOTOFOFOCA onde criava frases engraçadas atribuidas as nossas autoridades. Fotos que ele dava texto e sorria com sua propria criação. Corajoso e de humor sempre as portas de seu olhar de menino, participou tambem de vários programas radiofônicos em Macaé onde nasceu e faleceu... O que ele mais gostava de contar em suas logas conversas amenas era das caçadas nos bons tempos de seu saudoso pai José da Cunha Barreto. Phydias era membro da Igreja Batista onde deixa centenas de amigos. Foi um dos mais brilhantes membros do Famoso Coro da Igreja onde sempre se destacava. Com fortes dores de cabeça foi internado na cidade de Macaé, operado e faleceu. Seu corpo está no Memorial da Igreja Batista no Bairro de Imbetiba... Os sentimentos de O REBATE onde ele sempre gostava de recordar nos bons tempos da Rua Marechal Deodoro, 150 onde trabalhamos juntos... Jose Milbs, editor... www.jornalorebate.com

4.5.13

MORRE EM MACAÉ MIGUEL ANGELO DA SILVA SANTOS O QUERIDO 'NENEGO' DE DONA DÊGA"... Uma perda onde a vida simples a alegria sempre acompanhou a vida de Nenego. Seu Miguel e dona Dêga tinham um especial carinho por ele e isto deve ter sido o torneamento de sua personalidade humana. Não se acostumou com a vida comercial e prefiria viver ao som das longas conversas puras das pessoas do interior. Uma perda. Condolências de O REBATE... Jose Milbs editor --- "Macaé recebeu com pesar a notícia do falecimento de Miguel Angelo da Silva Santos Filho, Nenego para os amigos. O extinto nos deixou aos 63 anos no início da tarde de sexta feira (3) na cidade do Rio de Janeiro. Seu corpo foi velado na Capela do Memorial da Saudade, em Macaé e o sepultamento aconteceu na manhã deste sábado (4) na histórica cidade Quissamã. Macaé perdeu um grande amigo, falecimento do querido Nenego é sem dúvida uma perda irreparável. Neste momento faltam palavras para expressar o que sentimos em nosso coração. Uma pessoa como ele deixa um vazio que não se preenche com facilidade, ele estava acima do bem e do mal. Desejamos Paz para sua familia e amigos, neste momento tão triste para todos nós. Fica a imagem do esposo, do pai, do amigo, do irmão e do companheiro. Descance em Paz... Nenego" .

11.4.13

UM MENINO DE 94 ANOS QUE NUNCA VI SEM UM OLHAR DE AFETO E UM SORRISO DE CRIANÇA....MORRE ROSALVO DE ALVARENGA PORTO. A Região de Petróleo está mais triste com a saudade que começa a ficar existente com a morte de Rosalvo. Fomos visinhos de longos e felizes anos na Rua Francisco Portela em Macaé, cidadezinha fica fica a Noroeste do Rio de Janeiro... Rosalvo foi um ultimo dos grandes de nossa história. Vivia, em suas caminhadas pelas nossas ruas, deixando sempre o rastro invisivel a "Olho Nú Humano" a saudade de Concy sua companheira, de Claudinho, seu lindo filho e de tantas outras ausencias como de Dona Duia, de seu amado irmão Gabarito, Cidinha e centenas de boemios que se foram antes dele para a harmonia de algum lugar onde ele deve estara indo alegremente ao encontro... Fomos amigos e sempre que o via recordávamos das grandes histórias desta cidade que se torna pequena para tantos que vivem o que ele viveu... Sua filha e minha amiga Rosane vai continuar a recordar os grandes feitos que seu pai levou para ela e que respingava em todos que o cconhceram e amaram... O REBATE, jornal que teima em fazer história e que ele sempre gostou de ler, fica mais triste ao publicar este fato. Jose Milbs de Lacerda Gama, editor

15.3.13

GERALDO BARRETO MONTEIRO fez se presente, ao longe de várias décadas ao mundo de encantamento de uma cidade pura... Soube, agorinha, pela minha filha Aninha, que meu velho amigode bons tempos macaenses, havia falecido. Geraldo Barreto Monteiro, filho do Dr. Manoel Marques Monteiro e Dona Santinha Barreto Monteiro herdou desde casal brilhante o dom ameno da cordialidade e do carinho humano... Quando do falecimento de minha avó Alice Lacerda, estando eu sósinho sem a mínica vontade de voltar para o Rio de Janeiro, recebi o convite afetivo de Dona Santinha, um anjo de mulher cujo a sabedoria da vida e do afeto, minhas vidas tiveram mudanças. Levou-me para sua casa na Rua do Sacramento e ali convivi com Geraldo, Alaydinha e outros tantos jovens que tinham a quarida desta familia humanamente do bom. Geraldo ainda estudava no Colégio São Salvador em Campos dos Goytacases e os seus finais de semana eram todos juntos onde fluiam afetos que se misturavam as longas conversas nas tardes noites de uma linda varanda com redes e cadeiras de palha... Dr. Marques e Dona Santinha passaram para Geraldo a maneira gentil de fazer-se amigo onde, até uns 30 dias atrás, pude voltar a sentir quando fui em sua casa. Uma curta conversa, enquanto aguardava seu filho Geraldinho, Geraldo falou dos bons tempos e, com a sanidade que sempre deixou tansparecer, teve tempo para oferecer sua morada com o mesmo tom de gentileza que sempre acompanhava os seus pais ao longo de uma existencia em Macaé. Casado com Alicinha Célem, sobrinha de meu primo Heros Borges de Lacerda e Geny Celem Borges, nossas vidas se tornaram mais próximas ombora distancidas no visão das presenças. Em nome de minha familia, de meu jornal O REBATE a minha solidariedade neste momento tão triste mais que se torna um conforto pelos gestos de afeto e pelas lindas histórias de vivencias que Geraldo deixou para tantos que puderam conviver com ele.., Minha Saudade, meu carinho e, infelizmente minha ausencia em seu seu funeral... Jose Milbs editor de O REBATE

