Boas vindas

Que todos possam, como estou fazendo, espalharem pingos e respingos de suas memórias.
Passando para as novas gerações o belo que a gente viveu.
(José Milbs, editor)

29.12.08

O Faroleiro de Santana, Dona Nenen da Rua J. Koop e uma cidade alegre e bucólica...




FAROL DA ILHA DE SANTANA

Reginaldo tem uns 40 anos e quinze ele passou com seu pai nas ilhas nativas de Macaé. É um dos jovens que conheci no tempo em que tinha oficina de jornal e sempre estava a cata de bons profissionais para trabalhos. Ele entendia de parte elétrica e como tal mexia nas impressoras, nas linotipos e nas instalações em geral. Autodidata, esperto e alegre. Tinha um carinho especial para com ele devido ao seu jeito meio criança de olhar e de seu modo malandro de viver.
Era uma mistura de peixe e gente. Às vezes se parecia com um peixe quando olhava horizonte longe do real e se tornava humano quando pensava que iria receber o fruto de seu trabalho "a vista" e eu dizia que pagaria no "fim da semana". Seu sorriso de meio trejeito pude rever em seu filho de 7 anos e em sua filha de 11.
Reginaldo se tornou amigo de meu filho Luís Cláudio ao ponto de nos últimos dias estar aqui no Sitio - Hoje Rancho O Rebate - mostrando seus lindos filhos e sua meiga espôsa. Quando lhe disse que tinha vontade de contar alguns dados sobre a vida das ilhas macaenses me convidou e fui até sua casa, no Bairro aeroporto para detalhar fatos memoriais de seu pai Roberto.
Tentarei falar das pedras do “Moleque” e “Da Mula” onde centenas de batidas e barcos a deriva conheceram e temiam em suas noites de luar escondido. A “Ilha de Santana” era onde se localizava o “Farol e que na Ilha do "Papagaio” existia um pequeno farolito.

DONA NENEN DA RUA JOTA KOOP

A rua J. Koop fica no centro da cidade e nesta rua nasceu dona Leonília Bastas Moreira que foi casada com Manoel Hocho Coutrin Moreira um dos primeiros ferroviários de Macaé. 14 filhos, todos criados e educados na Região de Petróleo. Seu Manoel é oriundo de Trapiche, das velhas e extintas fazendas de café, e dona Nenen era mesmo do Imburo. Do velho casarão ficou apenas as recordações de seus filhos e netos, como Alessandro que sempre está no sítio por conta de seu trabalho.
Dos filhos deste pilar da J. Kopp a cidade se habituou com Juracy, o nosso “Jura”, Romilda, Carlinhos, Paulo que morreu tragicamente e que tinha o dom do encantamento e da alegria, Ilza, Rosa Maria, Regina, mãe de Alessandro, Fátima e Augusto.
Durante os anos toda a comunidade se espalhou e neste espalhamento e cujos familiares o sangue deste casal se espalhou e espalha por toda a nossa cidade. Estelita, que era filha de dona Maria do Doutor Faustino Marciano de Castro casou-se nesta família e é mãe de “Mamute” grande e alegre jovem da comunidade do Bairro da J. Koop.

As histórias e memórias não param por ai.
Havia uma construtora na rua Francisco Portela. As pessoas ainda moram lá ou se não moram lá estão seus filhos e netos... É uma Rua tradicional. Dona “Duia,” seu Otto Pacheco, “Gabarito”, “Milica” Dudu Trindade, Zé Carlos Freitas e dona Arlete, dona Maria maemãe de “zZé Uca”, Ib, Ddodora, Fernando e Lenine, Benedito de dona “SLula”, Rosalvo e Concy de Renatinho, Rosalvo e do “Anjo Claudinho”, Norma e Nelio, “Nona” Mathias Netto, Paulo Silva, Atilla, Leandro, Seu Celiê, Vasco e Vânia, Pimenta e Rozanea, Os pais de Vanilde, Ricardo, Frasão e os Afonso Paulas...Esta Rua que, com o tempo tende a se transformar um Rua CComercial, tem as suas verdadeiras personalidades espalhadas nos descendentes que eternizam sua essência vital...
As essências macaenses não podem se deixar levar por memórias oportunistas...Tem que ser revigoradas sob pena de perder o valor de sua historicidade.
Como dizia o Poeta Cazuza: “Se você pensa que estou derrotado, ainda estou rolando os dados”
Enquanto a memória estiver viva estarei ai junto com ela tentando repor fatos e havidos.
“Socar erva passarinho com sayao e tomar. É E`bom para tosse, bronquite e pulmão” Ouvi isto numa de minhas andanças por esta Rua quando ainda existiam árvores e passarinhos pulando de galhos em galhos...
A Internacional era por aqui Se esbarravam em Grego da Geledeira, Espanhol do Mercado, Tadeu de Vicente e Casimiro, Serafim o inteligente portugues, Takaoca, Manolo e Waldemar da Costa.
O mês de Janeiro começa a chegar no fim e as chuvas teimam em dizer aos humanos que ela vem por chamamento natural e que com a destruição das essências naturais podem um dia faltar.As plantas rasteiras brotam e os galhos se encontram em reverencia ao vento que sopra frio.As àrvores, os pés de cocos e de araçás continuam firmes apesar da das Aguas torrencias. Jabuticabas e Amoras estão sendo comidas por Sanhaços e Bentevis que encantam as manhãs com pios e loucos cânticos. Avisam a gente que podemos comer os frutos e que os do alto são de propriedades deles.
As vezes fico a pensar como que a transfiguração de fatos obedecem a um ritual sublime e cativo.
No alto do Pé de Jabuticaba, pássaros deliciam-se com o fruto exposto ao seu prazer e, no tronco, os novos frutos chegam as nossas mãos.
Tristeza sómente com o achar de um ninho de lindas Rolinhas que, ao cair, deixou mortos dois filhotes. Não resistiram ao Vento Frio de Final de Dezembro e cairam. Servirão de estrumo na terra para que novos vitais venham. ( Jose Milbs de Lacerda GFama editor de www.jornalorebate.com )

2 comentários:

Anderson Lobo disse...

Peço ajuda para divulgar este Comunicado.

O prefeito eleito de Cardoso Moreira, Gilson Siqueira Solicita ajuda com Colchões para os desabrigados das cheias do rio Muriaé.

As doações poderão ser encaminhadas para a sede da EMATER na Rua Donatila Vilela, Centro Cardoso Moreira.
Tel. para duvidas: (22) 9833-5052 - Cely Secretária de Assistência Social

Anônimo disse...

lol,so nice