8.3.13

ALGUMAS MULHERES QUE FIZERAM A HISTÓRIA DE MACAÉ QUE RETRATO NESTE TEXTO... As frutas que vagueiam na minha cabeça que deixar sair, com a comodidade do compasso do tempo, os cheiros que quardam presenças havidas num mundo de encantamento e saudade. Havia este menino observador que as pessoas mais velhas jamais iriam supor que, no deslubrar de suas ausencias, no século que o menino chegeria, no limiar de uma juventude de 80 anos vividos e havidos, fossem arrancadas de sua lembrança pelo cheiro e o sabor das lindas frutas que ornavam os QUINTAIS ALEGRES E FELIZES DE UMA CIDADE PURA... Caminhava e era caminhado na Praça da Matriz, onde pude sentir os primieiros acordes dos abraços fraternos de dezenas de mulheres que fizeram a minha cabeça povoada de incertezas quando os 10 aninhos falam mais perto do afetivo que vem de fora das paredes de nossas casas simples da Rua do Meio... Mulheres que me viram menininho e aconchegavam meus cabelos loiros e encaracolados... O Cheiro das Jaboticabas no quintal de Dona Bentinha esposa do ferroviário Alencar na Rua do Meio; o gosto suave das Mangas, caidas no sagrado chão pisado por Tia Conceição Prata de Almeida na famosa Rua da Estação; as Goiabas de todos os tipos e cores que, depois de colhidas por Tia Santa e Chico Lobo em sua Chácara no início dos Cajueiros, iriam ser mexidas em longos tachos na feitura da mais gostosa Boiabada de todos os tempos e que ainda deixa cair o que se chama de "agua na Boca" do narrados dos fatos... Cajás de onde morava Enedina Daumas e Celso que tinham o mesmo sabor dos que vinham da casa de Dona Olga Patrocincio e de meu querido amigo Paulo Rodrigues Barreto e Léa Macedo. Era um tempo onde todas as casas podeiam nos oferecer suas belezas e nos davam o aconchego tão grato e lembrado por todo menino... As épocas de Natal e Final de Ano, vinha do Rio de Janeiro a Tia Chiquinha Prata que ficava em nosso convivio. Alvina Prata Mancebo chegava com os Abacaxis colhidos em Carapebús... Tio Zezinho Santos, Darcilio Santos, Nelinho e outros se faziam presentes com as amarelas Mixiricas de glicério que renaciam no nosso quintal com a distribuição dos csroços que a gente jogava em toda a dimenção... Fruta Pão, Tamarindus na Pça na esquina donde morava Dona Artémia, Pilar, Anita, Herminia, Tonito, Cezário. Era uma cidade cheia de belas senhoras, quase todas frequentadoras da Igreja Matriz de São João Baatista onde ia com minha avõ Alice Laceda, Dona Nhasinha, Presidente por mais de 20 anos do Apostolado da Oreção onde as Mulheres de Minha História, se portavam elegantemente com um Coração em suas vestes... POR TUDO E POR TODOS OS MEUS E NOSSOS DESCENDENTES AI VAI ALGUMAS DOS PILARES DA FORMAÇÃO DA HISTÓRIA DAS MULHERES E QUE SEUS NOMES SEJAM BIBLIOGRAFADOS PARA O PANTEÃO DE NOVAS RECORDAÇÕES;;; Sula, Zizinha Moura, Titinha, Nhasinha (Alice Lacerda), Ilda Ramos, Jacyra Durval, Myrsys, Thereza Pereira da Silva, Anita Parada, Lia Koop, Sonia Rocha, Delza, Santa Lobo, Cici Mathias Netto, Honorina, Arlete Pinto, Dioneia, Dinorah, Eleosina, Cirene, Flavinha, dona Senhora, Inês Patrocínio, Etelvina Quinteiro, Dolores Soares, Santinha Marques Monteiro, Carmen Sólon, Inezita Garrido, Consuelo, Julita, dona Afifi e dona Fifi, dona Elisa, Durvalina, Detinha, Amelia Brasil, dona Cota, parteira dos Cajueiros e mãe e Tinho Pedro Muleta, Letícia Peçanha e Letícia Carvalho, Albertina, Ecila Lacerda, Brandina, Pastora, Noca, Lala e Lilinha, dona Ermita. Zilda Aguiar, Angélica, dona Dega, Nilza Mello, Berenice, Elea Tatagiba, Lopelina, Henriquieta Marotti, Iza Franco, dona Delzinha, Maria K, dona Zélia da Bicuda Pequena, dona Oscarina, Santinha Santos, Suraya, Zenita e Zelita, Maria Drumond, Aracy Pareto, Iracy e Erecê, dona Lola, Estelita Lima, dona Maria Castro, Ilda Barreto, Marieta Peixoto, Maria Jose e Emilia Peixoto, dona dada, Wanda Gil e dona Rita, Irene Santos, Dalila Colares Quitete, Anita Franco, Totinha, dona Cota, dona Pequena Almeida, Alvina Prata, Conceição Prata, Carmem Quaresma, dona Concy e dona Duia, Ivone Manhães Coelho, Maday, dona Nefta, Judith Cabeleleira, Maria Lucia Piersant, Izaura e Conceição Ramos, dona Domingas, mãe de vovô, Palmira, Lucia Magalhães, esposa do nosso Lealdino do Morro do Viaduto, Maria Jose Guedes, dona Iracy Quaresma, Zezé, mãe de Ducha da J. Koop, Pepenha Sueiro, Luiza Parteira da Barra, Altina Parteira do Centro, Adelayde Bastos da Silva -a mãe dona- que nasceu em l830, morrendo em l947 sendo raiz dos Silvas, Tavares, Ribeiros e Almeidas que habitaram e formaram as raízes desta cidade. Dona Carmelinda Mattos, Maria Oliveira, mulher de Constancio que todos os ferroviários dos anos 40 sabem de quem falo, Neuza da Silva França do Miramar, Dona Artemia, Léa Macedo, Zezé Madureira. A busca por tentar tornar eternas as presenças destas mulheres na história de Macaé não tem sido fácil. Embora suas presenças vivas tenham sido, em sua maioria nos anos onde a cidade tinha poucos habitantes, longe de facilitar a minha busca, se torna uma missão muito desconfortável porque muitas senhoras podem ficar no fundo frias no meu esquecimento. Se algumas não forem citadas que sejam debitadas mesmo ao esquecimento porque não me move nenhum objetivo que não seja contribuir para a história que vivi no convívio com elas ou ouvindo delas por outras pessoas que me foram afetivas. Tentarei, no entanto, ao invés de nomear com bibliografias estas mulheres históricas, na medida do possível apenas colocar seus nomes na evidência de suas passagens na vida da comunidade macaense. Se alguma não for descoberta quero que seja entendido como esquecimento do autor, que, afinal, trabalha com sua própria mente e fatos que vivenciou ou que lhe foram passados ao longo de sua vida. A continuação das nominações futuras e merecedoras das novas mulheres que estão forjando a vida da cidade, nos últimos anos, com a chegada do desenvolvimento(?) fica para outros memorialistas. As parteiras Macaé, até final dos anos 60, engatinhava uma vida pacata, com idas e vindas de seus poucos habitantes. Ruas desertas, poeiras, cadeiras nas calcadas, " bom dia, boa tarde e boa noite" faziam parte do cotidiano. Muitas mulheres formavam as nossas raízes. Muitas vindo de cidades e vilas vizinhas como Conceição de Macabu, Carapebus, Quissama, Glicério, Frade, Sana, Trapiche, Cachoeira de Macaé, Bicudas, Airys, iam se juntando as famílias que aqui residiam. Parentescos eram comuns à grande parte dos habitantes. Além do que as parteiras, em grande número nesta época, recebiam da maioria dos moradores as beijadas nas mãos em forma de benção. Era uma maneira afetiva das crianças cumprirem ordens maternas na identificação de quem os fez chegar ao mundo. Parteiras da Barra do Rio Macaé, do Centro da cidade, de Imbetiba, da Aroeira e da Boa Vista eram reverenciadas afetivamente, da forma mais linda que uma cidade pode oferecer a quem o fez nascer. Com o crescimento da cidade e a chegada de enfermeiras e médicos, elas foram se tornando extintas na ação de seu trabalho, mas jamais deixaram de estar presentes nas memórias de todos que tiveram o doce privilégio de conhecê-las. É o caso de dona Durvalina, dona Elisa, dona Altina, dona Luiza e outras tantas que habitaram esta cidade de curta memória. Usar os ternos de linho branco, passados e lavados por Pepenha, negra esposa de Sueiro, era um orgulho para os senhores comerciantes dos anos 40 e 50. Que os diga seus descendentes. E o orgulho de ser abençoado por alguma das nossas parteiras? Que falem quem tem mais de 50 anos. Educando A luta dos ferroviários por melhores condições de vida e trabalho tinha sempre lado a lado, ombro a ombro, mulheres como Neuza França, Maria de Constâncio, Carmen de Walter Quaresma, e outras que, com a memória aberta, relatarei. O trabalho árduo de alfabetizar dezenas de homens rudes, saídos das fornalhas e fornos de Imbetiba, depois de um trabalho subumano nas garras do capitalismo inglês era feito pelas professoras que se dedicavam a ensinar a estes homens um pouco de leitura e carinho. E era dona Calmerinda Mattos que abria junto com seus cadernos, lápis e borracha o seu coração informando a todos estes bravos homens rudes dos anos 40 e 50 que havia um mundo também para quem soubesse ler e escrever. Dona Calmerinda marcava sua existência de uma professora, não formada, na formação de gente que deu origem a várias descendências de Macaé. Como ficar fora da lembrança o trabalho social e humano que dona Zezé, mãe de Ducha, fazia no anônimo de sua vida? Ela, Neuza, Carmem e Maria de Oliveira estavam sempre ombro a ombro com seus companheiros na batalha por melhores condições de trabalho e vida. O sacerdócio na educação deve ter suas origens no trabalho carinhoso de dezenas de mulheres que cimentaram a vida da comunidade de Macaé. Hilda Ramos, Letícia Carvalho, Dona Madalena de seu Chisto, Jacyra de seu Paulino Durval, Lia Koop, Dionéa, Dolores Soares, Letícia Peçanha, Berenice, Elea Tatagiba, Henriqueita Marotti, Iza, Zélia, Angélica, Santa Lobo de Cacheira de Macaé, Dalila Colares Quitete, Nefla ou Maria José de seu José Carlos formavam, com outras dezenas de mulheres professoras, o áureo cultural que ornavam as mentes de milhares de jovens macaenses nestes anos de alegres encantamentos. Sucessoras de outras mestras como Thereza Pereira da Silva, Anita Parada, Lucia Gama, os pilares da educação de nossa cidade sempre estiveram fortalecidos pelos dotes humanos destas mestras que, no esquecimento de algumas, deixo para outros reescreverem fatos não relatados. Pequenas escolas isoladas, outras em casas das próprias mestras, era o comum nestes anos que precederam o progresso (?). Os acordes do piano de dona Honorina, de Inês Patrocínio, de Carmen Sólon, Maria Jose Borges Guedes ou de Flavinha de seu Manduquinha, ainda devem sonorizar sonhos em muitas cabeças macaenses embranquecidas pelo sereno da vida. Feliz seria toda cidadezinha de interior que pudesse passar para seus filhos as histórias que busco fazer vivas neste meu livro. Era hora de desligar as televisões e sentarem nas saudosas cadeiras nas calcadas e desfilar o cotidiano lindo dos imaginários vividos. Mulheres Raízes que derem uma cidade de quase 200 anos merecem ser imortalizadas e reverenciadas longe das homenagens frias do social. Apenas pelo esquentamento de trabalhos com o social de suas existências. Delza, Terezinha Loureiro, Noca, Sila, Santinha de doutor Marques Monteiro sobressaiam nas esquinas da vida desta cidade com atendimentos sociais e afetivos que suas presenças faziam fluir. Detinha, a fiel companheira de nosso Tonito, a baiana de Salvador que nas nossas ruas ainda caminha com sua altivez e beleza. Onde poder deixar de fazer vivas as presenças destes vultos que nunca morrem? Mulheres que fizeram nossa historia como dona Zezé Madureira do Jorge Costa do O REBATE que tive a honra de suceder num tempo em que jornal se fazia letra por letra. Gente anônima. Mulheres felizes e que nos eram apresentadas como antecessoras de outras que fizeram tantas outras vivências. Dona Dega, Delzinha, Oscarina, Pastora, onde se podia ver a estampa da fidelidade e do afeto familiar no transbordamento de seus olhares e cumprimentos. Gente que passeava em nossos corações e nem sabia que estava formando a essência de uma geração forte e decididamente macaense. Inezita , Amélia, Magda, Etelvina,Zilda Aguiar, Albertina, Brandina, Lala e lilinha, Cici Mathias Netto, Gilda Correia, Arlete Pinto jamais poderiam imaginar-se essência de uma cidade que ficaria pequena nos anos 2000, mas que jamais deixaria que as suas raízes ficassem encobertas no subsolo de uma terra não fértil. Embora regadas com poucas águas, algumas até com o suor ou as lágrimas das saudades, estas senhoras se juntaram a tantas outras na formatação de uma cidade que nunca deveria ter saído de sua pureza e beleza. Nos acordes da Lyra dos Conspiradores e da Sociedade Musical Nova Aurora, ainda ressoam nas mentes as imagens de mulheres que souberam sobressair-se numa época de puro machismo e paternalidades. Dona Lola, Marietta Peixoto, dona Cota, Alvina e Conceição Prata se juntavam à dona Pquena Almeida, a mãe de Bonga e a esposa de seu Murteira para a formação de novos elos na corrente desta cidade que ainda não tinha chegado ao seu Sesquicentenário. Morgadinha de Benedito Lacerda, Ondina Lacerda, Doca, dona Nefla, Domingas Almeida e Domingas, mãe de Vovô e Arthur faziam o caminhar diário por nossas ruas sem se aperceberem que estavam fazendo história, que estavam espalhando à genética que iria viver e reviver-se no desabrochar do século do progresso. Dona Palmira, Dona Irece Meirellis, Judite Cabeleireira, Sara de seu Selino, pilares de famílias inteiras de descendentes faziam parte deste pequeno grande mundo de uma cidade de pouca lembrança. Oneida Terra, na busca de entender uma luz maior que vibrava na mente de seu filho, criou uma instituição que honra toda uma comunidade. Usou o nome do consagrado Pestalozzi e presta, com seu trabalho um lindo favorecimento a centenas de pessoas carentes. A década de 80 primou-nos deste belo trabalho de Oneida. E Beth Neves que transformou o aprendizado do Reik em maneira de levar a doutrina do amor e da fraternidade em seus toques sutis de uma luminosidade que só pessoas dotada destas energias podem irradiar e fazer se presente. Mulheres mães, companheiras como Edith, Alice e Talita, trilogia de uma genética de mulheres que deixam sua marca na presença de atos que dignificam qualquer passado e fazem brotar saudades nas lembranças. Elas também são artistas As telas de Sônia Rocha, Anatalia, Rozanea Pimenta, Maria K., Carmen Lygia e Consuelo jamais deixarão de existir no formato de suas representações do belo sem que se possa esquecer que foram feitas no calor das energias que sempre existirão em Macaé desde os primórdios da nossa arte. Aqui repousa as manifestações artísticas de Takaoca, Olive, Waldemar da Costa, Nilton Carlos, Jojo, Renaut e tantos outros que, ao sol de nossos verões e ao vento das ilhas souberam colocar nas telas, como estas senhoras o privilégio que poucas cidades pode oferecer no belo de sua geografia. Feliz o Belegard por ter visto na nossa geografia este singular belo. Raízes, mulheres e senhoras de uma cidade Pura como bem o disse meu amigo Paulinho Mendes Campos, quando de sua vinda atendendo ao chamamento do O REBATE . Paulinho, Jose Carlos Oliveira, Olga Savani, Jaguar, Alberto Reis, Egberto Ginsmont, Geraldinho Carneiro, faziam parte do júri do 1 o .Festival de Música que, no final dos anos 60, o jornal O REBATE realizou. O ano era mesmo de 68. O olhar de Paulinho foi lhe dando a dimensão da cidade que ele nunca tinha visto. Como todo escritor que se ilumina, mesmo estando na presença de multidões, a mente de Paulo Mendes Campos lhe clicou, quando de seu comentário em jornais do Rio de Janeiro, a visão de Macaé como cidade pura. Esta pureza ele foi vendo ao olhar as ondas mansas de imbetiba, ao contemplar as bravias dos Cavaleiros e, ao fitar com recordações de sua própria infância em Minas Gerais, o caminhar de moças e rapazes no centro da cidade, quando tomava café no Belas Artes com Ary Duboc, seu velho amigo de boemia, nas ruas também calmas de Ipanema. A visão de cidade pura que Paulinho retratava tinha e tem muito a haver com estes relatos de gente dos anos 40, 50 e 60 nesta cidade. Progenitora A respeitável presença de dona Ermitã Ferraz nas nossas ruas, seu vulto, alto, caminhando pela rua do meio, indo e vindo no comércio fazia desta senhora o que de mais belo se podia esperar. Responsável pela criação e mãe de outros tantos ela nos deixou o legado de uma vida e uma genética que espalharam por toda a comunidade sua descendência. Macaé nos anos de 60 ate final de 70 se podia mesmo se considerar uma cidade Pura. Mesmo com a destruição de imbetiba, berço de nossas historias e alegrias, vulto de mulheres continuavam a bailar nas mentes de historiadores e amantes do belo. Jane Martins Marialva Neto, Maria Helena Pereló, Lenice Sucena, Dagnar Pereira (Mazinha) se faziam presentes nos desfiles como nossas pirmeiras " Miss Macaé ". Sonia Rocha, miss Bahia, sucessora de Marta Rocha, ainda não tinha chegado em Macaé quando estas senhoras desfilavam. Era mesmo uma cidade pura esta Macaé, hoje capital nacional de petróleo (?). As praias ainda tinham ondas com cheiro de maresia no Forte e na Imbetiba. Os cocos que boiavam eram de algum mergulhador gozador que defecava enquanto se sentia só no nadar solitário. A defecação multinacional, saída dos navios ancorados em Imbetiba turvou as límpidas ondas e jogaram para o fundo da lembrança o fim triste de uma linda praia. As aulas de dactilogria, muito antes do computador que escrevo, deleto gente e crio imagens, eram ministradas no velho casarão do seu Gastão. Dona Myrss, dona Nancy eram as presenças em nossas horas de aula no asdfg....;lkjh... Bons tempos da Hemintgon. Enquanto elas iam fiscalizar outros alunos a gente olhava furtivamente, nos enganando, por debaixo da viseira afim de sair logo do asdfg e Passar para outros exercícios. Mulheres vivas em lembranças, como dona Dioneia de Jorginho Itaperuna, seu filho gênio que nos deixou saudades. Cidade de mulheres à frente de seu tempo. Contadoras, comerciantes, companheiras, mulheres. Nice Moura, Guiomar, Luiana, Conceição, Mary Jacaré, Iolanda França, Estelita Lima ou dona Senhora. Mulheres que iam á luta e voltavam para a luta da casa com filhos e companheiros. Merendeiras, professoras, enfermeiras, comerciantes, vendedoras de sonhos como a meiga e doce Julita, sogra do meu companheiro Waldyr Tavares. Mulher líder como dona Elmira, nossa eterna mãe maior. Enfim, vou rebuscar esta minha cabeça e tentar escrever mulheres de nossa historia, desde Adelaide Bastos da Silva em 1830, passando pelas aulas de Santa Lobo e Alice Lacerda em Cachoeira, até os dias que antecedem a chegada do Petróleo. Alice Lacerda depois iria abrir em sua residência aulas juntamente com Pierre, onde Angélica, Ecila e Moacyr do Carmo dariam os primeiros passos no abc de suas vidas. Beirava o ano de 1920 estes últimos fatos. Os Muros, os Lins e os Francos eram educados, nesta mesma época, em Cachoeira de Macaé, Bicuda e Areia Branca por Santa Lobo. Mais tarde chegaram Iza, Zélia e outras para dar seguimento a esta linda missão educacional. Ana Benedita, Irene Meirellis, dona Cirene, Déa Coelho, Ivonildes Souza, Leda Marques e Vanilde, pacientemente iam fazendo de suas vidas as histórias de nossa vivência educacional. Curando chagas Sula Vieira nestes anos 60 e 70 fazia de suas madrugadas uma profissão de fé e amor ao próximo. Das pernas de homens simples possuidores de chagas incuráveis ela, com o divino manejo de dedos docemente leves iam transformando em amor às horas de descontração de tantos quantos destas chagas eram portadores. Gases, água e uma voz saída de seu interior com preces ajudavam a mais um dia de caminhada pelos que iam, em filas, ao Centro Pedro, em busca de afeto. Sula cantarolava, fazia preces, brincava com estes pobres navegantes humanos, lindos em seus olhares de gratidão por esta santa senhora. Sula não morreu, ela VIVE ainda em todas as mentes que tiveram o privilégio de vê-la neste planeta de sofisticadas loucuras e de poucas caridades reais. Acolhedoras Abrigando gente, se fazendo por mãe de todos e com a divisão de seu alimento com tantos quantos iam em sua casa, lá estava dona Santinha Marques Monteiro. Foi ela que presenteou a cidade de Macaé com a queridíssima Waltina, companheira de Cezar Jardim. Waltiva era tão linda em seu interior e tinha um olhar tão meigo que aí por toda a cidade você pode se esbarrar com seus descendentes. Chicão que o diga, não é, meu velho amigo? Macaé deveria mesmo fazer algum histórico de suas mulheres, principalmente de senhoras como Santinha e Waltiva. Abrigou dezenas de jovens solitários por algum período de suas existências como o próprio autor que escreve esta longa crônica. Maria Helena Salles e Ana Maria, para não falar de outros tantos que eram misturados com seus filhos, Geraldo e Alicinha, e abraçados como filhos também. A história de uma cidade se faz com gente deste quilate e não com fantasias ocasionais em matérias pagas em jornais de épocas. A verdadeira história de uma cidade, não se escreve com 30 ou vinte anos de existência. Ela está cimentada na busca de atos e fazeres que romperam os 50 anos e ficaram gravados nas mentes de forma indelével. Por isso é que mulheres, companheiras e contemporâneas se sobressaem de forma livre, cristalina e doce quando se procurar referir-se a estes vultos femininos da historia de Macaé. Que outros façam suas historias daqui 40 anos. Estas, no entanto é a nossa história. Jacyra, a guerreira Sempre alheia ao que lhe pode ocorrer, mulheres se sobressaem em vários setores do mundo macaense. Um dos muitos exemplos foi o de Jacyra Campos. Deixou de lado, casa, visinho, parentes e um grande círculo de amigos em São Gonçalo, RJ. Pegou a filharada, um montão de crianças, colocou tudo debaixo de braço e disse : "Vou começar tudo em Macaé" . Aprendeu bater foto, abrigou uma imensidão de criança, seus e os que criava e veio fazer a cabeça de seu companheiro Lívio, que se empenhava em lutar pelo povo como jornalista e fotógrafo. Guerreira, Jacyra espalhou sua saga de mulher e os frutos ela colheu ainda em vida com netos e bisnetos. Ajudando aos explorados Quando o médico Julio Olivier atendia os humildes nos anos 20, ele o seu irmão, também médico, Nelson Olivier, por detrás deles estava uma forte mulher, dona Marietta Olivier, companheira de Julio que dizia aos seus ouvidos: " vai, Julio, atenda a todos . São tão pobrezinhos, nem dinheiro pro remédios eles têm" . Num destes atendimentos à pobreza de Macaé. Nos anos 20, Julio, foi encontrado sentado num banco de jardim da Praça da Igreja Matriz. O padeiro, pensando que ele descansava, tentou acordá-lo. Estava morto o "Medico dos Pobres de Macaé" tentando ser acordado por um simples padeiro de nossas ruas. Era assim com Maria Aparecida Costa com o Humanista Manoel do Carmo Lozada nos anos 60. E com dona Santinha com o Sanitarista Marques Monteiro nos anos 60. Mulheres macaenses sempre no empurrão das ações sociais de seus companheiros. Embaixadoras da cidade Mulher, companheira, amiga mulher. Nicle, esta mulher macaense que impulsionava o escritor Luiz Lawrie Reid em suas beneméritas ações caritativas. Nicle Reid um nome desconhecido na historia de Macaé. Também pudera. Ela nunca quis aparecer. Nem quando seu marido, o macaense Luiz Reid fez doações para a construção de nosso maior estabelecimento, ela quis deixar sua presença. Apenas dizia que em cada mãe que tivesse visto o filho estudar num colégio amplo arejado e, de preferência gratuito, ela estava presente. Dona Nicla participava de nossa história no dia a dia da paulicéia, onde morava. Mesmo depois de Luiz Reid ter deixado este mundo ela mantinha contato com Macaé através de cartas e lembranças desta terra, que ela amava e fazia questão de citar sempre em suas andanças pelo mundo. Nicla Reid, uma mulher de nossas histórias. Uma mulher esquecida por tantos e muitos que deveriam lembrar. As poucas vezes que os Reids vinham em nossa cidade procuravam se deliciar com as belezas de nossa culinária que ela, Nicla, não se fartava de elogiar em São Paulo. Ela e Ecila, minha saudosa mãe, pareciam até representantes da cidade em São Paulo, de tanto que falavam em nossos doces e pessoas. Manjar de pudim com laranja da terra, de goiaba, de carambola, catada no quintal, batatadas de batata doce, Pernambucano, Rocambole, Bombocados, os cristalizados de Abacaxi, morango, abóbora, enfim eram estas belezas que, chegadas em São Paulo eram servidas nas mesas dos amigos e escritores que iam visitá-las em suas casas. Doces de mamão, jaca, caju, amendoim e fruta pão completavam todo o ornamento macaense nas tardes da paulicéia.

12.11.12

Claro que hoje, anos 2012, tudo ficou diferenciado das belezas humanas dos anos 40,50 e até mesmo 60. "Sei que fui ousado no meu gesto, não ouvindo o seu protesto"... E dai se vai olhando o quanto Adelino Moreira estava embuido de inspiração que bate e REBATE no sentimento mais profundo da alma humana... "Sei que uma desculpa não redime Meu pecado quase é crime De um beijo sem permissão"... Viva este momento mágico deste poema que o meu amigo Nelson Gonçalves, que tive a honra de receber em minha casa na cidade de Macaé, nos anos 70. Repare a união destes grandes homens da Romance Musical Brasileiro. "Perdoa, meu amor, este pecado Sublime impulso de te haver beijado"... A grande Elegia ao Beijo furtado que caiu de moda mais que quarda a sentimentação(criei o termo) do belo humano... Jose Milbs, editor de O REBATE... ARGUMENTO Composição: Adelino Moreira Interpretação: Nelson Gonçalves Sei que este argumento é muito pobre Mas, sabendo quanto és nobre Sei que podes perdoar Sei que este farrapo de desculpa Não redime a minha culpa Mas, enfim, eu vou tentar Sei que fui ousado no meu gesto Não ouvindo o teu protesto Para ouvir meu coração Sei que uma desculpa não redime Meu pecado quase é crime De um beijo sem permissão Mas, se fui pecador eu condeno a Lua Que abandonou a rua e fugiu com o luar Pois, ela, adivinhando o meu desejo Provocou aquele beijo E, assim, me fez pecar Se impetuoso fui, tem compaixão E em nome do amor, suplico o teu perdão Perdoa, meu amor, este pecado Sublime impulso de te haver beijado [Solo] Mas, se fui pecador eu condeno a Lua Que abandonou a rua e fugiu com o luar Pois, ela, adivinhando o meu desejo Provocou aquele beijo E, assim, me fez pecar Se impetuoso fui, tem compaixão E em nome do amor, suplico o teu perdão Perdoa, meu amor, este pecado Sublime impulso de te haver beijado
Beatriz Kauffmann's Web Site Contato

19.9.12

Uma linda Borboleta, sua tenua existencia e a presença, humanamente feliz,
de quem espalha flores num mundo tão bruto e desumano...
Quando eu era menino minha avó sempre falava numa Santa de nome Fátima que fazia milagres, que aparecia em certas ocasiões em forma de gente e também de lindas Borboletas... Quando ela vinha em forma de gente tinha o formato de mulher que encantava pela sonoridade da voz e pela beleza que era muito dificil de se ver no olhar e no gesto... Dizia, minha avó, que ela se vistia de roupas lindas, tinha o cabelo tingido de loiro e que deixava a mostra, por entre seus cabelos e a sombrancelha, a verdadeira cor de seus cabelos.. Dizia alguns anjos que ela usava este tingimento para que não aumentasse a sua beleza divinal... Este sonho me levou a saber da existencia de um belo diferenciado do normal. A propósito estava em um sonho, numa ficção extra sensorial e o voo da Borboleta Azul com manhas avermelhadas em sua asa me fez entender como o Belo é uma passagem rapida para a não existencia... Vestimenta longa, olhar fixo no infinito, presença quase divina que, de tempos em tempos faz sua aparição em forma de Mulher e outras vezes em forma de Borboletas. Seria a ficção uma obra da criação humana com sintonia com a transformação dos belos? As encantadas Borboletas que sempre são vistas em vários tamanhos, cores e voadas diferentes na Nascente do Sitio onde moro a 42 anos, vivem pouco mais de 90 dias neste planeta de tanta alegria vital. As que vi ontem pairando em torno de uma Zinea Azul e cheirando o Ipê Amarelo não existe mais... Saudades?... creio que sim... Jose Milbs editor de O REBATE ...
Qunado já tinha postado o texto para o Blog fiz uma caminhada até a nascente do sitio. Perto de um local, intocado a milhões de anos junto a uma rampa que está cercada de vegetação nativa pude observar um Casulo que dará vida a belas e coloridas Borboletas. Elas viverão, ao nascerem, até o final da Primavera. Suas cores já devem estar definidas dentro do Casulo como já está definido na semente milhares de arvores... Um dia lindo onde as Borboletas dão lindas piruetas em redor da vida. Onde sua tênua existencia pode marcar minutos de eterndades, onde poucos privilegiados, como eu agora, estou olha do sua existência, me dão o sagrado dever de agradecer aos olhos pelo momento mágico e feliz em ainda poder curtir meu sitio...

23.7.12

Morre e vai para o Panteão dos Poetas o macaense Antônio Otto de Souza Filho o 'Ottinho'.

*Jose Milbs Lacerda Gama há 13 minutos Mais um Poeta morre em nossa Região de Petróleo... Antonio Otto de Souza Filho acreditou nas verdades dos anos 70 e partiu para sempre num tunel que não lhe deixou o caminho da volta. Sua vida ele dedicou a Poesia. Trocou os pesados livros do Cartório do 1º Oficio, onde foi Tabelião, pelas leves Folhas das achadas na Caminhada da Vida onde pousou, como lindas Borboletas, seus poemas e poesias. Amigo dos anos 70, Ottinho foi Lider num movimento que deixou saudadas e vivencias da Paz e do Amor... Fiel amigo de Xico Chaves, irmão do proprietário de uma pousada no distrito macaense do Sana, o 'Costinha' e dos igualmente macaenses o compositor-cantor Piry Reis, Helena, Branca e Paulinho. O poeta Ottinho fez história no Judicário e fez da Saudade uma presença constante em suas fugas pelo mundo Cigano e Poético. Pai de Betinha, campeã de Surf nos Estados Unidos e de Bruno que brilha na Austrália. Soube dixer não as fortunas fácies do Tabelionato careta e partiu para o mundo das estradas e dos conhecimentos. Em sua juventude em Macaé foi Lider Estudantil, jogou o Bom Futebol no Macaé F.,C, e amou mulheres e foi amado. Filho mais velho do Ex- Prefeito Antonio Otto e da tabeliã Estelita Lima de Souza, Ottinho residiu na Rua da Igualdade, em frente ao famoso "Campinho" das lindas peladas dos anos 50. Fomos amigos e colegas na Faculdade de Direito de Campos onde chutamos o Balde sem nos formar. Formar para que, dizia com seu sorriso infantil que saia do fundo de uma alma linda e pura.... Ottinho foi um dos primeiros Poetas Livres do Brasil. Seus Poemas ainda serão estudados por grandes pensadores. Hoje o nosso amigo comum o jornalista e advogado Armando Barbosa Barreto me ligou falando que seu coração parou em Itaperuna. Liguei para o serventuário aposentado e poeta Izaac de Souza que, sob lágrimas me mandou o Poema que publico. PARA OTTINHO - QUASE MEIO DIA... CAVALO ALADO/ OPACO/ ESPAÇO QUE ME FAZ AVANÇAR EM GALOPE/ QUALQUER PALAVRA LAVRA A TERRA/ REVIRA O VENTO QUE, EM TORMENTAS ME FAZ HORIZONTE SEM PRESSA COM AS INQUIETAÇÕES DAS OVELHAS/ ESTOU A OLHAR PARA A FLOR DO MAR SEM TORMENTAS? ENTÃO, EXPERIMENTO O SONHO PARA NÃO DIZER AQUELE ADEUS COM A SAUDADE DAS COISAS QUE NUNCA ESCREVI. - MORRE O POETA E NÃO SE ESQUECE A CANÇÃO DA VIDA... A ETERNIDADE SERÁ A NOSSA MELHOR VITÓRIA.. VIVA ANTONIO OTTO DE SOUZA, filho!!! sem tormenta, sem a interrogação - correição *jornalista e escritor - é editor e diretor-proprietário e responsável do jornal (atualmente on line) O Rebate.

O Poeta Gilson Correa da Silva morre aos 84 anos em Macaé

Obituário MORRE UM DOS MAIS FLUENTES POETAS E ESCRITORES DE NOSSO COTIDIANO... Qui, 12 de Julho de 2012 13:21 Jose Milbs Aos 86 anos, fecham-se as portas das criações poeticas de meu querido primo e amigo Gilson Correa da Silva. Neto de Tia Pequena, irmã de meu avó Mathias Lacerda, Gilson sempre se destacou de toda a sua geração pelo carinho que dedicava as artes poéticas a ao portugues clássico. Autor de centenas de Poemas e Poesias, tem livros publicados e escreveu uma obra sobre as nossas tradições das ruas empoeiradas com especial atençao ao Papa Lambida que foi um homem simples de nossas infâncias e alegres momentos de descontração... Casado com a meiga Thereza ele deixa tres filhos Serginho, Luciana e Claudinha que estiveram sempre ao seu lado nos seus momentos de dor e doença. Sua infância foi vivida na Rua Julio Olivier e na Travessa Curindiba de Carvalho. A Rua do Meio foi seu centro de atração maior onde participava das peladas e jogos comuns as infâncias de sua época. Seus nados eram os mais rápidos quando ia até as Ilhas do Frances e Papagaio. Tão rápido que lhe trouxe o apelido de Gilson Pé de Pato por que sua rapidez era tamanha que se pensava estar calçado com os famosos Pés que ligeiravam os nadadores. Eximio em quase todos os esportes, até os 80 anos ainda jogava seu futebol, dirigia sua lambretinha e era imbativel no Frescobol nas areias leves da Praia dos Cavaleiros. Gilson viveu intensamente sua trajetória terrena. Deixou grandes amigos e foi admirado por toda a familia que tinham nele o norte de informações constantes de nosso dia a dia... Rápido no raciocinio e de um senso de humor bem aflorado sabia sorrir nas horas certas e dar as respostas também com a tradição inteligente herdada de seu pai Custódio José da Silva e da paciencia de sua querida mãe Gilda Correa da Silva. Na última vez que estive em sua casa fui com meu irmão Ivan Sergio para uma visita e rocordar tempos vividos. Fizemos fotos, me presenteou com um Poema que dedicou a sua Tia Zizi e, sempre alegre foi dizendo de sua doença como se estivesse deixando ver sua certeza na morte. Meterialista, queria e foi cremado. Sobre ele fiz um texto. Veio em minha casa com Thereza e ai vai o que fiz ainda com ele em vida: Os 84 anos de Gilson Correa da Silva. Uma criação poética totalmente voltada para uma vivencia em sua terra natal Nascido, criado, vivendo e fazendo da vida uma alegria constante é assim a presença de Gilson Corrêa da Silva nas nossas ruas e praias. Ontem esteve aqui na redação de "O REBATE" para ver o "studio" da nova "TV O REBATE on-line". Estava em companhia de sua alegre e feliz companheira Thereza... Gilson é meu primo. É neto da irmã de meu avô Mathias Lacerda. Tia "Pequena" Lacerda é mãe de Gilda, Cici e Zizi . Mathias é pai de minha mãe Ecila... Fomos sendo criados nas Ruas empoeiradas de Macaé. Eles na Rua Julio Olivier e a gente na Rua Doutor Bueno ( Rua do Meio). No mês de Setembro,falava-me Thereza - ele vai completar 84 anos. Imediatamente fotografei e falo o que este Poeta representa na história de nossa região. Autor de centenas de livros poéticos e de dezenas de crônicas tem seus trabalhos impressos e de frofundidade cultural - histórica inédita no trato com a poesia noderna. Seu primeiro livro, foi editado com o apoio do nosso amigo de infência Cláudio Moacyr de Azevedo quando exercia a Presidencia da ALERJ. Peladeiro, Poeta, grande conhecedor das histórias da região, é com prazer que publico a foto deste grande amigo e primo que passa a ser visto mundialmente no busca do Google-O Rebate. Thereza é uma grande presença na vida do cotidiano do Bairro da Glória onde eles residem. Sempre sorrindo, aspalhando suas energias poslitivas e lembrando de fatos que marcaram sua vida junto a nossos familiares. Sempre querida e grata ela vai sendo a responsável pela afirmação de que nada deste mundo morre enquanto existe as mentes recordativas. Seus filhos Serginho, Claudinha e Luciano continuarão a trajetória de cordialidade e afeto que esta casal deu exemplos. Jose Milbs editor de www.jornalorebate.com

3.4.12





Morre na Bahia um dos mais expressivos jornalistas que começou seus 1os. textos no O REBATE nos anos 40/50

- aos 83 anos, faleceu no domingo, 1º de abril, no estado da Bahia, onde residia, o jornalista e publicitário macaense Ney Peixoto do vale. Foi um dos fundadores e também presidente da ABRP - Associação Brasileira de Relações Públicas e, como jornalista, trabalhou no Diário Carioca. Como empresário de comunicação, foi diretor-presidente da Associação de Comunicação Integrada, à época, a maior empresa do país. O Correio da Bahia noticiou o fato lamentando a perda do macaense. Ney, o mais velho da família Peixoto, tinha os irmãos Jerônimo, Antonio, Emília (falecidos), José e Adolfo. Com seus pais, sempre vindo visitá-los na aconchegante residência na Pça. Verissimo de Nello, Ney sempre alegre e feliz relembrava sua infancia nas Ruas da Região de Petróleo. Abraçado ao seu velho pai, caminhava pela Rua Direita, ia até o Lar de Maria e revia os amgos e contemporâneos.
Ney sempre foi um fiel assinante do O REBATE e, sempre recordava os momentos em que fazia seus escritos que eram publicados e guardados com carinho em sua brilhante trajetória jornalistica.
Recebi a noticia atraves do jornalista Armando Barreto. Em nome de O REBATE envio as condolências aos seus familiares e especial aos meus amigos Adolpho e José Peixoto que sei da dor que estão sentido com esta perda.
(José Milbs, editor de O REBATE e amigo da familia)



obituário



Morreu ontem aos 83 anos, o jornalista e criador do Prêmio Esso de Jornalismo, Ney Peixoto do Vale. Ele estava internado desde sexta-feira na UTI do Hospital Aliança por causa de um AVC, Peixoto nasceu em Macaé, no Rio de Janeiro, em 14 de fevereiro de 1929. Quando era diretor do Departamento de Comunicação da empresa Esso Brasileira de Petróleo, em 1955, criou a premiação mais importante do jornalismo brasileiro. Há oito ele morava em Salvador. Seu corpo foi velado e cremado no Jardim da Saudade em cerimônia às 16h30.ney peixoto
Morre o jornalista que criou o Prêmio Esso
Morreu ontem em Salvador o jornalista Ney Peixoto do Vale, aos 83 anos, dois dias depois de ter sido internado no Hospital Aliança, vítima de um AVC. Em 1955, Ney foi o criador do Prêmio Esso -- a mais tradicional e antiga premiação do jornalismo brasileiro. Nascido em Macaé (RJ) e radicado no Rio de Janeiro, Ney foi um dos pioneiros na assessoria de imprensa no Brasil. Ele fundou uma das primeiras empresas especializadas em assessoria de imprensa do país, a ACI (Assessoria de Comunicação Integrada), mais tarde vendida para a Hill and Knowlton.
O jornalista Peixoto do Vale foi um dos fundadores e presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas, além de ter sido um dos precursores no estabelecimento de padrões éticos da profissão de relações públicas, regulamentada em 1967. Formado em Administração de Empresas, Ney presidiu também a Associação internacional de Relações Públicas. Ele deixou três filhos e nove netos.